Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 58
Pai




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662114/chapter/58

 

Corri apressadamente pelo local quase indo de boca no chão, Stefan vinha ao meu lado saltando sobre os troncos com facilidade enquanto eu me esforçava para fazer o mesmo que ele, mesmo que eu fosse um pouco menos ágil e menos rápida que um vampiro normal. Era um grupo relativamente grande e não gostaríamos nenhum pouco de cair nas mãos deles, pelo menos estando tão longe do nosso grupo.

— Que ideia Sage. – ele me olhou sorrindo.

— Pensei ontem a noite enquanto comia. – respirei ofegante, eu havia acumulado bastante energia e poder e os estava usando tranquilamente, era muito legal ser dois em um.

— Eu deveria achar estranho, mas só me sinto surpreso em como você conseguiu conciliar as duas coisas. Isso é muito complicado, tentar achar um sentido em algo assim dessa forma.

Apenas ri baixo e saltei o rio com ele ao meu lado enquanto ouvíamos o grupo de vampiros aumentar a medida que vinham em nossa direção.

— Não contou para ninguém sobre o plano não é?

— Apenas para Niklaus e Rebekah, ninguém mais sabe sobre isso. – ele acenou confirmando.

— Perfeito. – correu na minha frente e se virou apoiando as mãos no joelho, pisei em sua mãos ele me lançou para cima.

Damon agarrou meu braço e me puxou me ajudando a subir o imenso paredão de pedras, já Stefan subiu rapidamente sem nenhum problema e se colocou ao nosso lado, olhamos para o imenso grupo que se aproximava e voltamos a correr parando ao lado de Niklaus e do restante do grupo, percebi que os vampiros de Uri ficaram chocados ao encararem o imenso grupo.

— Sage ao sinal. – Roxy parou ao meu lado dando um imenso sorriso.

— Vocês sabem o que fazer. Façam o que eu mandar... sempre. Me sigam. – me virei para correr e então um corpo veio em minha direção lançando uma pedra em minhas pernas que quase as quebrou.

Cai no chão e o vampiro tornou a correr em minha direção, Niklaus se moveu imediatamente e parou sobre mim segurando o vampiro pelo pescoço enquanto minhas pernas se curavam.

— Foi dada a largada. – olhou para os híbridos e os vampiros – Tenham uma boa refeição. – sorriu malicioso quando os vampiros de Uri começaram a vir em nossa direção.

Me levantei e olhei para Niklaus que sorria enquanto os dois grupos de vampiros se chocavam, ele se aproximou de mim tombando a cabeça enquanto olhava para a luta que ocorria no meio do campo.

— Quantos Sage? – me olhou atentamente.

— Somos 50 contra duzentos. – ele me olhou atentamente – Não me olhe assim, fui eu mesma quem acabou treinando eles no final. E eu fui treinada por você e Elijah, sinta um pouco de orgulho Nik. – ele sorriu e correu para o meio dos híbridos enquanto lutava contra o vampiros.

Chutei um galho para cima e o peguei o quebrando ao meio, lancei os dois pedaços de madeira para frente e acertei dois vampiros de Uri bem no peito lançando os corpos para longe. Corri para a linha de frente e passei apenas a desacordar os vampiros, poderíamos matar eles depois. Quebrei os pescoços de vários deles, chutei alguns rostos e quando vi que era uma quantidade suficiente acenei para Niklaus com a cabeça e ele logo entendeu o que eu queria.

— Grupo S, agora. – ele gritou e o meu grupo de 15 pessoas olharam para mim, Roxy sorriu imaginando o que faríamos, eu havia contado brevemente qual era meus planos – Recuar! – Niklaus deu a ordem e os nossos nos encararam confusos já que viram que estávamos em vantagem, esse era apenas um modo de chamar a atenção deles para o meu grupo.

