Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 71
Ao fim




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5 anos, haviam se passado cinco anos comigo presa no mundo dos mortos... na realidade entre os dois mundos já que eu não havia ficado presa em lugar algum. 5 longos anos vendo toda uma tortura diante de meus olhos, 5 longos anos vendo Niklaus se entregar a dor e ao desespero a cada dia que se passava, 5 longos anos vendo Elena sofrer, 5 anos vendo Damon e Stefan fazendo o que eu pedi com toda a paciência e amor do mundo junto de Caroline. 5 anos vendo o quanto eles me amavam.

Eu estava tão presa e tão acabada que nem mesmo Davina e Bonnie conseguiam entrar em contato comigo, era como se eu estivesse morta embora ninguém aceitasse isso, era como se eu não existisse e ninguém aceitava isso. Ninguém havia desistido de mim, eu me lembro do momento pós guerra e toda a dor que ele trouce, eu sabia que havia lutado pelo melhor, eu sabia de todos os riscos e mesmo assim fiz o que tinha que fazer. Eu entreguei tudo sabendo que as chances de eu ir e eles ficarem era maior ainda. Foi entre os dois mundos que eu tive a pior experiência de minha vida, e foi graças a marca que eu vi isso tudo acontecer. Era ela a única coisa que me permitia os ver todos os dias.

Eu me lembro do momento em que eu descobri o que seria de mim, eu estava a condenada a ficar eternamente entre os dois mundos devido aos meus poderes extremamente fortes, devido a toda sobrecarga que eu tive, pelas leis bruxas eu não tinha o direito de sair daquele lugar nunca mais. E quando eu finalmente entendi que eu não os teria mais... eu voltei ao campo e os vi lá e nunca me senti tão amada e odiosa ao mesmo tempo.

~º~ Cinco anos atrás, New Orleans, pós guerra contra Esther ~º~

A marca havia parado momentaneamente causando pânico nele, Niklaus chorava completamente sozinho e desamparado no meio do campo sabendo que talvez eu nunca pisaria de novo na terra, que ele nunca me veria mais, que eu havia me entregado a minha pior inimiga para os manter a salvo. Ele não respondeu isso de uma forma boa e eu nunca realmente achei que ele o faria, mas não era essa a reação que eu esperava. Ele caiu onde eu estivera minutos antes, e ficou de joelhos por um longo tempo esperando que eu voltasse e ressurgisse, mas eu não voltei, apenas o assisti como uma sombra. Apenas o vi agonizar em uma dor terrível que até eu mesma senti devido a sua intensidade, eu quis o tocar, mas sabia que isso seria impossível. Eu apenas sofreria mais ainda com isso.

— Você me abandonou de novo Sage, eu estou aqui de novo. Me encheu de esperanças dizendo que eu nunca ficaria sozinho, e eu estou aqui novamente. – ele sussurrava agarrado a sua estaca de carvalho branco enquanto a levava discretamente para seu peito, eu nunca imaginaria que chegaria a tal ponto – Será que você nunca, jamais vai entender que eu te amo, como você pode me abandonar desse jeito?

— Por que ela também te ama, e eu tenho certeza que se ela estivesse na mesma situação você teria feito o mesmo, embora nunca vá admitir. Sage é esperta e ela não fez isso sabendo que nunca voltaria, ela é uma mulher esperta e pode demorar o tempo que for, mas ela vai voltar. Ela me disse que ia voltar e ela nunca mentiu pra mim. – Damon se agachou ao lado dele e Stefan lhe tomou a estaca colocando a mão no ombro dele.

— Você ainda tem alguém que precisa de você aqui. Hope está te esperando em casa. – Niklaus andou apoiado em Stefan e Marcel surgiu o segurando o braço dele e o apoiando.

— Vamos para casa. Aquela monstra vai voltar cedo ou tarde. – ele sussurrou e o puxou em direção ao castelo – Ou você acha mesmo que a rainha monstro vai perder a oportunidade de chutar a sua bunda a respeito da criação de Hope? – ele riu baixo.

Niklaus os seguiu de cabeça baixa passando por todos os vampiros e híbridos do nosso reino que baixavam a cabeça em respeito enquanto olhavam tristemente para o local onde eu havia desaparecido, olhei para o campo vendo milhares de corpos queimados e outros jogados no chão, muitos com rostos iguais mostrando que haviam atravessado o portal mais de uma vez. Era um número imenso de inimigos, maior do que todos os nossos reinos juntos, possivelmente beirando aos 5 mil corpos enquanto nosso reino tinha apenas 1.500 vampiros. Senti orgulho e ao mesmo tempo dor quando vi todos os nossos ainda vivos virarem de costas para o campo e seguirem silenciosamente lentamente em direção ao reino ao qual era possível ver de longe mesmo a imensa distância da qual estávamos.

Fui para o lado de Alaric e Elijah que tinham os olhos baixos perdidos em seus próprios pensamentos, Natalie encostou a cabeça no ombro do moreno enquanto encarava Niklaus com extrema preocupação vendo o quão arrasado ele estava já que se arrastava pela mata aos tropeços.

