Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 78
Como as flores - parte 4




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Como as flores 

Parte 4 

Capítulo 16 

Sage definitivamente era louca, de um jeito que eu nunca tinha visto antes em minha vida. Eu achava que as minhas ex e as ex de Elijah eram loucas, mas nós sempre conseguíamos subir um nível a mais... pelo visto, eu já havia subido todos. Olhei para as fotos espalhadas por toda a minha casa coladas em paredes e jogadas pelo chão. Até fotos minhas das quais eu nunca havia visto, todas elas com chifres desenhados e uma capa vermelha pintada com caneta, fora o bigode ridículo. Comecei a arrancar algumas fotos e as joguei dentro de um vaso com algumas rosas mortas ao lado de sua cama. Típico, como Sage se mantinha viva se não conseguia cuidar de 3 míseras rosas? 

— Nik! Niklaus! – a ouvi gritar histericamente e rolei os olhos nada surpreso, exceto pelo fato de não ter a ouvido quebrar alguns dos meus vasos – Nik! 

Quando cheguei no andar de baixo Sage estava jogada no chão com uma expressão nada agradável, suas roupas amassadas e os olhos vermelhos e inchados... isso me causou uma impressão terrível, o que quer que fosse, era grave, afinal Sage nunca chorava por uma besteira.  

— O que foi? – perguntei sério e ela apenas me olhou com certa raiva.  

— Caroline! – resmungou irritada – Caroline sempre tira o tempo pra me irritar. Nik eu sei que dou trabalho, sei que não sou fácil e sei muito, muito, muito bem que eu possuo milhares de defeitos, mas o que faz uma pessoa ficar ao seu lado por tantos anos só pra ver o seu sofrimento? Por quê me aguentar por tanto tempo só pra me ver assim? 

Isso de fato me deixou extremamente confuso, mas logo me toquei que Sage não estava nada sã, ela não vinha pensando de forma coerente, sua mente completamente cheia, confusa e machucada devido a perda de tantas memórias. Era como se ela não os conhecesse mais. 

— O que Caroline disse? – e ela me relatou, eu poderia ter ficado furioso, chateado e poderia ter ido atrás de  todos eles e os estraçalhar, mas agora não era um momento de agir de forma impensada, a  falta de memória poderia ser temporária... além de que...ainda existia a marca e eu não poderia me dar ao luxo de retorcer de dor estando cercado de inimigos. 

Isso não me impediu de os visitar. 

— Niklaus o que veio fazer aqui? – Caroline se levantou rapidamente do sofá dos Salvatores assim como  Elena, ouvi Bonnie parar atrás de mim  e suspirar – Eu juro que eu não tive a intenção de fazer nada daquilo Klaus... você sabe que... 

— Eu sei Caroline. – a interrompi – Eu entendo, mas isso não quer dizer que eu tenha gostado. Acho que será melhor para vocês se manterem quietos e longe dela, podem estar querendo ajudar.... mas só estão deixando tudo pior ainda para ela a pressionando dessa forma. – pressionei entre meus olhos com força sentindo a ira me invadir. 

— Quer que eu desista da Sage?  

— Se isso for  o melhor pra ela, qual o motivo pra não?  

— Você só diz isso pelo fato da Sage só se lembrar de você, eu não vou deixar você sumir com a minha amiga Klaus. – a loira me olhou duramente, eu podia ver que Elena também estava insatisfeita com a situação, mas parecia convencida de que o melhor era se manter longe de Sage, antes que ela passasse a os ver como inimigos. Algo que eu não acharia ruim. 

— Caroline. Ele está certo, eu não gosto disso. Ao invés de nos aproximarmos dela... estamos fazendo ela nos odiar. Vai por mim, ela precisa de um espaço antes de nos ver como inimigos, Sage mostra que só está se  lembrando das coisas ruins relacionadas a nos. Como se só fossemos expectadores da sua vida, não é saudável nos forçar tanto a entrarem sua vida quando ela não se lembra de nós. Tudo vai parecer falso pra ela.- a bruxa interviu e eu agradeci silenciosamente vendo Elena concordar com ela e Caroline arregalar os olhos inconformada.  

