Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 63
Maldita rainha monstro




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Rolei para o lado fugindo das chamas imensas e olhei confusa por não ter feito isso tão rápido quanto um vampiro, ela apenas deu um sorriso e esticou o braço. Senti minha cabeça doer e a encarei duramente, então seria uma espécie de luta livre? Era isso?

— Estamos aqui como humanas, duplicatas e bruxas. Apenas isso. – sussurrou – A primeira que “morrer” está fora. Boa sorte Sage, me mostre que tipo de rainha você é.

— Você também. – prendi meu cabelo e ela fez o mesmo.

Ibis veio para cima de mim e eu bloquei um chute e um soco, saltei para trás dando um mortal e a chutei no pescoço com força a lançando para longe. Me lembrei do livro de Anellise e adivinhei o que estava por vir, eu bloquearia seu poder, havia sim um método de fazer isso. Concentrei toda minha energia em minha cabeça e ela me olhou confusa quando não conseguiu quebrar o meu pescoço.

— Eu te ensinei tudo que sabe.

— Eu aprendi muito mais do que você quis me ensinar. – sussurrei a chutando na barriga.

— Eu queria dizer que odiei. – sorriu correndo em minha direção e eu me abaixei fugindo de seu soco, chutei sua perna e ela foi ao chão me chutando logo em seguida me lançando para longe – Esse é nosso mundo Sage.

A imagem de Nara surgiu ao meu lado, ela me olhava com curiosidade e então deu um sorriso amargo em minha direção.

— Isso é um inferno Sage, ter você na minha vida é um verdadeiro inferno. Você não deveria ter existido nunca. – suas palavras pesaram e eu a olhei com ódio – Você não vale o sofrimento. – sussurrou.

Segurei Ibis pelo pescoço e a chutei na costas, ela se virou e chutou meu joelho vindo para cima de mim e me segurando contra o chão. A imagem de Caroline surgiu acima dela.

— Sabe... eu acho que nunca compensou ter feito nada de bom pra você, você não vale o esforço Sage. Nós estamos morrendo por sua culpa. – Elena surgiu ao lado dela – Nós te salvamos e é assim que você nos agradece? Nos matando?

— Por causa do bebê estúpido do Niklaus e do seu sonho idiota?- Elena cruzou os braços – Você nunca deveria ter existido. Você não vale as minhas lágrimas.

Gritei chutando Ibis para longe e ela caiu ao bater em uma parede invisível, e então nós estávamos na minha antiga casa, a qual dividíamos com Misael. Pude ouvir os gritos dele do andar de cima e os de Oliver que logo desceu as escadas me olhando friamente, Misael estava ao lado dele e o abraçava com força.

— Nos tirar da sua vida foi a melhor coisa que você fez Sage.

— Exatamente. É ótimo não precisar mais olhar para sua cara, nem ouvir sua voz irritante. – Oliver falou – Melhor ainda é saber que eu nunca mais vou te ver. Eu espero que você queime até a morte.

Saltei sobre a mesa escapando de uma madeira que caia sobre mim em chamas, desviei de outro golpe de Ibis e ela socou meu rosto me lançando no chão, rolei fugindo do salto de sua bota que quase foi cravado em meu crânio.

— Ah Déa... eu admito que eu estou cansado dos seus gritos, das suas loucuras, é sempre um saco ter que te proteger. Olha que eu sou um homem bem agitado, bem entediado sabe. Você me cansa. Você me cansa muito. – o olhei afetada, até Enzo usaria contra mim.

— Não o ouça. – Hayley sorriu docemente aparecendo do meu outro lado – Somos família não é? – Phoebe riu ao lado dela e eu entendi que seriam meu “apoio” já que Phoebe tinha a mesma marca que eu, e pelo fato de eu ter dado o presente “bruxo” para Hayley que eu mesma havia feito.

Outro soco me acertou, dessa vez no estômago. Veio com tanta força que me fez vomitar sangue, meu rosto foi chutado com força e eu vi que estava provando do meu próprio veneno.

— Sage não faça eu me arrepender de ter dado a vida por você. – ouvi a voz baixa de Phoebe.

— Pois você deveria se arrepender e muito de ter feito isso Barbie Bruxa. – Damon me olhou friamente – Você é uma cópia mal feita da minha irmã.

— Oras Damon não seja tão cruel, não vê o quão frágil essa pobre garota está? – Stefan se agachou ao meu lado – Eu sempre sonhei em ver você assim, Finn só me incentivou a fazer algo que eu sempre quis. Como você está se sentindo irmã? – debochou – Você está maravilhosa... da forma que todo impostor deveria estar.

Eu optei por ficar calada, se eu falasse mais ideia surgiriam e o sofrimento seria mais prolongado ainda, era uma tortura mental inimaginável, como conseguiram suportar isso?

— Little Bird, você nunca vai sair dessa gaiola que você criou. Nós nunca te amaremos, nós nuca te veremos como alguém da família. Quando eu olho pra você, eu me lembro da minha irmã. – me levantei e olhei para Ibis em fúria vendo ela se retorcer de dor, intensifiquei e a imagem de Damon falhou – Mas ai me lembro, que Anellise era alguém de verdade, alguém valiosa. Não você.

