Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 74
Como a neve - parte 3


Notas iniciais do capítulo

As postagens como eu disse vão depender. As farei assim que achar que foi o suficiente, dá muito trabalho fazer isso por ter que ler capítulo por capítulo e adaptar tudo para a visão do Nik, cansa muito mesmo. Então essa visão dele pode durar semanas ou até mesmo meses.



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Capítulo 16

Mexi nas gavetas de Sage e achei sua camiseta Team vampires, abafei uma risada evitando acorda-la e pendurei as roupas novas nos locais onde as antigas ocupavam, foi nisso que vi um arco que me deixou um pouco curioso. Eu já sabia da existência dele, mas nunca o havia visto. Não era um arco comum, era profissional e eu duvidava muito que ela soubesse usar um daqueles. A olhei novamente e a vi deitada na cama em um sono profundo, sua pele estava com um brilho dourado suave, as bochechas maiores e sempre coradas, a pele macia e o corpo com bem mais volume do que quando a conheci. Isso despertava não só o meu interesse como o de outras pessoas, Elijah era uma dessas pessoas, Matt e o tal Enzo também. Eu sentia até um pouco de alívio ao ver que Stefan e Damon não tinham esse interesse.

—O que essa cama faz aqui? – ouvi sua voz rouca e a olhei de lado vendo aquele ninho escuro que era seu cabelo.

Inventei uma desculpa rápida, ela não precisava saber que eu havia arrumado uma confusão com Stefan e tinha o obrigado a levar a cama para casa, então tivemos uma conversa rápida e descemos para o café.

Eu estava me aproveitando da situação, mas ela não parecia não gostar, era maravilhoso ver ela reagir quando eu me aproximava, encostava nossos corpos durante as demonstrações, quando segurava seu braço ou apoiava minha cabeça em seu ombro. Eu já estava cansado de investir e Sage “me dobrar”, era sempre assim. Ela sempre fugia e me deixava confuso e que merda eu estou pensando? Eu não deveria estar me empenhando em conquistar Caroline?

— Não é assim amor – sussurrei encostando meus lábios em sua orelha e a vi se arrepiar, isso me fez rir, talvez as coisas não estivessem tão mal quanto eu pensava. Se eu satisfizesse meus desejos talvez isso parasse, se eu finalmente a tivesse eu poderia voltar meu foco para Caroline - Levante mais e puxe um pouco mais, mas não muito.

Ela me questionou o porque de eu amar Caroline e eu fiquei um pouco assombrado com o resultado, antes eu pensava em Caroline e logo já estava descrevendo Sage, tudo me levava a ela. Eu disse que não voltaria atrás sobre o que disse a Caroline, jamais. Eu precisava me convencer disso.

— Eu aprecio tudo isso. Mas não estou apaixonado por você. – Mentiroso, minha mente gritava comigo mesmo - Eu tento entender como nós funcionamos, mas estou perdido. Não estou. – sussurrei colocando Caroline em minha mente, mas ela não se mantinha, merda. Eu estava falhando.

Vi ela acertar a árvore com perfeição, ela se virou para mim e eu nunca a vi tão fria em toda a minha vida e isso me assustou, ela estava se sentindo ameaçada. Ela estava se protegendo contra mim? Por que ela fazia isso?

Quando cheguei durante a noite Sage estava emburrada com uma expressão de desgosto nada comum nela, eu podia ouvir os dentes dela rangendo enquanto ela me dava olhares mortais. Na realidade ela olhava de mim para Caroline e Elena com ódio evidente enquanto estraçalhava um ursinho nas mãos, ela mal estava notando isso. Anunciei que iria e ela se zangou mais ainda, o que é que ela tinha? Ela sempre aceitava minha presença.

Minhas suspeitas só aumentaram mais ainda quando a vi com os olhos vidrados na rua sem parecer realmente a enxergar enquanto dirigia, eu estava preparado para o carro capotar, chegamos rápido demais e em segurança. Fato que estranhei, ela dirigiu perfeitamente bem e me lançou a chave desaparecendo pelo colégio. Isso me fez ficar mais desconfiado ainda. E outro ponto foi que eu não a vi surtar como em toda festa ela fazia, vinte minutos depois de chegarmos ela já havia ido embora e me deixado lá.

— Oliver cadê a Sage?

— A vi saindo com Damon, Elena e Enzo. – ele deu de ombros sem parecer se incomodar comigo, provavelmente estava completamente bêbado – Sabe Klaus... eu não sou esse péssimo irmão que você vê. Dentro dos meus limites eu cuido dela, eu me importo muito com ela, mas esse não é o mundo que eu quero estar e muito menos o mundo que eu quero a minha irmã. Nós já sofremos demais. Eu sempre interferi ao que se trata da segurança da Sage e embora eu tenho pavor de você... eu não deixaria de interferir nisso também. Eu acho bom que minha irmã não morra enquanto estiver nas suas mãos, direto ou indiretamente. E muito menos que você machuque os sentimentos dela mais ainda. Eu posso parecer um zé ninguém agora, mas eu jamais vou deixar que você ou qualquer outra pessoa ponha minha irmã em risco.- ele me deu um olhar sombrio e cruel, algo que nunca esperei vindo dele, pelo jeito ele era tão protetor quanto Sage – Não me subestime, eu sou capaz de fazer qualquer coisa pra ver minha irmã feliz e bem. Isso não é um pedido. – ele me passou o copo  e seus olhos ficaram escuros, passaram de azuis intensos para completamente negros evidenciando que ele poderia ser forte quando o momento pedisse – Eu estou te ameaçando, não se engane achando que pode sair disso sem se machucar. – e me abandonou.