Eles não tinham se quer um corpo para firmar a ideia de que eu voltaria, ou se quer tinham algo para enterrar. A dúvida se eu estava viva ou morta perduraria para sempre em suas mentes.

Elena chorava silenciosamente encostada em Caroline e Bonnie enquanto avançavam atrás de Niklaus, Enzo ainda parecia em estado de choque enquanto olhava para os lados completamente perdido olhando para tudo esperando que milagrosamente alguém surgisse entre eles. Nataniel avançava abatido por entre as árvores e pela primeira vez vi a expressão de tristeza o dominar, Katherine vinha logo atrás dele coberta de hematomas e com uma expressão indecifrável no rosto. Segui Klaus até nosso quarto e vi quando ele passou pela porta, a primeira coisa que fez foi segurar Hope em seus braços e a apertar com força fazendo os olhos de Rebekah se encherem de água, ele a segurou com força e abraçou chorando junto dela, Kol se juntou dois espremendo Hope entre eles, Elijah parou atrás de Bekah beijando carinhosamente sua cabeça enquanto Marcel olhava tudo afastado.

— Ela vai voltar. – Bekah sussurrou

~º~ Cinco anos depois ~º~

E a minha vida se seguiu dessa forma, eu os vi em todos os momentos. Quase todos, nem sempre conseguia acompanhar Niklaus e sabia que ele estava aprontando algo para me tirar desse luar, eu senti isso em todos os meus pedaços. Eu o vi sofrer diversas vezes, o vi ser abraçado  pelos seus irmãos, por Stefan, por Damon, por Elena, por Caroline. E embora eu soubesse que eles nunca esqueceriam o que ele fez, eu me sentia feliz por ver que cada um se ajudava de sua forma.

Vi Marcel tomar a liderança do reino por muito tempo e o colocar nos eixos quando ninguém sabia mais do que fazer, vi ele ampliar território e tratar Niklaus como um filho que ama o pai incondicionalmente. Vi Enzo agir naturalmente atormentado pobres almas enquanto consolava Caroline e por algumas vezes até Damon, à sua maneira. Vi Natalie apoiar Niklaus mesmo com seus assuntos mal resolvidos, assim como vi ela se impor sobre ele a respeito de seu namoro com Elijah fazendo o loiro fumegar de raiva e voltar um pouco a vida. Vi Elijah ajudar na criação de Hope com todo amor e paciência que só um pai teria, a pulseira cheia de pedrinhas antes azuis passaram a serem rosadas e agora ficava maravilhosamente bem em sua pele clarinha e seus bracinhos gorduchos. Vi Elena superar minha morte e se tornar uma grande mulher liderando o treinamento dos vampiros do reino o lado de Damon, isso apenas como uma desculpa para esperar com que eu voltasse. Vi Stefan e Caroline finalmente se casarem e se tornarem os reis da Transilvânia, grandes reis devo dizer. Vi Bonnie passar por uma gravidez difícil e infelizmente perder o bebê, assim como também vi Jeremy se tornar um homem incrivelmente forte e bem estruturado. Vi Rebekah se apaixonar... por Enzo e Niklaus ter um surto de ódio que quase os matou e Kol... bem... ele se revezou entre infernizar Nataniel depois de levar uma surra épica de Damon, e também vi ele se arrastar por Davina que se divertia o vendo desesperado.

E a melhor parte de tudo foi quando eu vi o maior sorriso que Niklaus deu na vida ao ser chamado de pai por Hope, e desde então esse sorriso surgia sempre que alguém o reconhecia como pai dela. Eu estive nesse momento, estive quando ela deu os primeiros passos, quando pegou uma leve gripe e foi bem amada e cuidada por todos, em seus aniversários, no seu primeiro natal catastrófico organizado por Katherine, a vi perguntar por mim e por Hayley ambas reconhecidas como mães, a beijar uma foto minha e de sua mãe biológica, a vi aprender facilmente a ler com a ajuda de Rebekah e Niklaus e por diversas vezes com a ajuda de Elijah. Eu vi muitas coisas que me destruíram por esse tempo, não estar presente era o que me destruía a cada dia.

Mas finalmente, eu sai. Eu consegui a minha liberdade e isso me custou muito, quer dizer... se eu realmente ligasse para essas coisas. Elas teriam me custado muito, mas para mim nada valia mais do que estar ao lado de todos eles que eu tanto amava. Eu daria tudo para voltar para Niklaus, daria tudo para o ter de volta.

Suspirei e olhei para a loira ao meu lado dando um breve sorriso e a seguindo pela mata, ela tinha pouco tempo de vida assim como eu, mas ao contrário de mim ela não ficaria. Tossi e aspirei o ar típico de floresta com o cheiro de grama bem forte, recém cortada. Olhei o imenso campo e me lembrei que fora onde havia sido nossa batalha com Esther, ele estava limpo e sem nenhum corpo no local, a grama era nova e as árvores  haviam se recuperado com uma rapidez incrível.

