Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 25
Um risco




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Encostei minha cabeça no ombro de Elijah quase fechando meus olhos, eu mal ficava em pé e estava entorpecida de sono. E mesmo assim mantinha meus ouvidos atentos para o caso de Klaus dizer algum absurdo, eu estava pronta para o corrigir caso ele dissesse merda.

– Nosso exército. ..

– Aliança. - corrigi e ele rolou os olhos.

– Você devem total devoção a mim... eu sou seu rei.

Revirei os olhos mil vezes, mas não interrompi. Os três híbridos pareciam hipnotizados, mas não estavam. Apenas seguiam ordens de seu líder.

– Minha companheira acha que é melhor que vocês tenham suas vidas de forma independente, quem quiser vir comigo pode me acompanhar, mas quem não quiser pode ficar. Quando eu os chamar, venham. Se eu fizer isso é porque precisamos de vocês com urgência. Evitem matar pessoas, não queremos chamar atenção. Bebam o suficiente para não matar e façam elas esquecerem disso. Podem ir.

Suspirei aliviada vendo que não era rápido e terrível quanto eu imaginava, estava tudo certo para uma primeira vez. Me despedi dos híbridos com um aceno e me dependurei no pescoço de Elijah que me carregou até o carro e o moreno foi para o banco do motorista e Klaus recostou a cabeça no bando do carona e dormiu. Deitei a cabeça e fechei os olhos.

Dormi apenas por um breve tempo e logo senti quando o carro parou, reconheci o cheiro de Klaus e senti ele me pegar no colo. Abri os olhos e vi que estávamos em sua casa, ele me ajeitou em seu colo e logo me colocava a cama. O olhei brevemente confusa, mas preferi me manter quieta apenas observando ele se mover como uma bala pelo quarto pegando coisas e guardando outras.

– Olá amor. - tremi ouvindo seu sotaque - Vai ficar me vigiando por quanto tempo?

– Não é como se eu conseguisse mexer o pescoço para olhar para outro ponto. - falei em voz baixa e ele veio em minha direção se sentando na cama.

Me analisou rapidamente e então sumiu logo reaparecendo com um copo cheio de água.

– Se hidrate.

Bufei. Como se eu tivesse forças.

– Seu híbrido irá te ajudar. - piscou o olho erguendo minha cabeça e colocando o copo entre meus lábios – Você terá bastante tempo para se recuperar meu amor, logo estará em casa.

~°~

– E então deu certo? - todos estavam empolgados.

– Sim. - sorriram e eu comi um chocolate ganhando um olhar repreensivo de todos.

– O que? - comi outro chocolate e lambi os dedos, eu me sentia dormente.

Talvez estivesse exagerando nos doces.

Eu estava ao lado de Elena e a nossa mesa de centro estava cheia de doces e pizza, fora a garrafa de refrigerante que eu bebia. Ergui minha mão para pegar mais pizza e meus dedos tremiam visivelmente, respirei fundo ao notar minha visão turvada.

– Vocês comem comida saudável nessa casa? - Bonnie vinha da cozinha carregando um copo de água - Porque isso é o mais saudável que eu achei. Na realidade é a única coisa saudável.

Stefan entrou carregando uma pancada de sacolas e voltou em um pulo da cozinha carregando dezenas de mantimentos. MINHA COMIDA. Levantei correndo e o parei no meio da sala começando a pegar meus doces de volta.

– O que pensa que está fazendo? - peguei tudo de volta e joguei na mesa.

– Dando um fim nisso. - revirou os olhos - Pode estar gorda, mas está desnutrida. Está amarela e tremendo. Mal fica em pé. – só não o bati pois cambaleei e cai em cima de Elena a esmagando.

Levantei de novo e quase cai de novo, olhei para Damon que me segurava com força. Caroline e Bonnie apenas reviraram os olhos, enquanto eu me sentava em uma poltrona.

– Gordo, será o soco que eu vou te dar. - ameacei e eles riram da minha fragilidade.

– Vou levar essa garotinha para o hospital. Esse tipo de problema não tem como resolvermos sozinhos. - Caroline me estendeu sua mão.

Peguei sua mão e a segui cambaleante derrubando algumas coisas pelo caminho.

– Care... pelo amor que você tem pelo Stefan, me deixa em paz. - pedi assim que me deitaram em uma poltrona azul reclinável e injetaram soro em minha veia.

Olhei de cara feia para a enfermeira jogando a agulha longe, ela me olhou de cara feia e usou outra agulha enquanto me ameaçava, se eu não ficasse quieta ela me amarraria.

– Não senhora. Elena não tem problema algum em comer porcarias, mas você ainda é humana. Nutrientes são essenciais para você. - falou como se fosse uma médica.

Ela estava com um papel e uma caneta anotando tudo em seu bloquinho enquanto lia o prontuário e os resultados de exames como se ela realmente soubesse oque estava ali.

Revirei os olhos e olhei para o soro. Eu demoraria horas ali, mexi na regulagem e vi o líquido descer mais rápido. Minhas veias estourariam dessa forma, abri um sorriso. Caroline me curaria e eu iria embora hidratada.

– Então senhorita fujona. - o médico que me tratou quando quebrei a perna apareceu.

– Hum. – resmunguei sem me importar.

