Sakura está sonhando.

Ela se vira na cama e abraça o travesseiro.

No começo, o sonho é bom. Ela está recostada na parede de um dos corredores da escola conversando com Ino quando Itachi chega e engancha um braço em sua cintura. Eles sorriem um para o outro e ele a beija, ali mesmo, na frente de todo mundo. Beija-lhe a boca, os olhos e as bochechas. Ela sente os lábios macios e úmidos de Itachi sobre a pele e pensa que nenhum outro cara poderia beijá-la daquela maneira. Ele sussurra que ela tem cheiro de flor de cerejeira e ela ri baixinho, achando graça, deslizando as mãos pelas costas dele.

Mas então o sonho se transforma num pesadelo, porque ela faz aquela pergunta — “o que nós somos?” — e ele diz que NÃO, não são nada. E sai andando como se nunca a tivesse visto na vida.

Sakura acorda sobressaltada no meio da madrugada e sente vontade de chorar.

Oh, droga...

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Itachi também sonha.

Seu sonho é doce como açúcar e derrete na língua.

Oh, sim... Na ponta da língua que desliza sobre os lábios de Sakura e sobre os bicos de seus seios. O corpo dela é quente e macio, pálido, e estremece toda vez que ele a beija. Ela está gemendo baixinho, gemendo só pra ele, e aquilo o enlouquece. Ela murmura o seu nome quando ele toca-lhe o sexo molhado com as pontas dos dedos e abafa um grito quando ele a penetra. E, meu Deus, como ela é linda se contorcendo debaixo de seu corpo. Ele a aperta e a beija e a morde e ela pede mais. Então ele manda a ver e aquele é o melhor sexo da sua vida.

E quando percebe que o sonho acabou e que ele ainda está no escuro de seu quarto, o corpo todo suado e uma maldita ereção despontando debaixo das calças, Itachi afunda a cabeça no travesseiro e pragueja entre dentes.

Então o despertador toca e ele o faz em mil pedaços contra a parede.