Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 6
Pequeno segredo




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Matt me olhava em choque, a boca aberta e os olhos arregalados em descrença. Bebi mais um pouco do refrigerante e dei o meu melhor sorriso.

– Então quer que eu finja que sou seu namorado? - perguntou incrédulo.

– Não Matt. Só que diga que tivemos um caso. Apenas isso. Quero Caroline fora do meu pé, e é ai que você entra. Você sabe que eu estava com Rebekah e Kol ontem, é só estou te dizendo isso pelo fato de você não ser fofoqueiro. Sei que vai manter em segredo. - expliquei.

– E Caroline não pode saber por... - sacudiu a cabeça.

– Ela está com ciúmes. - dei de ombros.

– Bem... não vai doer. Mas é só isso mesmo? - franziu o cenho.

–Uhum. Só isso. - arrumei o cabelo o colocando atrás da orelha.

– Tudo bem. - concordou me passando a caneca e se sentando ao meu lado.

Hoje o dia estava quente, mas não me impedia de usar uma touca preta folgada. Usava uma blusa cinza colada ao corpo e curta, um short e um sapatênis. Meus cabelos estavam extremamente lisos, em minha testa havia uma fita branca que estava onde os pontos deveriam estar. Assim como o corte em meu abdômen, o corte na testa havia desaparecido.

Não que eu estivesse ignorando o fato que ocorreu. Não mesmo. Mas se ninguém me contou é por que eu não tenho que saber. De praxe, só vou querer saber se por algum motivo alguém me envolver. Vai que depois me forçam a entrar para um seita? Meus pensamentos foram desviados assim que vi meus amigos passando pela porta, me ajeitei na cadeira e os encarei.

Tive o prazer de ver cada rostinho entrar em choque. As bocas se abriram em surpresa enquanto eles se aproximavam. Definitivamente eles não haviam acredito na história que eu havia inventado.

– Oi! - Caroline abriu um sorriso nos analisando - Oh meu Deus. Oh meu Deus. Não acredito mesmo. - se sentou ajeitando a bolsa.

Stefan nos olhava com um sorriso pequeno enquanto se sentava na cadeira da frente, Elena sorria de forma contida e Damon estava com a cara entediada de sempre, mas seus olhos mostravam diversão. Credo. Será que eles achavam mesmo que eu iria passar o resto da vida sem me aproveitar de um lindo homem? Não que isso tivesse realmente acontecido.

– Como fugiu ontem? - Elena me questionou enquanto pegava uma batata do prato de Matt.

– Quando eu sai ainda era cedo. Rebekah tinha me deixado em casa. - falei seca como sempre - Então no meio da noite eu acordei e bem... achei ter visto Misael rondando a casa. Não tive certeza, Oliver estava dormindo na casa de um amigo. Então liguei para Matt, sabia que ele era o único do grupo que não estava no acampamento. Ele me buscou em casa. - menti com facilidade.

Todos acreditaram. Óbvio, eu era uma excelente mentirosa.

– Seu colar? - Stefan olhava para meu busto.

Estiquei a perna esquerda mostrando o colar preso em várias voltas no meu tornozelo esquerdo, assim como na noite anterior. Sim, eu usava tudo que eles me davam, mas nem sempre saia exibindo por ai ne? Quem quer ser assaltada? Levam até as roupas hoje em dia. O lindo colar que ele me dera jamais havia saído de meu corpo, eu só havia o escondido.

– Alguém se feriu? - perguntei sem realmente me importar.

– Cerca de 23 pessoas. - Elena esclareceu - Teria sido muito mais, mas um garoto tinha levado alguns fogos e jogou no chão, quando explodiu os lobos correram e tivemos tempo pra fugir.

– Está tomando o chá que eu pedi? - Stefan chatice perguntou.

Apenas balancei a caneca em afirmação mostrando que estava o bebendo. Eu não bebia aquela porcaria a meses, mas Matt havia insistido e eu agradeci por isso, assim Stefan ficaria quieto.

– Olá Dea - revirei os olhos ao ouvir a voz carregada de sotaque.

– Lorenzo. - resmunguei.

Ele olhou para Caroline que estava sentada em uma cadeira com a cabeça encostada na parede de vidro, em um movimento rápido ele saltou sobre a mesa e se sentou na cadeira ao lado dela que bufou.