– Deve dar um trabalho enorme para o seu marido. Nunca vi ninguém vir parar em um hospital tanto como você. Mas... vamos lá... Você está muito desidratada, está com falta de cálcio, ferro, vitamina E, D,C. Bem... fora que o nível de açúcar no seu sangue está assustador. - dei de ombros - Como sei que você não vai me ouvir, vou falar tudo para sua amiga. – se virou para Caroline que o olhava ansiosamente segurando seu bloquinho.

Olhei para o soro vendo que ficaria ali por muito tempo, gemi de desgosto e o médico regulou o soro de novo me olhando em uma mistura de raiva e divertimento. Ele saiu e Caroline foi logo depois avisando que iria comprar as vitaminas. Dei de ombros depois de ouvir um sonoro " Não saia daqui"

Acha que eu escutei?

Sim. Mas ignorei.

Arranquei a agulha do meu braço e nem ousei sair pela porta, abri a janela e revirei os olhos em descontentamento. Passei uma perna e agarrei o galho que estava próximo a janela, passei a outra perna e fiquei pendurada no galho. Eu estava muito no alto e tinha medo de cair e quebrar algo.

Mas idai?

Soltei o galho antes que ele se partisse e cai no chão, bati os pés e cai para trás e bati a bunda. Ótimo, só faço merda. Me levantei e corri para casa, me perdi no caminho pois desviei do carro de Kol que estava parado em frente ao hospital. Merda. O bocudo vai fofocar. Levei um susto quando esbarrei no moleque, meu vizinho feio e chato. Ele estava em cima de uma moto vermelha, me puni pela ação seguinte.

– Me leva pra casa menino. - subi na sua moto.

– Então gostou da minha moto amor? - ele conversava desviando dos carros.

– Boa. Dirigi direito. - briguei.

Ele parou na frente da minha casa e eu a olhei atentamente vendo que aparentemente ela estava vazia, mas não importava. Logo alguém surgiria para interromper minha paz.

– Valeu garoto. - desci e entrei em casa correndo sentindo o cheiro de comida saudável.

Fui até a cozinha ouvindo o barulho das panelas, mordi os lábios e achei isso muito estranho.

– Stefan? - olhei surpresa vendo ele mexer nas panelas, uma pilha de prato limpos sobre a bancada.

– Oi. Care me pediu para fazer o almoço. – respondeu.

– Ah sim. - Stefan sorriu cortando o bacon como se fosse profissional.

O olhei encantada, não sabia dessa habilidade dele. Deve ter aprendido fatiando corpos.

– E onde ela está? - perguntou.

– Foi comprar minhas vitaminas. - não era mentira.

– Você não deveria estar com soro? - perguntou desconfiado.

– Nop maninho. Digamos que eu enchi a paciência de um médico conhecido. - sorri para ele - Stefan.

– Sim.

Comecei a me sentir pesada. Eu não me sentia muito bem, algo parecia estar estranho ambiente e eu tinha um pressentimento não muito bem em relação aos últimos dias, é como se algo estivesse prestes a acontecer e isso vinha me deixando tensa. Eu me lembrava de ter essa mesma sensação quando meus familiares morreram, e quando eu estava nos braços de Kol sendo drenada até quase a minha morte.

– Se algo acontecer comigo... quero que saiba que eu te amo muito. Você é como um irmão para mim. E Damon também. Apesar de ele ser chato.

– Você também é como uma irmã. E não é só porque se parece com Anellise. – sorriu para mm.

– Own. Nós também te amamos. - Damon colocou a mão no peito - Mas o que tem de ruim para acontecer?

– Nada. Só quero que saibam disso. Eu nunca disse.

Se encararam e eu fingi não perceber. O celular dois tocaram, Stefan atendeu logo.

– Oi Care. Onde você esta? - comecei a sair de fininho e Damon me segurou pelo cabelo - Kol? Klaus o que? O Kol não deveria dizer essas coisas sem antes procurar por ela.

– É calúnia daquele médico maldito. - resmunguei.

– Sim. Está aqui.

Olhei para Damon e ele sinalizou que falava com Klaus, arranquei o celular da mão dele.

– É tudo calúnia daquele maldito.

Está em casa?

– Sim né?

Querida. Eu estou me controlando ao máximo para não ir até ai e te dar uma palmadas.

– Eu vou gostar. - sorri e meus Salvatores me olharam confusos.

– Vai é? - soou malicioso.

Se não bater com força.

Fizeram uma careta.

– Ai gente que horror, eu não faço isso quando minhas amigas falam o que fazem com vocês.

– Você é nossa irmãzinha. - Damon cutucou meu nariz - Fujona.

Arrancou o celular da minha mão enquanto Care passava pela porta da sala ainda falando com Stefan pelo celular.

– Oi gente. - colocou um monte de sacolas no balcão.

Suspirei.

Inferno de dia.

~º~

– Não parece?

– Não mesmo. - ri de Alaric com seu novo passatempo.

Eu estava na mansão Salvatore vendo Alaric pintar um bicho deformado que ele insistia ser uma onça. Ele riu e colocou a aquarela em cima da mesa em que eu estava sentada, ele se sentou ao meu lado fazendo uma careta enquanto olhava para sua arte.