Comecei a correr sendo acompanhada pelo meu grupo que ainda não entendia nada do que estava acontecendo, eles eram necessário para chamar a atenção do grupo de Uri já que só eu não seria capaz de fazer isso sozinha, precisávamos fingir que estávamos fugindo. Corremos enquanto éramos perseguidos por pelo menos mais de 100 vampiros, entramos no imenso prédio abandonado sendo perseguidos por eles e eu me concentrei nos pontos de energia que eu havia marcado anteriormente. Sorri maliciosa enquanto subia os 20 andares sem parar por nenhum segundo e quando achei que era o suficiente deixei toda a energia fluir pelo meu corpo sentindo o primeiro andar se encher de chamas, o bujão estrategicamente colocado ao lado do ponto de energia explodiu e então o mesmo começou a ocorrer nos próximos andares a medida que subíamos enquanto os vampiros de Uri eram queimados.

Chegamos no terraço e eu olhei para Roxy que entendeu meu olhar, nos viramos sentindo todo o prédio tremer aos nossos pés enquanto começava a cair completamente em chamas. Empurramos os últimos vampiros de Uri - que nos seguiam – para a rua onde Niklaus estaria e então saltamos enquanto as chamas tomavam o ultimo andar. Roxy enroscou seu corpo no meu enquanto caímos os 20 andares, vi o prédio inteiro desabar enquanto as chamas aumentavam e ouvíamos os gritos dos vampiros.

Roxy parou suavemente sobre o asfalto quente e eu corri para Niklaus pulando no pescoço dele que riu e me manteve em seu colo já que eu havia enroscado minhas pernas em sua cintura. Ele tinha um sorriso imenso no rosto aprovando meus planos mirabolantes.

— Eu não disse que ia dar certo? Sou ou não melhor do que uma rainha de tabuleiro? – ele apenas riu da minha cara de felicidade.

— Não quero te ofender Sage, mas você está muito pesada amor.

Fechei a cara. Gordo é ele... esse loiro delicioso, gostoso... maravilhoso.

~º~

— Eu vou quebrar a merda do seu pescoço, olho pra mim sua vadia. – gritei com a garota e a forcei a segurar o copo vermelho colorido – Agora ergue essa merda. – gritei com ela que o fez com cara de choro.

Foda-se.

— Eu achei que as fotos deveriam ser espontâneas. – Natalie ironizou ao meu lado e eu senti vontade de socar a cara dela, eu estava furiosa o motivo nem eu mesma sabia.

Eu só estava despejando meu veneno para todos os lados.

— Eu sou a profissional, sou eu quem decido como tem que ser. – afinal o poder estava em minhas mãos, eu mudo o que eu quiser, azar de quem não gostar.

— Não trate os alunos de intercambio assim, eles vão ficar traumatizados com o colégio de artes Sage. – Caroline resmungou ao meu lado e eu a encarei furiosa – Não me olhe com essa cara.

— Problema deles, eu não lembro de ter convidado nenhuma dessas pestes. – reclamei empurrando um garoto para o lado de uma estátua e tirei uma foto dele caindo – Timing perfeito. – sorri tirando mais fotos dos jovens – Como eu queria grudar no teto. – olhei maravilhada vendo os pontos brancos de luz acima de nossas cabeças.

— Não, nem pensar. Vai chamar muita atenção. – Natalie repreendeu.

— Então trancamos tudo e queimamos todos. Eu preciso de pontos nesse trabalho, vem Nataniel. – o chamei.

— Acredito que o trabalho não vai valer pontos se todos morrerem. -ela resmungou e eu a deixei falando sozinha.

— Ai é que vai valer mais, colocamos um título bem dramático, tipo... meu último momento. – ironizei seguindo para o meio do salão.

— É isso ai. – ele riu empurrando elas e acenou em minha direção com os braços abertos – Isso é ser fotógrafo.