— Está usando minha família contra mim? – gritei.

— Por que não usaria? Estamos aqui falando tudo sem sofrer nada Sage... é bom assim... pois assim você ouve a verdade. – Rebekah se aproximou cruzando os braços e de repente meu corpo foi lançando para longe por Ibis, cai e rolei diversas vezes antes de me levantar

— São mentiras. – Hayley sussurrou e Akio apareceu ao lado dela.

— Nunca acredite em nada disso Sage, você sabe a verdade, você lembra de tudo. – ela sorriu e Theodore falou as minhas costas.

— Irmã... é mais fácil do que parece. Bem mais fácil. – ele riu – Ela nem é tão forte assim, é só uma manipuladora.

— Você é pior Sage. – Elliot – Mostre que temos potencial garota. Não vamos ser rebaixados só por sermos mais novos.

Fechei os olhos e me imaginei em casa, no meu reino. Quando abri meus olhos vi que estávamos no local, Ibis me encarava surpresa ao ver que eu tinha total controle sobre o seu local, algo que nenhuma outra bruxa poderia fazer. Lancei todos os móveis em direção a ela que desviou com uma facilidade imensa, ela quebrou a mesa de jantar em pedaços e eu arranquei o pé de uma das cadeiras.

— Eu preferia a outra Sage. – Kol vinha rindo ao lado de Elijah – Eu pelo menos podia ter algum carro, ou coisa assim. Não estou reclamando e nem sou falso ou coisa assim, mas por que é que o Niklaus tem que criar aquela coisa? Ela não tem serventia alguma só sabe gritar e quebrar tudo que vê pela frente, fora que agora nos abandonou nas mãos de Esther.

— Irmã.... – debochou – Como ela pode sonhar tão alto? Essas menininhas de hoje não sabem de nada sobre a vida, sonham demais... acha mesmo que Niklaus é o príncipe encantado? Ele não quer nada com ela, absolutamente nada. – Elijah deu uma risada baixa.

— E como meu amigo. – Nataniel surgiu com Katherine.

— Oh... você estava ouvindo Sage?- ela me olhou sorrindo – Uma pena ter ouvido isso não acha? Pro seu azar é verdade... nós te odiamos.

— Olha pra mim! – Ibis gritou tentando me acerta e a minha irritação foi as alturas, a acertei com força quando o pé da cadeira e o corpo dela bateu contra a parede derrubando os quadros – Chega de brincar.

Os olhos dela ficaram completamente brancos e ela abriu os braço olhando para cima enquanto um vento forte atingia a sala nos acertando em cheio. Os moveis começaram a girar pela sala enquanto as luzes piscavam, agora sim ela parecia uma bruxa, uma bruxa muito bizarra. Como Esther tinha coragem? Na realidade... como eu tinha coragem?

Senti cada membro do meu corpo queimar de dor a medida que ela dirigia toda sua raiva em mim, mas eu era forte, eu era bem mais forte do que isso. Eu tinha que acabar com essa briga maldita logo, ou Esther sairia e estaríamos todos mortos. Tínhamos que poupar o máximo de poder. Ergui minha mão sentindo minhas palmas queimarem e gritei quando a dor me assolou de novo.

— Não é o bastante pra querer você fazer ir embora logo, Sage você não está se esforçando. – de repente toda a sala se incendiou.

Era nítido que ela se esforçava para não me matar tão de cara assim, ela estava me dando tempo e mesmo assim eu não conseguia derrotar ela. Seu nariz começou a sangrar quando eu usei toda a minha forte contra sua mente, ela passou o dedo pelo local e arquejou de surpresa, antes mesmo que ela pudesse erguer o rosto de volta eu já estava em cima dela a socando com tanta força que ela atravessou a parede.

— Sage. Eu estou aqui. – ouvi a voz de Nik ao meu lado – Por você. – eu sabia que era apenas uma ilusão.

Fechei os olhos e quando os abri meu coração se partiu em mil pedaços Niklaus estava completamente em chamas com a estaca de carvalho enfiada em seu peito. Meu olhos se arregalaram e meu peito se comprimiu de dor enquanto a marca se mostrava mais intensa do que antes, ela mudou de tática. Klaus caiu aos meus pés enquanto eu sentia a marca agindo com todo o seu poder, eu estava mais do que furiosa.

— VOCÊ ENLOUQUECEU SUA VADIA? – gritei a plenos pulmões vendo ela arregalar os olhos em surpresa.

Chutei Ibis com força no rosto vendo ela voar a metros de distancia, antes mesmo que ela pudesse perceber o que havia acontecido eu já a socava com força, segurei seu pescoço e comecei a enfiar minhas unhas em sua jugular, eu a estriparia. Iniciei um novo ataque mental e vi o sangue sair de sua boca e seus olhos revirarem, seus ouvidos começaram a sangrar manchando minhas mãos e ela vomitou sangue enquanto ficava com o rosto completamente vermelha.