– Dá para dizer que é abstrato. – o consolei e ele riu – Estou falando sério Rick.

– Ah sim Sage, eu imagino que sim. –me olhou de forma carinhosa – Eu estou verdadeiramente feliz que esteja conosco nessa.

– Que esteja ajudando vocês?

– Exato. Que não tenha fugido de nós quando descobriu a verdade, estou feliz que tenha nos apoiado e que principalmente tenha feito esse contrato com Klaus por todos nós. Sei que ando distante nesse tempo, mas saiba que eu estou orgulhoso de você. Eu me orgulho da sua força e só te conheço a um ano. – sorri para ele.

– Bem... Vocês são meus amigos, sempre recebi muita ajuda e força de vocês. Devo dizer que eu sei que fizeram coisas boas para mim, mas... eu não consigo me lembrar dessas coisas. É como se minha mente tivesse apagado tudo e o sentimento existisse desde sempre.

– Está me dizendo que não se lembra das coisas que passou com todos nós?

– Algo assim. Eu não sei como isso aconteceu.

– Sua mente está te protegendo Sage, sempre te protegeu. Só peço que não se esqueça de quem nós fomos e o que fizemos por você, não é nada comparado ao que está passando por nós, mas é a nossa forma de mostrar que a amamos. – o olhei com os olhos lotados de lágrimas.

Por que todo mundo parecia mais sentimental que o normal? Parecia que todo mundo estava entrando em um colapso.

– Você está feliz. Ele é diferente com você.

– Talvez eu seja um desafio.

– A pessoa mais agradável que conheci. - corei e ele riu – Complicada e completamente louca.

Desci da mesa e olhei sua pintura novamente, vi o borrão e me lembrei da vadia perdida.

– E Katerina? Ainda incomodando?

– Por incrível que pareça nós quase não vemos ela. Ou ela esta por ai comendo ou está dormindo. Ninguém deixa ela sair muito. – comentou com descaso voltando a pintar.

– Hum. Isso é bom. - soei maldosa - Vou dar uma volta com a maldita.

– Eu diria para você ter cuidado. Mas acho que quem precisa desse aviso é ela.

Deixei ele rindo e fui até o quarto da perua, abri a porta com tanta força que ela voltou para mim me jogando de volta do corredor. Senti o sangue escorrer e revirei meus olhos para a dor que me atingiu.

– Ai. - segurei meu nariz e levantei.

Entrei no quarto e ela já estava sentada me encarando curiosamente, fui até seu closet e mexi em suas roupas de perua. Por fim peguei a calça, bota e uma blusa e joguei para ela. Deveria ser um tremendo inferno ficar dias trancada e sendo vigiada, bem... eu acho que tenho capacidade o suficiente para virar a vigia nessa maldita.

– Katerina. – ela fez cara feia.

– É Katherine.

– Katerina. Por que sim. – sorri. - Levanta vadia. Vamos dar uma volta.

Ela se trocou muito rápido e correu para ajeitar o cabelo, abri a porta para ela e sai em seguida, quando pisamos do lado de fora Alaric estava encostado no carro ao lado de Enzo. Eu entendi na hora, Enzo iria me vigiar e Alaric ficaria de olho na perua.

– Precisam de um motorista. – o loiro se pronunciou.

– E de um homem. - Enzo completou.

Reviramos os olhos e entramos no carro, Alaric dirigiu até um bar e nós entramos nele vendo que era um local bem agradável. Havia mesas redondas espalhados por todo o local, o bar era todo de neon, as luzes eram escuras e coloridas, tocava uma musica eletrônica em uma altura que dava para aturar.

Katerina pegou uma garrafa no bar e foi para o centro do local dançando sob os olhos atentos de Alaric que se sentou próximo ao bar pegando uma cerveja. Me sentei em uma mesa e Enzo se juntou comigo.

– Veio dar uma noite de diversão a vadia? Isso não se parece com você. – sorriu para mim enquanto bebia algo em um copo pequeno.

– Deixa ela. Quero espairecer um pouco, todos meus amigos ficam nos meus pés. – reclamei roubando sua bebida.

Bebi o líquido e Enzo se aproximou quase fundindo seu rosto ao meu, ele se afastou e se jogou na cadeira mexendo na gola da camisa e sorrindo de forma maldosa para um homem que nós encarava de cara feia como se tivéssemos feito algo, reparei que o homem se focava mais em mim e revirei os olhos. Típico da cidade, todo mundo já havia me olhado de cara feia aqui, era quase um costume.

– Eles tem motivos de sobra. - me olhou sério - Você é uma garota problema.

– Um problema que você não quer deixar ir embora hein? – o olhei de cara feia.

– Seu sangue é muito bom. Aposto que o Mikaleosn ficou mais louco ainda com ele e só reparte com os híbridos.

– Yep.

– Se fosse comigo não seria diferente, mas como sou um homem sensato... vou procurar outra refeição. E não estou falando só de beber. - fiz uma careta.

Sai andando pelo bar e levei um susto ao sentir meu cabelo ser puxado e dentes irem para o meu pescoço o apertando com força. Me virei zangada vendo Katerina toda sorridente pulando e bebendo no meio dos jovens.

– Não deveria andar por ai tão desatenta. - Klaus concordaria – Você tem um pescoço que não passa despercebido.