Passei a beber o chá nojento enquanto olhava para fora, eu estava entretida em ouvir a conversa alheia, mas era óbvio que ninguém precisava saber né? Eu era mestre nisso.

– Acha que era perigoso? - Caroline sussurrou - Sinceramente ela não usa nada que nós damos, raramente bebe um chá. Eu não duvido que tenham... sabe... um dos Mikaelsons pode ter tirado de lá. Eu não acho que aquela vadia sangrenta levou ela embora antes da confusão. Eu não ouvi.

– Eu senti o cheiro dela na hora do ataque, mas perdi o rastro por causa dos lobos. - Damon cochichou, mas não o suficiente.

Oque?

–Acho que não é nada disso. Matt nunca concordaria se não fosse verdade. - Elena se intrometeu - E outra, eu vi Rebekah e Kol no acampamento.

Matt apertou minha coxa. Ele estava ouvindo, mas fingia estar entretido demais mexendo no meu cabelo e olhando na mesma direção que eu. Somente burros não veriam isso, duvidei da capacidade mental de meus amigos.

– Eu a vi no ataque. - a voz de Enzo quase não pode ser ouvida - Eu não estou louco. Caroline precisou de mim, não pude ir atrás. Ou alguém hipnotizou e fez ela pensar isso, ou é uma mentira. - bebi mais do chá.

Que filme é esse que eles assistiram? Me remexi inquieta, não seria bonito interromper um assunto desses. Tudo bem que eles não sabiam que eu tinha um ouvido ótimo e era perfeita em espionar as conversas alheias.

– E se for um dos Mikaelson ? Klaus, Elijah?

Ok. Agora estou confusa.

– Eles teriam feito um lanchinho. - Damon deu de ombros.

– Não se estiverem de olho nela. Vai que acharam alguma conexão. - Stefan discordou e pude sentir seus olhos em mim, estiquei a mão e peguei uma batata.

Ruim. Blargh.

– Duvido. Você mesmo disse que ele nunca teve contato com ela. - Caroline falou com esperança.

– O que importa é mantermos ele longe dela. Só isso. Rebekah e Kol não são o problema. Klaus e Elijah... Principalmente Elijah.

Engasguei com o chá. Eu? Longe daqueles deuses? Nem pensar! Não me fode Stefan. Se você já tem esquemas, fica na sua e não se intromete no aparelho reprodutivo alheio.

Tossi e eles me olharam sérios. Matt deu tapinhas nas minhas costas. Olhei para ele fingindo inocência.

– Puxou meu cabelo.

– Desculpe.

– Não deveria ter saído tão cedo. - falei manhosa tocando sua bochecha - A cama ficou muito fria sem você lá.

Alguém engasgou e Matt ficou surpreso quando encostei meus lábios de leve nos seus, mas se recuperou logo fingindo que nada demais havia acontecido.

– Da próxima vez acordaremos juntos e eu te manterei aquecida por mais tempo, ok?

Abri um sorriso enorme, ele merece um oscar.

Voltamos a divagar enquanto o restante tratava de iniciar uma nova conversa. Meia hora depois eu me levantava e ia em direção ao meu trabalho. Em uma livraria. Muito entediante, eu lia mais do que trabalhava.

Passei a tarde inteira me ocupando com uma pancada de adolescentes choramingando nos meus ouvidos procurando por livros para as provas finais de recuperação, coisa que obviamente eu não tinha ali já que trabalhávamos com todos os tipos de livros, menos os escolares e eu agradeci por isso ou o meu dia teria se tornado um verdadeiro inferno .

Ergui os olhos do livro que eu lia e levei um tremendo susto ao ver Kol do outro lado do balcão. Eu não o esperava ver tão cedo, quando fugi da casa deles durante essa manhã eu não havia visto ninguém, quer dizer... Vi Elijah passando pelos corredores e fui atrás para tentar sair da mansão que era um verdadeiro labirinto, mas só me perdi mais ainda e sem escolha eu sai por uma janela enorme que havia no corredor. Sim, eu me perdi dentro de uma casa.

– Quero um livro. - o moreno foi direto.

– Qual?

– Qualquer um de bruxas. - deu de ombros.

Qual infeliz?

– Sobre? - insisti e o rapaz bufou.

– Elijah pediu. Não me lembro e não me importo. Ele gosta dessas coisas místicas estranhas. - falou com descaso.