Arqueei as sobrancelhas e bebi o líquido que ele me passou enquanto abria um sorriso malicioso. Então quer dizer que ele também pode ser cruel quando quer?

— Quê? – perguntei ao atender o telefone vendo o nome de Elena, que merda a Sage fez?

Tyler apareceu com Hayley, eles querem conversar conosco amanhã no lago. Disse que é muito importante. É para todos nós.— se Tyler teve essa coragem é porque realmente era importante.

— Cadê Sage? – ela suspirou.

Ela está dormindo aqui em casa, faça a sua mágica.- riu.

Sai de lá e subi até o quarto de Elena sabendo muito bem que Sage não estaria dormindo na sala. Fiquei na janela a olhando por um bom tempo e catei apenas algumas pedrinhas jogando nela até a acertar, ela acordou furiosa e fofa e nos arremessou pela janela e roubando minha carteira, não me surpreendeu. Caminhamos pela rua escura e logo me deparei com as figuras, coloquei Sage atrás de mim e suspirei vendo eles pararem e a olharem e bem... quer dizer que aquela criatura estranha lambeu os seios da minha GAROTA? Isso não se faz.

Tudo apenas piorou quando o vi a segurar e apertar o seio dela, como assim? Ele realmente acha que eu estou brincando? Realmente acha que está em posição de poder se aproveitar dela e sair dessa maneira? O ciúmes e o ódio vieram com intensidade. Assim que Sage o derrubou com um soco poderoso fui em direção a ele segurando sua cabeça.

— Você deveria ter sumido quando dei a opção, não iria doer tanto.

Optei por abrir sua boca o bastante para desprender sua mandíbula, puxei sua língua para fora e me virei vendo Sage falar sozinha e animada ainda costas para mim.

— Eu bati em um vampiro! – sussurrou animada -  Já posso enfrentar Niklaus e me impor. – ri e beijei o pescoço dela sentindo seu cheiro maravilhoso e colando nossos corpos, balancei a cabeça em negação não querendo respostas para as minhas duvidas.

Eu precisava me controlar mais ainda.

No dia seguinte eu havia chegado mais cedo ao lago enquanto Sage foi segurada por um Elijah imbecil com a história de treinamento, me deixou em cólera. No momento apenas Caroline havia chegado e olhava para os lados sem saber o que fazer, ambos estávamos na mesma situação.

— Eu achava que você era apaixonado por mim, mas pelo visto me enganei. Você desistiu muito fácil. – ela comentou despreocupadamente – O que tem de errado?

— Eu só não estou tendo cabeça para isso Caroline, é o que quer? Que eu corra atrás de você? – resmunguei rabugento e irritado tentando imaginar oque aqueles dois malditos faziam.

— Aumenta minha auto estima. – brincou rindo e eu a acompanhei – Só estou dizendo que talvez você realmente não estivesse apaixonado por mim e isso me alivia devo admitir.

— Caroline eu te amo.- falei.

— Então diga isso olhando nos meus olhos, como já fez um dia Klaus. – a olhei.

Caroline era linda, com aquele sorriso de lado, os olhos brilhantes, o cabelo dourado dela caindo em cachos bagunçados, a pele perfeita e macia. Ela era realmente fantástica e uma pessoa de personalidade difícil. Suspirei travando completamente e a encarando vendo ela abrir um sorriso maior ainda quando viu que eu fiquei completamente sem palavras, eu não diria, não me parecia ser tão fácil assim. Não me parecia certo, era como uma mentira.

— Eles chegaram.

Anunciou e fomos em direção ao local enquanto minha mente fervilhava a todo vapor processando as palavras dela. Sage chegou já caindo do carro e sendo segurada a tempo por Kol, ela falava alto e estava extremamente agitada, derrubou Elijah ficou de biquíni e correu para água e por lá ficou enquanto eu ouvia Caroline criar mil teorias sobre o que Tyler queria, até um convite para um casamento ela inventou.

Meus olhos pegaram Sage e Elijah em um momento um tanto quanto... estranho. Eles estavam completamente vidrados um no outro, Elijah deslizava a mão pela lateral do corpo dela até chegar no laço de seu biquíni passando pela tatuagem dela, o rosto dele baixou em direção a ela e eu me fiz presente. Sage enlouqueceu? E quanto a tal “fidelidade e companheirismo”? Isso nunca aconteceria se ela tivesse alguém. Ela não podia fazer isso comigo.

Tyler foi rápido e eu tive vontade de matar Sage por se oferecer. Ela realmente parecia me testar. Isso me enlouqueceu ao máximo, eu estava muito irritado quando cheguei em casa, a apreensão me atingiu com força, ela saberia lidar com isso? Me encostei na parede cobri os olhos eu não deveria estar sentindo essa dor de cabeça não é?

