Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 31
Alimentando pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Sim, estou postando com apenas seis horas de diferença do ultimo capítulo
E eu amo esse cap.
Bjs



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Eu estava na mansão Salvatore dando uma voltinha como sempre, na realidade eu vim pegar minhas coisas de volta. Eu estava me preparando para uma mudança radical em minha vida, o motivo era mais do que simples. A vadiazinha estava comendo pelas laterais tentando se aproximar de todas as formas possíveis de mim, ela tentava me conhecer melhor e eu sabia muito bem que ela estava tentando um terror psicológico contra mim, mas eu como sou esperta nem dei muita atenção para ela. As vezes agia até como se ela não existisse, o que claro, chateava muito todo mundo. Mas quem liga? Obviamente não sou eu.

Dei de ombros e retomei meus pensamentos enquanto voltava a arrumar minhas coisas na mochila junto com as de Katherine. Klaus avançava dois passos em minha direção e eu recuava cinco, ele se tornara amiguinho da vadia e acreditava fielmente que tudo era loucura da minha cabeça. Acredita? Eu já errei alguma vez nessa vida? Não.

Anellise estava despertando o pior em mim e isso não era nada agradável de se ver, era extremamente irritante eu diria. Eu não conseguia estabilizar meu humor de forma alguma, eu estava profundamente irritada com a minha situação. Eu estava sendo completamente tomada por um ódio de tamanha intensidade que era assustador.

E isso era um problema.

– Olá? - olhei e vi a perua encostada na porta fechada.

A analisei vendo eu ela usava um vestido rosinha com um salto branco, o cabelinho frescurento solto e as unhas pintadas lindamente. Gente... ai que agonia dessa mulher, ela me tirava do sério. Como eu poderia ser idêntica a ela e ela ainda conseguia ser muito mais bonita do que eu? Não digo pelas roupas femininas, mesmo que eu usasse ela ainda conseguia ser bem mais bonita do que eu.

– O que foi encosto? - resmunguei colocando a mochila no ombro e mexi em alguns livros.

– Qual é o seu problema comigo? - ela ajeitou aquele cabelo nojento dela.

– Todos. Todos os possíveis. Te culpo por tudo, até por essa lama na minha bota que eu vou limpar na sua cara se não sair da frente. – ameacei ela que apenas abriu um sorriso.

– Eu não estou gostando da sua atitude. – seu tom de voz mudou completamente para um ameaçador e eu fiquei alerta.

– Você está querendo jogar comigo? – mudei meu tom de voz o deixando mais grave enquanto cravava meus olhos nela.

– De forma alguma Sage, não estou pensando nisso. – deu um sorriso discreto abrindo o livro – Eu entendo que se sinta mal comigo por perto, afinal você ficou em meu lugar... não é?

– Não tem como ser sua substituta, somos completamente opostas garota. Você é podre. Eu sou muito mais do que uma velharia suja sem um pingo de dignidade.

– Dignidade? O que eu fiz pra não ter uma? – riu debochada.

– Será que eu preciso mesmo falar sobre o seu segredo sujo? – vi ela vacilar, te peguei – É muito feio se aproveitar da fragilidade alheia... você não acha Anne? – ironizei – Irmãzinha.

Derrubei os livros de Stefan no chão enquanto me movia em direção a porta.

– Eu não sei o que está tramando contra mim garota, mas é bom ficar quietinha. Eu não tenho medo de acabar com a irmãzinnha substituta do Stefan. - ela me olhou friamente apontando um dedo no meu rosto.

– Tem certeza que eu sou a substituta? - vi seu olhar surpreso e abri um sorriso extremamente malicioso a fazendo recuar - Eu não sei quem você é sua piranha, mas pode ter certeza que você vai me ver bastante. Seu mundinho vai gerar ao redor de mim, porque eu sou uma ameaça para você, por que eu faço questão de transformar cada dia da sua vida um verdadeiro inferno. Você vai dormir e acordar pensando em mim, vai chorar pensando em mim. E faço questão que você saiba que eu vou ficar de olho. Eu vou te matar. E que eu não tenho medo de você e nem de nada.