— Como vocês está? Ansiosa?

— Irritada por não conseguir ir mais rápido que isso.- franzi a testa enquanto resmungava e tropecei indo de boca no chão e chorando, gente como isso doeu terrivelmente.

— Ah por favor Sage, seja menos dramática. – rolou os olhos e eu suspirei me levantando enquanto ainda chorava sentindo o sangue escorrer pelos meus lábios.

— Cala a boca, você está assim por ser um fantasma.

— Não é um fantasma Sage. – Theodore resmungou atrás de mim e Elliot apenas riu – Somos todos vivos, você ainda é uma rainha. – ele riu.

— Do drama. – Elliot complementou e nós continuamos o nosso percurso chato.

Algum tempo depois finalmente estávamos no jardim do castelo que tinha as portas escancaradas, franzi a testa ao ouvir a marcha nupcial e os olhei confusa indo em direção ao local a ouvindo mais alta ainda, caminhei pelos corredores extensos e me surpreendi coma visão. Elijah em um smoking esplêndido e Natalie ao lado dele com um delicado vestido de noiva de seda, nada grande demais. Nada de frufrus ou rendas, a simples seda caindo maravilhosamente pelo seu corpo com um corte sensual e simples. Eu havia visto pouco sobre eles, na verdade havia me focado em ficar horas a fio sentada de frente para um Niklaus desanimado ou irritado esperando que um dia ele me notasse.

Meus olhos vagaram e o notaram, mas ele não me sentia mesmo que a marca queimasse como o inferno. Isso só frisava mais ainda a minha condição, ele sentia a marca, mas era como se eu estivesse em outro mundo. Sorri vendo seu cabelo loiro brilhante e decidi esperar até o fim do casamento para poder ir até acima da cascata, me foquei somente em Niklaus vendo o seu sorriso maravilhoso, os olhos verdes brilhavam relampejando a cada segundo enquanto ele segurava Hope firmemente em seu braço mesmo que ela demonstrasse que queria sair correndo por ai. Os olhos dela se focaram em mim e eu me surpreendi com isso, eu não esperava nada disso. Isso só a fez se agitar mais ainda e Niklaus logo a soltou assim que a cerimônia teve fim.

Caminhei tranquilamente em direção ao local e ela garrou minhas pernas com força me olhando atentamente antes de rir enquanto eu me abaixava, ela pulou em meu pescoço e beijou meu rosto me tocando como se não acreditasse no que seus olhos viam, ela estaria se perguntando como eu sai de uma foto?

— Oi Hope.

— Oi mamãe. – fechei meus olhos com força sentindo que o ambiente lá fora havia mudado drasticamente.

— Hope? Filha? – ouvi a voz de Klaus.

Me ergui e finalmente sai para a luz do fim de tarde vendo com prazer os lábios se escancararem em surpresa absoluta, o primeiro a chegar em mim foi Stefan me dando um abraço apertado, logo em seguida Damon, Caroline, Elena, Nataniel e até mesmo Davina. Coisa que me deixou surpresa. E então quando me soltei os braços dele me rodearam com força e seus lábios esmagaram os meus fazendo todo o meu corpo tremular de emoção, correspondi o beijo sentindo o ardor intensificar então nos separamos nos encarando.

— Eu disse que voltaria.- ele encostou sua testa na minha e segurou meu rosto com força.

— Eu duvidei. – sussurrou.

— Eu sei que sim.

— Eu senti na marca assim que saiu, por que demorou tanto tempo assim pra chegar? – suspirei vendo que o castelo inteiro começava a subir as escadas em nossa direção ansiosamente.

— Por que eu sou humana Klaus.

~º~

A festa estava linda e eu estava feliz mesmo com o olhar desconfiado de Niklaus sobre mim e  Anellise que dançava nos braços de dois Salvatores extremamente felizes com a reaparição da irmã, a qual eles ainda se culpavam terrivelmente pela morte dela. Mesmo que fosse apenas uma armação de uma maldita vampira, Anne tinha um objetivo simples, tirar a culpa do coração dos dois.

— Meus parabéns você não sabe o quão feliz eu estou por você! – abracei Elijah com força e fui retribuída com a mesma intensidade.

— Isso é um tipo de brincadeira sem graça? Eu realmente não estou acreditando que você está mesmo viva. – ele tocou meu rosto – E muito menos que está presente em um dia tão importante pra mim.

— Que tipo de rainha e irmã eu seria se não estivesse?- o olhei – Eu ainda sou rainha não?

Eu havia perdido algumas coisas, afinal o tempo no mundo dos mortos era bem mais rápido do que o dos vivos.

— Não Sage. Você é imperatriz, você construiu um império depois da morte de Esther. – Natalie se aproximou e eu dei um abraço rápido me afastando – E eu entrei pra sua família você querendo ou não.

— Não teria acontecido se eu estivesse viva. – teria sim, digamos que fui obrigada a amadurecer.