— Vocês enlouqueceram? – ela berrou irritada – Eu não acredito nisso! 

— Eles tem razão. – Stefan concordou se aproximando e Caroline bufou batendo as mãos contra a perna – O que veio fazer aqui Niklaus? Além disso.  Que fique claro que eu não concordo em deixar Sage completamente em suas mãos, e eu ouvi boatos que está indo para Nova Orleans.  

— Estou, mas Sage não. – os vi me olharem surpresos – Isso não quer dizer que eu não vá tentar depois.  

— Ou a sequestrar. – Elena me corrigiu.  

— Sage vai... – tossi, engasguei e senti a garganta, coçar terrivelmente – Ficar com Katherine. – minha expressão era de puro desagrado – Não sei quando vou voltar e estou deixando tudo para ela e Elijah...  

— Qual a finalidade de vir aqui?- Damon questionou. 

— Sage tem... planos. – avisei, óbvio que não entregaria tudo, isso foi o suficiente para os olhos de Bonnie e Elena brilharem em compreensão, eu sabia que elas acreditavam em Sage...embora agisse pelas suas costas tentando a proteger. Isso era o suficiente pra me fazer viajar em paz, mais deles deveriam acreditar nela. 

E então no dia seguinte eu a deixei em minha casa, eu sentia que ela não havia ficado muito tempo no local. Apenas o suficiente para pensar na situação, eu podia sentir o medo e o aperto em seu peito, senti saudades e desespero. E então não senti mais nada e logo após recebi a ligação de uma Elena histérica. A casa de Sage havia explodido. Isso me preocupou de início, mas eu ainda possuía a sensação de que faltava uma parte em mim e que ela estava ficando em Mystic Falls... presa lá, isso foi o suficiente para não me fazer ficar surpreso quando ela atendeu minha ligação. 

E então ela me ligou empolgada, e claro. Sage já estava solucionando seus próprios problemas. Como eu sempre esperei que fizesse. 

Capítulo 17 

— Rebekah. – a cumprimentei vendo ela abrir um sorriso pequeno antes de vir em minha direção junto de Kol – Admito que estou surpreso. – confessei enquanto colocava minha mochila no carro. 

— É o máximo de demonstração de afeto que nós iremos conseguir chegar durante um enorme tempo Nik. – ela se sentou no banco do motorista e eu sentei ao seu lado – Eu pensei em te deixar descansar antes de... ir até ela, mas não... quanto mais cedo resolvermos tudo isso... melhor ainda. – ela falou rapidamente e eu a olhei de lado, era fato, eu estava adiando o inevitável por tempo demais. 

— Qual o plano? Vamos abrir ela e matar os dois? Vamos trancar ela em uma torre até que a criança envelheça e ela morra? – Kol me questionou e Rebekah o olhou de lado com uma careta. 

— Obviamente que não. Nós vamos conseguir contornar isso. Acima de tudo... essa criança é uma Mikaelson.- Rebekah nos relembrou e nada disso parecia entrar em minha cabeça.  

Eu pai? Niklaus Mikaelson com uma criança fedida brincando de lar feliz? Jamais! Isso nunca havia se passado pela minha cabeça, meu primeiro e provável único filho... dentro de uma lobisomem. Que tipo de aberração aquela coisa se tornaria? E que tipo de problemas aquilo me traria? Provavelmente milhares deles. E por quê eu estava me importando? Era apenas uma vida, eu tiro vida todos os dias.  

— Klaus. – retirei meus olhos de sua barriga tentando me lembrar de como eu havia chegado até ali, e mesmo assim não me lmebrei. – Eu acreditei que se viesse até mim, seria para me matar. – ergui um dedo vendo-a ao lado de Rebekah. 

— Eu estou me decidindo. – era a única coisa que eu tinha para dizer, afinal o que eu poderia dizer a ela? Procurar entender se caso houvéssemos nos prevenido ela não estaria grávida?  Era irônico pensar nisso, visto que eu era uma espécie bizarra de morto-vivo que não possui doenças e que muito possivelmente não pode engravidar alguém. Então como? – Como eu posso... 