– Claro. – me limitei.

– Até porque estão de olho em você. - apontou discretamente com a cabeça para a enorme janela de vidro.

Levei um susto ao ver uma sombra na frente da janela com a mão no vidro, olhei atentamente e vi seu olhos vidrados em mim. Havia um brilho amarelo que reluzia de acordo com as trocas de cores das luzes, me movi um pouco para o lado e percebi que os olhos me acompanharam. A figura era um pouco mais alta do que eu e se tratava de um homem bem forte, notei pelos ombros largos.

– Chame Alaric Katerina. Agora. - falei sem piscar e então corri para a porta.

Quando fui para fora ele ainda estava lá olhando para dentro. Eu tinha certeza que ele tinha olhos amarelos. Eu tinha. Ele estava com os ombros tensos e o corpo na direção da janela, mas eu sabia que ele prestava atenção em mim já que seu pé direito estava discretamente virado em minha direção.

– Ei. - gritei e ele ficou de costas para mim.

Comecei a correr em sua direção, o anel pesou em meu dedo e eu soube que sem quer meu corpo sgia chamando por Klaus sabendo que aquilo era uma ameaça. Me lancei contra seu corpo e provavelmente ele não esperava que eu tivesse tanta força já que ele vacilou.

Eu o golpeei com tanta força que seu corpo foi para frente e minha mão afundou em suas costas indo em direção ao seu coração, mas ele se afastou e eu avancei de novo. Meu braço foi segurado e eu fui lançada para a janela de vidro quase a quebrando, ele fugiu enquanto Enzo me puxava para ele olhando atentamente ao redor. Como fui burra, aquilo poderia ter sido uma armadilha para me pegar, meu temperamento e minha reputação de encrenqueira sempre iriam colaborar para criar problemas assim.

Olhei meus dedos cheios de sangue e quebrados. Logos eles voltaram ao normal e eu comecei a ir em direção a minha casa antes que Klaus nos encontrasse na rua e tivesse uma de suas crises. Entrei em casa abrindo a porta e me sentei no sofá, Bonnie estava lá e me olhava interrogativa. Respirei fundo erguendo minha mão ensanguentada em direção a ela que se aproximou cuidadosamente.

– Pega esse sangue. Vamos saber que está me seguindo. – afirmei alegremente.

Klaus entrou na casa com um estrondo junto com Katerina, Alaric e Enzo. Caroline desceu do andar de cima junto com Elena, já os Salvatores e Jeremy vieram da cozinha. Parece que mina casa virou ponto de encontro mesmo.

–Pode fazer isso? - perguntei visivelmente nervosa.

– Se não estiver seco. Sim. - Bonnie correu para pegar suas coisas.

– O que foi?

– Estava me vigiando no bar. - falei enquanto Bonnie pegava um pouco do sangue - Provavelmente o cara que me atacou aqui. Ele não tirava os olhos de mim.

– Atraiu Sage para fora do bar. – Enzo avisou – Não conheço aquele cara, quando o vi ele já estava virando a rua. Não podia deixar Sage sozinha, seja quem for... era mais de um. Dois no total.

– Você viu o rosto dele? – Caroline perguntou e eu soube que ela não gostaria da resposta.

– Vi os olhos. – afirmei prendendo meu cabelo e o sujando de sangue, notei que Klaus o cheirou confuso – Era Tyler.

– O que tem de relevante nisso? – olhei de cara feia para Damon

– Eram amarelos. Quantas pessoas de olhos amarelos você vê por ai Damon?

– Híbrido. - bufei.

– Eu tenho certeza que é Tyler!

– Não é Tyler! - Caroline gritou.

– Eu vi!

– Você viu olhos amarelos! Pode ser um daqueles caras que vocês transformaram! - ela gritou mais alto ainda.

– Eu sei o que eu vi Caroline. Não são meus híbridos. Que eu me lembre eu não transformei nenhum moreno! - gritei exausta.

– Tecnicamente transformamos. - Klaus interviu – E o sangue dele está sem cheiro, parece que recebeu algum feitiço de uma bruxa para passar despercebido. - cheirou meus cabelos cheios de sangue novamente.

– A cabeça dele bate no meu seio como ele ia ficar maior do que eu em três dias? – insisti –Eu acho que eu sei a diferença entre um cara de um metro e sessenta e outro de dois metros.

– Pode ser um lobisomem. - deu de ombros.

– É um híbrido. - Bonnie disse - Só consigo ver isso pelo sangue. Não da pra saber quem é, é o que Klaus disse. Ele está protegido por uma bruxa.

– Viu? - gritei e ela se exaltou.

– Pode ser um dos híbridos que Klaus não matou. Algum deve ter fugido. - eu via como Stefan se sentia incomodado por ela defender o ex.

– Caroline. Entenda de uma vez...

Ela lançou a bandeja rápido demais e com força demais para alguém segurar e eu desviar. Me acertou com tudo fazendo o sangue escorrer do meu nariz. Peguei a bandeja de volta e joguei com força, fui rápido demais em sua direção, mais do que ela podia imaginar. Dei um soco em seu abdômen e ela voou para trás batendo na parede. Caroline revidou me dando um chute no estômago, cai sobre a mesa de centro e ela voou para cima de mim apertando meu pescoço com força. Apoiei minha mão nos seus ombros e empurrei ela com força, peguei o pé de madeira da mesinha de centro e lancei em sua direção.