Esse bosta realmente não facilita em nada a minha vida.

– Kol. Precisa nos ajudar amigo, como dou um livro assim pra Elijah? Elijah! Vai que ele já leu!

O cúmulo do absurdo eu entregar um livro não específico para aquele deus terráqueo, já "miquei" muito na vida. Bruxaria. Eu sabia. Muito previsível.

O moreno bufou e ligou para o irmão ajeitando a franja, respirou fundo e teve uma conversa rápida com Elijah e logo se virou olhando para o relógio vendo que já era a hora de eu sair do expediente. Não acredito.

– Hum. É de 1920. Esqueci o nome. - o moreno coçou a cabeça.

Inútil. Eu deveria socar Kol até não poder mais.

Bufei e passei a procurar os livros com a ajuda de Kol. Subi a pequena escada e me esgueirei até a ultima prateleira achando o maldito livro, joguei o livro na cabeça de Kol quando o vi olhando minha bunda, deu errado. Adivinha. Ele esbarrou na escada e eu levei um tombo feio levando quase todos os livros da prateleira comigo.

Me sentei colocando uma mão na minha coluna.

– Mulher... Acho que estou apaixonado. - Kol me olhava.

Seu corpo estava próximo ao meu, os olhos brilhavam de diversão, ele tinha um sorriso enorme no rosto e suas bochechas estavam coradas. Se eu não conhecesse a peste eu me encantaria. Mas eu conheço, e não vale a pena.

É um tremendo de um fingido.

Ri e me afastei me levantando com a ajuda dele que se dispôs a colocar os livros de volta no lugar enquanto eu massageava minhas pernas. Esperei ele terminar e saímos da loja. Pelo menos para isso essa criatura me servia.

– Pra que Elijah quer um livro desses? - perguntei enquanto caminhavam em direção a minha casa.

– Sei-la. - deu de ombros - E você minha linda, quando vai sair comigo? - Kol me distraiu.

– No dia em que eu estiver com um problema mental muito grave. - falei com descaso.

– Céus. Você é chata demais. Quanto trabalho. - o moreno reclamou.

– Hum... Kol? -

– O que? - perguntou emburrado.

– O que vocês são? Quero dizer... Não são normais. É algum problema psicológico? É genético?

Não é? A família dele tem alguns probleminhas nada normais. Nunca vi uma família tão estranha, nem mesmo a minha. Seria contagioso?

Ele me olhou em choque e eu tive certeza que se estivéssemos sozinhos na rua, ele me socaria. Seus olhos mostraram claramente isso, ele olhou ao redor passando os olhos pela porção de adolescentes que saiam da escola e esbarravam em nós, me olhou e decidiu apenas bufar e me empurrar de volta para o caminho.

– Se você não se calar agora, eu mesmo farei isso. - abriu um sorriso malicioso.

– Ok. - sem chances para esse rapaz.

Paramos em frente a minha casa, acenei para ele e entrei.

Oliver estava dormindo quando cheguei. Pulei em sua barriga e ele acordou num sobressalto me arremessando pra longe. Levantei puta.

– O que? - perguntou confuso passando as mãos no cabelo.

– Reformar a casa. Semana que vem. - avisei.

– Ok. - voltou a dormir no sofá.

Livro de bruxas. Vai ver que foi bruxaria o que Klaus fez comigo. Só pode. Nunca vi uma cidade gostar tanto de bruxas. Ou de mim, deveria ser um tipo de carma terrível que caiu sobre Mystic.

Subi para meu quarto e peguei meu celular do meu bolso no exato momento em que me jogava na cama. O visor acendeu mostrando um número desconhecido na tela, ponderei aceitar a ligação e por fim deslizei a bolinha verde. Ainda bem que atendi.

Olá amor, acho que esqueceu suas roupas aqui. - o sotaque forte se fez presente.

Droga. Eu ainda precisava entregar as roupas de Kol. Não que eu ache que ele vá usar. Kol só usa as roupas uma única vez. Aja mal uso de dinheiro hein. Eu com esse dinheiro todo já seria uma obesa morbida e vestiria um tapete persa de 4 metros. Isso sim é investimento.

Ah sim Niklaus. Obrigada. Quando posso ir buscar?

Como eu não sei. Só irei.

Que tal amanhã? Tenho que te entregar uma coisa a pedido de minha irmã.