Os deixei e recebi um abraço intenso de Rebekah e de Kol pela terceira vez desde que retornei e voltei para os braços de Niklaus que ainda parecia esperar que eu desaparecesse a qualquer minuto, e eu poderia. Puxei a mão dele e fomos para o quarto sendo seguidos por uma Hope saltitante que se divertia com seu vestido de dama de honra, entrei no local e quando ela passou me virei para ele com os braços cruzados e o beijei de novo.

— Como assim humana? – eu sabia que ele retomaria o assunto já que Rebekah o interrompeu pulando em meu pescoço e nos derrubando apenas provando que eu voltei ao normal.

— Eu abandonei tudo Niklaus, pra voltar. Eu havia me tornado uma guardiã  e tive que esperar para poder recuperar o meu poder. Para poder voltar pra você eu tinha que dar alguma coisa em troca e eu dei.

— Sua imortalidade. – ele me olhava em choque.

— E meus poderes. Nik querido, eu não tenho mais nada. Apenas uma quantidade extremamente limitada de poder que me mantém viva, e ele foi completamente bloqueado por mim. Ou seja, eu não poderei ser mais uma bruxa. Eu distribui boa parte dos meus poderes entre Elliot e Theodore para que eles voltassem junto comigo e depois entreguei meus poderes e a imortalidade a Ibis para que eu pudesse voltar ao mundo dos vivos e ela voltou a ser rainha.

— Você fez isso por mim? – ele me olhava em choque.

— Você não faria? – e eu o olhei e soube que ele tentou alguma merda, mas preferi ignorar.

— E você vai morrer?- ele me analisou me perguntando preocupado.

— Não se você me transformar. Nós ainda temos... duas horas. – olhei o relógio na parede – É agora que você finalmente decide se me quer ou não pela eternidade.

~º~

— Katherine sua maldita como assim você não vai vir aqui? – gritei pelo telefone enquanto dirigia para o Kansas ao lado de Niklaus.

— Eu estou ocupada. – ele tomou o celular de minhas mãos e colocou no viva voz – Sage nós somos amigas, eu sou humana e fui viver a minha própria vida, não me entenda mal. – eu suspirei, eu não a entendia mal.

Por que eu achava que Katherine estava me escondendo alguma coisa? Por que todo mundo parecia estar me escondendo algo relacionado a ela? Isso sim era assustador, até mesmo Niklaus estava me escondendo algo, desde que me tornei uma vampira pura feita a partir de seu sangue a ligação se tornou ainda mais forte do que já era, então bitch... eu sei de tudo. Eu estava apenas a dois dias de volta e já havia reparado o quanto as coisas estavam mudadas, no casamento de Elijah apenas metade do nosso reino estava lá. Então eu entendi que ele era realmente gigantesco, era realmente um império e Niklaus queria me apresentar a todos eles o quanto antes.

— Nik o que ela fez?

— Você vai saber Sage. – ele rolou os olhos.

E então depois de longas hora de viagem nos finalmente chegamos na imensa casa de Oliver vendo as pessoas nos olharem de maneira nada discreta afinal quando eu vim até aqui pegar o poder de Heloisa eu quebrei a barreira de proteção.

— Nós tivemos problemas aqui?

— Completamente em paz. – ele informou enquanto avançávamos.

— Será que ele está bem? – ele apenas parou me encarando despreocupadamente.

— Oliver é adulto Sage, é obvio que ele está bem. Se não está morto está bem. – rolei os olhos e espreitei subindo agilmente em uma árvore de frente para a casa dele e ficando de tocaia ao lado de Niklaus.

— Klaus... me desculpe não ter dito o que eu faria. Eu sinto muito mesmo. – ele me encarou – Eu sei que sofreria, sei que sentiria dor, mas eu precisava deixar vocês em segurança. Esther não estava usando nem metade do poder que tinha e eu tinha que a trancar comigo ou teríamos sérios problemas, quando dei a ideia de a libertar eu já sabia de todos os sacrifícios é...

— Eu entendi depois de 5 anos, eu entendi isso Sage e demorou muito. Eu nunca aceitei a sua “morte” assim como também não aceitei esse sacrifício e eu levei muito tempo pra entender que foi uma prova de amor, mas isso não faz com que eu deixe de acreditar que você ainda não tem dimensão do quanto eu te amo.

— Eu sei a dimensão disso Niklaus e foi por isso que eu fiz o que eu fiz, por saber o quanto me ama. Eu sabia que eles iriam te ajudar, sabia que um dia iria aprender a conviver com isso. Eu me sacrifiquei por saber que você me amava, por saber que você daria a vida por mim... e não foi pensando somente em você que eu fiz isso... foi também em Hope, Elijah, Rebekah, Damon... Marcel. Eu nunca teria feito algo assim por quem não gostasse de mim, você merecia ter pelo menos um pouco de felicidade com a sua família e filha. – respirei fundo vidrando meus olhos na casa e vendo Oliver sair acompanhada de uma morena com alguns panos nos braços, provavelmente iriam para algum jantar em família.