— Jamais na sua vida, ouse ameaçar a vida de algum deles. – eu estava em cólera, ela me chutou e correu para longe e eu pulei sem suas costas.

Ibis era um inferno de uma maldita duplicata muito boa, mas muito boa mesmo. Mil vezes mais evoluída do que eu.

— Eu hoje irei me tornar a rainha de tudo! Você não vai me prender mais em lugar algum! Eu nunca mais ficarei presa! – gritei – Nem mentalmente, nem fisicamente. Seja o que for, nada vai me parar! Ninguém vai roubar a minha vida de novo.

Ela sorriu quando eu a chutei com mais intensidade, a bruxa se levantou me olhando com uma careta e então a tontura me atingiu com força, sorri e usei uma de minhas novas técnicas que eu havia pesquisado recentemente.

— Uma boa rainha sabe aproveitar todos os truques. – sorri maliciosa absorvendo toda a energia que ela lançava para mim.

Ibis escancarou a boca e se assustou quanto estalei os dedos e apareci atrás dela enfiando minha mão em suas costas e agarrei o seu coração o apertando com força.

— Eu não esperava nada diferente. – ela sussurrou sorrindo – Eu mando muito bem em tudo que eu faço. – reprimi uma risada enquanto ela caia, segurei seu coração e sorri vendo ela se virar em minha direção com um buraco no peito – Sage o que foi isso?

— Eu disse que um dia estaria acima de você e de Gaspar, parece que o seu reinado acabou Ibis. – ela apenas sorriu com descaso.

— Eu já estava cansada mesmo. Mas ainda mando naquilo lá. – se referiu os mortos.

— Eu prefiro ser a bruxa/híbrida rainha da terra. Temos um acordo. – deitei ao seu lado enquanto encarávamos o nada.

— Temos um acordo. – ela sorriu apoiando o cotovelo esquerdo no chão e segurando minha mão direita.

Vi os símbolos em seus dedos se transferirem para os meus, mesmo que os dela continuasse no mesmo local.

— Precisa se recuperar no seu mundo antes de estar com força total. Tenha paciência, estamos um pouco longe de Klaus.

~º~

— Você está de volta. – olhei para Natalie – Uau, seus olhos estão tão estranhos quanto o de Nik. Eles acabaram de sair daqui, coletaram seu sangue. – ela riu baixo – Logo devem estar aqui querendo mais, já que provavelmente o seu estava intoxicado devido ao sangue dos mortos.

— Ainda bem. Ibis me pediu para esperar, ela vai falar com Niklaus. Pediu para eu me recuperar.

— E como foi? – sorriu pequeno.

— Um pesadelo. Minhas amizades mais antigas ficaram no meu ouvido me infernizando, ilusões criadas por ela. – olhei ao redor vendo que o corpo de Phoebe e dos lobisomens haviam sumido.

— Nós trocamos de lugar. Não faço ideia de onde estamos, parece outro esconderijo de Ibis. - informou tombando a cabeça para trás - Me alimentaram tão pouco.

— Se só eu sou útil por que você está aqui? - questionei e ela deu um sorriso amargo.

—  Bem, é uma longa história, deve ser pelo fato de eu ter uma conexão com a família Mikaelson ou algo assim.

—  Me conta logo a sua historia de merda.

— Como pode falar que minha história é de merda?- reclamou.

— No mundo sobrenatural todos tem uma história de merda, você não é exceção boneca?- olhei de cara feia para as correntes que me prendiam.

— Nossa que grosseria Sage, por favor. – ela rolou os olhos sem realmente se importar.

— Que seja vadia. – murmurei e ela deu um chute no ar acertando meu rosto com o sapato de salto que foi lançado de seu pé.

— Cala a boca maldita. – tirou os pés do chão ficando pendurada pelos braços e balançou o próprio corpo enquanto cantarolava uma música desconhecida.

Maluca.

— Ok, fui criada em uma família religiosa, seguíamos os mandamentos da igreja e tudo aquilo e tal sabe. O salmo.

— Por favor fale direito você deve ter quase a idade do Nik e fala como uma trombadinha.

— Olha só quem tá falando. – arremessou o outro sapato – Ano de 1348, eu sei que é muito estranho, mas era o que acontecia muito naquela época. Eu não pensava em me casar e ter filhos, eu sonhava em ficar em um convento. – arqueei a sobrancelha e ela esperou eu fazer uma de minhas piadas – Vivíamos muito bem, tínhamos paz e sempre fui criada com muito amor, mas os meus pais eram muito tradicionais Sage afinal éramos nobres, eles me obrigaram a casar com um homem chamado Taglio. O Conde. – ela fitou o teto parecendo entretida, como se tudo se repetisse diante de seus olhos.

— O Conde... – ela me olhou – O que tem de errado com ele?

— Como que sabe que tem algo de errado com ele?

— Já começa errado pelo fato de você ter sido forçada, o que esperar de bom disso? Tenho certeza que era um velho babão.- ela fez careta e negou com a cabeça – Pelo menos isso.