Klaus parou em nossa frente e segurou o pedaço de vidro que ela lançou na frente de meus olhos, ele segurou o pedaço de madeira e ficou em silêncio. Senti o gelo de sempre voltar, meu coração se tornou frio, minha expressão endureceu e Caroline me olhou chorosa. Respirei fundo e voltei a minha expressão habitual, aquela que ela tanto odiava. Mesmo que eu estivesse me sentindo quebrar.

– Forbes, eu espero que você não pise nunca mais em minha casa. Eu não vou aceitar que uma pessoa confie mais no ex namorado traidor e covarde do que em mim. Então se é isso que vale nossa amizade, eu prefiro que você esmague. Nunca mais me dirija a palavra. - fui seca, grossa e direta.

Caroline explodiu enquanto eu friamente subia as escadas e ia para o meu quarto, tranquei a porta e a janela, fechei as cortinas e acendi apenas a luz de meu abajur na penteadeira. Coloquei uma música suave e fui para o banheiro. Eu preciso de drama, Drama Queen, sou eu mesma.

Eu estava com raiva, e iria descontar isso de alguma forma. Olhei o meu reflexo e suspirei, ouvi baterem na porta do quarto, mas a mantive trancada.

Uma hora depois meu cabelo estava de um tom loiro escuro, eu tinha grossas mechas nas pontas de um tom de loiro bem claro. Minhas sobrancelhas ganharam uma nova forma, mais angulosa e bem cheia. Meus olhos estavam diferentes e eu entendi que era por causa do elo. Ao invés do azul forte de sempre ele estava num tom de azul cinzento. Igual ao de Damon.

Olhei a tatuagem em meu busto e suspirei. Balancei a cabeça espantando as merdas e comecei a repicar o cabelo, o escovei e voltei para o quarto não me surpreendendo ao ver Damon lá. Vampiros eram expert e entrar nos lugares que não deveriam.

– O que foi? - perguntei sério e me sentei ereta na cadeira da penteadeira.

– Vocês foram longe demais. É estranho te ver tão mal com a Barbie. - ele brincava com o coelho de pelúcia.

– É? Que pena. É assim agora. - falei com descaso.

No momento eu só sentia raiva.

– Não a afaste de você. Não nos afaste de você.

– Não estou. Vai embora quem quiser. - penteei o cabelo com raiva.

– Pequeno pássaro, não se torne aquele corvo de novo. Quem mais sofre é você.

– Talvez eu precise. Talvez eu goste.

– Você não precisa. E também não gosta.

– Damon... - me preparei para iniciar outra briga, mas ele se levantou.

Damon me abraçou apoiando o queixo em minha cabeça, afundei meu rosto em seu peito e não fiz mais nada. Fiquei quieta, se eu retribuísse eu choraria. Ouvi uma batida na porta e Elena entrou.

– Stefan e Caroline querem falar com você.

– Não quero. Coloque para fora da minha casa. Eu não quero falar com ninguém, se não fizerem eu saio dessa casa e não volto mais. E não terá ninguém que me ache, nem mesmo Klaus. Nem que pra isso eu arranque meu dedo fora, ou quebre esse maldito elo. Saiam do meu quarto. - pedi.

Eu estava nervosa apesar de parecer fria. Se Caroline aparecesse na minha frente eu a degolaria, eu estava muito chateada e seria capaz de mata-la. Os dois saíram pela porta e Katerina entrou e trancou a porta, foi até a cama e deitou.

– Gostei do visual novo. Você fica melhor assim. - dei uma risada e me joguei ao lado dela agarrando o coelho.

– Vadia. - chamei - Se você não fosse tão maldita eu te amaria.

– Deus me livre do seu amor. Só acontece merda com quem é seu amigo. - debochou e foi até meu closet.

– Se você não quer... - gargalhei quando ela vestiu uma blusa minha que fez ela desaparecer.

– Definitivamente não é para mim.

– Não mesmo.

Ela nem se importou. Se jogou na na minha cama e agarrou um travesseiro. Revirei os olhos. De alguma forma era como se fossemos almas gêmeas, e talvez fossemos possíveis inimigas/amigas pelo fato de sermos iguais. Com a diferença que eu tenho dignidade, e sei as regras básicas para manter uma amizade.

– Essa cama é melhor que a de Stefan. - gemeu.

– Sim. Foi Klaus que escolheu.

– Ah. Uau. Eu queria Niklaus aos meus pés. Eu faria um estrago.

– Aposto que sim.

– Pega ele de jeito. -murmurou dormindo logo depois.

Dei uma risada. Niklaus não vai avançar tão cedo. Tão lindinho. Ah.

~º~

– Quieta sua louca. - Katerina murmurou - Vai assustar o cara.

– Ah Kat- kat. - bati na porta de novo esperando de forma impaciente.

Nataniel abriu a porta segurando uma câmera fotográfica e sorriu para nós. Seus olhos cravaram em mim e ele me analisou rapidamente, e então se virou para Katerina a olhando com evidente curiosidade.

– Eu já ia te procurar gatinha. Você não me ligou. - Resmungou fingindo estar chateado.