Ela passou por mim e entrou no quarto se jogando na cama e eu fui logo atrás, como sempre ela se enroscou em mim. Sage deveria ter alguns problemas sérios de memória, ela realmente fazia isso com extrema vergonha como se não fizesse nunca a mesma coisa. Eu já estava mais do que acostumado com isso.

Senti ela ficar receosa quando falei da dor que sentiria e isso me fez imaginar que ela iria desistir, mas não foi isso. Ela me pediu pra lamber e realmente o fez, assim como também encostou levemente os lábios nos meus me deixando ardendo de desejo e se afastou rapidamente me jogando nos braços de Rebekah. A vontade de a matar só aumentava mais ainda. Matar? Não. De a foder, até a cansar e a colocar em seu lugar.

— O que foi? – Rebekah riu.

— Eu só resolvi te encher o saco um pouco Nik, você sabia que o Elijah está apaixonado?- ela riu se encostando na parede, ela me infernizava todos os dias – Pela sua garota. – zombou e eu cruzei os braços – Eles vão ficar juntos no baile, eu ouvi ele dizer pra ela no carro, ele não se ofereceu, apenas disse que iria. – riu – E ela disse que seria maravilhoso se ele fosse, que gosta da presença dele.- lancei um olhar enfurecido para a porta do quarto dela – É Klaus. Se prepare para dizer adeus, você morreu antes mesmo de dar o primeiro passo.

Sai de casa batendo a porta e fui para o bar, surpreso por ver Hayley de cabeça baixa. Rolei os olhos e enchi a cara vendo que Matt se divertia com a minha fúria, a morena se aproximou de mim me olhando atentamente.

— Klaus. – sussurrou ao meu lado e sorriu maliciosa – Parece que não sou a única com problemas. – riu baixo e eu logo soube que Tyler deveria ter ido atrás de Caroline.

— Hum. Beba mais. – passei minha garrafa para ela – E me conte o quanto a sua vida é odiável. – zombei e ela apenas riu enquanto uma ideia maluca se formava em minha mente, era a maneira que eu teria para acabar com as minhas dúvidas e finalmente enfrentar esse meu problema.

— Não parece ser tanto quanto a sua. – suspirou.

Eu não sei quando e muito menos como, só sei que em pouco tempo eu estava em minha mansão com Hayley ao meu lado na cama enquanto pensava que essa era a maior merda que eu havia feito em toda a minha vida, sem sombras de dúvidas eu fui um tremendo de um babaca, um imbecil em escala milenar. Beijar Hayley não era absolutamente nada, não eu não senti nada, mas isso mudou quando os olhos verdes se tornaram azuis, quando os cabelos claros se tornaram completamente pretos, eu a vi em Hayley. Eu vi que eu tinha que me afastar imediatamente de Sage antes que isso se tornasse mais forte ainda, antes que não tivesse mais volta, antes que eu ficasse preso a ela. Ela já estava em tudo que eu fazia.

Capítulo 17

Voltei para "minha casa" e vi Sage adormecida na cama, quase desaparecendo no meio de milhares de travesseiros e cobertores, eu me questionava como ela reclamava tanto de calor e conseguia dormir daquela forma.

Me deitei ao lado dela a olhando atentamente sentindo culpa e me questionei o motivo disso, eu estava fechando meus olhos para o óbvio. O que seria dessa garota se eu a amasse? O que seria de mim se ela sentisse o mesmo e o pior... se não sentisse. E se fosse como havia sido com Caroline? E se ela virasse as costas para mim por não querer um monstro? Eu faria como fiz com Caroline? A deixaria ir? Não. A resposta era não, ela nunca saberia o que eu sentia e também nunca sairia do meu lado.

Isso era muito mais intenso do que eu havia sentindo em toda a minha vida, mas eu ainda não estava pronto para lidar com essa informação.

Sage abriu os olhos azuis intensos dela e sorriu para mim com carinho mesmo que fosse notável seu mal humor, ela me cumprimentou despreocupadamente e correu para o banheiro com o celular enquanto brigava no celular com Caroline, suspirei e passei as mãos nos cabelos ao ver uma chamada em meu celular, retornei imediatamente e a voz logo soou.

— Olá Klaus.— era Finn - Estarei passando em Mystic para pegar um livro com Elijah hoje, durante a tarde.

— Está sumido irmão. - ele riu.

Sage está animada com uma quinquagésima lua de mel. — riu se divertindo e eu o acompanhei.

— Bem, que vocês demorem por lá.

Está tudo bem Nik? Estou te achando... calmo.

— Uhum.

Resmunguei e nossa conversa foi bem rápida, eu sabia muito bem que Finn não iria aparecer coisa nenhuma, provavelmente Sage o arrastaria para outro lugar e por lá ficariam antes de decidirem viajar de novo. Isso não me incomodou.

Olhei para porta do banheiro ouvindo Sage cantar enquanto tomava banho, só pela forma que o barulho da água batia no chão eu já sabia que ela estava lavando o cabelo e sabia que isso iria demorar. Sem muita coisa para fazer decidi voltar para a mansão e passar a lista de regras para Rebekah, ela tinha que se comportar nesse baile, não era só porque era estudantil que lhe dava o direito de fazer o que bem entendesse. E Elijah também, principalmente ele. Kol ficaria trancado.

