Broken Life escrita por Thats Girl


Capítulo 2
Capitulo 2 - Who Came To The Breakfast?


Notas iniciais do capítulo

Segundo Capitulo.

Tenho alguma considerações a falar nesse capitulo

Antes de tudo queria agradecer os 16 comentários lindo, os 3 favoritos e as 31 pessoas acompanhando, foi bem mais do que imaginei, então muito obrigada.

A Segunda coisa é a questão do dia, eu não sei se continuarei a postar nas terças, porque começarei a trabalhar e ainda não está definido dias de folga e o horário que trabalharei então dependendo disso, eu terei que mudar o dia, mas avisarei aqui quando souber tudo direitinho.

A Terceira é a fanfic é baseada em um livro que li algum tempo chamado "Forever Black" (Recomendo ler, quem nunca leu ) Mas enfim como eu disse é baseada no livro, por isso não seguiram os eventos dele, teremos alguns momentos parecidos ou adaptados do livro, mas é só isso. Os personagens aqui terão historias diferentes sendo contadas e as que são parecidas terão desfechos diferentes.

E a quarta e ultima, mas não menos importante é, A Natasha tem um passado dificil e alguns segredos ela está "quebrada" como mesmo diz na sinopse da fic, mas ela tem um jeito de viver muito particular, veremos muito ela falar sobre seus sentimentos e dores, mas como ela trata as pessoas e como ela ver a vida não são afetados por isso, vocês vão entender os motivos no decorer da fic.

Então acho que é só isso por hoje, Bjúúú

Boa Leitura.



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No Capitulo Anterior…

Ela Saiu Para Mais Uma Noite

– Pra onde vamos mesmo? – pergunto assim que saímos do apartamento, íamos a um bar novo que tinham indicado a Pepper, mas não sabia exatamente com o que daria de cara, não que isso mudasse alguma coisa, sabia exatamente o que aconteceria, eu encheria a cara, dançaria como uma louca, talvez encontrasse um cara gato e iria pra casa com ele, era exatamente o que fazia todas as noites.

Um Novo Club, em Miami.

– “Club S” – Ela dá de ombros desfilando pela portaria até seu carro e eu logo ia atras tentando acompanha-la, ela tava com um salto duas vezes maior que o meu e mesmo assim caminhava mais rápido, como conseguia?

Club S, Rendeu Mais Que Uma Só Bebedeira.

– Olha aquele cara – Sorriu lembrando-me da cena alguns minutos atras

– Hum, ele parece... Ele é lindo, Meu Deus! – Minha amiga estreita os olhos olhando mais uma vez – Por favor, se ele te dispensar me avisa que eu vou tentar a sorte.

Dois Caminhos Se Cruzaram

– Você é um anjo? – Sua voz está um pouco embargada pelo excesso de bebida, mas eu não me seguro e acabo soltando uma gargalhada.

– É eu sou um anjo

– Meu anjo – Ele parecia convicto disso

A Ajuda

Meus olhos se abrem, mas ambiente era desconhecido para minha consciência, com certeza não estava em meu minúsculo apartamento, logo a consciência voltou, o bêbado, o apartamento de luxo, ele dormindo... O cansaço tinha me vencido e dormi na casa do cara que eu ajudei.

Droga, Natasha!

Capitulo 2 - Who Came To The Breakfast?

“Você trabalha, você estuda e você se prepara meses e anos direcionados há um dia. O dia em que você evolui neste dia, precisa estar pronto para qualquer coisa, mas há uma coisa para a qual nunca está preparado: o dia em que regride. Às vezes, acontece de repente nós evoluímos, tornamos-nos líderes, avistamos um caminho e o seguimos mesmo quando não sabemos onde vamos parar.

E talvez, apenas talvez esse seja o caminho que no leve mais longe, não porque ele seja o caminho certo, mas sim porque sabemos o que fazer no decorrer dele.