— Eles não sabiam que o Conde na realidade era um lobisomem sádico, hostil... perverso. Passaram-se anos de puro tormento vivendo ao lado daquela criatura pulguenta... quando aos 23 um padre apareceu no castelo pedindo refúgio devido a uma praga que assolou a Europa. Ele era bem jovem, não era muito comum para aquela época, somente homens muito velhos se tornavam padres. – debochou.

— E você deu uns beijos nele?- ela riu.

— Shiu. O Conde havia se afastado do castelo por causa da lua cheia que se aproximava, então eu decidi dar uma festa afinal era muito comum e não achei que faria mal algum o apresentar para as pessoas da cidade. As pessoas estavam eufóricas e beberam bastante, todo mundo muito agitado. – a cena se passava como um filme em minha cabeça – Todo fugiu de meu controle. Ele era um vampiro e matou boa parte das pessoas que estavam no castelo.

— Ele te transformou?- ela suspirou.

— Eu sempre soube que ele não me faria mal, não foi Thomas quem me matou. Ele me deu seu sangue sim... mas quem me transformou de verdade foi o Conde. Tudo depende da percepção Sage. Depois daquela noite na festa nós começamos um romance as escuras ,sabe? Taglio sempre dizia que ia caçar, mas eu sempre soube que ele se trancava em uma cela perto do castelo e esperava a transformação... naquela noite ele voltou mais cedo do que de costume. Ele me encontrou com o padre Thomas.- a observei com atenção -  Ele matou Thomas na minha frente com uma espada, perfurou o pulmão dele e o deixou jogado no chão, ele me prendeu em um calabouço e me espancou e estuprou até a minha “morte”. Eu não tinha o sangue da vampiro sabe... eu acredito que o que eu achei ter sido um sonho realmente aconteceu. Eu senti o sangue entrar em minha boca, ouvi a voz dele, senti ele me apertar e então ele me deixou... e eu fiquei jogada naquele lugar horroroso.  Não sei se os ferimentos foram demais, ou se eu morri de frio afinal era inverno... Mas quando eu acordei era tudo tão estranho. Para mim era como se tivessem passado dias, mas foram apenas algumas horas.

— Thomas abandonou você? – ela deu um sorriso triste.

— Eu acordei ao lado do Conde, ele estava morto com o pescoço quebrado, eu não me lembrava de absolutamente nada e fiquei me questionando o por que de estar ali e o meu marido estar morto. Eu sentia fome e fui ao castelo, tudo estava completamente normal... entrei na cozinha e os servos estavam cozinhando... eu era uma vampira nova.

— Vou adivinhar que algum lezado escolheu justamente aquele maldito dia pra se cortar. – ela riu.

— Sim. Eu matei o castelo inteiro. As memórias voltaram completamente e eu fui até o quarto onde Thomas estaria, mas não tinha nada lá... absolutamente nada que indicasse que um dia ele existiu. Eu fiquei sozinha, queimei todo o castelo para não deixar vestígios e fui embora para sempre. Vaguei durante a noite por anos até que em 1500 conheci a família Original na Inglaterra., não ria de mim Sage ou eu te mato quando sairmos daqui. Eu me apaixonei por Kol...

Nem deixei ela terminar, assim que ouvi o som do K comecei a gargalhar como esperado, poderia ser Klaus e eu gargalharia também, mas seria de raiva. Ofeguei sentindo as lagrimas caírem, eu teria piada para a eternidade. Eu amo essa família.

— Sage eu vou te bater.

— Vai jogar o sapato da sua terceira perna fofa? – bufou.

— Você pediu a merda da história agora cala a boca. Eu virei amiga de Niklaus, muito amiga sabe... eu não sei o que deu nele, acho que só ele pode te responder isso...

— Foi quando ele empalou Kol. – constatei, Niklaus era extremamente possessivo e isso não era nenhuma novidade, era óbvio que ele queria atenção da única amiga dele para ele.

Assim como foi comigo e com Elijah, provavelmente ele achou que estaria perdendo não somente uma pessoa, mas sim duas. Sua amiga e seu irmão.

— Eu fugi imediatamente, estava furiosa com ele e com toda a sua família, Niklaus era insano e isso me assustou. Apesar de ser uma vampira eu não estava acostumada com tamanha perversidade. Os anos se passaram e eu chamei bastante atenção pelas minhas riquezas sabe, e eu não tinha um marido e nem família... a igreja queimou o meu castelo e me acusaram de bruxaria. Eu seria queimada viva e então no ano de 1672 eu fiz um massacre na Espanha e fugi para Paris. – falou orgulhosa imitando um sorriso a lá Lady – Foi onde conheci Katherine, ela fugia de Klaus e eu fugi com ela até 1862. Kath ficou em Atlanta e eu retornei a Paris, mas logo perdi contato com ela por causa de Niklaus.

Eu teria histórias assim? Porque... nossa eu não fazia nada de produtivo, por que eu não era perseguida também? Que tipo de histórias eu contaria para Hope quando ela fosse mais velha, eu precisava me esforçar mais.