— Irmão. - gritei dando um sorriso seco para Elijah que estava parado se olhando no espelho ajeitando um smoking.

Bati no ombro dele com força e ele apenas se virou para mim com a expressão completamente neutra sem esboçar nenhuma reação passou a abotoar a camisa e isso me fez reparar o quanto nossas personalidades eram completamente diferentes, eu não aceitaria um toque desses sem me virar e quebrar a mão do sujeito enquanto sorria, Sage me define como barraqueiro. Eu apenas acredito que sou eu quem dito as regras.

— Sim Niklaus? - foi seco enquanto ajeitava o próprio cabelo, nada incomodado com a minha presença - Do que precisa?

— De você longe do que é meu. - ele me olhou processando as palavras.

— Somos família. - zombou usando minhas palavras de sempre - É natural que compartilhemos muitas coisas.

— Exceto a mesma mulher. - ele me olhou atentamente e se aproximou de mim.

— Acontece Niklaus, que eu não estou compartilhando Sage com você. Eu estou a tomando para mim. - engoli o ódio paralisando sem saber o que dizer, ele estava me deixando vulnerável e via isso muito bem - Isso o incomoda irmão? Achei que amasse Caroline.

— O que me incomoda é que meu irmão e nossa nova irmã estejam em um relacionamento. - comecei e ele me interrompeu.

— Não estamos em relacionamento algum. Eu jamais veria Sage como irmã. E esse discurso de ter a família só para você já nos cansou, eu não me lembro de ter te prometido absolutamente nada, Sage é humana e tem autonomia sobre si mesma para fazer o que ela bem entender, isso te incomodando ou não. Você não é dono dela, não é ninguém pra ela. - ele saiu me deixando estático.

Ouvi a risada baixa de Kol e ele se jogou ao meu lado sorrindo e colocando uma mão em meu ombro.

— Talvez você veja agora que não tem poder sobre tudo Niklaus. - ele riu novamente - Pelo menos nisso você está perdendo e eu estou adorando ver, existem pessoas que amam sofrer, mas o sofrimento não "ama" as pessoas Klaus. Ele vai te destruir e fazer de você um verdadeiro covarde.

Suspirei e fui me arrumar para a maldita formatura, horas depois eu estava no maldito colégio. Vi Caroline, Elena, Bonnie, Stefan, Damon e nenhum sinal de Sage. Me permiti ser um pouco orgulhoso e decidi procurar por ela, assim não teria nenhum de seus amigos a monitorando. Quando a achei ela estava de cabeça baixa encarando os próprios pés, os cabelos cacheados voavam com o vento suave, o capelo estava em sua mão e ela usava a beca vermelha que por incrível que pareça ficava bem nela.

Por que tão triste amor? — questionei sentindo vontade de a tocar, mas preferi me manter longe e me fazer presente.

Assim que falei seus olhos relampejaram em minha direção e imediatamente notei que ela não estava nada bem, eu nunca havia visto tanta tristeza em um olhar e me perguntei se alguém havia dito alo que a desagradou, se sim... eu deveria ter ficado por perto.

Demorei muito tempo para a fazer falar, admito que já estava perdendo a paciência quando ela finalmente resolveu abrir a boca e me dar o maior susto que alguém um dia poderia ter dado conta.

— Eu estou gostando de alguém. - era isso, minha mente viajou até Elijah enquanto eu torcia para que fosse apenas um garotinho, assim eu o mataria logo. Depois de o torturar fazendo ele comer o próprio intestino.

Desgraçado.

— Eu nunca ficaria longe de você.

Quando eu disse que não poderia levar susto maior, eu estava errado, o que veio em seguida fez o meu corpo fervilhar com tanta intensidade que eu me questionei se eu estava tendo uma morte natural. Eu estava sonhando? Se sim... isso logo se transformaria em um pesadelo quando eu percebesse que isso era apenas um truque, quando ela me dissesse que estava apenas "brincando". Isso sim doeria muito.

— Que tipo de coisa estão armando?- minha voz saiu cortante antecipando o que viria, mas eu me surpreendi ainda mais, se é que era possível.

Ela disparou a falar e eu guardei cada palavra e seu significado em minha mente sem tirar e nem acrescentar, isso seria algo que eu lembraria pela eternidade repassando em minha mente, ninguém nunca tinha chegado a falar algo dessa maneira para mim e nem com tanta intensidade, eu via a verdade em seus olhos... nua e crua. Ela não estava mentindo, ela nunca mentiria sobre isso, Sage poderia me infernizar sempre brincando comigo, mas ela nunca esmagaria os meus sentimentos de forma alguma, nunca mentiria sobre o que ela mesmo sentia e nunca me machucaria.

—... Não prometo viver pra você, mas sim por você. Vou seguir com a minha vida, mas estarei aqui quando me quiser. Por que eu sei que te quero comigo pelo resto da vida. - isso era ótimo, isso era o suficiente, mas eu ainda me acovardava.

Fiquei tenso ao ouvir o coração dela bater descontrolado, minha prioridade era a acalmar antes que acontecesse algo com ela, antes que ela desmaiasse ou morresse sem nem ter chance de se transformar.

— Você é meu primeiro e será meu único e eterno. - e essa foi a cartada final que me sufocou e me travou completamente me impedindo de reagir aos seus lábios.

