Em Berk, todos estavam presentes para funeral de seus queridos parentes. Muitos saíram com ferimentos leves, alguns um pouco graves na batalha. Já outros não sobreviveram, mas deixaram a suas “honras” na batalha. Tudo estava sendo preparados, alguns vikings enfeitavam os barcos de seus parentes, bom nem todos. Valka caminhava pela praia de Berk, onde sempre ia com seu filho para esquecer os problemas, eles sempre se divertiam ali, brincavam de pula nas ondas, faziam competição de maior número de conchas e ficavam assistindo o pôr-do-sol.

Eram muitas lembranças boas que ela tinha dele. Lembranças que faziam a se senti mais triste com uma dor grande no coração. Valka olhava para o horizonte com pensamentos a mil, ela pega um colar, feito pelo Soluço, que deu no seu aniversário. Estava tão distraída, que não percebeu seu marido atrás dela, fazendo se assusta um pouco.

— Me desculpe! – diz ele colocando a sua mão no ombro da esposa.

— Tudo bem – diz ela voltando a olhar para horizonte – A culpa é toda minha – ela sussurra baixo e o Stoico ouve.

— Não querida, não é sua culpa! – diz ele e a mesma vira rapidamente com um olhar furioso.

— ENTÃO A CULPA É SUA!!! – ela grita com seu marido e o mesmo arregala os olhos espantados – SUA CULPA POR ELE TER SAIDO DE CASA! SE ELE NÃO ESTIVER SAIDO, ISSO NÃO TERIA ACONTECIDO! E EU NÃO ESTARIA DESSE JEITO!!! – ela chorava muito.

— Valka, eu... – ele tenta se aproxima dela, mas a mesma desvia.

— NÃO ME TOQUE!!! – ele fica parado e quieto, enquanto ela continua - ELE ERA SÓ UMA CRIANÇA! - ela chorava e soluçava – Uma criança diferente das outras, ele era especial. Você saberia se prestasse atenção.

Stoico se aproxima mais uma vez de Valka, mas ela desviava. Ele não desiste e tenta de novo, quando consegue, a mesma se debatia dando socos, mas não conseguia sair do abraço de seu marido. Sua esposa chorava, enquanto ele acariciava os cabelos longos dela.

— Me perdoe, eu sinto muito – ele suspira.

— Tudo que o Soluço queria era fazer você sentir orgulhoso dele – diz ela e continua – mas você sempre vinha com aquela cara de decepcionado – ela soluçava.

O pai de Soluço, não aguenta mais e chora. Ele começa se lembrar das coisas ruins, que disse e pensou do seu filho. O Soluço só queria que ele estivesse orgulhoso dele e isso doía muito nele.

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Soluço tinha que agradecer ao Nadder Mortal, que tinha trazido uma cama improvisada para ele. Ele tinha sido mostrado útil nos poucos meses em que estava lá. Ele sorriu para mais um dia inesquecível, que por mais estranho que fosse, ele tinha chegado a gostar mais seus olhos de dragão. Passam-se três meses, e ele estava adaptado com os dragões. Eles consideravam-no parte da família, assim como ele. Estava saindo da caverna, onde agora era sua pequena casa, quando um som bater de asas chamou sua atenção. Soluço sorriu para o Pula-nuvem, que acaba de chegar com algo em suas garras. O dragão olhou para o menino que se aproximava.

— “O que você tem aí, Pula-nuvem? ” — perguntou Soluço em dragonês.

Sua voz chamou atenção do Rei branco, que olhou para o Pula-nuvem com um suspiro.

— “O que você trouxe agora? ” — perguntou o Rei branco. Ele entendeu que o Pula-nuvem era um jovem dragão, mas é sério a criatura parecia ter talento especial para encontrar animais abandonados e trazendo-os de volta para o ninho.

— “Um filhote de Fúria da Noite! ” — disse Pula-nuvem definido o pequeno dragão para baixo. O Rei branco rugiu.

— “Fúria da Noite?!” — ele olhou ao redor e para seus súditos – “Você traz um filhote de Fúria da Noite aqui? Você sabe que os pais dele são maior proteção aos dragões! ”.

— “Eu sei meu rei! ” — respondeu Pula-nuvem curvando-se - “Eu o vi com atenção por horas. Eu sei que os pais ficam se reservando, guardando seus filhotes. E mesmo que houvesse, ele não teria sido deixado sozinho”.

— “Você tem certeza disso? ” — o Rei branco questiona.

Enquanto eles conversando, Soluço estava curioso sobre o recém-chegado. Todos assistiram o pequeno dragão desenrolar-se e olha para o menino. Soluço lentamente se aproxima do pequeno dragão e estende sua pequena mão para toca-lo, ele nunca tinha visto um de seu próprio tamanho antes. Um riso irrompeu dele, como o filhote começou acaricia-lo em sua mão.

— “Estou certo, meu rei! ” — disse o Pula-nuvem olhando a partir da cena da ligação dos dois – “Eu não teria trazido de outra forma”.

— “Ele pode ficar! ” — o Rei branco respondeu se estabelecendo de volta – “Tanto ele quanto o filhote humano parecem gostar um do outro depois de tudo”— o Pula-nuvem sentou-se vendo os dois iniciarem a conversa.

— “Oi sou Soluço”— disse o menino, enquanto acariciava a cabeça do dragão – “Eu nunca vi um dragão como você antes. Apesar da sua coloração...é Fúria da Noite? Eu só ouvi sobre vocês...um mestre dos céus, você será assim”.

Pula-nuvem viu quando o dragão enrolar-se em torno de Soluço e o mesmo rir.

— “Ainda não sei qual é seu nome”— disse o Soluço olhando pro Fúria da Noite.

— “Eu não tenho nome”— disse o pequeno dragão – “Nem vi os meus pais, quando nasci”— disse o dragão triste.

— “Me desculpe! ”— disse Soluço e fica pensando – “Que tal eu te dá um nome? ”— pergunta o menino.

O Fúria da Noite sorrir mostrando seu sorriso sem dentes. Soluço ficou confuso.

— “Banguela? Eu achei que todos outros filhotes de dragão têm dentes”— até que o dragão mostra seus dentes e fez o garoto se assusta um pouco, mas depois percebeu o que eram - “retrateis?! Isso é incrível! ”— disse ele e já sabia que nome daria – “Banguela! ”.

— “O que? ”— disse o Fúria da Noite confuso.

— “Seu nome”— disse Soluço – “Banguela, posso chama assim? ”— pergunta ele e o dragão fica pensando até do nada, ele pula em cima do Soluço e começa lambe-lo – “vou considera como um sim”.

Eles sorriam e foram brincar juntos. O Pula-nuvem sabia que naquele momento, que Soluço e o Banguela seriam os melhores amigos.