– Niklaus é ciumento. Não decorei seu número antes dele queimar o cartão.

Ele riu.

– Então não é mesmo parceira dele? – fingiu surpresa.

– Ela não ouviu nenhum pedido. - Katerina se intrometeu - Sou Katerina.

– Nataniel. Ou Natie. - sorriu para ela e abriu caminho - Como me acharam?

– Decorei o nome da sua empresa, fui até lá e me passaram seu endereço. - comentei dando uma olhada na sua casa maravilhosa – Espero que não se incomode com pessoas folgadas. – olhei um quadro imenso em que havia uma mulher nua exposta.

– Não me incomoda. E a honra seria... – estava animado enquanto mexia em sua câmera.

– Fotos. – joguei minha bolsa em seu sofá e retirei minha jaqueta.

– Fotos sensuais. - Katerina corrigiu enquanto retirava seu casaco e ajeitava os cachos.

– Se eu puder ficar com algumas para a minha exposição... – ele sorria animado – Ficaria muito grato. Mulheres como vocês sempre dão os melhores quadros, ainda mais da forma que querem. E um híbrido louco – sorriu maldoso.

– Aqui em Mystic? – eu não sabia dessa exposição.

– Sim. - sorriu.

– Maravilhoso. - pulei animada - quero.

– Perfeito.

Passamos algum tempo discutindo sobre como iriamos fazer a sessão de fotos, Caroline me ligou, mas eu desliguei o celular. 20 minutos depois lá estava eu em uma cama enorme com edredons brancos bagunçados, meu cabelo estava com cachos nas pontas que já se desfaziam, eu estava nuazinha sendo tampada por apenas um pedaço de lençol.

Estava sentada na ponta da cama, o lençol subia até um pouco abaixo nos seios. Ele acompanhava o formato do meu corpo, mas estava bem mais fino deixando as laterais expostas e consequentemente mostrando uma parte da tatuagem. Meu cabelo cobria meus seios e minhas mãos seguravam a ponta do lençol abaixo deles.

– Ok. Vamos fazer uma expressão bem séria, lábios levemente entre abertos e os olhos um pouco mais caídos, como se você me olhasse de cima.

Fiz o que ele pediu. Nataniel era extremamente profissional quando colocava a câmera nas mãos, o homem louco e provocativo desaparecia completamente e então surgia apenas um fotógrafo animado e sério em seu lugar.

– Perfeito Sage. Eu adoraria te ter pela eternidade como minha modelo. – piscou.

Olhei para Katerina que agia como se fosse assistente dele, a louca ajeitava a iluminação o tempo inteiro, entregava café, arrumava lençol, anotava em bloquinhos, dava dicas de poses e ângulos, ajeitava meu cabelo e ainda arrumava o cenário. Vi ela pegar uma câmera e abrir as pernas se inclinando para o lado tentando achar um ângulo, acabei rindo olhando na direção dela e ele fotografou.

– Maravilhoso.

Katerina suspirou e retirou a roupa, cobri a cara de vergonha pela inconveniência dela e gemi quando ela se jogou ao meu lado. AI MEU DEUS, que vadia louca. Maluca. Sem noção alguma, ela não tem juízo não? O que eu fui arrumar para minha vida?

Eu só faço merda. Nataniel a olhou de forma interrogativa, mas nada disse. Tentei sair, mas ela me puxou.

– Que tal um abraço? - me virou de costas para a câmera.

– Você não tem juízo? - murmurei.

– Não. - riu.

Bufei ao sentir ela apertar minha bunda. Nataniel assoviou.

– Erotismo é sempre bom.

Que vergonha senhor.

Três horas depois estávamos exaustos, havíamos acabado de tirar as últimas fotos. Eu vestia uma blusa de Nataniel e Katerina estava fazendo sabe-se lá o que com o vampiro. Eu temia as respostas.

Liguei o celular e tinha 82 chamadas perdidas. De todo mundo é claro. Dei de ombros quando percebi que o meu plano para me livrar da marcação temporariamente havia funcionado. Como? Eu coloquei um pequeno pedaço de verbena entre meu dedo e o anel. Eu havia ficado em dúvida sobre isso, pois o anel era mágico. Mas Klaus ainda era metade vampiro e o maldito meio que bloqueava seus poderes, de uma forma inexplicável. Katerina havia dado a ideia e disse que Klaus só não me achava assim pois não havíamos chegado ao "finalmente". Depois disso nossa conexão aumentaria e seria impossível ele não saber onde estava, e o pior... sentindo. Por isso o anel ficava no dedo anelar esquerdo para a marcação, estávamos ligados pelo coração. A marcação ganhava um novo sentido para mim.

O nome de Klaus piscou e eu ponderei em atender. Achei melhor não. Daria uma desculpa qualquer, ele provavelmente achava que eu estava morta já que devido a marcação Bonnie não me encontraria em lugar nenhum. A marcação era poderosa demais e não deixaria que o protegido ficasse vulnerável.

– E ai? - Nataniel me passou o cartão de memória, Katerina veio atrás arrumando a blusa.

Os ignorei completamente tentando não pensar muito no eu os dois estavam fazendo, era demais para mim imaginar a louca da Kat desse jeito. Era muito estranho.

