Modificações escrita por NutellaCruz


Capítulo 17
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

e ae gaaalera, demorei ? ta, eu sei haha mas foram a semana de prova, férias e bloqueio de criatividade haha
mas enfim, to ake pra concluir mais esse trabalho *-*
estão preparados para o ultimo cap/epilogo ? (:
obs: usei o gaiden para ficar mais 'real'.. ja sabem neah. kk

Espero meeesmo que vocês aproveitem, fiz com maior carinho ♥

PS: Não esqueçam das Notas Finais xD

~ Boa leitura



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[A Pétala de Cerejeira]

    Setembro. O céu pintado de laranja junto às árvores com folhas amareladas e alaranjadas anunciavam a chegada do outono. A paz reinava por Konoha enquanto eu caminhava pelas ruas voltando do mercado junto a Sarada.

    Minha pequena tinha agora um pouco mais de seis anos e cada dia que passa demonstra mais o quão esperta e inteligente já é, me fazendo cada vez mais orgulhosa.

    Quando Sasuke-kun partiu Sarada tinha apenas dois anos e não entendia muita coisa, mas aos quatro anos de idade - após dois anos da partida de Sasuke-kun - a ausência do mesmo começava a pesar nos ombros de Sarada.

    Nessa época muitas foram as vezes as quais Sarada perguntou-me sobre o pai, sempre com a mesma pergunta.

    - Ei, cadê o papai?

    E eu sempre lhe dava a mesma a resposta, já que não poderia explicar-lhe nada naquele momento.

    - Ele está em uma missão importante. Assim que terminar, ele vai voltar.

    Assim o tempo foi passando e a falta do mais velho Uchiha sempre fora perceptível em Sarada, agora com seis anos ela mantinha-se a perguntar sobre o pai, mas dessa vez ela me surpreendeu com uma pergunta um pouco inusitada para sua idade.

    - Ei mãe, quando o pai volta?

    - É uma missão realmente difícil, então vai levar um tempo…

    - Ele não se importa com você?

    - Hein? Claro que se importa! - afirmei já ligeiramente incomodada com sua pergunta, porém era compreensíveis seus motivos além de ser apenas uma criança.

    - Então porque ele não volta para nós?

    - Sarada… Você e eu somos muito importantes para seu pai, e é exatamente por isso que ele não pode voltar para casa. Você pode não entender agora, mas certamente entenderá um dia. - tentei explicar-lhe o básico.

    Ela baixou o olhar e apesar do silêncio, seus olhos lagrimejaram. Estava a coisa mais linda e fofa do mundo e não resistir em lhe dar um abraço.

    - Tá muito apertado mamãe… - reclamou inocente.

    - Desculpe, é que você estava tão fofa que não consegui me conter. - me desculpei e ela enxugou os olhos me dando um sorriso junto a um olhar sapeca.

    - Você e o papai já se beijaram? - soltou de repente.

    Fiquei ligeiramente assustada porém visivelmente surpresa com sua pergunta inusitada, de onde veio isso? Ri internamente e pensei em como lhe responder isso. Coloquei instintivamente a mão em minha testa e ri feito boba.

    - O que? O que foi? - perguntava-me Sarada animada e com os olhos exitados de curiosidade.

    - É só que… Lembrei-me de algo melhor que isso. - confessei envergonhada.

    - Mamãe é suja…

    - Não, não é isso… - francamente, nessa idade, de onde ela tira essas ideias?

    - Ei, então o que é melhor que um beijo? - insistiu.

    Olhei para ela a qual ansiava pela resposta, mas melhor que responder-lhe eu preferi transmitir a ela todo significado e sentimento contido num gesto tão intimo e maravilhoso que Sasuke-kun também havia me transmitido.

    Levantei meu braço direito e com o dedo indicador e médio toquei-lhe a testa, a confusão era óbvia em seu rosto e não pude evitar sorrir.

    - Te conto na próxima vez.

     O gesto mais significativo que poderia ser feito sem necessidade de uma só palavra, talvez fosse até melhor que um beijo. Mesmo que ela não fosse entender agora. A lembrança desse momento entre Sasuke-kun e eu inundou minha mente e meu sorriso só aumentou junto a quentura que senti em minhas bochechas.