– Vai machucar a irmãzinha dos seus amigos que você tanto custou para trazer? - debochou.

– Custei foi? Mas mando de volta assim - estalei o dedo - Para o lugar de onde ela veio, não é minha amizade com eles que me impede de fazer isso, na realidade esse é o único motivo pelo qual estou te dizendo isso aqui hoje.

– Até seu namoradinho está aos meus pés querida. Você vai ficar por bem ou por mal. Não pode me ferir. - tocou em meu pescoço – Seus amigos e seu... Nik, serão meus, eu quero ver você me ferir.

Vi vermelho de novo. Peguei seu braço e torci fazendo uma fratura exposta, o osso rasgou a pele e ela me olhou com puro terror nos olhos. Dei uma risada maquiavélica vendo que ela havia me subestimado e muito, agora era o momento que ela via que eu representava mesmo uma ameaça.

– Ah eu não vou? Porque não tenta me desafiar a te matar sua vadia? Você só ocupou o lugar dela, por que eu não estava viva. Eu sou Sage Verona... e jamais serei substituída.

Sai do quarto batendo a porta controlando a fúria que me dominava, ela estava aqui e tinha um propósito, eu precisava descobrir qual era. Não me parecia alguém que pensava pequeno, eu a toquei e senti sua energia, ela não é uma vampira muito jovem, suspeito que seja mais velha que Stefan. Desci as escadas correndo e esbarrei em Stefan o derrubando no chão, o puxei para cima e olhei para Klaus que estanhamente estava usando um terno cinza, franzi a testa para isso. Niklaus odiava ternos.

– O que veio fazer aqui? – questionou.

– Katerina pediu para eu pegar as coisas dela. - dei de ombros - Faz o que aqui Klaus?

– Vim falar com a Anellise. Interrogatório.

Controlei o ciúme ao máximo com perfeição sabendo que ao menor vacilo ele poderia o sentir. Dei um sorriso irônico para ele, e o meu olhar mais cruel possível. Eles está me testando, não é possível que esteja fazendo isso.

– Ah vai? Que bom então. - olhei ao redor - Fui. – eu já não tinha mais nada para fazer ali.

– Não. - Stefan segurou meu braço com força - O que tem de errado com a Anne?

Cerrei os dentes sentindo a irritação crescer mais que o normal, minha cabeça latejou e meu olho tremeu dando o indicio de que eu estava visivelmente descontrolada.

–Não tem nada de errado com a sua "irmã" vai ver o problema sou eu né? Não sou obrigada a gostar dela. Quer saber? Não sou obrigada a nada. Não sou obrigada a gostar de você - apontei para Klaus - E nem a ficar com você, não sou obrigada a aturar Caroline e Elena me enchendo o saco diariamente, nem sou obrigada a ficar em Mystic Fells - me virei de novo para Klaus - E se estiver achando ruim. Me mate.

Sai da casa derrubando tudo que se metia no meu caminho, levei cadeira, sofá e só não arranquei a porta pois ela pesa 5x mais do que eu.

Voltei chutando tudo de volta.

– E por favor se sentir que eu estou tendo um orgasmo, ou explodindo de raiva. Me faça o favor de não vir atrás, eu não sou nada sua! - gritei para todo mundo e sai batendo a porta.

– O que... - Caroline descia de seu carro – Sage o que foi? – tocou meu ombro.

– Caroline você está feliz com aquela coisa aqui?

– Estou feliz por Stefan estar feliz e estou feliz por Elena estar feliz pela felicidade de Damon. – franzi a testa – Pare de ver coisas onde não existem Sage, você faz isso com todo mundo que aparece na sua frente. Minha amiga o que está acontecendo com você? Nos conhecemos a anos e desde que você se envolveu com nosso mundo você ficou dessa forma. Se esqueceu por tudo que nós passamos juntas? Você sabe melhor do que ninguém que eu te amo como irmã e você sabe que eu sofri junto com você por todos esses anos, mas por que você não consegue enxergar isso agora? Você não está sendo substituída. – ela gritava.