Ela correu para longe e eu me movi até o auditório ainda entorpecido, me sentei e fiquei quieto e em silencio ao lado de Kol por muito tempo, tanto tempo que ele decidiu mudar de lugar e ir conversar com algumas alunas. Ouvi a conversa breve de Sage com seus amigos e a olhei intensamente agradecendo por ela ter fugido, eu não saberia agir se ela me pedisse uma resposta. Até algumas poucas semanas atrás eu acreditava fielmente que amava Caroline, hoje eu já não tinha certeza de absolutamente nada.

Fiquei em silêncio vendo a cerimônia e assim que ela acabou retornei para casa trocando o terno pelo smoking, arrumei meu cabelo com puro descaso e desci as escadas dando um braço a Bekah que o pegou imediatamente me dando um olhar desconfiado e preocupado. Elijah nos seguiu e eu apenas me fiz o favor de os ignorar completamente, eu tinha que falar com Caroline antes de mais nada, eu sabia que não tínhamos nada, mas eu havia dito que a amava... quando na realidade eu nunca senti isso de verdade.

Elijah ficou do lado de fora a esperando enquanto eu me remoía de ódio, eu poderia dar uma cena, mas optei por ser discreto. Caroline chegou e eu a vi entrar logo depois ao lado dele, ela tinha o rosto tenso e triste que não combinava em nada com ela. Sage estava fabulosa em seu vestido, uma mulher linda, incrível que me fez irromper de ódio ao ver Elijah ao lado dela, era eu quem deveria estar ali.

— Niklaus? - Caroline me forçou a tirar os olhos dos dois - Você saiu rápido da cerimônia.

— Tinha assuntos pendentes.

— Quais?- a olhei seriamente e ela bufou rolando os olhos.

— Uma mente perturbada. - resumi.

— Ou um coração em turbulência?- ela sussurrou me puxando para dançar.

— O que quer dizer Caroline?

— Reparou que você nunca mais veio me infernizar?- ela riu baixo - Eu agradeço por isso, mas admito que é medonho, eu tinha uma garantia de que tinha poder sobre você. Parece que me enganei.

— Acontece que todos estávamos enganados em alguma coisa. Achei que me odiaria e não que tentaria me consolar por um coração partido.

— Não vim te consolar, estou apenas curiosa. - deu um sorriso pequeno e me encarou triste - Você sabe que Sage... - suspirou - Que Sage gosta de você? - ela estava mais do que preocupada com ela.

Justificável. Era agora, ela poderia me odiar por isso... mas eu ainda a queria como amiga, o mínimo que eu tinha que fazer era esclarecer as coisas. A levei para o lado de trás do salão de festas no imenso jardim e dei um sorriso a tranquilizando, ela estava assustada provavelmente achando que eu plantaria terror em sua cabeça. De certa forma eu iria, estava a preparando para a vida turbulenta que todos teríamos ao redor dessa nova informação, ela tinha que se preparar e se conformar desde agora.

— Sim Caroline, eu sei que ela gosta de mim... ela me disse. - ela me olhou em choque.

— Disse?

— Sim.

— E você vai fazer o que com ela? - ela suspirou, tanto eu quanto ela não sabíamos o que fazer.

— Eu não irei fazer nada a Sage, não irei a ferir, não irei a matar se é isso que quer saber. - ela respirou aliviada.

— Então o que viemos fazer aqui fora?

— Se lembra de quando admiti que eu te amava? - ela concordou com a cabeça e me olhou com pesar - Eu não poderia estar mais errado. - seu rosto se tornou chocado e eu quase ri disso - A verdade Caroline é que eu não te amo, não do jeito que eu acreditava te amar. - toquei seu rosto delicadamente eu realmente gostava dela - Eu estou deixando o orgulho de lado por um tempo pra te dizer isso, eu sinto muito por tudo que te causei e sei que nada vai voltar ao normal com essa declaração, mas espero que um dia você seja capaz de me perdoar por tudo que eu te fiz. - toquei seu rosto limpando suas lágrimas - Eu sei que nós iremos entrar em um guerra entre nós daqui alguns dias e eu quero te dizer que não importe o que você faça... eu não vou parar até eu ter o que eu quiser. Eu realmente te amo, nunca menti a respeito disso... estou feliz por acreditar que um dia seremos amigos, mas é apenas isso que eu posso esperar de nós dois. Meu coração está bem guardado nas mãos de quem me ama. - sorri para ela vendo a surpresa em seu rosto, ela nunca tinha me visto tão vulnerável e se dependesse de mim nunca mais veria.

Ouvi sua mente trabalhar como louca enquanto nos focávamos no casal ao lado, era Sage e Elijah, me concentrei na conversa e logo ouvi o que temia. Ele se confessou para ela, ele admitiu que a amava e eu esperei que Sage se renderia a ele após se declarar para mim. Ele a beijou e isso me quebrou completamente, me estraçalhou, me matou. Era como se meu coração tivesse sido arrancado do meu peito e lançado em brasas. Eu me sentia morrer. Foi a pior sensação que já pude sentir em minha vida. Ela o aceitaria?

E a resposta veio logo, não aplacou a dor em ver ela sendo tocada por outro, sendo beijada por outro, idolatrada por outro e muito menos amada por outro. Eu começava a entrar em pânico.

