— Vamos daqui a pouco vai começar – disse uma criança que corria para arena junto com as outras.

Começa um novo dia em Berk, tinha se passado três meses após os acontecimentos. Muita coisa mudou na ilha, graças ao Soluço. A vida se tornou incrível para os moradores e também para os dragões que agora tinham estábulos maravilhosos, comida de graça à vontade, um serviço completo de lavagem e até um sistema de prevenção de incêndio, caso ocorrer. Durante esses meses, também foi criado um jogo a qual tanto humano quanto os dragões se divertem juntos que se chama....

— A Corrida de Dragões, em breve vai começar! – anunciou Stoico para multidão que gritavam animados.

Os pilotos, ou melhor, cavalheiros estavam se preparando e indo para suas posições. Astrid estava alimentando a sua Nadder Mortal quando o resto dos cavalheiros se aproximaram.

— Está preparada para perde, Astrid? – pergunta Cabeça Quente com um olhar e sorriso, desafiador.

— Acho que seria o contrário, Quente! – fala Astrid, sorrindo.

— É o que veremos! – ela deu uma piscadinha antes de ir para o local, onde seu irmão gêmeo e o dragão deles estavam – Até, Astrid!

A jovem Hofferson revirou os olhos e em seguida, olhou para o lado esquerdo. Soluço já tinha chegado e estava tentando fazer uma pintura em seu rosto, Banguela estava deitado enquanto observava o mesmo. Ele estava pintado com a cor vermelha que combinava com as suas escamas. Astrid sorriu e se aproximou deles.

— Soluço! – o mesmo se virou e sorriu – Precisa de uma ajuda? – apontou para tinta.

— Não, obrigado.

— Ah, me passe essa tinta! – o menino dragão suspirou e entregou para ela – Agora, fique parado para eu posar pintar – ele assentiu. Astrid fez duas linhas vermelhas nas bochechas dele – Pronto, um guerreiro.

Soluço riu até ser surpreendido por um beijo da Hofferson e arregalou os olhos.

— Boa Sorte! – ela se afasta, correndo e sorrindo. O jovem sorriu e foi até o amigo dragão que o olhava de um jeito, fazendo Soluço ficar constrangido.

Logo a corneta soou, anunciando a hora da corrida. A multidão exclamava em suas arquibancadas, alguns vikings faziam suas apostas. Todos os competidores estavam em suas posições, Heather também estava no jogo e estava ao lado de Soluço, assim como Astrid que também estava do lado do mesmo.

Rhuan observava tudo animado e estava sentado no colo de Valka. A irmã de Soluço, Skyller, também estava sentada ao lado da mãe pois a mesma ainda não tinha um dragão para competir, mas não estava triste por isso. O chefe de Berk levantou a mão e logo deu o sinal para que a corrida comece.

Rapidamente, os dragões juntos com seus cavalheiros dispararam. Soluço estava na frente sendo seguido pelos outros, ele e o Banguela ficaram atentos procurando as ovelhas. O jogo era assim: Cada cavalheiro tem a função de caçar as vinte ovelhas que estão espalhadas pela ilha, tem que traze-las de volta e coloca-las em suas respectivas cestas. As ovelhas brancas valem um ponto e a ovelha negra vale dez pontos. Quem consegui pegar mais ovelhas ganha.

Astrid e Heather estavam lado a lado, a morena de olhos verdes mandava um olhar desafiador para mesma que retribuía. Logo atrás os gêmeos que discutiam um com outro, Perna de Peixe que olhava para baixo procurando alguma ovelha e o Melequento. Sim, o jovem Jorgenson também estava participando na corrida.

Os vikings gritavam animados quando um dos cavalheiros marcava ponto. Perna de Peixe acha uma ovelha e quando se aproximou da mesma, Astrid rapidamente a pegou.

— Ei! Eu a vi primeiro! – fala ele, emburrado.

— Mas, agora é minha – Astrid rir antes de ir embora.

— “Essa garota é muito competitiva! ”— resmungou a Batatão.

Os gêmeos perseguiam o Soluço dentro da floresta enquanto desviavam das árvores, logo o menino dragão vê três ovelhas na frente e o mesmo pegou uma enquanto os Cabeças pegaram as outras.