"Sotaque maldito"

– Perfeito. Irei sim.

Aliás querida. Nós estaremos dando uma festa sexta-feira. Formal. Espero que venha. Poderemos nos conhecer melhor.– pude ouvir o tom malicioso na voz do loiro. - Ficaria honrado em ter uma conversa mais longa com você.

Querido eu ficaria honrada em fazer qualquer coisa com você.

– Claro, claro. Irei sim. - dei de ombros.

Comida de graça é sempre bom.

– Até amanhã amor.

– Até.

Fui para o banheiro tomando um banho rápido, vesti minha lingerie rosa e sai do quarto enxugando os cabelos. Fiquei estática vendo a figura em minha cama, os olhos verdes olhavam para meus pés antes de subirem rapidamente para meu rosto, dei de ombros vendo um sorriso nada animado aparecer em seu rosto.

– Desculpe. - Stefan pediu.

– Tudo bem. Faz parte da rotina. - e não era mentira, já perdi as contas de quantas vezes meu quarto foi invadido.

Pelo mesmo homem.

– Caroline me encheu pra vir te buscar. Vamos ter uma pequena comemoração la em casa. - o loiro avisou enquanto eu pegava short curto de moletom.

– Comemorar o que? - peguei uma blusa curta solta de mangas longas.

– Ninguém sabe. É Caroline. - deu de ombros - Não é como se precisasse de motivo para fazer isso.

Hum. Coloquei a touca e puxei o braço de Stefan.

– Vai de pijama? - me olhou de cima a baixo quando viu eu colocar a pantufa.

– Claro. Vou dormir lá. - peguei o pequei meu travesseiro enorme e dei para Stefan.

Saímos de casa, me despedi brevemente de Oliver e corri para o carro. Olha só, Stefan pode ser até meu amigo, mas não deixa de ser sexy. Babo demais gente. Olhei para trás vendo que Bonnie estava no banco traseiro, abri um sorriso para ela e me virei, algo nada muito comum afinal ela achava que eu a odiava.

– Hei. Um pecado ne? - gesticulei em direção a ele e ela concordou.

Bonnie era muito fácil de agradar e eu gostei disso.

– Como está? - Bonnie perguntou enquanto Stefan me olhava desconfiado, virei o corpo em direção a ela.

– Vou bem e você? Como está Jeremy? - perguntei como se fôssemos velhas amigas e ela não se incomodou.

– Bem. Ele está bem até onde sei.

– O cinto. - ignorei Stefan e ele bufou.

Com o carro ainda em movimento ele se esticou, puxou o cinto e prendeu me forçando a me sentar direito.

– Deixa de ser porre. - briguei voltando a olhar para a morena - Bonnie me desculpe por tudo. Mesmo. Sei que fui vadia, te odiei sem motivo. Mas eu tinha medo de você e ciúmes. Não vou repetir. É bom ter ouvido. - resmunguei e ela sorriu apenas afirmando com a cabeça.

Eu tinha de pedir desculpas afinal ela se dizia uma bruxa e eu sabia que Niklaus provavelmente era um bruxo também, assim como sua família deveria ser. Se eu os aceitava, qual era a razão para não a aceitar?

– Você foi mesmo uma vadia. - abri um sorriso.

Stefan apenas resmungou algo como " amizade feminina" e estacionou o carro em frente a casa dos Salvatore. Desci sendo recebida por Damon que olhava entretido para uma garrafa, o moreno logo despertou de seu transe e se aproximou, estava mais bêbado do que eu havia visto em toda a minha vidinha adolescente.

– Problemas no paraíso? - arqueei a sobrancelha enquanto ele colocava o braço sobre meus ombros.

– Mais para inferno. - aproximou os lábios da minha bochecha babando em tudo.

– Dê um tempo Damon. Todo mundo entende que está sofrendo. - Bonnie passou por nós e entrou na casa.

Eu apenas continuei o trajeto carregando o moreno que agora deixava todo o seu peso sobre mim. Mais essa agora.

Passei pela porta vendo Caroline jogada no sofá com um copo vazio na mão.

– Não há motivo. - respondeu antes que eu perguntasse o motivo da reunião - Só queria passar um tempo com os meus amigos que se esquecem da minha existência - ergueu o copo dando um sorriso irônico.