— Elijah isso não está certo. - ela se afastou e eu arfei em alívio, é claro que não estava certo.

Caroline ofegou ao meu lado quando finalmente percebeu o que aquilo significava, estava mais claro do que nunca estaria, era mais real do que qualquer outra coisa. Era puro, intenso, verdadeiro e queimava como fogo. Eu estava amando Sage.

Sim, eu não estava apaixonado. Paixão foi o que eu sentia por Caroline, amor era o que eu sentia por Sage.

Eu a amo.

Não tive oportunidade de falar com ela, eu estava em meu momento de coragem e não tinha oportunidade de falar com ela, tivemos que correr até a cidade e logo eu a via matar e destruir dezenas de bruxos em nome de nossa segurança, isso só deixava tudo mais intenso. Só a deixava mais maravilhosa aos meus olhos.

Fiquei de pé no telhado e olhei para Elijah que já me encarava.

— Você joga sujo. - sussurrei - Esperou ela ficar vulnerável para a atacar.

— Não esperei por isso, você é quem percebeu as coisas tarde demais. - dei uma risada baixa e ele me encarou com preocupação quando eu o contrariei.

— Não é tarde demais meu irmão.

Capítulo 18

Quando chegamos depois de ela capotar a MERDA do carro - fato que quase me fez ter um aneurisma de tanto ódio - ela se dirigiu a ele, ela não me olhou em nenhum momento. Respondeu os olhares de preocupação de Elijah e não os meus. Ela se afastou e entrou no carro e eu corri para o banco do motorista, Katherine ficou atrás no banco do meio e Elijah se sentou atrás de Sage tocando o cabelo dela, da minha garota. Isso fez o clima ficar intenso no carro, eu poderia dar a desculpa que as reclamações delas me incomodavam, mas não... eu mal as ouvia... eu estava tomado pelo ciúmes, e eu não tomaria uma atitude. Pelo menos não verbal.

Eu poderia dizer que eu fazia tudo isso por tentar não bagunçar a mente dela e ter uma briga justa contra Elijah a conquistando, mas não. Era por eu ser um grande covarde, eu já deveria ter a tomado a muito tempo, só esperei as coisas piorarem, para me forçarem a ficar mais silencioso ainda sobre as coisas que eu não diria.

Quando Elijah perguntou se ela estava bem eu imediatamente a olhei, ela estava muito quieta, mesmo reclamando. Deveria estar exausta e isso me lembrou do episódio do carro, eu deveria a matar depois dessa, mas ela ainda era humana, não voltaria e eu ainda não a queria como uma vampira, não só pelo seu sangue... mas por medo de quem ela poderia se transformar.

Ela dormiu e eu a carreguei para cima sentindo o seu corpo um pouco mais frio que o normal, ela estava mole, mas ficava de pé com dificuldade. A coloquei sentada no divã do meu quarto e a observei atentamente antes de suspirar, ela tinha que tomar banho, mas eu não poderia me permitir a isso.

— Nik. - sussurrou e eu a encarei intensamente recebendo um olhar fraco dela que estava quase desmaiando, seu corpo se curando vagarosamente  - Eu acho que eu te amo. - paralisei e ela sorriu - É quase certeza viu... eu nunca pensei em ninguém, só em você. Você é único.

— Você também é amor. - sussurrei retirando o salto e olhei para a blusa minúscula que ela usava, ela me destruiria.

— Você me ama? - ela me encarou intensamente e eu retribui o olhar, eu sabia que ela não se lembraria, Sage estava mais desacordada do que acordada.

— É claro. - respondi e ela riu.

— Não perguntei se era como irmã. - disse petulante.

— E nem eu disse que era como uma. - respondi da mesma forma rindo e ela me agraciou com uma de suas risadas maravilhosas e provocantes.

— Me ama como? - sussurrou fechando os olhos.

— A mulher da minha vida. - sussurrei para o quarto vazio já que ela havia adormecido completamente.

— Uma disputa intensa. Interessante. - me virei vendo o olhar duro de Elijah, suas narinas inflaram e eu vi o quão afetado ele estava.

— Não é uma disputa. - resmunguei pegando meu celular.

— Então você realmente a ama? Achei que estivesse mentindo para Caroline.- ele entrou no quarto a olhando e passou a mãos pelo rosto dela tocando as bochechas dela com carinho me fazendo trincar os dentes - Mas pelo visto quem estava sendo cego não era só você. Saia da vida dela.

— Não. - fui firme - Eu não vou sair e nem vou travar uma guerra contra você por causa dela. Ela sabe quem quer, de quem precisa... e vai ser justa.

— Não se você não demonstrar, não é Niklaus? Sabia que essa é a pior covardia? O medo da verdade? Sabe porque eu a terei e você tentara nos matar? Por que eu direi todos os dias o que ela espera ouvir de você e no fim ela vai me dizer o que você mataria pra ouvir.

— Se continuar com essa provocação barata... - me aproximei dele - Vamos ter um caixão na nossa querida sala da morte... e vai ser o seu. - o empurrei para fora  e disquei o número de Caroline.

Alô? Klaus!— falou alto.

— Sim amor, deu tudo certo. - suspirou aliviada - Preciso de você aqui.