A evolução acontece quando a gente menos espera, e mesmo que pensemos que ela acontece por nossos esforços de crescer, não é bem assim, ela acontece quando entendemos quem nós realmente somos, e assim talvez a evolução no leve aonde queremos.”

Levanto-me devagar da cama eu dormir agarrada a Steve, que tipo de pessoa vem ajudar outra e cai no sono na cama dela? Ao lado dela?

Ele parecia estar bem e ainda estava do jeito que coloquei, de lado, tento fazer menos barulho possível, mas tenho quase certeza que ele não acordará tão cedo, não depois do porre que tomou.

Desço as escadas com os sapatos em mãos, mas é claro que não vou embora antes de um belo café forte para me despertar afinal eu ajudei o cara, salvei ele de morrer nas ruas, acho que ele não iria me negar um copo de café, não é mesmo?

A cozinha como os outros cômodos daria três ou quatro apartamentos que eu conheço dentro, ela é toda branca e há utensílios de cozinha que nunca vi na vida, mas a cafeteira eu vejo de longe, olho todos os armários tentando encontrar copos, as capsulas e o açúcar e torço mentalmente para que gente rica seja no mínimo sensata e coloque as coisas que precisa para fazer um café perto da cafeteira, abro algumas portas e logo consigo tudo o que preciso, coloco a capsula o copo e ligo o negocio de ultima geração, acho que aquela maquina tinha função até para me dar o café na boca e depois lavar o copo.

Enquanto espero o café ficar pronto pego alguns outros ingredientes que vi enquanto procurava as coisas para fazer o café e que preciso para fazer um elixir de ressaca, eu aprendi a fazer há muito tempo atras, fazia para o meu pai nas suas frequentes bebedeiras e depois para mim nos meus frequentes porres.

Em poucos minutos eu já tomei conta da cozinha, peguei o copo do elixir coloquei em cima da bancada para quando Steve acordar o vê-lo, depois que tomasse meu café, talvez eu procurasse um papel e fizesse um bilhete, mas antes mesmo de terminar meus planos escuto o barulho do elevador e em seguida pisadas, a primeira coisa que vem a minha cabeça é: “Ele mentiu para mim, o cara tem esposa e agora ela está aqui, ela vai me ver e pensar algo muito obvio que qualquer ser humano sensato pensaria, e eu vou acabar com um casamento de um bilionário, provavelmente sairei nas capas das revistas posso até virar manchete ”Desconhecida acaba casamento de anos do bilionário Steve Rogers”

Droga Natasha!

Ouço vozes e mais passos, salto da bancada e calços meus sapatos, se fosse para ser pega por uma coisa que não fiz e ser julgada como uma vadia destruidora de lares, pelo menos farei isso com o resto de dignidade que tenho, mais vozes, mas não são de mulher, parece de criança? Droga! Ele tem filho, agora alem de vadia destruidora de lares vou ser responsável pelos pais de um garotinho se separarem, parabéns Natasha é isso que dar VOCÊ tentar fazer boas ações.

Caminho lentamente sem fazer muito barulho, se ele não morasse na cobertura, talvez eu pulasse da janela.

A outra voz ressoa pela casa, mas não é de mulher também, é de homem... Oh Meu Deus! Ele é gay uma lâmpada acende na minha cabeça, talvez isso não seja tão ruim, homens são mais sensatos que mulheres, talvez o marido dele acredite na minha historia. Fecho os olhos, respiro fundo, levanto a cabeça, coloco o resto de dignidade que tenho e caminho da cozinha até a sala de onde sai às vozes.

Na minha primeira vista vejo uma mine-copia do Steve, ele é pequeno e fofo, apostaria 04 ou 05 anos, seu cabelo loiro está perfeitamente alinhado para um lado de sua cabeça e seus olhos são as coisas mais lindas que já vi na vida há um homem também como eu suspeitava, ele é negro e magro, mas sua musculatura não deixa a desejar de jeito algum, ele está de terno e seus cabelos são curtos, tento imaginar os dois juntos, acho que eles formam um belo casal.