Corri em sua direção e ele me pegou pela cintura e me lançou para o alto, segurei a corrente grossa com força e parei sobre o globo espelhado sorrindo para todos e procurei por alguém que tivesse visto. Não era nada surpreendente ao ponto de alguém achar que eu era sobrenatural, eu havia sido líder de torcida e já fui arremessada para muito alto, óbvio que nada igual a isso.

Passei  uma perna pela corrente e apoiei o joelho no bola enquanto retirava fotos do local e então fiquei de cabeça para baixo vendo o globo espelhado, estiquei a perna o máximo que consegui e fiquei de baixo dele, retirei a foto e sorri com orgulho. Todos os pequenos quadrados me refletiam embaçada de cabeça para baixo sob luzes coloridas com a multidão de jovens abaixo de mim, a câmera bem destacada em minhas mãos.

— Ei gente, ergue o braço ai. – gritei e todos fizeram.

 Tirei mais algumas fotos e me pendurei soltando o globo e caindo nos braços de Nataniel que me segurou com força evitando que eu me esborrachasse no chão ou chamasse a atenção de todos.

— Isso aqui está bem animado. – ele comentou retirando as próprias fotos enquanto me seguia – O pessoal dessa cidade sabe mesmo como fazer uma festa.

Olhamos para as paredes pintadas em tinta neon no estilo de Van Gogh e tiramos mais fotos sem o flash destacando o trabalho dos pintores, olhamos a mesa imensa da turma de culinária e eu fui até lá tirando apenas uma foto para mostrar o trabalho deles para a diretora, comi alguns aperitivos e fui até o bar tender pegando uma bebida, tirei foto do bar.

— Parece que está mesmo se divertindo. – Enzo sorriu para mim.

—  Você não ia voltar para Mystic?- o olhei atentamente e ele riu dando um tapa em minhas costas.

— E ficar sem uma boa briga? Não mesmo Sage, parece que não me conhece. – ele riu e olhou atentamente ao redor – Sua sentinela loira detectou que tinha alguém na festa te vigiando.

— Algo que faz parte da minha rotina, estou sendo odiada pelo maior reino que existe, não é uma grande novidade que eu esteja sendo perseguida. – ele me olhou de lado e suspirou.

— Leve isso a sério Sage, não sabemos nada sobre esse homem. Temos que ser cuidadosos.

— Eu sei disso.

— Falei com Elijah e ele concordou com a ideia de Niklaus de aumentar a intensidade dos treinos e sempre intercalar trocando de vampiros em todos os grupos, assim ninguém nunca sabe o que vai fazer e não tem tempo de avisar o Uri. – me avisou sorrindo.

— Ótimo Enzo. Vamos tentar fazer tudo sem padrões e vamos deixar Uri completamente confuso. Não vamos fazer reuniões grandes com todos juntos e nem vamos dizer o que faremos, acredito que seja uma boa ideia mudar alguns tutores de vez em quando, na próxima eu, você e Nik iremos atrás dos lobisomens e os traremos para cá.  E Natalie, Elijah e Kol tomam conta do grupo de Uri.

— Perfeito. – ele sorriu – Desde quando começou a ficar sensata?

— Des de quando me tornei responsável pelo mundo, o que? Achou que eu iria dar bobeira com todo mundo correndo perigo. Logo vou ser uma vampira e preciso de sangue para sobreviver. – ele riu.

— Agora sim estou falando como a Sage que conheci.

Rimos e vi Alaric se aproximar com um pequeno sorriso, ele se sentou no banco ao meu lado e eu tirei uma foto dele. Vai para o meu mural de homens gostosos, com toda a certeza, se Klaus um dia me deixar terei centenas de opções. Quem eu quero enganar, mandaria enquadrar e venderia na internet, a ultima foto me rendeu um bom dinheiro. Foi de Enzo no chuveiro, Niklaus nem deve imaginar que eu consegui tirar uma foto assim. Tudo bem que eu não vi nada demais, e que eu tirei essa foto sem o próprio Enzo ver, mas por favor ne? Estamos falando de dinheiro. Não que eu precise, mas é bom ganhar algo pelo próprio “esforço”

— Ok, senhora rainha, como está se saindo com a vida de casada? – Alaric me encarou.