Pouco a pouco as ovelhas eram achadas e colocada nas cestas, Perna de Peixe tem 4 pontos, Melequento e os gêmeos 3 pontos, Astrid e Heather também 4 pontos e o Soluço tem 2 pontos, logo restava a ovelha negra para terminar a corrida. O chefe de Berk olhou para o seu amigo (Bocão) e o mesmo entendeu.

— ÚLTIMA VOLTA!!!! – anunciou ele, fazendo um viking soar a corneta. Os cavalheiros de dragões ficaram atentos e aumentaram a velocidade, Soluço observava cada um deles sem perceber que a jovem Hofferson passou perto do mesmo.

Astrid olhou para trás, sorrindo. O menino dragão retribuiu sorriso antes de seguir na mesma direção que ela. Bocão estava na aldeia, segurando a ovelha negra enquanto puxava a catapulta. Ele ajeita a ovelha e diz.

— É seu grande momento! Faça um bom voo! – ele abaixa a alavanca e a ovelha negra é lançada para o alto.

Todos cavalheiros estavam indo na direção da ovelha, a jovem guerreira estava na frente dos outros.

— “Vou ganhar! Vou ganhar! ”— disse Tempestade animada. A mesma estica as patas para pegar a ovelha, porém um certo dragão negro a pegou primeiro – “Banguela! ”

— “Chegou tarde, espinhosa! ”— fala o mesmo. Soluço olhou para Hofferson, sorrindo e deu uma piscada.

A jovem loira balançou a cabeça com um sorrisinho no rosto. Heather se aproximou do menino dragão, eles se olharam e deram um sorriso. A morena tentava pegar a ovelha, mas o mesmo não facilitava. No entanto, já estava claro que o Strondus ganhou.

— FIM DE JOGO! SOLUÇO VENCEU! – grita Stoico, animado, assim como os moradores. Banguela fez uma cambalhota antes de soltar uns jatos de plama no céu.

Mais tarde, Soluço estava dentro do ninho enquanto observava o seu amigo dragão que estava com a sua companheira de vida. Rhuan estava brincando com os filhotes junto com uma amiga que fez na aldeia.

— Eles são fofos – diz a garotinha enquanto acariciava um pequeno Gronkle. O nome da menina se chama Rinda, ela tem 4 anos, cabelo preto e olhos cor de mel.

— É, eles são incríveis! Você quer ver um truque que meu pai me ensinou? – a pequena assentiu.

O menino dragão olhou para as crianças e resolveu desenhar aquele momento dos dois. Ele pegou o seu caderno e começou a desenhar. Heather se aproximou e sentou ao lado de Soluço que a olhou antes de voltar para o desenho.

— Pelo visto, alguém fez uma amiga não? – ele sorriu – Qual é o nome dela?

— Rinda, ela é a neta da Bera.

— A padeira? – Soluço assentiu. Eles ficaram conversando a tarde toda sobre qualquer assunto.

— x – x – x – x – x – x – x – x – x –

Uma terrível tempestade de verão devastava os mares que cercavam a pequena e gelada Ilha dos Exilados. Um vento sombrio uivava, sobrevoando as ondas selvagens e furiosas. Trovões irados estouravam no céu. Raios atingiam as águas.

Um homem grande e de cabelos negros, estava sentado em sua cadeira enquanto ouvia o barulho da chuva junto com gritos dos seus prisioneiros. Ele sorria, pois aquilo era como música para os seus ouvidos.

Logo, o mesmo se levantou e foi em direção ao local, onde os prisioneiros estavam. Katla só podia gritar de horror enquanto umas das pessoas de sua tribo sendo torturadas ou mortas pelos exilados. Seus amigos estavam presos nas paredes observando tudo, Nina chorava com a morte de seus pais. A filha do chefe, chorava e gritava ao ver seu pai com a cabeça decapitada.

Alvin se aproximou do homem morto e pegou a sua cabeça, caminhou até a jovem que estava de cabeça baixa. A mesma respirava com muita dificuldade após de ter sido torturada na água e de tanto gritar. O chefe dos exilados colocou a cabeça do morto na frente da garota e disse.

— Olhe para isso! Olhe para o seu querido papai, pois é isso que vai continuar acontecendo se você não colaborar. Então, me diz: onde ele está? – Alvin recebe um chute em sua cara, fazendo dar um passo para trás. Katla o olhou com a fúria nos olhos – Pelo visto, você está bancando a difícil. Vamos ver até quando você aguentara...

Alvin faz um gesto para um de seus homens que entenderam e foram cumprir.