— Só vai ter que acreditar. Eu convenci Rebekah não foi? E Kol? Elijah! - ela frisou o nome dele e isso me aborreceu, desde quando Elijah é de confiança?  

— Isso pode não ser valido pra mim. – vi ela suspirar e pousar a mão sobre a barriga ainda pequena, mas bem visível.  

— Eu não me arriscaria tanto por tão pouco. Klaus... eu garanto a você. 

— E decidiu de repente que eu seria um pai maravilhoso que precisa saber a existência do próprio filho, um homem que vocês mesma chamou de monstro e odiou... e odeia. Veio até mim por se importar em como seria se eu não soubesse do meu filho perdido. Você me conhece Hayley... 

— E é por isso que estou aqui. Não ganharia nada com isso e acredite em mim, eu não queria tanto quanto você... mas ele agora é bem mais importante que o meu orgulho ou o meu medo de você. O meu medo é de perder ele, assim como você tem medo de perdera sua garota. Existe apenas essa única coisa que conecta nós quatro e algo maior que impede que fiquemos longe um do outro. Bruxas, mortos, vampiros... todos nós somos um grande alvo. Nós três temos você em comum, ele é parte de você. Assim como ela. – sussurrou me olhando intensamente.  

Parei por um momento quando meu celular vibrou, o nome de Sage piscou e eu imediatamente atendi sem nem pensar duas vezes enquanto me afastava do trio de curiosos. 

Nik! 

— Sim. O que aconteceu? – questionei por ver ela me ligando, ela nunca me ligava. 

Você se encontrou com seu filho? Marcel? Quando é que vou conhecer ele? Já pensou como ele vai se estressar e me ceder o trono quando eu disser que ele é o amorzinho da mamãe?— isso quase me fez rir, Marcel sendo o amorzinho da mamãe. 

— Ainda não, eu não sei querida. – fui sincero me tornando um completo covarde esperando que Sage nunca quisesse pisar em Nova Orleans. 

Eu não vejo a hora... de ter todos os Mikaelson por perto Klaus. Não é esse o seu maior sonho? Que sejamos uma família? Eu sinto muito a falta da minha... me arrependo de ter deixado todos eles irem. Não que eu esteja reclamando de Katherine ou do Nate... mas, é diferente... quando se é completamente sozinho. Ou quando se tem só uma pessoa pra te apoiar. Eternidade não existe quando se é solitário, não é Nik? É como estar morto o tempo inteiro.— ela quase conseguiu destruir minha existência com essas palavras e de tudo que eu estava convencido. 

Sage poderia viver com isso? Eu poderia viver com isso? Um filho, uma nova história, uma outra pessoa para se proteger. Não é  como se eu estivesse prestes a me casar com Hayley e montar a família dos sonhos com ela, não é como se eu fosse perder toda a minha eternidade por um mero “detalhe”, eu já havia passado por coisas piores. O que eu faria? Mataria meu sangue se ele é algo que venero... e pela primeira vez... se ele é algo que é realmente meu. Meu maior vínculo sanguíneo, alguém que realmente é sangue do meu sangue, minha primeira e talvez única chance. 

— Você está certa querida. Venha para Nova Orleans. – pedi – Vamos reunir toda a nossa família. – olhei para Hayley ao fundo. 

E ela não veio como era de se esperar, e não viria tão cedo. Eu sabia disso, na realidade até esperava por isso, Sage sonha em ser uma super heroína aos avessos. Eu não entendi como alguém poderia sertão má e  ao mesmo tempo tão boa quanto Sage conseguia ser.  

— Eu devo admitir que sua fúria me anima muito. – Marcel se aproximou de mim batendo em meu ombro – É um prazer te ver novamente Niklaus. Seja bem-vindo. Qual o motivo para tanta revolta? 

— Marcel! – o saudei me sentindo verdadeiramente animado – Uma mulher e meu irmão apaixonado.  