– As fotos foram escolhidas. - avisou - Vamos ter um híbrido explodindo de raiva e amigas ciumentas. - sorriu.

– Vou adorar essa exposição. Bem, irei para o meu sono de beleza meninas. Tenho um híbrido para irritar e preciso estar bem carregado.

– Vai dormir por uma semana? – fiquei confusa.

– E porque não? - beijou Katerina e sumiu pelo corredor.

Olhei para a vadia e ela se abanava. Ri e fui em direção a porta carregando minha bolsa.

– Hei. – vi a casa do outro lado da rua.

– O que?

– Não sabem onde estamos. Nem o que estamos fazendo... - comecei a pensar.

– Seu celular quebrou - agarrou o mesmo e o jogou no chão pisando com o seu salto altíssimo.

– Garotos bonitinhos... - apontou com a cabeça

– Festa adolescente.

Rimos. Tem um hí... na realidade dois híbridos me caçando e eu vou fazer o que? Ir para festa. Quem não?

~º~

Entrei em casa quase caindo, meu salto 15 cm era horrível, meu não... de alguma garota da festa já que o sapato nem se encaixava em meus pés. Eu usava uma jaqueta enorme de um jogador de futebol que estava completamente fechada. Sim. Roubei a blusa, ajeitei o cabelo e sorri para todo mundo na sala que estavam furiosos. Foda-se. Me mate.

Chutei a mesinha de centro e atravessei o local ficando de braços abertos no meio da sala.

– Onde você estava? - Klaus falou pausadamente.

– Hum... não sei. Não sei como cheguei. - falei embolado.

– Sage... - uma loira chata brigou comigo.

– Quem é você garota. Te conheço?- joguei minha bolsa no chão e a puxei pela alça.

– Não atendeu o telefone. - Rebekah se materializou em minha frente.

– Fui assaltada.

– Por quem?

– Vai acreditar palhaça? Ou alguém vai dizer que não? Foda-se, não fui mesmo. Passei o dia com Katerina. Nuas. Fotografamos. Exposição. Festa. - sussurrei e coloquei a língua para fora - Sem celular.

Bocejei.

– Não acredito. Estávamos preocupados. – Stefan se rebelou.

Malcriado.

– É? Que pena. Pena que não me importo. - tentei subir e Rebekah me impediu puxando a manga da blusa, o eu fez o zíper descer.

– Você foi mordida? - perguntou horrorizada.

Sim fui. Durante a festa. Eu não sabia se ela se referia a mordida dele ou a da Katerina na noite anterior, sentia meu pescoço terrivelmente inchado.

Um grupo se formou ao meu redor.

– Não. - menti na cara dura.

– Você tem um milhão de mordidas. - abriu um pouco a jaqueta vendo meu busto e tocou em um lugar que doeu muito.

Me encolhi gemendo ao sentir a queimação e vi seus dedos se afastarem do local completamente ensanguentados, Bekah os encarava seriamente ao ver o sangue fresco. Olhei para baixo e vi que eu estava praticamente mutilada.

– O que aconteceu?

– Não me lembro. - menti e dessa vez ninguém reparou.

Não adiantaria falar. Ninguém acreditaria mesmo. Eu me lembrava claramente. Nataniel foi pegar uma bebida e Katerina me olhava de longe, o homem com capuz apareceu de longe. Estava escuro demais, ele enfiou os dentes no meu pescoço com força essa fora a mordida mais dolorosa que senti na vida. Conseguiu ser mil vezes pior que a de Kol, ele desceu para o meu busto enquanto mordia onde conseguia, minha mão era segurada com força e eu ouvia Katerina gritar ao longe. E então ele mordeu pouco cima do seio esquerdo, a mordida foi tão brutal que ficara aberta.

Nataniel apareceu como uma bala e lançou o corpo do homem para longe que sumiu sem deixar rastro. Não bebi seu sangue. Eu esperava definhar até a morte. Olhei para meus amigos a minha frente e encenei a bêbada feliz.

– Kat está vindo. Joguem ela para meu quarto. - subi as escadas rejeitado o pulso estendido.

Katerina apareceu minutos depois de eu ter sido curada por um Damon preocupado, ele parecia caótico e eu não estava diferente.

~º~minutos atrás ~º~

O olhei de novo me sentando na cama.

– Não quero o seu sangue. – dei uma de birrenta.

– Azar o seu. – Damon rasgou seu pulso, puxou meu cabelo para trás, enfiou o braços na minha boca e tapou meu nariz.

Tentei puxar o ar e não consegui, então bebi seu sangue fazendo uma careta para o gosto horroroso, Damon me soltou e s afastou. Ele estava sem saber o que fazer já que me forçou a beber seu sangue de uma maneira brutal.

Katerina entrou no quarto e Damon saiu. Ela trancou a porta e se aproximou.

~º~ atualmente ~º~

Eu não queria que os mais próximos vissem a cena que se desenrolaria, eu estava confiando naquela que eu acreditava com todas as forças que era minha inimiga. Mas ela ficaria calada e então me arrastaria para alguma merda como se nada tivesse acontecido.

– Estão...

– Todos.

Me joguei na cama e afundei o rosto no colchão e nos edredons, e comecei a gritar de raiva com a cara enfiada no travesseiro socando o colchão. Katerina passou as mãos pelo meu cabelo de forma desajeitada enquanto ria e eu comecei a rir com ela, que cena patética.