Eu não me lembrava, não me lembrava de absolutamente nada do que aconteceu nos últimos anos, eu tinha memórias de Oliver. Talvez eu tenha descoberto antes que eles eram vampiros e provavelmente me hipnotizaram tanto que acabaram fritando toda as minhas memórias em relação a eles. Eu sentia uma ligação incomum com todos, mas... eu nem sabia dizer como isso havia surgido entre nós, como isso simplesmente havia começado. Eu não me lembrava nem de como havia os conhecido, era como se eu acordasse e eles tivessem simplesmente surgido já sendo meus amigos.

A minha mente me protegia a tal ponto? Ou era eu quem não queria me lembrar? Ou era o elo que havia apagado tudo? Ou foi algum deles? Por acidente ou de propósito? Era de enlouquecer.

– Eu não me lembro. – confessei – Eu não me lembro de nada. – ela me olhou confusa assim como Elena que saia do carro – A minha vida inteira parece ter sido apagada. – meu peito subia descontroladamente.

– Sage.. o que... – senti a frustração me atingir enquanto minha mente trabalhava a mil tentando entender o que havia acontecido, tinha alguma coisa errada, alguém estava interferindo em minha vida e isso não parecia obra de Anellise já que isso vinha acontecendo a um bom tempo.

– Eu não te devo satisfações de nada. - apontei o dedo em sua cara e corri para meu mais novo bem.

Uma moto.

Antes que eu pudesse subir nela minha mão foi puxada com força e Klaus me olhava raivoso, todos estavam visivelmente putos com a minha hostilidade exagerada.

– O que foi isso? O que você tem? – ele segurou meu rosto.

– Vocês são cegos! - gritei.

– Você está cega! - ele gritou de volta – Isso está te dominando Sage, você precisa se controlar.

– E se eu não puder Niklaus? E se o elo já estiver agindo? – coloquei a mochila nas costas – Eu mudei, vocês estão vendo... Mas nem se incomodaram em saber o que é que tem por trás disso? Será que é só Anellise agindo ou a algo maior por trás disso? – ele me encarou sério, sua expressão desmoronando aos poucos.

– O que quer dizer com isso?

– Alguém mexeu nas minhas memórias, a um bom tempo... eu não sei o por que fez isso... nem como. Mas é como se tudo fosse se apagando aos poucos, ontem mesmo eu tinha me esquecido que tinha um irmão. Meu irmão. Como eu pude esquecer disso? Eu acordei e desci procurando uma mãe... e eu não tenho uma. Alguém está apagando a minha memória. Ou apagou e eu raramente consigo me lembrar de alguma coisa, eu cheguei em um ponto em que eu não sei quem eu sou e nem como me transformei no que eu sou.

– Me deixe abrir sua mente Sage. – Klaus me olhou e eu desviei os olhos.

– E sabe o que é pior? É que eu estou com tanta raiva do mundo... que eu quero mesmo esquecer de tudo. Isso está me matando, estávamos bem e não está sendo nada do jeito que você disse, eu não estou sendo apoiada, não sou a sua protegida e agora você me ignora por um motivo que eu não conheço, está me escondendo algo... você está me afastando e eu estou fazendo a mesma coisa. Eu quero esquecer tudo, principalmente de você Klaus.

– Amor... se acalme. - Klaus pedia - Não faça nada, eu estou resolvendo isso o mais rápido que eu consigo não faça nada precipitado.

– Como se você me desse uma escolha. – toquei seu rosto – Você precisa acreditar em mim quando eu digo eu tem algo errado Klaus, eu não posso mais lidar com nós dois.

– Estamos terminando? – me encarou chocado – Isso não vai acontecer.

– Não estamos terminando seu babaca. – bati nele que riu e me puxou me prendendo – Eu acredito que talvez seja melhor você resolver esse seu problema o mais rápido possível, só que quando estiver comigo, se foque em mim, eu vou te dar o tempo que precisar pra resolver.

Beijou minha testa

– Obrigado amor. – sotaque se arrastou – Tenha paciência Sage, nós lidaremos com isso.

– Ser sua namorada é um inferno Niklaus. – reclamei.

– Ah é? – riu novamente – Azar o seu.

Beijei seus lábios e me afastei rindo quando ele tentou aprofundar o beijo.