O garotinho que estava sentado no sofá agora me olha sem piscar, o homem estava em pé em uma das extremidades do cômodo perto da linda parede de vidro que por sinal tem uma vista linda da cidade, ele também me olhava sem entender nada, eu nessa altura nem ia pensar na minha aparência ou surtaria e agora não era um bom momento para surtar, então resolvi pensar que eles estavam me olhando daquele jeito por eu ser uma estranha na casa deles, não por eu estar descabelada e com maquiagem borrada.

– Oi – Dou um leve sorriso e um pequeno aceno de mão ainda parada perto da porta, entre a sala e a cozinha.

– Oi – O garotinho é o primeiro a falar, ele parecia receptivo o que era uma boa coisa, mas também estava confuso coitado, encontrar uma mulher parecendo uma mendiga na sua casa logo de manhã cedo, não deve ser bom para uma criança de 04 ou 05 anos. – Quem é você?

– Eu sou a Natasha – Me aproximo lentamente olhando para o homem que continuava parado como uma estatua – Você deve ser o Will – Supus lembrando-me do nome que Steve disso ontem – Seu pai me falou de você...

– É eu sou – Ele parece feliz, é pelo menos o garoto gostou de mim.

– O Steve te trouxe para cá? – O homem resolve falar e na primeira palavra eu levo um pequeno susto, eu estava mais com medo do que viria, do que pelo seu tom, ele era amigável, amigável? Porque ele esta falando assim comigo? Eu estou pela manhã descabelada na casa dele, e ele é amigável comigo? Ele não parecia bravo ou enciumado, apenas surpreso e um pouco debochado com as palavras, talvez o casamento deles fosse aberto, gays são modernos, não são?

– Não exatamente – Os dois me olham estranho – Eu não sou uma ladra – Esclareço em seguida.

Caminho me aproximando do homem que continua no seu lugar, não queria falar na frente do garoto, sobre o pai dele estar bêbado, acho que eles não iam querer que o filho soubesse disso.

– Ele bebeu muito – Cochicho – No Club que eu também estava, eu o achei caído perto de lá, ele não conseguiria chegar em casa , então eu o trouxe e o coloquei na cama mas acabei adormecendo também, mas eu te juro não aconteceu nada entre a gente – Ele está em silencio, mas tem um leve sorriso no rosto, parece que ele acreditou em mim, parece que diferente de todos os outros dias da minha vida, hoje estou com sorte.

– Eu não tenho nada haver com isso Natasha, você não precisa jurar nada – Seu sorriso aumenta – Só posso agradecer você por ter trazido meu amigo a salvo para casa – Amigo? Como assim amigo?

– Amigo? – Eu não me seguro – Quer dizer que vocês dois não são... – Faço um gesto estranho com as mãos, estava nervosa.

– Oh Meu Deus! – Ele gargalha enquanto eu não entendo nada – Você achou que eu e o Steve éramos um casal? – Gargalha novamente

– Oh Deus, que vergonha! – Agora sou eu que caiu na gargalhada mais por nervoso do que por achar engraçado, é claro que aquele homem não é gay, ele tinha testosterona demais para ser gay.

– Eu sou o Sam, não gay – Ele brinca e tenho certeza que minhas bochechas estão vermelhas como pimentões – Amigo do Steve – Ele faz questão de ressaltar

– Eu sou a Nat – aperto sua mão com um sorriso de alivio

– Onde está o meu pai? – A voz de criança ressoa, e nos dois voltamos nossa atenção para Will.

– Ele está dormindo querido – Falo o fitando, ele é tão lindo quanto o pai, só que mais fofo. Como isso era possível?

– Natasha, eu e o Will íamos tomar um café delicioso...

– Com muitos cupcakes – Will completa Sam

– Hum... Adoro cupcakes – Entro na do garotinho.