Caroline chegou muito rápido e deu um banho em Sage e logo veio para o andar de baixo comigo me olhando atentamente. Bebeu o chocolate quente e eu suspirei vendo que seus olhos não saiam de mim por um segundo.

— Sage será feliz com você? - resmungou.

— Com o que ela não é feliz? - é claro que seria feliz, eu a amava.

— Eu não quero que ela fique com você, apesar de eu ter visto um lado bom em você, eu tenho medo do que você pode fazer com ela. Todos nós temos. - ela me encarava.

— Caroline eu sou sincero quando falo isso para você, eu nunca a magoaria dessa maneira.

— Vai magoar se nunca disser, você nunca vai dizer não é? - meu olhar foi o suficiente - Então nunca a terá.

— Não disse que tinha medo?

— Eu tenho, mas eu não quero que ela sofra mais do que já sofreu, Sage não teve uma vida normal e sempre foi muito rejeitada, sentiu muita dor e eu tenho medo do que isso pode fazer com ela. Eu não aprovaria um relacionamento entre vocês dois por nada, mas eu quero ver ela feliz e se você for capaz disso eu apoio e serei a maior defensora de vocês, por que segura eu sei que pode a manter. Se você não a quiser Niklaus... a melhor coisa que você pode fazer é ir até lá amanhã cedo e a fazer esquecer de tudo e de todos nós... para sempre. Eu estou falando por todos os meus amigos.

Isso jamais aconteceria, eu nunca faria isso.

— Não. - foi minha resposta - Eu vou fazer da minha maneira.

— Está dando opções a ela? - me questionou.

— Não. Estou dando tempo para ela fugir, se ela não gostar do que vir... ela pode ir embora, mas um dia eu também irei e ela vai voltar pra mim.

— Como sabe que ela não é apenas uma paixão? - se inclinou.

— Porque ela tira tudo que está na minha cabeça.

Caroline foi embora e eu fui para meu quarto, tomei um banho rápido e fui para meu quarto encontrando Sage completamente adormecida e limpa, seu rosto sereno esbanjava um pequeno sorriso de satisfação. Cruzei os braços, eu  não estava enganado dessa vez. Eu tinha certeza absoluta disso.

Me deitei ao seu lado e novamente passei a noite em claro, nos últimos dias não me aparecia a necessidade de dormir, o "morto-vivo" estava mais do que desperto apenas ouvindo a respiração baixa da parceira ao lado. Logo amanheceu e eu desci abrindo a porta deixando o imenso grupo entrar em minha casa, eles se espalharam por todos os cantos como se já fossem donos do local, dei de ombros sem me importar com nada disso e fui em direção a cozinha garantindo que teria algo para Sage comer quando acordasse.

Damon apareceu e começou a mexer pela cozinha me lançando olhares rápidos, eu sabia que Caroline não havia lado nada a respeito, ou a essa hora eu estaria sendo queimado em uma fogueira.

— O que? - perguntei irritado.

— Quem diria que eu veria um Mikaelson bobo apaixonado. - piscou - Não sou burro e acho que quem já percebeu já te avisou. É bom não fazer nada com ela, além de te matar eu a hipnotizo para que nunca se lembre da sua existência e para garantir isso mais ainda, a faço esquecer até de nós.

— Obrigado pelo aviso desnecessário.

Nos calamos e a cozinha logo encheu de gente, não me importei com nada disso. Sage logo desceu e agiu de maneira bem estranha me deixando tenso, ela teria se lembrado? Ou ainda estava chateada comigo? Pelo o que aconteceu na formatura? Ela saiu deixando todos perplexos e assustados e logo nos dispersamos começando a criar estratégias. Fiquei junto de Caroline e Stefan organizando alguns livros de bruxaria que Bonnie havia solicitado para conhecer mais sobre o que os viajantes fariam.

Meu celular tocou e eu o atendi ouvindo a voz animada e alta dela. Me revezei entre a responder e falar com Caroline que procurava os livros. Logo perguntei o motivo de sua estranheza e decidi me despedi.

— Bem... só pra você saber meu amor, eu também gosto de você. Eu estarei te esperando.- por toda a eternidade.

Vinte minutos depois a porta bateu com um estrondo e ouvi um vaso se quebrar, comecei a descer vagarosamente ouvindo Sage com desculpa do homem invasor de sempre enquanto Elijah a questionava, entrei no hall e a vi vestida de abelha. Isso me chocou um pouco, na realidade me chocou muito e só depois de alguma explicações que fui entender que era para uma festa. Sage saltitou até o carro com suas antenas e asas saltando me fazendo rir assim como fez com Stefan e o resto de seus amigos.

A viagem foi curta e nos deparemos com um casal de velhos bem curiosos, me aproveitei e a coloquei em meu colo sentindo o quão leve ela era, tão fácil de ser sequestrada. Nos separamos em segui e eu segui com minha família eliminando rapidamente os viajantes, assim que terminamos voltamos para casa com aquela estranha sensação de que tinha algo de errado, eu esqueci algo... mas Rebekah como uma gralha no meu ouvido junto de Kol não me permitiam pensar em absolutamente nada, eles gritavam o tempo inteiro para voltar para a maldita cidade para ir para festa.