— Em 1864 Kath me mandou uma carta para passarmos um tempo juntas, a carta demorou muito tempo para chegar e isso salvou minha vida, foi quando os vampiros foram queimados e Katherine fingiu sua morte.

— Bem típico da vadia. – eu não sabia desse lado da vida de Katherine e isso era estranho já que ela sempre frisava o quão espetacular ela era.

— Voltei para Mystic de luto e conheci os Salvatores, fui a Chicago e algo me dizia que Katherine não estava morta, eu praticamente via o rastro de desgraça dela. – riu – Ela é como minha irmã.

Fiz uma tremenda careta e a porta se abriu com um estrondo, jogaram uma bolsa de sangue lacrada aos nossos pés, longe demais para que alcançássemos.

— A princesa acordou? – o vampiro me olhou sorrindo – Vou avisar...

— Por favor parem de interromper a história da minha vida. – a maluca se balançou nas correntes e deu um chute na porta a fechando na cara do vampiro. - Resumindo, por que está impossível agir como uma pessoa civilizada... eu achei Thomas em 1899 e quase matei ele, ele pediu desculpas e disse que achou que eu realmente estava morta, transamos e ficamos muito tempo juntos até 1943 e ele foi mordido por um lobisomem. – me olhou com uma careta como se eu fosse culpada.

MAS O QUE EU FIZ?

— Voltei pra Europa, era época de guerra e era uma maneira fácil de conseguir alimento e passar despercebida. Não me orgulho de ter drenado os judeus, isso me torna um monstro horrível. – voltou a se balançar e eu vi que suas correntes começavam a ranger, ela começou a chutar a parede com violência – Tive o prazer de drenar cada nazista que surgiu no meu caminho. E bem depois eu encontrei pistas de Katherine em Los Angeles, ajudei com Mason e fui para o Caribe. Fiquei por lá uns 5 anos e achei sinceramente que Katherine já estava morta a essa altura, foi quando fui atrás de vocês. De Marcel na verdade, foi um inferno chegar aqui.

Ela deu um chute com força na parede e as correntes se soltaram da parede, ela saltou para trás e caiu de pé em frente a bolsa de sangue. Ela o chutou em minha direção e eu segurei a bolsa, outro barulho soou na porta e ela foi para seu lugar ainda com as correntes nos dois braços, escondi a bolsa e olhei para Finn.

Minha rainha do drama cheia de dor está sempre gritando na sua cama

Preparando-se para te derrubar.

Pondo-me pra baixo, tudo que vai, volta.

Deveria ter me conhecido melhor

Não me teste

— Eu acho que me deve respostas. – ele sorriu para mim.

— Você também minha irmã, me deve muitas respostas.

— Não creio. Como sabia de mim?

— As noticias correram muito rápido Sage, assim que souberam que Niklaus tinha uma companheira vieram correndo me contar... você nunca foi muito discreta. – ele riu.

— Quem disse que eu era companheira dele? – perguntei – Quem falaria sobre mim?

— Eu tinha planos de pegar Niklaus, um dos meus homens ouviu falar sobre você. Não que era companheira dele, mas sim que estavam juntos. Sinceramente você nunca foi muito discreta minha irmã, assim como Niklaus também não. Embora ele tentasse bastante, mas não conseguiu te esconder por muito tempo... era mais do que óbvio que tinha algo entre vocês e era mais obvio ainda que você seria usada contra ele. Eu até tentei te trazer por bem para o meu lado. – ele riu se lembrando do episódio e então ficou sério.

— Desde quando sabe sobre mim? – ele tocou meu rosto.

— Eu estava na sua formatura. – ele basicamente ouviu eu me declarar – Na festa. Me chamou atenção o quão fiel você era a ele e o quão boba você era e ainda é. Amor. – debochou imitando o sotaque de Nik.

Porque eu sou a porra do rei desse mundo

Ajoelhe-se

Eu sou a porra do rei desse mundo.

Faça com que eu me lembre,

Então levante-se e caia fora que eu te mostrarei

O que custa pra mim te controlar

Porque eu sou a porra do rei desse mundo

Finn não me perseguia pouco mais de um mês , ele me perseguia a cerca de oito meses, ele havia praticamente conduzido minha vida.

— Você influenciou Tyler. – ele sorriu.

— Os vi na festa em Nostreaus e achei que seria uma boa ideia, um garoto sem importância, um desafeto, com motivos de sobre pra te odiar. Achei que seria o bastante Sage e fui para minha casa, mas... Niklaus o matou rápido mesmo que ele estivesse com os meus melhores homens. Mandei bruxas e vampiros para lá e eles foram desaparecendo, os lobisomens foram depois. Ouvíamos que Estella tinha a pedra da ressurreição, seria uma boa maneira de Esther vir sem chamar a atenção de Ibis e gastar seus poderes. E foi ai que Niklaus veio para New Orleans e muita pessoas ficaram sabendo da querida Sage, então você estava viva... e bã! Estava louca por uma confusão. – ele sorriu animado se levantando.

— Você estava me vigiando?