– Então você fica aqui com a gente? – Ele fala animado, eu olho para Sam que concorda com um sorriso

– Agradeço, mas eu já estava de saída... Eu...

– Vamos lá Natasha, é o mínimo que podemos fazer por você, vamos dizer que o café da manha, é uma retribuição – E minha barriga roncou. Ela respondeu por mim tirando uma linda gargalhada de Will, que acompanhei.

– E o que eu posso dizer... Acho que ela respondeu por mim

– Certo, então eu vou pegar os cupcakes no café perto daqui, e algumas outras coisas para nosso café, e vocês fiquem aqui – Ele corre para o elevador sumindo em seguida.

Eu me sento no tapete ao lado do sofá onde Will está sentado, tiro meus sapatos e relaxo, agora não sou mais uma intrusa fui convidada, então acho que vou aproveitar os cinco minutinhos que posso ficar em uma cobertura de um bilionário, afinal nunca mais pisarei os pés aqui de novo.

– Natasha você é a namorada do papai? – Me assusto ao ouvir a pergunta, quantos anos esse garoto tem? Será que vêm muitas mulheres aqui?

– Não eu não sou, apenas eu ajudei seu pai e ele me deixou dormir aqui porque já era muito tarde – Não era totalmente verdade, mas eu não ia contar o que aconteceu de verdade para um garoto de 04 anos.

– Ele nunca traz as namoradas dele aqui, nem as amigas... Você é a primeira – Se fosse a outras circunstâncias eu ficaria lisonjeada, mas a verdade é que ele não me deixou ficar, eu fiquei por conta, duvido que ele se lembre de alguma coisa da noite passada, inclusive de mim.

– Will quantos anos você tem? – Aquele garotinho era muito esperto para a idade dele. Esperto até demais.

– 05 quase 06 – Ele falou todo orgulhoso, me fazendo gargalhar.

– Nossa! Um homenzinho – Ele sorrir satisfeito e eu afago seus fios loiros lisinhos, mas paro quando ouço a barriguinha dele ressoar também, acho que mais alguém estava morrendo de fome como eu – Will você quer provar o melhor leite quente com chocolate do mundo?

– Eu quero – Ele salta feliz

– Então, espere aqui que eu vou fazer para você, ai se for o melhor mesmo, você vai ter que me dar o beijo mais longo e estalado do mundo. – Me levanto o deixando.

– Combinado – Ainda ouço sua voz de criança animada quando cruzo a cozinha.

Pego leite na geladeira copos e chocolate em pó, e aproveitando faço outro café para mim, a essa altura já conhecia aquela cozinha como a palma da minha mão.

– O que você está fazendo aqui? E quem é você? – A voz grossa e ate um pouco arrogante me faz pular, eu estava distraidamente mexendo o liquido saboroso para Will que não percebi passos, muito menos a presença dele naquela cozinha até esse momento.

Ele estava com os cabelos loiros bagunçados, seu rosto estava cansado, mas ele continuava lindo, até mais que ontem, como isso era possível? Eu não faço a mínima ideia, mas ele era a pessoa acabada mais linda da face da terra, eu não tinha bebido metade do que ele bebeu e com certeza estava parecendo que um carro de lixo passou por cima de mim, muitas vezes.

– Eu fiz para você – O encaro ignorando seu tom, ele estava confuso e desmemoriado, ia dar um desconto. Empurro o copo de elixir que continuava na bancada para perto dele

– Quando eu pergunto, eu quero uma resposta – A grosseria continuava – Você não entendeu as regras? – Do que diabos ele estava falando? – Mulheres que vão para cama comigo, não dormem aqui – Ele continuou a falar, e eu comecei a me irritar, odiava aquele tom – E muito menos ficam para o café da manhã com o meu filho – Uau! Ele era realmente grosso, a raiva estava subindo a minha cabeça, quem ele achava que era para tratar mulheres assim? E que tipo de mulher o deixava trata-la desse jeito? O cara era um babaca e eu já estava me arrependendo amargamente de tê-lo ajudado.