— Não tem nenhuma diferença, Niklaus ainda continua sendo o mesmo chato de sempre. Não mudou absolutamente nada. – ele riu.

— Isso é uma reclamação?

— Eu esperava mais diversão, confesso. Acho que estou me tornando mais normal depois disso.

— Acredito que isso tudo é falta de criatividade, você é quase uma vampira completa. A Sage verdadeira estaria comemorando isso pulando de prédio, virando carros. – o olhei imediatamente tendo ideias.

— Era o que faltava para o meu plano perfeito. Você foi maravilhoso, eu te beijaria, mas sou uma mulher casada, com um psicopata.  – sorri indo retirar mais fotos.

— Sage eu estou muito surpreendido pela sua dedicação. – quatro horas depois o professor se aproximava de mim.

— Bem, alguém tem que trabalhar. – apontei para os fotógrafos que dormiam no hão enquanto o som alto ainda soava pelo local, não sei como conseguiram dormir.

— Pelo visto alguém merece uma promoção. - sorriu para mim – Torço para que você seja escolhida para a exposição. – ri dele – Agora com licença, estou sentindo cheiro de maconha. – resmungou indo atrás e eu franzi o nariz - Preciso repreender.

Era isso esse cheiro horrível?

— Seja como for... trabalho concluído.  – tirei a foto dos jovens e me surpreendi ao ver meu perseguidor a minha frente, eu havia tirado uma foto dele.

O homem desapareceu imediatamente enquanto Natalie vinha em minha direção.

— Você está sendo seguida, tinha um cara te vigiando aqui. – cruzou os braços.

— Deixa de ser paranoica, ele já foi, não importa mais. – dei de ombros, eu não estava nenhum  um pouco preocupada embora soubesse que ele não era boa coisa.

— Não é ser paranoica Sage, nós temos que levar as coisas um pouco mais a sério agora com Uri por ai. Ele pode estar na cidade e como vamos saber quem é ele se nunca o vimos antes. – ela me olhava irritada.

— Você parece o Elijah falando, minha nossa. – reparei que ela ficou vermelha – Ah não eu não acredito nisso, fala sério. – resmunguei baixa – Lacrei a família, fui a ultima mulher a entrar. Fechei.

— Não mesmo, a vadia ruiva saiu, você entrou e ganhamos mais espaço. – ela discutiu.

— A vadia ruiva saiu para eu entrar. Vagas encerradas, por que? Por que não sou obrigada.

Dei as costas para ela. Como assim o meu irmão? Meu irmãozinho? Nunca, jamais! Nem Hayley enchia mais o saco dele, never na vida. Não quero, não aceito, nem Kol e nem Bekah. Céus acho que estou pegando algum vírus Mikaelson de posse, culpa de Klaus que acha que todo mundo é exclusivamente dele. Esse sobrenome deve ter algum tipo de magia negra que faz todo mundo ficar louco.

~º~

Entrei em casa batendo a porta e olhei para Niklaus e Elijah que estavam sentados na mesa de jantar lendo alguns livros. Os dois me olharam e eu arrumei o meu cabelo bagunçado e passei as mãos nos meus olhos inchados, eu estava extremamente cansada. Suspirei irritada e me joguei no sofá olhando de cara feia para todo mundo, eu estava muito irritável.

— Por que saiu a festa a uma hora dessas? – Niklaus olhava para o relógio que marcava 10 horas da manhã.

— Por que a policia chegou. – dei a entender que ficaria mais ainda, e eu ficaria mesmo.

Inclusive tirei fotos de várias pessoas sendo presas e carregadas pelos policiais, algumas saíram em ambulâncias.

— Peguei pelo menos umas 6 brigas nessa noite e uns 32 casais em um momento Hot. Serve para chantagens, uma ótima maneira de ganhar dinheiro.- ele riu baixo – Trabalho honesto.