– Aonde vai?

– Não te devo satisfações. – ri da cara de indignação dele.

Klaus me acalmava tão fácil, era incrível.

– Vá para sua casa, abra a geladeira e lá estará o que você pediu. Tem três litros de sangue, depois eu mando mais pelo correio. - coloquei o capacete e subi na moto.

Arranquei em direção a minha casa e entrei com tudo vendo Elena e Damon no sofá. Dei de ombros e subi para o quarto derrubando tudo, bati a porta e me virei vendo Katerina na cama.

– Oh... - ofeguei - Sai pra lá. Ela admitiu que não é a Anellise. Não com todas as letras, mas... ela colocou um dedo na frente de meus lábios e sinalizou para a porta.

– Estou entediada. - se jogou na cama.

– Eu não. Preciso ligar para Nataniel agora... ele estava procurando algo para mim.

– Entendi. Eu posso sair? - me questionou.

– Katerina. Desgrace o mundo, eu não sou sua vigia. Por mim... você pode plantar terror em cada habitante de Mystic Fells. – dei a autorização final para a vadia, afinal eu agora era a babá dela.

Dei de ombros.

– Eu só quero seus amigos. - sorriu maliciosa correndo para fora do quarto.

– Ei Natie. – cumprimentei quando ele atendeu.

Oi Senhora Gari. – respondeu rindo – Que coisa feia Sage... jogando pessoas no caminhão de lixo.

– Ah Natie... foi sem querer?

Quem não vê uma caminhão imenso, fedido e com letreiros se aproximar? – corei.

É talvez tenha sido de propósito.

– Conseguiu? – ele riu.

Mas é claro que sim. Achei seus lobisomens. Partiremos em uma semana.

~º~

– Ah Enzo. – peguei a garrafa da mão dele – Você está se saindo um belo de um amor.

– Tudo para ver um sorriso no seu rosto Dea. – deu um de seus sorrisos charmosos.

– Que bom que tenho alguém tão interessado na minha felicidade. – andei ao lado dele enquanto avançávamos pela floresta.

– Você é minha amiga.

– Confiou em mim rápido hein. – segurou meu braço quando tropecei.

– Prefiro você como amiga do que inimiga, fora que... eu seria muito estupido se não mantivesse uma criatura tão linda ao meu lado. – piscou e eu ri.

Fungou.

– Achamos. – apontou para um homem de costas para nós, antes que eu pudesse piscar uma pedra voou em direção a ele acertando a cabeça do vampiro, a força usada foi tanta que a pedra voltou para a mão de Enzo.

Escancarei os lábios e ele fez o som de beijo enquanto fazia um bico e piscava para mim, Enzo era louco. Uau.

– Quer dizer que agora nós caçamos vampiros? – enfiou a estaca no peito do vampiro desacordado.

– Sim, não reparou que começou a aparecer muitos vampiros por aqui? – ele arrancou o colar do vampiro e me entregou, sorri vendo o formato de cobra e coloquei em meu pescoço.

– Reparei Dea, mas Mystic sempre serviu como ponto de encontro para vampiros, não tem um vampiro com mais de 50 anos que não tenha pisado aqui. – me ajudou a subir uma rocha.

– Curioso. – murmurei quando tropecei e ele me apoiou em seu corpo enquanto sorria.

– Curioso é o seu namoro com Klaus, vocês não ficam dois segundos sem um desafiar o outro.

– É divertido assim, você não quer um namoro normal entre um híbrido e um humano não é? É clichê demais toda a fofura.

– Só acho desnecessário que vocês discutem tanto para acabar na cama, poderiam passar mais tempo transando do que discutindo. – rolou os olhos – Eu me encarregaria disso Dea. – sussurrou em minha orelha e se afastou.

– O que você não faria Enzo? – ri e ele me acompanhou.

– Por que sempre estamos em guerra?

– Por que eu sou uma babaca. – agarrei a mão dele quando quase cai em um buraco.

– Não, você só tem medo de não resistir. – passou a mão pelo próprio abdômen enquanto sorria.

– Você se acha demais hein. – soquei seu braço quando saímos de frente para a cidade na porta da sorveteria.

