Soluço: O Príncipe dos Dragões escrita por GMCASTRO


Capítulo 45
A Fuga....


Notas iniciais do capítulo

Não nada a declara..
*abra os braços e fecha os olhos*
Pode fazer qualquer coisa comigo, pois eu mereço.



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Querido Soluço...

Escrevo-te estas mal traçadas linhas, porque veio a saudade visitar meu coração. Espero que desculpes os meus erros por favor. Nas frases desta carta, que é uma prova de afeição. Talvez tu não a leias mas quem sabe até darás. Resposta imediata me chamando de meu bem, porém o que me importa é confessar-te uma vez mais.

Não sei amar na vida mais ninguém...

Trancar o dedo numa porta doí. Bater o queixo no chão doí. Doí morder a língua, cólica doí, doí torcer o tornozelo. Doí bater a cabeça na quina da mesa, carie doí, pedras nos rins também doí.

Mas o que mais doí é a saudade, ainda mais se for alguém que amamos.

Saudade é basicamente não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais longos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento. Não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ele está mais belo.

Eu não te vejo mas imagino suas expressões, sua voz, teu cheiro. Sua amizade me faz sonhar com um carinho, um caminhar, a luz da lua, a beira mar. Saudade este sentimento de vazio que me tira o sono me fazendo sentir num triste abandono, é amizade eu sei, será amor talvez... Só não quero perder sua amizade, está amizade...

Que me fortalece me enobrece por ter você.

É isso que sinto enquanto estive escrevendo e o que você (deveria), provavelmente, estar sentido agora depois que acabou de ler.

Quem inventou a distância nunca sofreu a dor de uma saudade!

 

De sua amiga,

Katla Walker II”

Ao terminar de ler, Soluço suspirou tristemente e se jogou na cama. Ele tinha recebido essa carta com o comerciante Johann que esteve em Berk, há duas semanas atrás. Fazia tempo que o mesmo não tinha notícias dela ou nuca a visitou, não sabia se ela está bem ou não. A última vez que a viu foi quando o seu segredo tinha sido revelado e ela teve que ajuda-lo a sair da ilha, embora ela não queria que Soluço fosse.

Ele se lembrava a cada momento que passou com ela junto com os amigos Nina e Lodin. Soluço sentia saudades deles.

Flash Black On.

Girando a lâmina do punhal entre seus dedos, Soluço entrou em posição de combate enquanto encarava a pessoa em sua frente que também ficou em posição de combate.

— Quando quiser começar, eu deixo! – falou a garota de cabelos negros.

O menino dos dragões sorriu de leve.

— Primeiro as damas – a menina deu de ombros e sorriu.

— Com prazer! – avançou em sua direção com o machado.

Nina, Lodin e seu filho, Rhuan, assistiam a pequena luta dos dois jovens. O jovem Strondus era o único que usava o punhal na luta, ele quase usou exclusivamente a lâmina na posição reverso, um estilo de combate que tinha sido bem sucedido. Ao contrário das outras lutas que tiveram com suas outras armas.

Por vários minutos, não houve nenhum vencedor. Soluço e Katla estavam descansando junto com seus amigos, comiam o lanche que a Nina tinha feito enquanto conversavam diversos assuntos.

— Hoje é um dia perfeito para um piquenique – disse Lodin antes de comer o pão.

O menino dragão concordou e olhou para sua amiga que estava limpando o rosto de Rhuan. Katla olhou para o mesmo e piscou um olho, voltando a se concentra em seu lanche.

As horas se passaram e chega à noite, todos estavam ao redor da fogueira. Nina cantava uma melodia que era acompanhada pelo violão de Lodin. Rhuan estava encostado no Banguela, que o mesmo comia os peixes enquanto Soluço e Katla só observavam tudo em silencio. A morena apoiava a sua cabeça no ombro dele.

Nina: Sua vida era curta

Mas você teve seu tempo para viver

E eu morava com você

Então meu coração estava quebrado

A morte afastou você de mim

E eu só podia chorar

Eu só podia chorar.

 

O gato de Freyja vive agora em um outro mundo

Mas quando ele estava aqui ele jogou como um gato terrestre

Ele arranhou as árvores e suas garras acariciaram meu rosto

E ele me ouvia quando eu tocava a flauta

 

O tempo não pode parar e não pode começar de novo

E você nunca mais voltará para casa

Você deve estar onde está

Você vive onde os guerreiros vivem e a glória é para você

E você vai esperar, vou morrer

Você vai esperar, eu vou morrer.

Assim que terminou, os amigos bateram palmas. Lodin deu um beijo na namorada que retribuiu, aos poucos, foram se preparando para dormir. O menino dos dragões pegou o cobertor e arrumou, chamou seu filho que correu até o mesmo. Deitou e logo dormiu, a criança estava muito cansada, assim como Soluço.