Saltei da árvore com agilidade e Klaus veio ao meu lado enquanto seguíamos o carro de perto, Oliver parou em uma casa e logo saiu dela carregando algumas malas pequenas e isso me fez ficar confusa, ele iria fazer uma viagem ou algo assim? Olhei para Klaus e ele tinha a mesma expressão confusa. Os seguimos de perto com a nossa velocidade de sempre observando tudo cuidadosamente, Oliver e a mulher falavam bem alto e riam o tempo inteiro esbanjando felicidade, por diversa vezes vi eles se beijarem pelo vidro traseiro e isso me deixou mais aliviada ainda, eu gostaria de me desprender dele, mas nunca conseguiria tal coisa. Eu era apegada demais a esse única lembrança de minha vida como humana.

Diminui a velocidade quando chegamos em uma curva e os acompanhei um pouco mais lentamente, Klaus vinha ao meu lado e tentou parar quando o carro deslizou na pista, eu apenas travei o acompanhando com os olhos sem ter nenhum tipo de reação devido ao meu choque. Os movimentos dentro do carro foram rápidos demais para eu acompanhar com meus olhos e eu só fui desperta quando Klaus gritou meu nome me tirando do meu choque, imediatamente me movi até o local ignorando a mulher jogada no chão e me ajoelhei de frente para Oliver, eu não acreditava que estava vivenciando esse pesadelo de novo, nunca entraria em minha cabeça que em algum momento as pessoas simplesmente iam embora dessa maneira... tão rápido. 5 anos era rápido demais para mim. Oliver só tinha 24 anos, que tipo de maldição é essa que existe sobre os Verona?

Klaus fechou os olhos e olhou para o céu enquanto eu acompanhava seus olhos, lua cheia. Oliver havia se transformado enquanto dirigia, era difícil aceitar que ele havia matado alguém algum dia.

— Foi um acidente a dois anos atrás. – Klaus sussurrou – Recebemos a notícia de um morador, ele perdeu controle do carro na chuva.

Foi o bastante. Vi os olhos dele se abrirem e se arregalarem ao me ver parada em sua frente, eu sentia uma dor que nunca senti na vida ao ver ele ali, jogado para fora do carro coberto de pedaços de vidro e com uma perna decepada, eu podia sentir pela fraca energia de seu corpo que ele não iria sobreviver de maneira nenhuma a um ferimento daqueles e que eu não poderia fazer absolutamente por ele a não ser ficar ao seu lado. Que vida irônica, eu volto dos mortos para ver meu irmão morrer assim que eu chego.

Segurei sua mão e ele sorriu.

— Oi Sage, achei que nunca viria me ver. – ele riu e eu o olhei surpresa sabendo que não deveria chorar ou ele enlouqueceria e ficaria histérico – Eu nunca te esqueci minha irmã, não teve um dia que eu não pensasse em você, me preocupasse... mas eu tinha que seguir minha vida assim como você falou. Eu fiz tudo direito... até... o dia.

— Eu sei. – acenei com a cabeça.

— E fui imprudente hoje, a minha família pagou por isso, é nosso aniversário de 25 anos... eu ia levar ela pra você conhecer.

— Se tem algo que eu aprendi com os mortos... é que tudo é destino... nos fim as nossas ações por mais diferente que sejam sempre nos levam ao mesmo lugar, mesmo que de uma forma diferente. Dói admitir isso...

— Mas chegou a minha hora... – sussurrou engasgando.

— Sim. – confirmei o encarando seriamente.

— Eu te amo muito Sage, me desculpe se... – arfou jogando a cabeça para trás.

— Não tem pelo o que se desculpar. – olhei seu pescoço e vi meu cordão – Quer dizer que você passou cinco anos usando um colar feminino de verbena?!

Ele riu se contorcendo de dor enquanto ficava fraco, seus batimentos diminuíam e seus olhos pesavam antes de ele apertar minha mão.

— Não fiquei irritada... ela me ajudou muito... Sage... cuide da minha garota por favor... não a deixe. – segurei sua mão sem me pronunciar – Minha esposa... o nome... Celeste.

A garota dele estava morta dentro do carro.

Oliver fechou seus olhos e eu ouvi seu coração parar, respirei fundo e me ergui sendo apoiada por Niklaus enquanto ia dar uma olhada na garota, parei de frente para o carro ao ouvir o choro baixo e percebi quem era a tal garota, era o bebê e não a esposa. Olhei com atenção vendo o pequeno embrulho que se remexia nos braços da esposa de Oliver e me estiquei passando meus braços pela janela e a pegando no colo, quando a tirei dos braços da mãe tive uma surpresa assustadora. Katherine conseguiu o que queria.

Olhei a morena e apertei o bebê em meus braços aspirando seu cheiro doce enquanto engolia as lágrimas que teimavam em descer descontroladamente pelo meus rosto, olhei para Niklaus que me abraçou e a pegou de meu colo enquanto eu me esticava e tocava Katherine.

— Katherine, Katherine sua maldita. Vadia falsa, maldita. – toquei seu pescoço vendo que ela estava sem pulsação.