– Ei, Ei, Espera ai amigão... – Saiu de trás da bancada e me aproximo dele ainda parado lá na frente com braços cruzados e uma carranca lindamente emburrada me encarando, eu não ia deixa-lo me tratar assim, não mesmo – Eu não sei o que você acha que aconteceu noite passada, mas tenho certeza que não é realmente o que aconteceu, eu não dormir com você, e sinceramente? Eu não lhe daria esse prazer – Daria sim, mas ele não precisava ficar sabendo disso.

– Não? – Agora ele estava bem mais amigável que antes, até o tom melhorou, parece que começaríamos a nos entender.

– Não – confirmo – Você estava bêbado, muito bêbado e não conseguia vim para casa, então eu te trouxe coloquei na cama ai eu ia embora, mas acabei voltando para checar se você estava bem, você estava dormindo de barriga pra cima fiquei com medo de você vomitar e se engasgar com ele próprio e morrer, então eu te virei e acabei caindo no sono – Faço um resumo da noite passada, enquanto ele só me observa calado.

Silencio

Silencio

Silencio

Eu volto para atras da bancada e começo mexer novamente o leite, ele continua parado me olhando, e eu tento ignorar o olhar queimando em mim.

Silencio

Silencio

Silencio

– Porque você fez isso? – Ele finalmente fala. Eu o ignoro mais uma vez e empurro o copo com elixir de novo, dessa vez ele pega.

– Não foi nada, você precisou de mim e eu te ajudei... Agora toma isso, você estará melhor em alguns minutos – Ele bebe sem protesto, enquanto isso vou pegar meu café, volto para a bancada, mas antes mesmo de me sentar, uma tontura toma conta do meu corpo me fazendo ver tudo turvo, o mundo parecia girar, o copo escorrega da minha e só volto em mim quando ouço a pancada do objeto no chão e logo os cacos se espalharem por toda cozinha – Oh Deus! – Murmuro, então o lho – Me desculpa – Me abaixo e começo a pegar os cacos rapidamente.

– Pare não precisa pegar, você vai se cortar– Ouço o protesto dele, mas não ligo continuo a pegar.

– Eu juro que vou te pagar outra caneca – Espero que não custe o meu salário.

– PARE! – O grito me faz parar imediatamente, eu não o olho, continuo abaixada, mas estou imóvel, sinto que ele se abaixou também, seus olhos estão em mim e eu não consigo retribuir, as mãos dele seguram meus pulsos me fazendo largar todos os cacos em minhas mãos, eu tento olha-lo, mas antes que eu consiga, percebo que ele está olhando meus pulsos onde suas mãos seguram, mais precisamente olhando minhas cicatrizes. Solto meus braços dele rapidamente e me levanto, afastando-me.

– É melhor eu ir embora – Sussurro – Me desculpa mais uma vez pela caneca – Não o olho, mas sei que ele está me olhando.

– Não, não vai – ele me pede, sua voz está normal de novo, com certeza ele estava com pena de mim agora – Toma pelo menos seu café – Sugere.

– Não, obrigada eu preciso mesmo ir – Saiu apressadamente, ele vem logo atras de mim, eu estava atordoada queria só sair dali, queria também dar um beijo no Will, ele tinha sido maravilhoso comigo, ele com certeza era o garotinho mais adorável que já vi na vida, mas fiquei feliz por ele não estar mais na sala, não queria ter que me despedir dele do jeito que estava agora, tudo que queria era fugir para o mais longe possível, um lugar onde ninguém me visse, onde ninguém olhasse a minhas cicatrizes e me fizesse me sentir uma babaca fraca.

– Hey... Pode pelo menos me dizer seu nome? – O ouço perguntar, eu já estou entrando no elevador, as portas estam se fechando, eu o vejo parado me fitando logo a minha frente.