No meio da noite, Soluço tinha acordado com os passos de alguém. Ele olhou na direção que vinha o som, uma silhueta que parecia ser de mulher. Que caminhava para algum lugar, o menino dragão olhou para seus amigos e percebeu que faltava alguém, e esse alguém era a Katla.

— Katla? – chamou e nada. Ele levantou-se e quase acordou o seu Fúria da noite, seguiu em direção que a tal pessoa tinha ido. Quando chegou ao local em que a pessoa estava, viu a Katla que jogava uma pedrinha no lago.

— Oi, Soluço! Não consegui dormir? – perguntou sem olha-lo.

— Eu ia perguntar a mesma coisa, então... – ele pegou uma pedra e jogou no lago.

— Estou sem sono, só isso – falou jogando mais uma pedrinha.

— Sei... – ficaram em silencio, jogando pedrinhas até que a Katla suspirou.

— Soluço?

— Sim?

— O que você acha de mim? – ele olhou para mesma.

— Como?

— O que você acha de mim? Como você me vê? – perguntou olhando nos olhos dele.

Soluço não sabia o que falar para ela.

— Bem... – pensou um pouco – Você... é agradável, determinada, engraçada, tem jeito para ser líder e você é bonita – a menina corou e o menino dragão também.

— Você me acha bonita?

— E-Eu... sim – olhou nos olhos dela – Seu cabelo é negro como a escuridão, assim como seus olhos são duas pérolas negras incrivelmente lindas.

Katla sorriu e deu um beijo em sua bochecha, e depois o abraçou.

— Obrigado – Soluço retribuiu o abraço.

Flash Black Of.

— Pai? – Soluço saiu dos seus pensamentos e olhou para criança que estava com os fios de cabelos ruivos totalmente bagunçado, Rhuan tinha acabado de acorda – O que o senhor está fazendo? – perguntou enquanto subia na cama de seu pai.

— Estou lendo, mas por que está acordado a essa hora? – o pequeno se encolheu.

— Tive um pesadelo e também estou com frio... – o príncipe dos dragões sorriu, deixou a carta na mesinha ao lado da cama. Deitou na cama enquanto o pequeno ruivo se aconchegou nos cobertores de pele, mantendo-se protegido do frio que estava fazendo em Berk e ambos dormiram.

No dia seguinte, Astrid acordou cedo para seu treinamento matinal. Seus pais ainda estavam dormindo, a jovem guerreira pegou seu machado e uma maçã antes de sair. Caminhou em direção a floresta, Tempestade a seguia junto com seus pequenos filhotes.

O treinamento matinal da loira era nada mais e nada menos que arremessar o seu machado nos troncos das árvores. Assim que chegou, começou o seu treinamento. Tempestade a observava enquanto seus filhotes brincavam-se entre si. Astrid arremessava cada vez mais forte nos troncos, sem perceber que alguém se aproximava.

— Se continuar assim, daqui a pouco acabará acertando em alguém – a loira erra o alvo após de levar o susto. Ela olhou para atrás e viu a Heather junto com a Skyller, ambas estavam a encarando.

— Olha que vocês fizeram?! – disse enquanto se aproximava da árvore para pegar o seu machado – O que vocês estão fazendo aqui?

— Nada de mais, só estamos fazendo coisas de garotas. Quer participar? – respondeu e perguntou Skyller.

— Fazer o que, né? – Astrid deu de ombros, se juntou a elas e foram fazer coisas de garotas.

Pouco tempo depois, o trio estava conversando sobre umas das habilidades de batalha enquanto arremessava o machado. Podia ser outro tipo de assunto, porém, elas são vikings.

— Sabe, dois machados são melhores que um! – fala Astrid.

— Verdade, a senão que você tenha um desses... – Heather mostra o seu machado para meninas, antes de lançar.

— Você precisa me mostra como é que fez isso – Skyller concordou com a loira.

— Tá, mas prefiro combate a arremesso... – diz Heather pegando seu machado.

— Assim você pode olhar no olho do seu inimigo... – falou a irmã de Soluço.

— Uma boa tática, mas não desconsidere... – Astrid arremessa seu machado que passou ao lado de Heather.

— Hum, elemento surpresa... eu gostei! – Skyller sorriu.

— Uma das táticas preferidas de Soluço – murmurou a morena dos olhos verdes com um sorriso.

Skyller ouviu.

— Então, Heather... – a mesma a olhou – Você e o meu irmão são muito próximos, assim como, ele e a Astrid. Parece até vocês se conhecem.

Heather ficou um pouco nervosa. A Hofferson estava só observando a conversa das duas, a mesma estava curiosa.

— Bem, Soluço e eu somos só amigos... nada de mais! Ao contrário da Astrid... – a morena sorriu maliciosa para Hofferson, que corou ao perceber o que a mesma estava falando.

— É, tem razão! O meu irmão beija bem né, Astrid? – a ruiva sorriu maliciosa.