    - O que foi de repente? - ouvi sua voz agitada perguntar.

    - Você entenderá quando se encontrar com seu pai.

[...]

    No total fazia cinco anos que Sasuke-kun havia deixado Konoha e partido em sua missão, ninguém imaginou que demoraria tanto tempo e mesmo assim sabíamos que estava longe de terminar. Sarada tinha agora sete anos e se desenvolvia cada vez mais.

    Nesse período de tempo eu raramente via meu marido, mas isso não significa que eu não o via. Sempre que surgia a oportunidade Sasuke-kun aparecia para nos ver, geralmente de madrugada para que pudesse observar Sarada dormir e polpá-la de uma despedida. Ele preferia manter a imagem de um pai ausente do que ter que enfrentar uma despedida dolorosa com Sarada. Eu não me opunha a escolha dele, mesmo que eu visse o quanto machucava ambos.

    Hoje era uma dessas mais raras noites em que veria meu Uchiha após muito tempo. Eu havia recebido uma carta de Sasuke-kun avisando sobre sua breve visita e eu o aguardava ansiosamente.

Era próximo da meia noite e Sarada já havia ido se deitar, eu mantinha-me em meu quarto sentada em uma poltrona lendo um livro, na verdade só olhando as palavras pois nada me entrava na cabeça além do pensamento que ele chegaria a qualquer minuto.

Não demorou muito e senti seu chakra do lado de fora da janela, levantei-me e com cuidado abri a janela e o vi inerte na sombra das árvores ao redor. Afastei-me e dei-lhe espaço para entrar, logo vi o vulto de seu manto pousar em minha frente e após muito tempo ali estava Uchiha Sasuke, meu marido, parado em minha frente olhando-me intensamente.

Imediatamente senti seu braço ao meu redor me puxando e grudando nossos corpos, para logo em seguida sentir seus lábios junto aos meus num beijo feroz e cheio de saudades. Quando me dei por mim já estava em seu colo e posteriormente deitada na cama com um Uchiha possessivo em cima de mim. Tocava todo meu corpo com suas mãos e era auxiliado por seus lábios que passeavam por meu rosto, pescoço, clavícula e seios. Eu sentia sua ereção crescendo e a urgência em cada toque seu, era como se marcasse território.Minha pele incendiava. Como eu havia sentido falta de tudo isso. Como eu amava esse homem.

Nenhuma palavra foi dita, nossos corpos falavam por si ao se tocarem com tanta vivacidade e intimidade, nossa sintonia conservava-se perfeita. No decorrer dos minutos… Entre toques, carícias, beijos, suor e gemidos de ambas as partes, eu dizia seu nome e em cada vez ele me dava mais de si em cada estocada profunda, ouvia meu nome sair de sua boca após tanto tempo e sem duvida aquilo me deixava mais louca por ele. As próximas horas resumiram-se no choque entre nossos corpos selando mais um reencontro desesperado mas não menos que magnifico.

Horas depois encontrava-me deitada sob o peito de Sasuke-kun. O calor e o cheiro de nossos corpos se misturavam enquanto o martelar de nosso coração e o ofegar de nossa respiração se acalmavam. Eu estava exausta, mas era a mais bela e satisfatória exaustão que eu poderia desejar. Sei que o momento não duraria muito mas eu o aproveitaria ao máximo.

— Eu senti muito a sua falta, Anata. - comentei e o senti me segurar mais firme e me puxar para mais perto de si.

— Hn. Você esta bem? Está tudo bem por aqui? - perguntou tranquilo com aquela voz que eu tanto amava e sentia tanta falta, amaldiçoei mentalmente por ele não ser de falar muito.

— Estamos bem Sasuke-kun. Nada fora do normal. - eu apreciava sua preocupação e o modo discreto como demonstrava. Jeito Sasuke-kun de ser.

Mais alguns minutos se passaram e em seguida o senti se desvencilhar de mim e vestir suas roupas.

— Você vai vê-la? - perguntei.

— Sim, é arriscado vir vê-las e você sabe que não tenho muito tempo. Naruto está a minha espera e depois ainda tenho que sair da vila antes que amanheça. - explicou baixo.