— Não se lembra? Nos encontramos na floresta... enquanto você esperava para atacar um grupo de bruxas... eu te hipnotizei Sage, para que você fosse até lá para ser usada para abrir o portal. Eu te hipnotizei para ir lutar contra Estella, assim como te hipnotizei para esperar o dia certo para ela atacar. Assim como hipnotizei Stefan para agir na fúria, com aquele motivo bobo. – ele riu de maneira sádica e isso me enfureceu – Eu poderia ter feito com minhas próprias mãos e montado uma cena, mas Niklaus iria descobrir isso muito rápido. E eu ainda precisava tomar o reino dele.

Mantenha sua cabeça baixa

Até eu dizer que pode falar

E agora eu corro ao seu redor

Para quando você cair de volta

No meu caixão

Não, você não deveria ter ficado no meu caminho.

Atreva-se, me teste.

— Maluco. – Natalie sussurrou enquanto eu o encarava fervilhando de raiva.

— Ai você veio para New Orleans e eu tive que esperar o incrível Stefan perder a luta para o hipnotismo e te matar. Eu deveria ter usado Alaric ou Damon. – passou as mãos pelos cabelos – Mas hoje eu olho pra você e vejo que me foi útil Sage, eu posso criar híbridos agora... Ainda bem que você não morreu. – apertou minha bochecha com força e se afastou indo em direção a porta – Volto daqui a pouco anjo, vamos brincar de médico, no sentido que você não vai gostar.

— Não gostaria de brincar de médico com você nem se fosse no sentindo bom na sua cabeça, por que na minha sempre acaba em merda. – ele apenas riu e saiu.

— Sage, vai. – peguei a bolsa de sangue e a apertei com força bebendo todo o líquido e suspirando enquanto ela vinha para o meu lado – Ah merda. – ela me olhou de olhos arregalados – Sangue humano. O seu primeiro sangue como híbrida... é humano.

Arregalei meu olhos e passei a bolsa para ela que a bebeu imediatamente, mas bem... eu não tinha tempo para isso agora. Finn entrou novamente e estreitou os olhos na direção de Natalie, imediatamente canalizei minha energia e ele se ajoelhou gritando de dor, Natalie fechou a porta com um estrondo e então passou o braço pelo pescoço dele o deixando imóvel.

Grunhi e usei toda a minha força para quebrar as correntes, mas na realidade elas se romperam antes que eu fizesse algum movimento muito brusco... ou eu havia me tornado bem mais forte como híbrida ou... o sangue humano havia me deixado mais poderosa. Finn me olhou assustado e eu me transformei e abri um sorriso sádico.

Mantenha sua cabeça baixa

Até eu dizer que pode falar

E agora eu corro ao seu redor

Para quando você cair de volta

No meu caixão

Não, você não deveria ter ficado no meu caminho.

Atreva-se, me teste.

— Está assustado irmão?- zombei e ele se engasgou, cessei os ataques mentais.

— Sage pare com isso... – ele pediu – Você não pode me matar.

— Você me ameaçou, ameaçou os meus amigos, disse que ia fazer algo contra Niklaus, me prendeu nessa merda de lugar, a minha irmã que é mãe da sua sobrinha morreu dentro de um mausoléu dando a luz por sua culpa, eu me transformei em uma híbrida de Ibis por sua causa, eu matei duas pessoas da minha família hoje por sua culpa! E você acha mesmo que não posso te matar? É como ela disse – me referi a Natalie – Stefan me matou... eu tinha o sangue de Niklaus e de Ibis... mas quem me criou Finn. – me abaixei olhando em seus olhos – Foi você.

Ele riu.

— Sério Sage?

— Sério Sage? É isso que tem para me dizer? A sua morte... chegou por sua causa. Eu espero que a sua Sage... seja uma boa companhia pra você... do lado da sua mãe vadia. – o encarei sombria – Não se preocupe, comparada a sua morte... a dela foi bem rápida. – dei um sorriso sombrio.

Finn gritou se libertando dos braços de Natalie e veio para cima de mim, eu estava com raiva, eu estava com muito ódio dele. Eu estava queimando. Ergui minha mão e o olhei fixamente, eu não pronunciaria feitiços, como uma bruxa rainha um olhar ou uma única palavra deveria bastar. Olhei no fundo de seus olhos nos conectando completamente e vi seu olhar assustado quando seu corpo paralisou.

Curve-se a mim

Curve-se aos meus pés e me reverencie

Curve-se a mim

Curve-se aos meus pés e me reverencie

Curve-se a mim

Curve-se aos meus pés e me reverencie

Curve-se a mim

Curve-se aos meus pés e me reverencie

Curve-se a mim

— Queime. – Finn gritou de joelhos aos meus pés enquanto sua pele borbulhava e ficava vermelha, ele aumentou as intensidades dos gritos quando seus olhos começaram a espirrar sangue por todo o local, suas roupas começaram a se desfazer completamente e sua pele passou a derreter enquanto sentíamos o cheiro de queimado, sua pele passou a borbulhar e alguns buracos imensos surgiram em sua pele e então todo o corpo dele implodiu em chamas e ele caiu silenciosamente aos meus pés.