— Ela deve estar rindo de você agora. – Klaus sussurrou me lembrando de quando Nataniel havia repetido o mesmo para ela e isso fez com que eu soltasse uma risada amarga.

Vadia

— Kath... – suspirei sob os olhos atentos de Niklaus.

O que é ser imortal em sua percepção? É viver para sempre ou nunca ser esquecido? É ser lembrando pelas coisas ruins ou boas que fez? É ser reconhecido pelo que fez ou pelo o que você foi? Katherine assim como Oliver foram meu porto seguro, amigos, irmãos... e não eram sangue de meu sangue. Me amaram, lutaram por mim e acima de tudo respeitaram mesmo que de uma maneira um tanto estranha. Eu poderia viver como uma imortal,  mas eles também seriam imortais. Afinal eu viveria pela a eternidade e os eternizaria em minha memória, eles só morreriam quando não existissem uma única pessoa que se lembrasse deles.

Os verdadeiros imortais eram reconhecidos pela sua breve existência.

~º~ Seis anos depois ~º~

Eu entendia o porquê do nome Celeste, tinha completamente a ver com a personalidade dela e com os olhos. Céus, era impossível dizer que essa garota era filha da maldita Petrova. Celeste era uma criança maravilhosa, doce, companheira e amorosa. Era presente e respeitava todos mesmo com a pouca idade que ela tinha, ela era um verdadeiro amor. Seus olhos eram de um azul incrível, eram escuros e possuíam pequenas manchinhas de um tom azul claríssimo de invejar qualquer um, era como olhar para o céu durante a noite. Apesar dos cabelos cacheados escuros e pesados ela me lembrava muito Oliver, não só na aparência, mas como também na personalidade. Katherine não tinha ideia do tamanho do presente que ela havia me dado, ela não tinha ideia do quanto eu a amava e obviamente nunca teria... bem talvez tivesse ao ver que eu representava todo esse amor na criação de sua filha.

— Ah meu urgh, por que você não sai do meu pé? Vai embora, eu vou mandar meu pai matar você. – Hope entrou na cozinha – Melhor ainda... eu mesma vou fazer isso se você não parar de me irritar. – ela brigou novamente e eu cutuquei as bochechas de Celeste que ria sentada no balcão.

— Titio Damon vai te ensinar a ser bem mais respeitosa sua mini Frankenstein diabólica Mikaelson. – o moreno saiu atrás dela que se virou  para mim cruzando os braços, era mais do que justificável que Hope estivesse irritada com essa chatice que era o Damon.

— Escuta aqui Damon, eu lembro de você dizer que havia ficado em New Orleans só para me esperar voltar, já voltei... não vai embora não? – ele apenas riu.

— Big Morce Mikaelson eu te amo minha irmã... somos família... o que eu faria sem você? – ele encostou em minha cabeça e se afastou rapidamente – Agora me diga Mini pulguenta, o tio Damon é ou não um cara legal? – ele se abaixou de frente para Celeste.

Apenas recebeu uma mordida na bochecha e resmungou agradecendo por ela não ter veneno, Niklaus se cansara de dizer a Damon que não iria o curar mais de mordida nenhuma visto que o moreno sempre levava mordidas dos híbridos. E Celeste era filha de um lobisomem, tudo bem que ela não estava transformada, mas mesmo assim. Doía demais.

— Não chame a minha sobrinha de pulguenta seu vampiro centenário catarrento.

— Você é mãe Sage, assuma isso e pare de querer parecer mais nova. Quero ver daqui a dois mil anos se ainda vai ficar se achando a recém transformada.

— Eu sou muito nova pra ser chamada de mãe. – resmunguei e Hope apenas riu.

— Quer que te chame de que?

— Vossa Alteza? Majestade? Eu apoio.

— Não mesmo.

— Chame-me de Sage. – dei de ombros sem me importar.

— Bem eu já estou indo o super Drácula Frankenstein está vindo. – Damon rolou os olhos se afastando.

— Será que eu posso saber quais das três pestes sumiu novamente com as minhas armaduras? Sabem como é difícil conseguir isso? – a voz dele soava irritada e em poucos segundos os vampiros abandonavam o castelo se dispersando pelo jardim.

Celeste se jogou no chão se preparando para sumir, mas esbarrou em Niklaus que tombou para trás derrubando vinho na própria roupa, antes que ela pudesse se afastar demais ele girou jogando a taça na pia e a segurou pela barriga a girando para ele e a pegando no colo. A garotinha apenas colocou as duas mãos no rosto dele ainda cheirando a doce e abriu um pequeno sorriso com as bochechas rosadas.

— Oi papai. – ela sussurrou e eu estreitei os olhos em fúria.

E pronto o híbrido milenar estava completamente rendidos aos encantos de uma criança. Hope suspirou em desagradado rindo da vulnerabilidade do pai e da facilidade com a qual foi persuadido, mas isso não durou muito tempo, a mini cretina enroscou os braços na cintura dele e sorriu abertamente com os malditos olhos verdes extremamente brilhantes. Era fato, Hope era a cara de Niklaus e Celeste se parecia extremamente comigo.