Seguiu até a porta e foi até o quarto de Sarada, o qual eu havia estrategicamente deixado a porta aberta para que não houvesse barulho. Vesti uma camisola vermelha que estava próxima e também deixei o quarto. Encostei a costa na parede de fora do quarto dando privacidade ao meu marido, eu não ouvia mais do que leves e incompreendidos sussurros que Sasuke-kun direcionava a sua ‘pequena Uchiha’, como ele gostava de chamá-la.

Um tempo se passou e sei que ele apenas a observava dormir, minutos depois tudo o que ouvi foi: “Desculpe Sarada, talvez na próxima vez” e em seguida o vi sair pela porta.

    - Está na hora. - falou ao me olhar e eminentemente sua expressão estava relaxada.

    Aproximei-me dele e nas pontas dos pés passei meus braços por seu pescoço e dei-lhe o último abraço daquela noite.

    - Eu amo você, Anata. Por favor tome cuidado e volte logo para casa. - disse baixo e senti seu aperto em minha cintura e ao meu redor seguido de um “sinto muito” quase inaudível próximo a minha orelha.

    Em seguida seus lábios procuraram os meus e ali no corredor iniciávamos o último beijo da noite. Esse era um beijo diferente do primeiro de quando ele chegou, era calmo e sem pressa para aproveitarmos mais um do outro. Talvez esse beijo respondesse decentemente a pergunta de Sarada de tempos atrás.

    - Sinto sua falta todos os dias, então por favor se cuide. - revelou próximo ao meu ouvido deixando-me imensamente surpresa como ele sempre fazia, já que isso não era de seu costume.

    Suas palavras aqueciam meu coração e sustentavam ainda mais meus sentimentos por ele.

    Agora próximo a janela de nosso quarto, ele preparava-se para partir. Mas não antes de fazer o gesto herdado de seu irmão e sussurrar mais uma vez aquelas tão significativas palavras que sempre compartilhávamos…

    - Sakura… Obrigado. Até a próxima vez.

Era a garantia que um dia ele retornaria novamente.

[...]

Sakura,

    Passaram-se alguns meses desde o último contato, os dias se arrastam e eu continuo em minha incansável busca, basta apenas saber que dessa vez com um certo avanço.

    Estou bem e você deve imaginar onde estou, espero que estejam bem.

Até a próxima vez.

Uchiha Sasuke.

Após um pouco mais de quatro meses desde a última carta, essa fora a nova que Sasuke-kun me enviou. Nem sempre podíamos nos comunicarmos, pois isso comprometia sua localização e segundo ele, nossa segurança. Mas sempre que acontecia, ele mantinha-se sempre simples e direito, no entanto suas palavras ainda tinham grande significados escondidos que me deixavam confortável e imensamente alegre.

Dessa vez, o que me chamou a atenção fora a pétala de cerejeira que acompanhava a carta, não sei se propositalmente ou não, mas pelas dicas em suas palavras diria que não fora ocasional. Presumi então que ele estava em Tanigakure, a Vila Oculta nos Vales. Primeiro lugar que passamos em nossa viagem, e pela época do ano diria que era o ápice das cerejeiras.

Assim como daquela vez… ele lembrou de mim.

[...]

O tempo ia passando e com ele as coisas iam mudando, Sarada crescia e se desenvolvia cada vez mais, já estava na academia e se mostrava bastante inteligente. Logo chegaria as aulas práticas que exigiriam um pouco mais dela, assim eu buscava treiná-la sempre que pudia.

Ensinava a ela tudo que precisava saber para sua idade, era ótima com shurikens e controle de chakra, eu explorava isso e aperfeiçoava suas habilidades. Dessa forma, aprimoraria sua luta de curto alcance e seus reflexos, podendo até herdar um dia - com certo treino - a minha grande força. Gostaria que apreendesse também habilidades do clã Uchiha, a junção de minhas habilidades e as de Sasuke-kun iriam fazê-la uma shinobi excepcional, quem sabe um dia Sasuke-kun possa ensiná-la.

Hoje era um daqueles dias que havia um festival na vila, Sarada adorava os festivais e sempre me arrastava para vários deles, onde poderia encontrar seus amigos. Eu tive uma folga do trabalho e aproveitamos para treinar a tarde, então após o treino voltamos para casa e nos aprontávamos para o festival da noite.