Me irritei e finalmente cheguei em casa me jogando em minha cama, senti um cheiro de perfume suave e fechei os olhos sendo vencido pelo sono que eu vinha evitando a pelo menos uma semana. E acordei. E assim que acordei percebi a merda antes mesmo de atender. Sage.

Se passou pelo menos alguns minutos e Caroline e Stefan chegaram em minha casa. Passei as chaves para Caroline e dormi o caminho inteiro torcendo para que Sage não tivesse se metido em confusões, mas ela se meteu, vi pela quantidade de poeira que estava sobre seu corpo e pela sua antena quebrada. E então estávamos de volta a nossa casa.

— Klaus. - foi com a sua voz que acordei, ela falava manso - Nik meu amor, acorda. - ela tocou meu rosto e eu fechei meus olhos com mais força ainda, eu não estava preparado para acordar.

Ouvi um estrondo e fiquei alerta, depois mais outro e então levantei imediatamente e corri para o andar de baixo ao ouvir o grito de Sage vendo ela tentar se equilibrar, me preparei para a pegar assim que ela tombou para o lado e não me surpreendi ao ver a lata de tinta rosa virar na minha cabeça, no fim ela caiu da mesma forma, do lado oposto. Limpei meus olhos com um suspiro e quando os abri vi ela correndo pela janela da cozinha, Sage é tão boba...

A alcancei em um segundo a jogando na grama molhada e ficando sobre ela que gargalhava, fiquei maravilhado como sempre, mas não demonstrei isso em momento algum. Apenas me inclinei sobre ela querendo saber como ela reagiria se eu avançasse um pouco mais, dessa vez eu não recuaria e nem a faria esquecer, eu a beijaria e queria que ela se lembrasse disso para sempre.

Toquei seus lábios com os meus sentindo que ela sorria e isso também me fez sorrir, para ela seria o nosso primeiro beijo e para mim era como se fosse. As sensações arrebatadoras voltaram com força me mostrando o que um dia eu tentei evitar e reprimir, me provando que era algo bom, único e que eu não deveria deixar de lado jamais. Era algo meu, algo nosso.

Deixei meu peso cair sobre ela a impedindo de se afastar de mim, senti seu corpo se retorcer debaixo do meu e adorei ver o que eu provocava nela. Toquei sua barriga quente e mordi seu pescoço a ouvindo suspirar e então retomei aos seus lábios de forma violenta ao a ouvir gemer baixo, ela me afastou ao ouvir crianças no jardim ao lado e eu senti a determinação invadir.

Eu a faria minha de todas as formas que eu pudesse fazer, com toda a intensidade que eu tinha.

E foi isso que eu fui fazer, liguei para Dianna assim que sai de sua casa sentindo seu cheiro em minhas roupas.

O que foi seu híbrido babaca?— resmungou irritada e eu ouvi a voz masculina reclamar ao lado dela.

— Quanta simpatia minha amiga. - ri animado - Conexão de almas.

O quê?— sussurrou e notei que mudou de ambiente - É isso mesmo que eu estou imaginando?

— Sim.

Você quer uma marcada?— ela estava incrédula - Niklaus Mikaelson quer uma marcada?

— Sim, isso não garante que estaremos juntos pela eternidade?

Claro que sim, até depois da morte. Eu farei.

Horas depois eu saia com os anéis pesados em meu bolso, separados eles pesavam demais e se conectavam tremendamente sendo quase impossíveis de separar um do outro, agradeci por Dianna ser uma bruxa decente e ter me ajudado com isso ou eu enlouqueceria tentando achar alguém que o fizesse sem me matar.

Sage seria minha marcada, minha alma gêmea, companheira pela eternidade.

A encontrei no parque com o maldito sorvete e o olhei seus olhos azuis maravilhosos novamente, eu soube naquele momento que eu faria tudo por ela, como um tolo amando, eu seria completamente devoto a ela. Sendo um híbrido tudo se intensificava, e ficaria ainda mais pior para mim com a marcação. Eu sabia disso, eu ficaria inconsequente, vulnerável e completamente "domado" se eu a marcasse, mas eu não queria perder Sage, eu queria a manter próxima e ligada a mim de todo as formas... mesmo que isso me tornasse mais... "fraco" a ela.

Naquele momento eu decidi que traria Anellise apenas para não encontrar barreiras na hora de a transformar em uma rainha, isso seria quando ela se tornasse completamente minha, transformada por mim, sangue do meu sangue.


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Notas finais do capítulo

Tem uma parte preferida do Nik nessa temporada? Rs.
Como eu disse nas notas inciais, é trabalhoso fazer essa versão dele. Bem cansativa, mais do que fazer um capítulo normal e posso demorar bastante para postar algumas partes, isso pelo fato que que não irei refazer tudo de novo.
Quem me acompanha sabe que tenho mais outras 3 fanfics, uma delas é uma "repostagem" completamente editada de uma fanfic que fiz no anos de 2011 até 2012, que também dá muito trabalho já que irei mudar ela completamente.
Fora que eu tenho pelo menos muitas outras fanfics que quero colocar aqui, até agora pelo menos umas 3 na categoria Supernatural, 6 de The Originals e The Vampire Diaries em uma delas sendo Damon, personagem original e Enzo



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