— Ok Sage, o que vai tentar? – fiz minha feição mais doce e ele negou com a cabeça – Você é velha demais pra isso funcionar comigo.

Ele foi muito rápido dessa vez, passou Celeste para Hope com uma velocidade incrível e desviou da panela de pressão que eu joguei nele, ele realmente estava pegando a prática. Corri atrás de Niklaus e saltei subindo no corrimão do andar de cima e chutei suas costas o jogando no chão, ele virou para cima e puxou minha perna  me derrubando no tapete do corredor e ficando por cima de mim.

— Quer dizer que a imperatriz invocada velhinha ainda consegue dar uma boa surra nesse híbrido...

— Vovô. – ri da cara irritada dele – Se Rebekah não fosse o amor da vida de Enzo, eu iria atrás dele. Você não merece a esposa deliciosa que você tem. – ele gargalhou me beijando e me ajudou a me levantar.

— Minha esposa gostosa está querendo tomar um reino inimigo nesse fim de semana? – ele zombou.

— Se for verdade eu quero sim, o ruim de ter um império é isso, cadê os covardes de antigamente para eu poder chutar a bunda todo santo dia? Assim não tem graça Niklaus!

— Realmente não.

— Ainda bem que não. – Ibis surgiu e sorriu para nós com Gaspar ao seu lado, sombra – Tudo controlado no mundo dos mortos, Esther está bem presa e vai ficar assim por muitos anos, talvez milhões... talvez nunca saia. – ela riu – Eleonor está se achando a rainha do mundo dos mortos. – ri e rolei os olhos – Scarlet conseguiu uma namorada fantasma. – gargalhei, ela deveria estar fazendo o inferno na vida da garota.

— Sage que bom ver que você está bem. – Gaspar sorriu beijando minha cabeça – Temos que marcar um almoço em família.

Klaus bufou contrariado.

— Hoje é dia. – avisei e senti ele ficar tenso, eu não tinha avisado – Mas vamos aos visitantes.

— Aos reinos aliados Sage. – o loiro me corrigiu.

Mas que inferno, eu sei de tudo, não precisa me corrigir toda porra de hora.

Seguimos em direção a varanda principal no quarto andar e Niklaus abriu a porta me assustando, nada me preparou para isso. Nunca imaginei isso. Não eram centenas, eram milhares de vampiros, tantos que era difícil saber quando um começava e outro terminava. Eles ultrapassavam a linha do jardim e avançavam pela floresta, muitos deles estavam perdurados nos topos de algumas árvores e seus reis estavam na linha de frente.

— Esse é o tamanho do seu poder minha Imperatriz. Isso é o que você criou.

A massa de corpos se curvaram em reverência e ele me abraçou escondendo o rosto em meu cabelo.

— Obrigado meu amor.

~º~

Olhei para todos sorrindo brilhantemente, a bagunça estava mais do que armada no jardim, a imensa mesa de madeira lotada de comida com membros da família “imperial” e com todos os reis e rainhas dos reinos aliados. Ao nosso redor os vampiros estavam sentados confortavelmente no chão em meio a lobisomens e alguns bruxos tentando entender o que se desenrolaria por ali, é óbvio que as pessoas do meu castelo esperavam por confusão, os do restante não sabiam de nada.

— Sage não a encha de tanta comida assim. – olhei de cara feia para Ibis.

— Não pedi tua opinião na criação das minhas garotas. – grunhi e Gaspar suspirou pegando uma garrafa de vinho e a bebendo descontroladamente.

— Vamos nos concentrar em ser educados por favor. – Stefan pediu voltando a comer.

— Stefan olha aqui, não me diga o que fazer na minha própria casa.

— Será que dá pra vocês pararam por favor? – Jeremy pediu irritado e Bonnie concordou com um breve aceno.

— Ah quer dizer que agora você é o sensato, ex garoto rebelde? – Damon saiu em minha defesa e questionou ironizando, Elena riu ao lado dele apoiando seu eterno noivo.

— Jeremy por favor é da Sage que estamos falando, como parar?

— É da família dela! – Natalie corrigiu e Elijah reprimiu uma risada.

Como de não fossemos da mesma família.  Errada é ela não eu.

— Vai pro inferno sua cretina! – joguei minha faca nela.

— Gente vão achar que somos um bando de selvagens. – Caroline educadamente me repreendeu.

— Mas a família da minha noiva é uma selvagem. – Enzo se pronunciou e talheres caíram.

— Como é que é? – Niklaus gritou se levantando e eu me ergui o jogando de volta na cadeira.

— A discussão ainda não saiu de mim. – o repreendi – Selvagem é você seu carniceiro quem foi que disse que você vai fazer parte dessa sua família? - como assim?

Não quero. Já me basta Kol e Damon vivendo às minhas custas, Enzo também? E onde diabos estava Nataniel para fazer um teatro dramático? A claro... sendo o novo "rei' do México. É pra rir, é claro.