— E vou desvendar que você ama essa mulher, ou a essa altura ela já estaria  morta.- ergui meu copo e ele se sentou ao meu lado me olhando despreocupadamente. 

Marcel tinha a capacidade de desvendar tudo só em olhar para nós, isso me fazia questionar até quando iria nossos “dons” de vampiros. Alguns sentiam odores com mais facilidade que outros, alguns poderiam se esconder sem nunca serem encontrados e existiam vampiros como Marcel. Eles sempre sabiam quando havia algo de errado. E eu odiava isso, o instinto de sobrevivência de Marcel era invejável por muitos vampiros. 

— Algo assim. – admiti – Mas nada que esteja me preocupando a ponto de não reparar nas mudanças que aconteceram em Nova Orleans, percebi que o reino cresceu muito. – comentei com ele vendo que seu sorriso continuava completamente imutável, mas seus olhos se encheram de fúria como se eu tivesse acabado de anunciar uma guerra, tratei de concertar isso rápido afinal eu ainda precisava estar livre de preocupações para começar mais brigas. – Estou orgulhoso, fez um bom trabalho como rei de Nova Orleans. – vi sua postura relaxar minimamente e o brilho orgulhoso em seu olhar, Marcel poderia ter um instinto de sobrevivência elevado, mas eu era um alfa, sempre saberia jogar ao meu favor.  

— Eu agradeço, admito que não foi algo fácil. – ele me olhou atentamente – O que pretende em Nova Orleans? Por quanto tempo irá ficar?  

Olhei pensativamente para frente, eu tinha certeza que Sage viria em algum momento. 

— Até o meu prazo de validade acabar.- brindamos. 

. 

Então não tem como convencer ela a sair da cidade? Eu sei que Sage vai fazer alguma coisa, não posso tentar resolver essas coisas com ela tão perto Klaus. Eu tentei a tirar daqui, mas não adianta. Estella vem a olhado com de perto, Bonnie esteve bem atenta quanto a isso.— Elena suspirou e eu pressionei o celular contra minha orelha. 

— Eu vim tentando. Sage me escuta tanto quando a vocês. – passei a caminhar pelos corredores sendo seguido – Sei que sabem de muito mais coisa do que ela e que provavelmente irão acabar com isso antes que ela se meta em encrencas. Ainda tem muita gente nos arredores para ela eliminar antes de visitar Esther. 

— OK.— encerrei a chamada.  

— Só passei para avisar que Sage vai caçar bruxas essa noite.- Elijah me avisou com os olhos em nossa convidada, Hayley caminhava de um lado para o  outro me esperando pacientemente na imensa sala – Eu o desejo boa sorte, algo me diz que o seu sonho de amor eterno pode acabar muito antes de começar. 

Capítulo 18 

— Esse será o seu quarto, não deixarei nenhum Mikaelson ser criado dentro de um carro no mato como se fosse um espanta humanos. – Hayley me olhou com uma careta como se fosse exatamente o que estivesse pensando, eu não duvidava de nada.  

Saímos do quarto e descemos para a sala de estar nos sentando no local sendo completamente ignorados. 

— Sei que isso te deixa tão infeliz quanto eu. – ela comentou e eu dei de ombros sem me incomodar com isso. 

Eu sabia que Sage iria continuar brincando até o momento que nada mais pudesse ser feito, não esperava que ela realmente viesse quando eu a chamasse e muito menos que iria aparecer de um dia para o outro com alguma surpresa um tanto desagradável, tipo Katherine sendo carregada em suas costas. 

— É melhor não nos preocuparmos mais com isso. Pelo menos não por agora. - olhamos em direção a Kol que conversava com Elijah tranquilamente como eu nunca tinha visto antes, Ellijah sorria de maneira misteriosa enquanto via Kol agir de maneira brincalhona se divertindo as minhas custas.  

— Onde está Rebekah? -  questionei. 

— Dormindo, é claro. – Elijah me respondeu e eu franzi o cenho para isso, Rebekah dormira cedo demais.  