– É Natasha, Natasha Romanoff. – Falo antes que as portas se fechem.

~*~

Um dia alguém me disse que tenho tanto medo de perder as pessoas que amo, que quando percebo que estou começando a ama-las, eu as afasto, pois prefiro solidão à dor de perdê-las. Quando ouvir isso eu fiquei brava, gritei e esperneei, mas enquanto o tempo passava eu fui percebendo o quanto isso é verdade, mas também descobrir que a dor de perder para mim é devastadora que cada vez que perco alguém que amo uma parte de mim morri então se para não sentir a dor da perda a opção é ficar sozinha, essa é minha escolha.

Não sei por que estou pensando nisso agora, talvez seja a situação de Pepper, ou aquele garotinho lindo que conheci, ou talvez seja o olhar de Steve Rogers para meus pulsos quando viu minhas cicatrizes, aquele olhar não sai da minha cabeça quando as pessoas veem minhas cicatrizes normalmente o primeiro olhar é de horror e depois de pena, mas ele não, ele tinha outro olhar, de medo, raiva... Steve Rogers olhou minhas cicatrizes como eu olho.

Engraçado que eu as fiz não porque eu tinha perdido alguém, mas sim porque eu estava sozinha, eu estava com medo de ficar sozinha para sempre, então pensando bem, eu não tenho saída eu estou tão quebrada, que não consigo ser como ou outros, e nada pode concertar isso.

Pensando nisso uma risada desgostosa me escapa, enquanto estou enroscada no pequeno sofá manchado da minha sala de estar, Pepper está sentada em minha poltrona verde desgastada a minha frente, ela segura um tablet nas mãos e parece está bem concentrada.

– O que tanto você olha nesse tablet? – Ela estende o aparelho para mim com um sorriso presunçoso, eu odiava aquele sorriso, pego o tablet e lá o rosto de Steve está estampada, ele está tão lindo e serio no seu terno de belo corte, parece até que foi feito sobe medida para ele, ele não parecia nem um pouco com os dois homens que conheci, o cara da noite passada e o dessa manhã, é parece que Steve Rogers tem muitas facetas.

– É uma pagina recheada de tudo sobre o bonitão que você salvou – O sorriso dela se desmancha rapidamente e uma pequena carranca aparece – Em que mundo você vivia que não conhecia o cara mais bem sucedido e lindo dessa cidade? Todo mundo conhece Steve Rogers.

– Eu não conheço, e não quero conhecer. – Pepper já tinha fantasiado toda a comedia romântica que seria eu e Steve Rogers na cabecinha mirabolante dela. Franzo a testa sabendo muito bem dos seus planos românticos para mim, eu não entendia como um ser humano que não queria se apaixonar e corria do príncipe encantado, queria tanto isso para as outras pessoas, principalmente para a melhor amiga dela aqui. Fingo repreendê-la e não gostar muito de sua atitude, mas não consigo ficar com uma carranca por muito tempo para Potts, ela é de longe o ser humano que mais amo no mundo. – Para com isso Garota – Ela gargalha.

– É serio Nat, desde que te conheço essa é a primeira vez que vejo você se importando com um cara, como você importou – Agora ela estava seria, e algo no olhar dela me dizia que ela acreditava verdadeiramente nisso.

– Eu não me importei com ele, eu só... Você sabe o que aconteceu com o papai... Eu o vi ali – Eu tentava explicar, mas não sabia exatamente o que estava dizendo, mas sabia que mesmo se não dissesse nada ela entenderia, porque ela sempre me entendi – Se algo acontecesse com esse cara... E provavelmente eu nem saberia se acontecesse ou não, mas eu me sentiria culpada por não ter feito nada. Não é porque era Steve Rogers, se fosse qualquer outra pessoa naquelas condições eu teria ajudado. – Era verdade. Porque eu me importaria com alguém que nem conheço? E fora que nunca mais vou vê-lo na minha vida, a não ser nas revistas.