— Vamos parar agora! – Stefan levantou a voz se impondo, ele só tem poder com os deles, comigo não.

Se passam anos e ele ainda sonha que manda em mim.

— Meu amigo, você ainda não aprendeu nada com isso? – Marcel riu erguendo a taça e voltando a beber sem se importar com a confusão que se afirmava.

— Até eu já sei quando é a hora de sumir daqui. – Hope suspirou e bebeu seu suco de uma vez se arrastando até Celeste que estava ao meu lado.

— Por favor. – a morena ao meu lado rolou os olhos – É melhor vocês aprenderem a se comportar logo, eu nem vejo a hora de ficar velha de uma vez matar alguém e ter o prazer me morder todos vocês. – olhei com assombro para Celeste.

ELA SÓ TEM SEIS ANOS! Como essa garota diz algo assim com a voz da maldita da Katherine e da mesma forma que ela? Katherine reencarnou nnaa própria filha? Olha não justifica! Eu criei ela maravilhosamente bem, não dei mala exemplos. Estava na hora de tirar ela de perto de Rebekah.

— Olha ai o que eu disse! – Ibis gritou enquanto eu ouvi a risada descontrolada de Damon e Enzo, Alaric tossiu tentando passar despercebido aos olhos de Ibis e falhou - Ninguém me leva a sério nesse lugar! Pedem a minha opinião e não me ouvem.

— Minha linda sogra, o problema é justamente esse. Ninguém pediu e nem se importa com a sua opinião. - era fato, Niklaus não se amedrontava com Ibis.

 - Não disse nada, meu castelo minhas regras! – subi em cima da mesa chutando o prato longe e vi a mão de Klaus vir em minha perna, mas no último segundo ele desistiu – Você pode mandar naquela sua cova minha querida, mas aqui não!

— Não mesmo. – Hope a olhou em desafio.

— Niklaus eu vou aconselhar que Hope passe o resto de sua criação o mais longe possível da Sage. – Rebekah sussurrou maravilhosamente com seu sotaque mais forte que o normal.

— Você fez uma escolha péssima e quer dar opinião em como eu crio a minha filha?- ele sussurrou sombriamente.

— Eu posso dar opinião. – Kol sorriu defendendo a irmã.

— Não pode, você está correndo atrás da mesma mulher a 11 anos. – engasguei com meu vinho – Se seus conselhos fossem bons você a teria.

A mesa explodiu em risadas provocando a fúria de Kol.

— Será que ninguém entendeu ainda que o ponto da minha conversa é que Sage é uma péssima mãe! – o local todo se focou em Ibis que sorria – Eu quero atenção!

— Conseguiu. – acertei ela com um soco que caiu de volta na cadeira resmungando ao lado de Gaspar.

Me sentei de volta em minha cadeira e encarei todos na mesa que retribuíram o olhar.

— Alguém sabe dizer quem vai assumir o reino na Alemanha?- voltamos a comer tranquilamente após a pergunta de Stefan, pensei por um breve momento e ele suspirou antes de levar as mãos a cabeça – Pra quê eu fui perguntar isso?

— É claro que sou eu. Niklaus vai me escolher, não é? – Kol questionou o irmão.

— Não. – Kol sofria muito bulling.

— Eu então. – Rebekah deu a opção e Niklaus disparou os olhos até Enzo.

— Piorou.

— E por que não?

— Por que eu quero reino. – Elijah contestou.

— Nenhum Mikaelson sairá daqui. – Klaus decretou.

— Concordo. – fui de acordo.

— Eu quero. – Gaspar pediu.

— Obviou que não. – constei.

— Eu já acho perfeito. – Niklaus disse.

— Sou totalmente de acordo com Niklaus.- Caroline se intrometeu.

— Ninguém te questionou nada sua loira aproveitadora. – resmunguei.

Caroline socou a mesa e eu me levantei ao mesmo tempo que Enzo e Elena começando uma briga e logo todo o império passou a gritar pra decidir quem seria o maldito rei ou rainha que ficaria na Alemanha maldita. Outros de meus parentes e amigos em um país longe de mim? Só por cima do meu cadáver. Chegamos ao ponto de Alaric berrar conosco, mas era assim que eu gostava de ver a família reunida.

Éramos muito mais do que um império com problemas políticos, governamentais e toda aquela merda que essas coisas tem que ter. Éramos mais do que uma união sobrenatural e paz e amor... éramos uma família cheia de problemas e desafios diários. Uma família de psicopatas e desequilibrados, uma família toda errada... mas uma família que eu esperava que durasse por décadas, séculos... milênios.

Éramos o laço que unia um mundo sobrenatural. Éramos o equilíbrio e acima de tudo o amor incondicional.

O que nos movia era a mais pura e simples vontade de ter todos que amamos por perto e assim sempre seria. Por toda a eternidade.

Fim da 4ª temporada.


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Notas finais do capítulo

Acabou gente,!
:(
Ainda tem a parte do Nik que vai ter no máximo 8 capítulos, nada definido ainda!



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