– E por que não? Eu tenho sotaque, força... velocidade – piscou e sorriu maliciosamente – Sou bonito... e mal.

– Não contesto, são mesmo habilidades impressionantes. – ri e entramos na sorveteria.

– Ainda bem que você sabe.

~º~

– Niklaus eu já disse que não. – segurei o vestido na frente do rosto dele que apenas riu.

– Eu não estou te dando escolha Sage.

– Você tem zilhares de vestidos ornamentais na sua casa, eu acho muito sem sentido nós viajarmos até aqui por causa da um vestido. – vi que a funcionária me olhava de cara feia.

– Estamos em Mystic e foi uma viagem de 10 minutos de carro só por causa do semáforo. E você odeia aqueles vestidos.

– Não odeio. – ele me encarou com uma sobrancelha arqueada – Só acho inadequado para o nosso século Niklaus. – ele rolou os olhos – Eu não combino com aquelas coisas bonitinhas, frufrus, eu tenho um visual mais agressivo. – me puxou pela mão em direção ao carro depois de pagar.

– Senhora agressiva... para combinar com a personalidade é claro. – riu me jogando no banco do carona.

– Eu não tenho personalidade agressiva. – me olhou cético – Tenho personalidade dominante.

– Ah claro. – gargalhou ligando o carro.

– Me leva para Nostreaus! – pedi me inclinando e passando o nariz em seu pescoço – Vai ter uma festa daqui algum tempo Nik, eu quero muito ir.

– Nós vamos Sage. – olhou para frente concentrado e abri um sorriso malicioso, Nik fica tão lindo assim – O que está aprontando? Ficou em silêncio por tempo demais. – zombou.

– O que? Fiquei 10 segundos sem falar nada. – abri um sorriso de rasgar o rosto e ele ficou mais desconfiado ainda.

Como será que ele age em público? Os vidros era bem escuros, ele dirigiria bem? Por que se sofrermos um acidente não vai ser nada legal. Soltei uma risada maléfica e ele acelerou o carro provavelmente com medo de que eu colocasse fogo no carro ou algo assim.

Olhei para a janela reprimindo um imenso sorriso e movi minha mão por sua perna, apertei sua coxa e fui... para outras áreas. Meu sorriso triplicou de tamanho, virei para Klaus o olhando com curiosidade, queria saber se ele ainda estava concentrado na pista.

– Para com isso amor. – a voz saiu rouca e arrastada – Quieta Sage.

– Está com medo de que Nik? – me inclinei sobre e beijando seu pescoço e vi o quanto ele estava corado e quente.

– Sage tire a mão. – pigarreou e eu ri baixo.

– Me para Nik. Quero só ver.

– Não... faça... – Klaus jogou o carro no acostamento e me puxou para seu colo, ri de sua atitude.

Puxou meu cabelo e apertou o botão erguendo as janelas no carro, senti seus lábios pelo meu busto e suas mãos se movendo sob meu vestido. Até que vestidos tinham muito utilidade. Mordi os lábios suspirando, gente... como é bom agir sem inconsequentemente.

~º~

Olhei para Niklaus emburrado e ri da sua cara de desgosto, ajeitei o meu cabelo completamente bagunçado e mordi os lábios sorrindo para o grupo de pessoas que me encaravam, os funcionários do local.

– Estava demorando essa menina aparecer aqui. -um policial passou resmungando ao meu lado.

Ajeitei o cabelo que estava muito bagunçado e mexi na alça do meu vestido que estava rasgado, Klaus retirou a blusa de frio e me passou. Vesti a blusa quando Klaus encarou um policial seriamente que me olhava de cima a baixo, o híbrido grunhiu cravando os olhos no policial que apenas ergueu a arma e sorriu puxando uma algema.

– Sage como isso aconteceu? – me perguntou olhando para os próprios pés – Em 1200 anos isso nunca me aconteceu. – reclamou de cabeça baixa – Se fosse outro policial eu hipnotizaria e não daria em nada, mas justo a Liz me aparece. – continuou reclamando e eu ri – Sage você só me trás problemas.