Nos últimos dias tudo vinha se tornando uma grande confusão, Marcel já desconfiava que eu não iria querer uma posição menos desvalorizada em seu reino. Era óbvio que eu o queria e era óbvio que ele já sabia disso, ele estava se preparando para uma futura guerra mesmo que eu não houvesse declarado nada ainda. Ele fazia bem  em desconfiar de mim. 

Se eu dissesse que não sentira Sage em perigo naquela noite em especial eu estaria mentindo, eu senti e a senti muito. A marca gritava em nossos corpos, eu a sentira tensa, com medo e em uma leve espécie de transe durante um curto período de tempo. Podia quase sentir a ironia vazando pelos seus poros mesmo que não a ouvisse falar, e nesse momento eu  percebi que Sage já estava tendo uma de suas ideia mirabolantes que me fariam enlouquecer. E isso me fez cair mais uma vez em meus pensamentos. 

Sage mataria Hayley? O bebê? Me mataria? Eu duvido, mas tenho a certeza que se tiver oportunidade irá se vingar o quão logo conseguir... Ou talvez não? Isso me fazia pensar mais ainda, Elijah me perseguia o tempo inteiro com suas mil teorias e sempre com a mesma história de a deixar para que ela fosse devidamente feliz sem um problema como eu, mas convenhamos... Eu provavelmente sou o ser mais egoísta que já teve o prazer de pisar nesse mundo. Eu nunca deixaria Sage, mesmo que ela me deixasse, mesmo que dissesse de todas as formas que não iria me querer, eu não a deixaria. 

— E hoje é noite de lua cheia. – olhei para Elijah de lado enquanto continuávamos a beber, Camille nos observava de longe. 

— O que quer dizer? – eu sabia o que queria dizer. 

— Não percebeu como está a noite? – olhei para fora vendo o local completamente escurecido, o vento batia violentamente contra as árvores que pareciam desabar a qualquer minuto, além de que chovia muito e que a temperatura parecia cair a cada segundo, era óbvio que algo grande estava para acontecer. 

— Estella vai abrir o portal para liberar os mortos hoje a noite. – Elijah avisou e em menos de alguns segundos andávamos pelas ruas enquanto eu discava o número de Sage, Elena e Caroline não sendo atendido por nenhuma delas. 

— E por quê eu só fui avisado disso agora?- gritei irritado com ele entrando na casa e vendo o olhar assustado de Rebekah, era óbvio – Rebekah! Onde está Sage?  

— Com Estella. Eu liguei para Elena e a mandei para longe do local. Eu não imaginei que chegaria a ser algo assim Nik! – apontou para fora indo em direção a janela que se estilhaçou em milhares de pedaços quando uma arvore  atingiu o local. 

E eu sai do local imediatamente e me dirigi ao aeroporto, mas se quer me deixaram comprar minha passagem afirmando que não tinham previsão para a liberação de voos, óbvio que não haveria. ERA ÓBVIO que justo naquela merda de noite em que a louca da minha namorada decidiu enfrentar uma vampira extremamente velha, não haveria uma forma de ao menos eu a salvar. 

Quando ela me atendeu a chuva havia parado completamente, mas estranhamente uma intensa nevasca assolava Nova Orleans impedindo que qualquer pessoa entrasse ou saísse do local, isso resultava em um Niklaus mais furioso ainda. Cada fibra do meu ser se retorcia para que eu gritasse com ela, a xingasse, amaldiçoasse e fizesse Sage entrar em pânico para ao menos colocar o mínimo de juízo em sua cabeça.  

Mas eu não o fiz. Ao contrário disso, assim que vi seu rosto cansado e os olhos perturbados me detive. Fingi engolir sua explicação e me mantive o mais paciente possível enquanto ouvia o desenrolar da história, era claro que poderia ficar pior do que já estava. Era claro que alguém iria acabar morto e era claro mais ainda que eu era um merda. O que eu tinha cabeça quando a deixei assumir tudo? 

E então dessa vez eu havia decidido que de uma forma ou de outra eu tinha que assumir o controle de toda a minha vida novamente, eu estava fraquejando demais e o resultado disso seria danos irrecuperáveis. 

 


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