– Eu só quero um plano mirabolante vindo da sua cabeça. - choraminguei fungando.

– Sem ideias. Temos que fazer as coisas da nossa forma. - entendi o que ela quis dizer - É ou não uma vadia suicida?

– Claro que sim. - sentei agitada e fucei o closet - Mas como faremos? - me empolguei.

– Seremos muito vistas. Tipo farol mesmo. Assim sabe. Bem vadias.

– Especialidade sua.

– É sim. - concordou - E ai nós fazemos o que?

– Seduzimos. - olhei incrédula. Seduzir Tyler?

– Você é doida? Ninguém cai nisso!

– Abra as pernas, ele vai querer uma semi-virgem. - cai chocada.

– Katerina! - briguei.

– Nada. Se quer algo faça direito. - me lembrou que todos ouviam, entrei na onda.

– Não acho que seja isso que ele queira, deve ser algo mais sério. - sinalizei que ele nos mataria.

– Não tenha medo. Tem que ser confiante, ai ele cai na sua. Seja bem vadia. Apronte. Vou perguntar que é a opinião do Natie. - pegou o próprio celular.

– Eu só faço merda. - resmunguei.

– Natie quando um homem muito gostoso...

– Abra as pernas Sage. - Natie estava no viva voz - De preferência para mim, exatamente como fez hoje.

Tentei me jogar da janela, mas Katerina foi mais rápida e me puxou.

– Que coisa horrorosa de se dizer Natie.

– Eu não menti. As fotos ficaram ótimas, muito boas alias. Além de que sei o motivo pelo qual me ligaram e a resposta é não, fiquem quietas. Não vai ser surpresa quando aparecer, vai doer... mas é assim que é. Então sem pânico, sem medidas bestas, não façam nada maluco e nem saiam de casa. Estou cuidando das minhas garotas e do que está por vir.

– Mas tão rápido? - perguntei confusa, ele já havia descoberto quem era e já agia?

– Sou rápido, mas acho que você já sabe disso - disse malicioso - As duas. Falo com vocês depois bonecas. Amanhã o dossiê está pronto, papai já ama vocês. - se despediu.

– Ele não tem juízo. - falei.

– E você não gosta? - se jogou na cama - Klaus deve estar morrendo - moveu apenas os lábios.

Corei muito, pelo tom da conversa era como se tivéssemos feito um sexo selvagem e eu já esperasse uma gravidez. O pior é que o maldito sabia que estava no viva- voz e que provavelmente o loiro ouvia.

A porta abriu em um rompante quebrando a maçaneta. PORRA. Corri para a janela e tentei saltar, mas Klaus foi mais rápido e me jogou na cama em cima de Katerina.

– Ai. - resmungamos.

– Que história é essa? - ele gritou e um grupinho se formou.

– Já não pode nem mais transar com privacidade? - Katerina cala a porra da boca.

Implorei mentalmente.

– Ai meu Jesus. - implorei baixinho.

Deus sabe que não fiz nada do que ela disse.

– O que? - Klaus ia explodir em 3...2...1 - SAGE o que você fez?

– Juro que nada, mas vou ficar calada por que já sei que vão me tratar como mentirosa. - falei baixo agarrando meu coelho - Vai Katerina. Desgraça de vez.

– Um homem lindo... nos divertimos muito não é Sage?

– Nem me diga. Quase me comeu. - me lembrei da mordida.

– E muito bem. - olhou para o nada.

– Você pode estar gravida? - revirei os olhos para Elena.

– Você acredita mesmo nessa baboseira Elena? Você me conhece muito bem. - afundei o rosto na pelúcia.

– De quem é essa jaqueta? - Rebekah perguntou.

– Não sei.

– Fizeram o que o dia todo? -Klaus cruzou os braços me olhando de cima a baixo.

– Passamos o dia na casa de um vampiro super gostoso sendo fotografadas nuas para uma exposição dele. Depois fomos a festa uma festa, voltamos para casa dele e arrastamos ele. E por fim ela veio para cá.

Todo mundo me olhou. Agora eu não era mentirosa ne?

– Fodam-se vocês.

Dei de ombros.

– Saiam. - ordenei e Klaus ficou até Katerina se foi.

– Sage. - deitou do meu lado.

– Que Nik?

– Quem é Natie? - segurei uma risadinha.

– Um amigo muito próximo.

– Ele te mordeu?

– Não.

– E quem foi? Eu sei que sabe.

– Não quero dizer. Não confio mais esse tipo de informações a vocês.

– Eu também estou na lista?

– Nenhum Mikaelson está.

– Hum. - ele murmurou se aproximando.

Ou tentou. Virei de costas. Está achando que é fácil assim fofo? Vai ter que implorar.

– Você quem vai implorar. – falei alto? – Vamos Sage, nos dê uma chance.

Fechei os olhos sentindo seu rosto se enfiar no meio de meus cabelos e seus lábios tocarem meu pescoço. Mas esse merda não facilita mesmo hein?


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Notas finais do capítulo

E como foi o ano novo de vocês? Acredita que não dormi até agora? Mortinha.
Beijos senhoritas e senhores.



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