– Ok já entendi, ele não tem a menor chance – Ela estava desapontada, acho que ela tinha esperanças de se livrar de mim dessa vez.

– Nem existia essa possibilidade – Afirmo.

– Me devolve esse tablet, eu preciso me inscrever no banco de doadores – Eu sabia que o assunto não tinha morrido, ele nunca morreria na boca de Virginia Pepper Potts, mas ela tinha dado um tempo e isso já era alguma coisa. Entrego o aparelho e ela logo se entretém digitando arduamente.

– Como isso vai funcionar? – Pergunto curiosa indo para perto da poltrona verde, fico olhando a preencher os tópicos que o site pedia

– Eu me inscrevo com meus dados e as características do doador que eu quero como pai do meu filho, se tiver uma pessoa cadastrada aqui com as características que quero, eles me mandam os dados e a partir daí vamos conversar e decidir se vamos ter esse filho – Ela para de digitar e se vira para me olhar, seus olhos brilham como eu nunca tinha visto, o sonho dela sempre foi ser mãe, e este sonho estar prestes a se realizar a deixava tão feliz quanto ela já foi a sua vida toda. – Sabe o quanto isso é bom? Eu vou conseguir o pai do meu filho sem precisar ter um relacionamento com alguém, mas mesmo assim o doador vai querer ser pai dele entende? Ele vai estar presente na vida do meu bebê – A felicidade dela nesse momento enquanto me contava não era comparado a nada que eu tivesse visto na vida.

– Isso é um tanto louco Pepper, não é mais fácil você apaixonar-se, casar e ter filhos? Como você e um homem que você nem conhece vão ter um filho, como você vai ter uma criança, criar uma criança sem ter um vinculo amoroso com o pai dela? Sem ter um relacionamento? – Eu não queria jogar um balde de água fria nos planos da minha amiga, mas aquilo era realmente uma loucura.

– Isso que é bom, não vai ter complicações, nem dores ou magoa... E mesmo assim meu bebê terá uma família, um pai, uma mãe... Uma tia chata – Ela me faz dar um leve sorriso, só de pensar na possibilidade.

– Você é louca

– E você ajudou um desconhecido bêbado, lindo e bilionário, dormiu com ele, literalmente, conheceu o filho dele depois saiu correndo, como se diz mesmo aquela frase? – Ela faz uma pausa – Cada um com sua loucura.

No Próximo Capitulo...

Um Sábado Tedioso?

Sábados são tão tediosos para mim, eu odeio meu trabalho com todas as minhas forças, mas quando se trata de sábados e domingos, eu preferiria estar mil vezes correndo pela cidade embaixo do sol á ficar em casa sozinha vendo o relógio rodar, as horas passarem e o dia nunca acabar.

Não Quando Se Ajuda Um Bilionário Perseguidor

– Steve Rogers? – Franzo a testa, levantando uma das minhas sobrancelhas – Como ele descobriu meu endereço? – Eu tinha muitas perguntas, mas foi tudo que conseguir formular e falar naquele momento, eu estava confusa e até mesmo assustada, como esse cara descobriu meu endereço? Como ele soube que eu amo tulipas brancas? Porque isso não foi um palpite de sorte tenho certeza.

Mas Não Quer Dizer Que Ele Seja o Príncipe Encantado

– Eu não sou seu amigo – Quando ouço tais palavras, quase saiu correndo dali, ele era realmente grosso, tinha me enganado com o negocio de boas maneiras.

Como Isso Pode Terminar?

– Quer um sorvete? – Pergunto, percebo uma sorveteria logo a frente do restaurante, eu amo sorvete, e queria retribuir de alguma forma o ótimo jantar.

Capitulo 3 – White Tulips Of A Tracker

Terça, Dia 15 de Dezembro.


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Notas finais do capítulo

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