Niklaus se engasgou lançando a bebida para todos os lados possíveis e então riu de mim enquanto bebia novamente e voltava a ler o livro.

— O que esperar de alguém que nasceu para ser uma Mikaelson? – ele riu e me olhou com os olhos vermelhos impedindo uma gargalhada – Você está uma gracinha de Hippie meu amor, devo lembrar que o período de fantasias só se reinicia daqui a dois meses.

Arrumei a guirlanda de flores em minha cabeça, o meu vestido longo florido com fenda nas duas laterais e minha gladiadora.

— É estilo próprio Niklaus.- contrariei.

— Você tem um diferente todos os dias Sage. Duvido muito que seja estilo próprio.

— Eu diria que é mal gosto. – Elijah sorriu amigavelmente para mim – Não me leve a mal irmã.

— Você vai engolir suas palavras quando eu ressurgir como uma Beyoncé das trevas. – apontei para sua cara.

— Bey... – Niklaus gargalhou de maneira nada discreta e deu um sorriso perverso em minha direção – Amor... não se esforce muito tentando entender como vai fazer isso, você ainda pode ter um derrame.

Bufei e dei o dedo do meio para o Niklaus.

— Vou fazer uma transformação completa, vou deixar de ser uma trombadinha e vou te esmagar com meu salto agulha. Você vai sofrer Niklaus

— Oh eu estou realmente esperando por isso. Estarei me preparando enquanto tomo esse café amor, boa sorte.- ele ergueu a xícara abrindo um sorriso enorme e voltou a ler o livro.

O olhei em fúria e levemente chateada, como é que paremos nesse assunto mesmo que eu não me recordo. Ah claro ELIJAH O IRMÃO BONZINHO causador de discórdia. Fui em direção ao meu quarto ouvindo ele rir de mim e quase quebrei a porta, eu precisava muito pensar. Meu cabelo estava imenso e completamente desbotado, minhas sobrancelhas estavam completamente sem forma e eu parecia mais um cadáver sem um pingo de cor, peguei meu biquíni e pulei a janela enquanto ia tostar no sol.

Alguns vampiros curvaram levemente o corpo em sinal de reverencia e eu apenas abanei a mão, era bonitinho de ver... mas eu não gostava que a maioria deles se sentissem inferiores ao fazer isso. Eu queria ser reconhecida como rainha, mas não queria ser tratada como se fosse o melhor ser do mundo, no meu reino éramos de igual para igual, mas para os reinos rivais eu era sim alguém superior a eles. Eu esperava que o modo como eu agia com meus “subordinados” nãos os fizesse ir até o outro reino atrás de uma vingança contra mim, eu esperava que todos se sentissem aceitos e acolhidos afinal muito deles assim como eu haviam perdido ou abandonado suas família humanas para que não caíssem em más mãos devido ao mundo sobrenatural. O reino era a oportunidade de transformar todos em irmãos, e dar a sensação de que a vida não havia se perdido por completo. Nós éramos mais do que aliados, assim eu imaginava.

Me deitei nas pedras ao lado de Roxy expondo mais algumas de minhas novas tatuagens e olhei a morena ao meu lado com uma certa inveja, ela era bem bronzeada com cabelos castanho claro misturado com azul e olhos verdes. Não que eu estivesse reclamando dos meus, eles havia se tornado tão cinzentos quando os de Damon, mas quase se apagavam completamente devido a minha pele extremamente branca. Olhei minhas unhas longas e tortas e pensei... COMO CARALHOS EU SOU CASADA COM UM DEUS DA BELEZA E FICO PARECENDO UM MUQUIFO? Como irei deixar as outras rainhas com inveja? Por favor né? Quero discórdia.

— Tudo bem Sage? – Natalie se deitou ao nosso lado passando bronzeador no seu corpo.