— Está ficando tarde, melhor irmos para nossas casas – disse a loira saindo enquanto ouvia as meninas gargalharem.

— x – x – x – x – x –

— Vamos pai! – Rhuan corria na frente junto com seu dragão enquanto seu pai o observava. Ambos estavam indo em direção a montanha de gelo, pois tinha uma surpresa para eles.

Eles entraram em umas das cavernas, a montanha de gelo era cheia de túneis. Rhuan segurou na mão do pai para não se perder (obviamente) e continuaram seu caminho. Assim que chegaram, Banguela estava os esperando perto da entrada.

“Oi, amigão! ”— Soluço cumprimentou, fazendo carinho na cabeça do dragão.

— Banguela! – o pequeno ruivo abraçou o mesmo – O papai disse que você tem uma surpresa para gente. O que é?

“Você não contou para ele? ”— perguntou Fúria da Noite.

“Achei melhor ele ver com os próprios olhos...”— ele deu de ombros.

“Pois bem, vamos! ”— Banguela os guiou, onde a sua companheira estava – “Eles vieram para ver os ovos”.

Sombra olhou para ambos, Soluço e Rhuan, antes de assenti com a cabeça.

“Claro, venham! ”— respondeu a mesma.

O menino dragão sorriu e chamou seu filho, que ainda estava curioso para saber o que é. Eles entraram calmamente no buraco e se aproximaram de Sombra que mostra os futuros Fúrias da Noite que ainda estavam sendo chocados.

— Eles vão ter filhotes de Fúria da Noite, papai! – Rhuan arregalou os olhos e em seguida, olhou para seu pai que sorria e voltou a olhar para os ovos.

Soluço olhou para seu amigo alado.

“Parabéns, papai! ”— Banguela sorriu sem dentes.

Enquanto isso, na ilha dos exilados. Katla estava em um calabouço, suas roupas se encontravam rasgadas e sujas com sangue. Ela encarava o chão sem expressão alguma, logo ouviu passos de alguém se aproximando e em seguida abrindo a porta do calabouço.

— Hora do rango! – diz o exilado jogando a comida no chão, a mesma nem se mexeu – Bora, coma!

— Não estou com fome...

— Não interessa se estar ou não, estou mandando você comer! – Katla o ignorou, deixando o mesmo irritado – Se não vai comer por bem, então vai comer por mal.

Ele pegou a comida e se aproximou da menina que estava segurando uma adaga escondida do mesmo. Quando o exilado colocou a sua mão no ombro da mesma, Katla rapidamente enfiou o objeto no pescoço dele que nem deu tempo para o mesmo reagir. Ela pega as chaves e a espada, sai da cela e vai à procura dos amigos. Olhou em cada cela sem ser percebida até achar um dos amigos.

— Lodin! Lodin! – chamou enquanto abria a porta.

Lodin estava acorrentado e cheio de hematomas pelo corpo. Suas roupas também estavam rasgadas e sujas, o mesmo abriu os olhos lentamente.

— Katla? O que você...

— Vamos, temos que achar a Nina e sair daqui! – falou ela tirando as correntes dele e o ajudou a ficar em pé.

Eles continuaram a andar silenciosamente e escondidos, ainda à procura de Nina.

— Onde será que ela está? – perguntou Lodin que agora conseguia andar sozinho.

Ambos ouviram os gritos e conheceram de quem era. Correram na direção dos gritos que os levaram para uma porta de madeira. Além dos gritos, também os mesmos ouviram duas vozes de homens.

— O que será que acontecendo? – perguntou Katla preocupada. Lodin não disse nada, pois não queria pensar em nenhuma hipótese. Ele pega a espada da mão de Katla e corre em direção a porta – Lodin, Não!

Tarde demais, o mesmo arromba a porta e vê os dois homens quase sem roupa com a sua amada, que estava com os pulsos amarrados em cada canto da cama e seminua. E isso o deixou muito furioso. Katla entrou e arregalou os olhos, Nina estava chorando.

— Katla, tira a Nina daqui. AGORA! – a morena fez o que pediu. Lodin encarava os dois exilados com muita fúria nos olhos – Vocês irão se arrepender!

Os exilados riram.

— E o que você vai fazer? – ele não fala nada, no entanto, seu sorriso deu a resposta.

Nina já estava vestida, mas ainda chorava enquanto a sua amiga tentava acalma-la. Ambas ouviram os passos, olharam na direção a porta e saí um certo loiro que estava mais sujo de sangue. O mesmo olhou para meninas, principalmente para sua namorada, se aproximou delas. Nina correu até o namorado e o abraçou.

— E agora, para onde vamos? – perguntou Lodin ainda abraçando a Nina. A morena pensou um pouco e com uma voz firme disse.

— Vamos para Berk! Pois, eles estão em perigo.


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Notas finais do capítulo

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