Eu já estava pronta mas Sarada ainda estava se vestindo, aproveitei então para responder a carta que havia recebido de Sasuke-kun. Era chegado o tempo da tecnologia no mundo shinobi, mas o Uchiha ainda mantinha-se antiquado e fiel aos métodos antigos, mesmo eu tendo lhe dado um celular em uma de suas visitas.

Anata,

    É sempre bom receber uma carta sua me dando a certeza que você está bem, mesmo que em suas breves palavras. Tudo mantêm-se bem por aqui e nada fora do habitual. Plantões no hospital, missões e o resto você já sabe.

    Sarada entrou na academia e tem se mostrado muito inteligente, tenho treinado com ela e lhe ensinado algumas coisas que ajudem à desenvolver suas habilidades, você ficaria surpreso. Você poderia ensiná-la um pouco de suas habilidades um dia, seria incrível. Ela está crescendo tão rápido.

    Agora preciso ir, sua filha insiste em chamar meu nome me fazendo levá-la a um festival que está tendo hoje. Espero noticias suas em breve. Cuide-se. Sentimos sua falta.

Até a próxima vez.

Uchiha Sakura.

PS: Aproveite as cerejeiras.

Sorri pela última frase, sei que ele entenderia a referência assim como eu havia entendido a dele. Levantei-me e amarrei a carta à pata do falcão de Sasuke-kun e em seguida o mesmo saiu voando, já era comum muitos verem o falcão dele rondando o hospital ou minha casa.

Sarada entrou no quarto toda animada dizendo para irmos logo, eu sorri e em seguida a acompanhei para fora do quarto. Saímos de casa e caminhamos pelas ruas até o centro da vila, não longe de onde morávamos. Seria mais uma noite divertida ao lado de nossos amigos.

.

.

.

 

[♥]

    Em todos esses anos criei Sarada o melhor que pude, eduquei, alimentei, treinei, cuidei quando ficou doente e me dediquei ao máximo para ser a melhor mãe que ela merecia. Criamos um sentimento inabalável entre mãe e filha durante todos esses anos e tentei ao máximo suprir a falta que Sasuke-kun fez a ela, mesmo sabendo que era impossivel. Pois apesar de saber muito pouco sobre o pai, Sarada o ama incondicionalmente.

A verdade é que Sasuke-kun e eu nunca fomos um casal normal e estamos longe de ser um, desde o inicio eu soube disso e até aqui não me arrependo de nada. Casei-me com a pessoa que sempre amei e ganhei uma filha maravilhosa, as coisas entre Sasuke-kun e eu nunca foram fáceis e depois de casados não imaginei que seria diferente, mesmo longe sinto-o perto num sentimento interligado e genuíno que nos une numa conexão extrema. Apesar das dúvidas constantes, sei que um dia Sarada entenderá.

    Tudo começou a muitos anos atrás nascendo de um sentimento bobo de criança, que evoluiu e venceu adversidades e difíceis obstáculos ao decorrer dos anos, mas que também bravamente nos fortaleceu.

“Você é irritante”            “Sakura… Obrigado”             “Até a próxima vez”

“quando penso sobre esse progresso, de algum modo meu coração se aquece”

Sakura Hiden.

 

[♥]

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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me deixem saber, comente õ/ // Última chance para os fantasminhas hahaha
Então vamos lá... Despedida kk
Amores, agradeço muuuuuito mesmo a todos que acompanharam essa fic e me apoiaram até ake, não tenho nem palavras para agradecer, sério mesmo. Foi um desafio porque foi a primeira fic sozinha e eu fikei mto feliz com o resultado, graças a vocês *-* Obrigada de coração.

Obs: Fiko feliz por concluir a fic bem no mês especial do nosso casal *-* Julho - Mês SasuSaku ♥

Tenho projetos em mente e logo inicio uma outra fic, tipo um SasuSasu dos bastidores do filme boruto kk veremos o que será, então fikem ligados amores, adoraria ver vocês comigo nessa ♥

Mais uma vez obrigada, espero mesmo que tenham gostado e nos vemos por ae *-*

beijooooow *



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