— Tudo né. Na realidade não, eu quero ficar sexy... assim tipo vocês.- comentei com descaso – Embora eu ache a Elena nova mil vezes melhor do que vocês, licença.

— Graças a Deus. – sussurrou baixo – Já estava mais do que na hora disso acontecer, como iria provocar as outras rainhas?

Roxy riu negando com a cabeça.

— É mais outra que cedo ou tarde vai entrar para a família. – passou as mãos pelo cabelo cheio de dreads – Eu estou muito feliz de ser o seu sargento Sage. – ela sorriu esticando o braço – Nunca esperei ganhar essa posição.

— Eu ainda sou Major Roxy. – Marcel falou de longe enquanto ia em direção a cozinha.

— Foda-se. – sussurrou – Eu não me importo.

Olhei ao redor prestando atenção no local. Ele não era completamente aberto, as duas laterais do castelo se repuxavam como se formassem um arco deixando o jardim imenso entre ele, era um campo imenso com flores e pequenos arbustos e  próximo da floresta havia a imensa piscina natural. Ah sim, e o arco era os milhares de dormitórios que Niklaus havia mandado fazer. Eu não tinha certeza se algum dia todos eles seriam ocupados.

— E então o que pensa em fazer Sage? – olhei a loira com uma careta, eu não tinha ideia de que merda faria.

— Vamos nos bronzear primeiro e depois nós decidimos. – virei de bruços e encarei o local em puro tédio.

Mas era muito chato ficar queimando no sol, demora um século. Decidi dormir.

Algumas horas depois eu olhava as duas debatendo entre si qual era a melhor cor que meu cabelo ficaria, ele estava castanho claro e eu já estava cansada da maldita cor.

— Joga preto. – pedi logo de uma vez.

— Você vai ficar com cara de velha.

— Contanto que fique gostosa eu não me importo. – cruzei os braços.

— Vamos descolorir as pontas de forma irregular e vamos colocar um loiro de um tom puxado mais para loiro polar, repicamos e fim. – olhei Natalie.

— Faça o que quiser. – fechei os olhos sentindo ela mexer em meu cabelo enquanto Roxy tirava a minha sobrancelha – Gente que dia quente. – reclamei sem ter o que falar.

— E como. – elas responderam sem saber o que dizer – Vai jogar seus tênis fora?

Fiz uma careta, eu seria Beyoncé e nunca vi ela em um show usando tênis.

— Faça o que quiser. – apenas resmunguei e ouvi a porta ser aberta.

— Não acredito, um dia de beleza e eu não sou convidada?- ouvi a voz de Caroline e senti que ela tocava os meus dedos.

— Sem querer ser má Barbie, mas não preciso de você agora. – Roxy resmungou – Eu estou apta para lidar com qualquer coisa, desde de bonecas à homens bombas.

Ri. Pelo o que eu sabia Roxy havia se transformado no Iraque, ela era um soldado e foi morta em combate. Sobreviveu graças ao sangue de seu marido, que foi morto anos depois pelas mãos de um dos vampiros de Uri.

Caroline começou a fazer minhas unhas enquanto cantarolávamos uma música baixa, ouvi a porta ser aberta e de repente ela foi fechada com tanta brutalidade que o chão tremeu.

— Não mesmo, fora daqui! – Caroline berrou e se sentou ao meu lado pegando minha mão novamente.

— Precisou de tanta ajuda assim amor?

— Niklaus Mikaelson, você é um homem casado, eu sou sua esposa e não estou de bom humor. Eu acho melhor você controlar a sua personalidade e se comportar muito bem ou vai passar a morar na rua, não se esqueça que eu sou maluca e que eu tenho uma marca feita por você, e não se esqueça que sou uma semi vampira filha de uma bruxa extremamente poderosa que é inimiga mortal da sua mãe.

— Não precisamos levar tudo tão a sério....

— Cala a boca. – gritei e senti que todos saltaram com o susto – Eu estou ocupada inferno.

