I've Got You Under My Skin escrita por iara


Capítulo 8
Ciumenta, eu?!


Notas iniciais do capítulo

Eu não sou ciumenta! Tá, só um pouquinho...
Capítulo novo, lindo e maravilhoso pra vocês!
"Aninha, por que você não demora mais pra postar?" "Porque eu sou trouxa!"
Boa leitura!



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Sabe aqueles domingos preguiçosos, quando tudo o que você quer fazer é dormir? Pois é, eu estava num desses.

— Vamos treinar hoje? – Charles perguntou, enquanto fazia chá.

— Esse era o plano... Mas eu estou com uma preguiça... – me espreguicei no sofá e ele riu.

— Você parece uma gata se esticando. – tentou me imitar, mas quase caiu no chão. Rá!

— Bem observado, Sherlock. – fiz uma careta. – E além do mais, está chovendo lá fora, não é?

— Na verdade... – deu uma olhada pela janelinha da cozinha. – Está nevando.

— O quê?!

Saí em disparada para a porta, sem ligar se tudo o que eu vestia era um short e uma camiseta fina. Eu PRECISAVA ver aquilo. Não me decepcionei; uma camada branca cobria toda a rua. Que mágico!

— Isso é neve! De verdade!

— Nunca tinha visto? – ele apareceu do meu lado.

— Sim, mas há muito tempo atrás. Isso é tão legal! – sim, eu parecia uma criancinha. E daí? – Nós podemos fazer bonecos, e organizarmos uma guerra de bolas de neve...

— Ei, me tira dessa! Está muito frio, e...

— Deixa de frescura! Vamos!

Comecei a puxá-lo em direção à entrada e ele cedeu. Fiz uma bola e arremessei na sua cabeça.

— Essa não valeu! Eu estava de costas! – o gelo se espalhou por seu cabelo todo!

— Valeu sim! Quero ver você me acertar.

Foi muito divertido! No final, nós nem sabíamos quem havia ganhado. Estava sentindo frio, mas nem ligava. Aquele momento era especial, e nada poderia estragá-lo.

Quer dizer, a não ser por ela. Sim, vocês sabem quem é.

Uma limusine estacionou em frente a casa, e estranhei que um carro daquele porte conseguisse entrar na ruela. A primeira coisa que vi foi uma perna e um scapin. Depois, cabelos loiros e longos apareceram. Tirou os óculos escuros e sorriu.

— Emma, querida! É tão bom vê-la novamente! – me abraçou com delicadeza, e senti o cheiro do seu perfume sufocante. – Não vai me apresentar ao seu amigo?

— Esse é Charles. – fingi não reparar na forma como ela disse amigo. Nesse jogo, duas podem jogar. – Charles, essa é Afrodite.

— Ah... Hm... Aham. – ele gaguejou. E lá vamos nós...

— Querido, é um prazer conhecê-lo. – ao contrário do que fez comigo, ela quase o sufocou no abraço. Levantei uma sobrancelha, cética. – Você é tão fofo!

— Afrodite, acho que ele já entendeu. Será que podemos entrar?

Os dois se sentaram no sofá, enquanto eu me servia de chá. Estreitei os olhos para a deusa, mas ela se contentou me dar um sorriso completamente branco. O que ela planejava?

— Meus amores, por mais que eu desejasse passar mais tempo com vocês, eu apenas vim deixar um recado rápido.

— Pois não? – queria que fosse embora logo; não sabia que tipo de influência ela poderia ter em Charles.

— Apolo disse que nós, deuses, não passávamos muito tempo com nossos filhos, e que seria uma boa ideia organizarmos uma festa de Natal no Olimpo com todos os semideuses. Zeus aceitou a sugestão. Então... – bateu palmas como uma criancinha. – Teremos uma festa! Vai ser tão divertido! Vocês estão convidados!

— A galera do acampamento também vai estar lá? – finalmente uma boa notícia!