Ri baixo esfregando uma perna na outra e sorri para um Klaus manchado de batom e com o cabelo bagunçado, sua blusa amarrotada e ele estava apenas de meia. Gargalhei chamando a atenção de toda a delegacia para nós e vi que ele esconder o rosto nas mãos negando com a cabeça, era de passar mal ver um híbrido chorão como esse. Tadinho, deveria ser muito duro ter 1200 anos e ser tratado como um garoto de 16.

– Sage... eu só não te prendo pois graças a um ato divino você fez esse maluco se afastar de Caroline, mas eu não vou aceitar isso uma segunda vez – Liz olhou para Klaus com um careta e soltou uma risada baixa ao ver que ele estava mal humorado – Sempre pensei em ver você aqui por outros motivos Sage e não por atentado ao pudor, e ainda mais com Niklaus. – riu tentando se controlar olhando para o teto – Eu nunca imaginei que algo assim viesse aparecer aqui nessa delegacia. – enxugou os olhos – Seus parentes foram notificados. – gargalhou se afastando.

– Pelo menos nos conseguimos terminar hein. – enfiei meu rosto entre suas mãos e beijei seu queixo -Nik me beija. – pedi e ele me olhou de cara feia.

– Sage de novo não, eu não quero passar mais tempo aqui do que o necessário, tudo seria mais fácil se você tivesse me deixado matar a Liz.

– Niklaus não diga isso. – ri me jogando em cima dele – Me beija. – pedi de novo e ele negou com a cabeça – Teria sido mais fácil se eu tivesse ficado com Nataniel, nós faríamos sexo aqui no chão. – apontei bufando.

Klaus me olhou raivoso e me beijou em fúria quase quebrando meu pescoço, um policial pigarreou e eu evitei dar o dedo do meio para não ser presa por desacato. Olhei para o lado e vi Elijah se aproximar ao lado de Damon que prendia o riso, o moreno se descontrolou ao ver nosso estado e gargalhou colocando a mão no peito. Liz estava me dando uma lição, eu sabia disso pelo fato de ela não ter deixado Klaus sair da delegacia já que ele tinha “26” anos e eu 19. Eu era de maior, mas não tanto assim já que era a lei dos 21.

– Bird eu estou surpreso, sempre achei que seria presa por desacato, agressão, ameaças e assassinato. Não atentado ao pudor. – revirei os olhos.

– Vocês agiram como dois adolescentes. – Elijah deu bronca, mas eu vi eu ele se divertia vendo o estado de Niklaus – De você eu esperava isso Sage, mas nunca de meu irmão.

Mordi os lábios reprimindo uma risada.

– Você deveria transar mais Elijah, faz bem para saúde, humor... – me pendurei no pescoço dele – Eu posso me disponibilizar quando Klaus não me quiser mais, aqui no nosso grupo todo mundo é reciclável. – ri.

– Sem chance. – o loiro me puxou para fora enquanto Elijah e Damon assinavam uns papéis.

– Nik. – ele se encostou no carro e eu me encostei nele sendo segurada pela cintura.

– O que? – resmungo.

Nossa que mal humor. Reprimi uma risada.

– Eu te amo. – vi a expressão de suavizar.

– É bom que ame mesmo, eu não parei em uma delegacia e precisei ser buscado pelo meu irmão atoa.

Gargalhei dele que revirou os olhos com a minha atitude, Klaus riu se divertindo olhando para a delegacia e depois me olhou de novo.

– Esse é um dos namoros mais estranhos que existiu.

– Ei, estamos falando de um rei dos vampiros e uma duplicata assassina. Não tem como ser normal. – passei por um breve flashback de nosso namoro e sorri, era mesmo muito estranho.

– Realmente não. – segurou meu rosto e me olhou intensamente – Não desista de mim Sage.

– Eu não vou Nik. Eu prometo. – sorri para ele.

~º~

– Você está linda. – sorri para Care e a abracei, ela sorriu surpresa com o ato.

Eu não seria capaz de estragar o aniversário dela. Stefan sorriu pela minha atitude, o abracei também e logo depois abracei Damon e Elena e voltei para meu lugar ao lado de Klaus que apenas acenou com a cabeça em direção a eles e me puxou em direção a Bekah que encarava Anellise com sua pior feição, vi a vampira mais nova a olhar e desaparecer.