Matt já havia chegado. Enzo encarava a lareira enquanto falava com Caroline, Bonnie pegava uma taça, Stefan se sentava na poltrona e Damon se lançava no sofá me derrubando sobre ele.

– Onde está Elena? - perguntei estranhando a ausência dela.

– Já deve estar chegando. - Caroline deu de ombros.

Olhei para Stefan. Elena havia se tornado um assunto proibido em sua presença, não que ele estivesse odiando ela ou tal, mas ele preferia não falar muito a respeito dela. Ainda não havia superado ter sido trocado pelo bad boy. Pobre amigo amado.

Peguei uma taça que Stefan me ofereceu e bebi o conteudo rapidamente que desceu rasgando pela minha garganta, nunca bebi um vinho tão terrível na vida. Damon já havia adormecido quando tomei a garrafa de suas mãos e enchi a taça novamente, eu já estava pronta para dormir. Na realidade só vim para reunião mesmo para dormir na cama de deus que Stefan tem. É maravilhosa.

Me levantei indo em direção ao banheiro, sai rapidamente e fui em direção ao quarto de Stefan. Assim que estava chegando me surpreendi ao ver uma morena saindo de seu quarto, acenei para ela.

– Ah. Oi Elena. Não te vi chegar. - cruzei os braços mexendo o pé direito.

Elena mexeu nos longos cachos e me avaliou, abriu um enorme sorriso e me lançou um olhar especulativo. Entrei mais um pouco no quarto vendo meu travesseiro sobre a cama de Stefan e me virei para a morena que tinha um sorriso nos lábios e estava encostada na estante enquanto abraçava um livro.

– Olá. - respondeu folheando o livro.

– Por que não está lá em baixo?

– Aqui tem livros interessantes. Deveria ler um depois! Indico esse. Os segredos dos Salvatore. - a morena sorriu colocando o livro sobre a cama de Stefan. Achei que demoraria mais para te ver. Fiquei surpresa com isso.

– É Elena, que surpresa enorme eu estar aqui. - ironizei.

– Juro, estou muito surpresa em te ver. Espero ter mais tempo com você depois. - abriu um sorriso.

– Nós temos tempos de sobra minha amiga.

– Até mais. Damon está me chamando. - se virou saindo do quarto esbanjando um sorriso malicioso.

Foi o contato mais breve que tive com Elena em minha vida. Não combinava com sua personalidade.

Me joguei sobre a cama de Stefan pegando o livro, com lentidão movi o telefone para a orelha esperando que ele parasse de vibrar.

– Sim? - perguntei enquanto olhava para a página que Elena havia deixado aberta.

Sou eu. Elena. Não consigo falar com Caroline, não posso ir. Tive uns problemas com Jeremy.

O que?

Comecei a rir dela. Elena palhaça. Virei a pagina encontrando uma foto presa na folha e percebi que não se tratava de um livro e sim de um diário.

– Para de brincadeira Elena, você acabou de sair do quarto do Stefan.

O que? Não estou ai! Sage... Oh droga.– desligou na minha cara.

Mal educada.

Bufei jogando o celular longe. Pensei seriamente em guardar o diário, mas as pessoas presente na fotografia me impediram. Na imagem havia uma mulher com cabelo longo escorrido, os cabelos pareciam ser de um tom claro. Me levantei carregando o diário comigo até próximo a porta, minha surpresa fora ver os dois Salvatores ao lado da jovem, meu dois amigos vestiam uma roupa antiga e sorriam na imagem, contive o som de surpresa quando vi que a foto havia sido tirada a mais de 100 anos atrás. Li e reli os nomes varias vezes tentando achar algum erro, pegadinha talvez? Não, a foto era realmente muito velha. Podia ver pela textura, cor e principalmente pela tinta usada para escrever. E na foto realmente tratava-se dos dois e sua irmã. Sim. Irmã. Reli novamente as pequenas letras.

Anellise Salvatore. Aniversário de 18 anos da pequena Anellise, acompanhada de seus amorosos e protetores irmãos. Stefan e Damon Salvatore.


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Notas finais do capítulo

Oi gente.
Acho que deu pra entender o motivo de ela não ter sido hipnotizada não é? Sage sendo esperta sem nem perceber, pelo visto ela descobriu tudo bem rápido, mas e ai? Acham que ela vai querer arrancar a verdade de Stefan ou vai optar por outros métodos?



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