~º~

Passei a língua pelos meus lábios pintados de vermelho escuro e sorri para o reflexo no espelho, eu agora parecia digna de uma rainha. Digna da família Resh, me sentia mais bonita que Rebekah e talvez eu realmente estivesse. Olhei os cachos recém pintados que se desfaziam formando ondas enormes nas pontas, ajeitei o vestido branco decotado suavemente e mexi nas pulseiras prateadas, passei o dedos pelas pálpebras deixando a sombra mais suave.

Sai do banheiro e fui até a minha sala dando de cara com Finn estático, o olhei um pouco tensa tentando achar um motivo para ele estar ali, mas não encontrei nenhum.

— Nik não está. – avisei.

— Não é ele que eu quero ver Sage. – ele me encarava sério enquanto se aproximava e então tocou meu rosto – Eu estou aqui por você. – ele tinha um pequeno sorriso enquanto me olhava como se fosse um completo maluco.

— Está aqui por sentir falta da sua esposa, o que quer comigo hein Finn? Enlouqueceu? – tirei sua mão do meu rosto e vi que ele estava transtornado – Tem milhares de mulheres nesse castelo, vai atrás delas e me deixa em paz.- o joguei para fora e bati a porta com força, mais essa agora.

Calcei o salto cinza e peguei minha câmera saindo do quarto e indo em direção a sala de jantar principal. Reparei que todos me olhavam em choque por não me verem descalça, com uma blusa de hóquei ou uma bermuda larga.

— Oi rei. – ironizei me sentando ao lado de Niklaus na mesa do jantar sabendo que eu deveria ficar na outra ponta.

— Oi Sage. – cumprimentou distraído enquanto bebia o vinho, tirei uma foto do local e ajeitei o cabelo – Mas o que você pensa que está usando? – ele me olhou de cima a baixo.

— Se chama vestido, é uma roupa feminina que...

— É eu sei o que é Sage, mas desse tamanho?

— Você acha que eu fiz essas tatuagens nas minhas belas coxas pra esconder meu amor? Por favor... não né.

— Suas belas coxas vão perder uma boa camada de carne quando eu arrancar essas tatuagens com as minhas mãos. – sorri para ele em ironia.

— Você acha que pode, mas vai chorar quando eu arrancar seus dois braços fora.

Ele apenas deu de ombros.

— Lide com o assédio sozinha.

— Eu sou a rainha.

— Não falo de quem sabe quem você é. – apenas riu.

— Achei que você gostasse de pessoas ousadas e não ligasse para isso. – olhei para Rebekah vendo que estávamos quase vestidas de maneira igual, exceto pelo comprimento do vestido dela que era bem menor que o meu.

— Ligo quando é minha esposa.

— Lide com o assédio enlouquecendo. – ri da sua cara.

Comecei a mexer em minha câmera novamente e parei na foto em que eu havia tirado, ignorei os vampiros que passavam por nós e analisei bem o rosto do meu perseguidor, eu acho que já o vi em algum lugar... uma fotografia, talvez um quadro, não sei. Mordi os lábios confusa e olhei para Niklaus que me observava em silêncio com a sobrancelha erguida.

— Eu tirei a foto de quem estava me perseguindo. – ele imediatamente tomou a câmera de minhas mãos e vi o seu rosto ficar completamente em choque.

— Não é possível. – olhamos para em, todo o reino o encarava, Niklaus se levantou quase virando a imensa mesa e eu fiz o mesmo assim como Rebekah.

— O que foi Nik? – ela questionou.

— A quanto tempo você vem sendo seguida?- ele me encarou.

— Acho que tem umas duas semanas. – dei de ombros.

— Sage... isso não é Uri. – ele me encarava transtornado e parecia com medo e eu logo entendi, eu poderia ter morrido muito fácil – Quem está te perseguindo é Mikael.

Todos paralisaram entrando em choque.

Isso não era nada bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu sou o inverno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.