— Você é sádica. – ela me olhou gélida e então saltou – Queima tudo! – chutou a porta e agarrou um vampiro que estava próximo mordendo o pescoço dele com força.

— Olá garotas. – Ibis apareceu no meio dos vampiros e estalou os dedos, todos os pescoços se retorceram fazendo um estalo alto e os corpos caíram no chão, Ibis cambaleou e foi segurada por Niklaus que surgiu pela floresta – Viu Sage, derrubei 52 vampiros sozinha. – ela riu e eu apenas olhei em seus olhos vendo sua pele se avermelhar e o nariz sangrar – Ok, pode parar agora. Eu entendi.

Niklaus apenas nos olhava em confusão. Me lembrei que ainda precisaria aprender a usar o tele transporte.

— Eu não vou carregar vocês, estou exausta. – ela resmungou – Vamos volta de avião ou carro, eu estou sem forças.

Nik concordou e veio para o meu lado e me beijou me apertando contra seu corpo.

— Tudo bem eu saio, não precisa pedir. – Natalie saiu resmungando e ouvi que ela mordia alguns vampiros.

O loiro interrompeu o beijo e me abraçou com força aspirando o meu cheiro de lobisomem morto.

— Como você está fedendo amor. – resmungou e eu o olhei de cara feia.

Pisquei confusa quando meus olhos doeram, talvez fosse finalmente pela minha transição como híbrida ou fosse pela sede voraz, talvez pelos poderes... Mas foi olhar o rosto de Niklaus para saber o que estava acontecendo, a morte de Finn me afetava indiretamente já que em nosso casamento nos unimos nossa família. Eu sentia a mudança na morte de Finn... por que éramos ligados de certa forma, mesmo que eu quisesse e ainda sorrisse ao ver ele queimar até a morte. De dentro pra fora.

Vi Natalie desabar no chão pelo cansaço e fui logo atrás.

Fiquei de joelhos

Porque eu sou a porra do rei desse mundo

Faça com que eu me lembre

Então levante-se e caia fora que eu te mostrarei

O que custa pra mim te controlar

Porque eu sou a porra do rei a droga de rei desse mundo.

Faça com que eu me lembre

Eu sou a porra do rei, droga de rei desse mundo

Ajoelhe-se!

~º~

A primeira coisa que reparei quando acordei era que eu estava sozinha e limpa. Abri os olhos e forcei os ouvidos e percebi que estava completamente sozinha, ouvia apenas uma única respiração no castelo inteiro, na realidade apenas duas. Me levantei olhando minhas roupa e não me vi nem um pouco surpreso, usava uma calça preta e blusa da mesma cor, calcei minhas botas e sai do local dando de cara com um corredor imenso. Eu estava com sede, muita sede. Eu precisava achar Klaus ou alguém que me alimentasse.

— Mikael. – dei de cara com o vampiro.

— Finalmente acordo hein garota. – ele se aproximou despreocupadamente.

— Onde estão todos?- ele suspirou.

— Tivemos muitas baixas Sage, bastante de nossos vampiros morreram e alguns pequenos grupos saíram atrás de mais alguns. Fora que hoje também foi o enterro de Hayley e de Phoebe, isso explica estar tão quieto aqui. – colocou as mãos dentro dos bolsos.

— Nik? – ele me olhou atentamente.

— Acredito que esteja no bar com Davina e Marcel.- claro.

— E o bebê?

— Acharam que você acordaria com sede e decidiram deixar em outro lugar apenas por segurança, afinal você está em transição. – arqueei a sobrancelha, então parecia que as pessoas ainda não tinham conhecimento da minha transformação.

— Natalie. – ele deu de ombros.

— No quarto dela. – suspirei e fui em direção ao local.

— Tô entrando. – gritei fechando a porta com um estrondo e notei que ela nem se mexeu, estava em uma espécie de sono profundo, bufei.

Quer dizer que eu luto contra uma bruxa, uso poderes de bruxa e quem fica em sono profundo é ela?

Sai do local no mesmo instante e decidi que deveria ir logo atrás de Niklaus, já estava de madrugada e eu estava com muita sede inferno. Andei pelas ruas de New Orleans estranhando completamente que não houvesse um único vampiro na rua e me perguntei até quando duraria essa palhaçada, onde é que eles estavam? Teriam morrido tantas pessoas assim? Eles estariam enterrando os corpos? Provavelmente. Passei pelos humanos e senti a sede aumentar mais ainda, eu não conseguiria mais beber sangue de vampiro, sangue humano era infinitamente melhor e eu sabia que seria difícil para me controlar, talvez ainda estivesse sendo pelo fato de eu ter bebido de uma bolsa ou algo assim.

Eu sou a droga de rei desse mundo, yeaahh

Passei pela porta do bar e vi apenas Camille e Davina, a morena sorriu e Camille apenas suspirou revirando os olhos e indo em direção ao bar. Fui até Davina e  parei de frente para ela com os braços cruzados.

— Onde estão todos?

— Estão enterrando seus mortos. – Camille respondeu de longe - Niklaus veio aqui mais cedo falar com Marcel, mas sumiu sem deixar rastros.