– Ei. – Bekah me olhou surpresa de cima a baixo- Você está descente.

Niklaus sorriu orgulhoso e arqueou uma sobrancelha em direção a irmã.

– Está bonita irmã, mas achei que não viria em uma festa organizada pela sua inimiga, ainda mais se tratando do aniversário dela.

– E perder a chance de fazer da noite dela um inferno Nik? Não mesmo. – olhou ao redor e viu Nataniel com uma câmera – Eu acho eu vou aproveitar a noite, parece que estamos todos dispostos a fazer essa festa mais divertida. – entregou a taça para Klaus e foi em direção a Nataniel.

– Rebekah não muda nunca. – deu um olhar mortal para a irmã e eu ri ajeitando o vestido.

Pela primeira vez em anos eu usava um vestido de festa diferenciado, era longo de seda na cor lilás bem clara, quase perolado. Estilo sereia. O vestido realmente havia me deixado bem mais bonita que o normal e tinha dado um ar sobrenatural, como Klaus disse que faria.

– Foto do casal. – Nataniel se esquivou de Rebekah e lançou Klaus para longe ficando ao meu lado e batendo uma selfie comigo – Adeus. – foi atrás de Rebekah.

Nik bufou de forma audível e me puxou para o meio do salão começando uma dança, alguns minutos depois Niklaus me soltou e eu fiquei um tempo com Elijah e Kol antes de decidir procurar por Klaus, Caroline iria demorar um século para receber os parabéns e eu já estava cansada de ficar esperando, ela entenderia, eu queria muito ir para casa.

– Vou procurar o Nik. – cocei os olhos avisando Elijah.

– Quer que eu te leve para casa?

– Não.- dei um aceno e bocejei indo em direção a biblioteca, tinha certeza que ele estaria lá.

Abri a porta em silencio e vi Anellise, quase estava para sair do local quando vi Nik ao lado dela. Respirei fundo me sentindo uma intrometida.

– Por que não pode ficar comigo? – ela perguntava irritada.

– Porque eu não quero. – saiu de perto dela, mas ela o puxou.

– Stefan e Damon não irão se importar com isso Klaus, eu posso ajudar a você se tornar mais poderoso ainda ao meu lado. – ela segurava o pulso dele com força – Niklaus eu posso te ajudar. Você sabe que eu sei de muitas coisas. – vi ela começar a chorar e Niklaus parou parecendo desesperado e a analisou por completo e então tocou o rosto dela.

– Não chore. – a voz dele saiu baixa – Não chore.

Engoli o choro olhando para a porta.

– Nós podemos destruir esse mundo fraco e criar um novo, esses vampiros aqui não são nada. – falou com desprezo.

– Você se parece tanto com ela – continuou tocando o rosto dela – Mas Sage é muito mais forte que você – ergui a cabeça – Ela me conquistaria sem intenção alguma, e ao invés de rastejar aos meus pés ela faria o que teria de ser feito e eu me apaixonaria mil vezes pela mesma mulher. É por isso que você nunca será a substituta da minha mulher. E é por isso que você vai sofrer pelas mãos dela e não pelas minhas, ela é uma mulher de verdade. Ela não é suja e nem covarde, Sage jamais será substituída. Eu sei disso pois eu encontrei alguém que confiaria todo o meu reino, e esse alguém não é você. Você é apenas um rosto.

Ele se afastou dela, mas ela o laçou e o beijou a força, controlei a vontade de ir lá e a esmurrar.

– Aquela pequena vadia não é nem metade do que eu sou.

Klaus a retirou de cima dele rapidamente, ao invés de sair correndo ele enfiou a mão no estômago dela.

– Jamais abra a boca para falar da minha companheira, ela não precisa ser distratada por pessoas tão fracas. – grunhiu e a largou saindo da biblioteca e esbarrando em mim – Que falta de educação amor. – tocou meu rosto vendo meu olhos marejados – Não chore meu amor.

– Eu te amo. Não poderia ter escolhido ninguém melhor. – o beijei.

– Não, você não poderia.


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