— Mas que inferno. – estalei o pescoço sentindo as presas rasgarem meus lábios e peguei o drink de Davina bebendo.

— Eu tenho que ir.- avisei saindo, mas Camille me parou no meio do caminho e olhou para Davina garantindo que ela ficaria ali para sua segurança.

— Eu só quero conversar.

— É claro que você só quer isso, me ameaçar e matar é que não é. – fui gélida a encarando friamente.

— Eu só queria dizer que Niklaus...

— Olha só seja lá o que for falar pra mim sobre Niklaus eu espero que você pare, seja o que for que sinta pelo meu esposo... eu não sou a pessoa certa para ouvir isso Camille. Eu espero não me irritar com você. – minhas gengivas coçavam loucamente e fixei meus olhos em meu pescoço.

— Eu gosto do Niklaus, eu o amo... você é só uma garota.

— Você não o ama nem aqui e nem em lugar nenhum. – ela se afastou indo até o bar.

— Você não sabe o que eu sinto.

— Você quer que eu me afaste do meu marido? Do homem que casou comigo por vontade própria? – gritei – É você que precisa se colocar no seu próprio lugar. Se ele te quisesse ele estaria com você!

Me transformei, eu sabia disso. Eu senti isso. Camille se virou para mim batendo com o copo contra o balcão fazendo um imenso corte em sua mão. Antes que ela pudesse assimilar eu já estava com minhas presas em seu pescoço drenando todo sangue e sim, era mil vezes melhor do que na bolsa de sangue, era incomparável... era incrível, fez com que eu me sentisse mais forte e poderosa do que já senti em minha vida, me renovou completamente, mas não era o suficiente, não era de forma alguma. Tentei parar, mas meu corpo só cravou os dentes mais ainda no pescoço dela  que se debatia tentando fugir de mim, senti que Davina tentava entrar em minha cabeça, mas não chegou nem a me incomodar.

Curve-se a mim

Curve-se aos meus pés e me reverencie

Curve-se a mim

Curve-se aos meus pés e me reverencie

Curve-se a mim

Curve-se aos meus pés e me reverencie

Curve-se a mim

Curve-se aos meus pés e me reverencie

Curve-se a mim

Camille desmaiou em meus braços e eu bebei a ultima gota de sangue, eu estava com mais sede ainda. Eu não pararia, eu não tinha mais controle algum sobre mim. Joguei o corpo dela no chão e encarei Davina sentindo o sangue escorrer de meus lábios e segui em direção ao meu pescoço. A morena continuava parada tentando me derrubar, ergui minha mão e a mesa de madeira voou em direção a ela fazendo com que ela batesse contra a parede e ficasse caída no chão. Senti meu rosto se abrir em um sorriso sádico, eu poderia beber toda a cidade.

— Eu acho melhor você correr. A rainha monstro está de volta ao lar.


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Notas finais do capítulo

Oi gente, pois é Sage sendo rainha de tudo agora. A verdadeira rainha monstro está de volta ao lar e completamente descontrolada. A personagem Natalie foi criada por The Queen Sweet Natty e sua história foi desenvolvida por ela, que tem uma história incrível que precisa ser vista para desenvolver a parte do Niklaus. Gostaram do capítulo?
Pois bem, indo para um assunto bem desagradável. Minha vó faleceu ontem a tarde, e é algo que eu queria dividir para ficarem sabendo caso eu desapareça por aqui, coisa que ainda não irá acontecer assim espero. Então vocês devem estar se perguntando o que estou fazendo aqui, pois bem... a ficha não caiu, realmente a ficha ainda não caiu. Eu a vi a poucos dias e não sei se eu já havia me preparado devido a situação dela - porque eu sentia que algo estava por vir justamente ontem - Ou se eu ainda estou em choque, pois pra mim é como se ela realmente ainda estivesse viva, pra mim é como se ela estivesse na casa dela com o meu avô que faleceu em 2014, acredito que a ficha só vai cair quando eu for na casa dela e não a vir lá, pois até hoje eu não consigo acreditar que meu avô faleceu sabe? Quando eu estava na casa deles eu imaginava que ele estava na rua andando de bicicleta - pois era rotina - Não sei se escrevendo algo assim eu pareço muito fria.. Eu realmente amava muito minha avó e se torna difícil acreditar nisso por eu ter sido uma das últimas pessoas a lidar com ela no estado em que se encontrava - e não foi fácil admito, ela estava tão mal a ponto de não me reconhecer mais.
E a ficha não cai, eu realmente não estou acreditando ainda, mas sei que uma hora ou outra isso vai acontecer e eu acredito que essa minha forma de lidar com a perda é bem desagradável, é como viver em uma eterna ilusão, algo fora da realidade entende? Eu tentarei aqui me conformar com a situação e entender que já acabou, que a vida segue e que temos que aproveitar ao máximo, eu espero que ela realmente esteja em um lugar melhor agora, sem sofrimento, sem dor, sem medo, sem angustia.
Muito obrigada a quem leu até aqui, beijos!



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