— Sim! Será maravilhoso! Não se esqueçam, na véspera de Natal, no Empire State. Se vocês não forem, eu mesma mato os dois, viu? – se levantou e jogou o cabelo para o lado. – Foi muito bom vê-los. Agora, eu tenho que ir. Até mais, pombinhos!

Foi até a porta e saiu. Aquele filho de Hefesto besta continuava em transe, e sacudi uma mão na frente de seu rosto. Nada. Sendo mais prática, enchi uma xícara com água e derramei na sua cabeça. Ele se levantou rapidamente, resmungando.

— Ei! Você adora fazer isso comigo, né?! Malvada!

— Só estou tentando ajudar. – ri de sua careta. – E então, o que achou da deusa do amor?

— Ahn... Hm... Ela parece ser... Legal. – só em sonhos!

— Só parece. Deve estar planejando alguma coisa agora mesmo!

— Não acho que ela nos faria nenhum mal... É tão gentil, e doce, e o seu perfume... Ai! – bati nele com força. – Por que fez isso?

— Estou tentando te tirar do transe. Agora, vamos. – fui em direção a porta dos fundos.

— O vai fazer?

— Já que eu consegui me levantar do sofá... Vamos treinar.

— Tudo bem, professora. Você que manda!

E fomos juntos para o quintal para mais um treinamento.

.

— Professora? Me explica uma coisa?

— Claro, meu aluno favorito. – apertei suas bochechas, e ele fez uma careta. – O que deseja saber?

— Me diz, se você não gosta de mim...

— Não sentimos atração um pelo outro. – corrigi.

— Tá, isso. Então por que você ficou com ciúmes?

— Quê?! Andou bebendo, Charles?! – gritei. Eu? Com ciúmes? Rá! Impossível!

— Estou muito sóbrio, obrigado por perguntar. – assentiu com a cabeça. – É sério. Você não pareceu nem um pouco feliz com Afrodite.

— Porque ela está tentando nos juntar! Sabe o que somos pra ela? Apenas mais uma diversão, um passatempo! Você quer isso?

— Acho que não...

— Exato! Temos que ser fortes!

Ele me olhou como se eu fosse uma louca. Ora, não era apenas um delírio meu! Da última vez que vi Afrodite tão determinada, acabei namorando David. E eu me recusava a passar por tudo aquilo novamente!

À noite, recebi uma ligação de Íris.

— Bella, é tão bom te ver! – minha irmã estava no chalé, aparentemente vazio.

— Também é bom te ver, Emm. E aí, quais são as novidades? – e deu um sorrisinho malicioso. – Como vai seu relacionamento com Charles?

— Ele simplesmente não vai, pois não existe! – ela começou a rir de mim. Ei, isso não era engraçado! – Para com isso!

— E vocês foram convidados para a festa de Natal? Todo o acampamento vai estar lá.

— Sim, Afrodite nos convidou. Bem, nos obrigou seria mais exato. Parece que vai ser bem legal.

— Sem dúvidas! O chalé de Dionísio está louco! Quer dizer, mais do que o comum...

— Mas, me conte... Alguma coisa nova sobre David? – não podia contar minha curiosidade. Sim, eu sou uma ex-namorada meio perseguidora, mas e daí?

— Hm... Emma. Acho que você não vai querer saber... – fez uma careta. – Sério. Não vai mudar sua vida.

— É claro que eu quero saber! Me conte! O que aconteceu? – como sempre, já fui pensando no pior. – Ele se afogou no mar? Foi morto por um filho de Ares? Teve seu coração acertado por uma flecha?

— Pior... Assumiu o namoro com a Alice. – golpe baixo! Ruivinho miserável!

— Não pode ser! Mas nós só terminamos há uma semana!

— Eu sei, eu sei. Pensa assim, eles se merecem. São uns dois imprestáveis!

— É, mas eu fico ofendida! Aquela garota nem mesmo tem os olhos de uma cor especial... Que droga!

— É, é verdade. Mas você supera. Tenho certeza que vários caras adorariam ficar com você.

— Isso mesmo! Eu sou linda, maravilhosa e talentosa! Todos os garotos babam aos meus pés! – de repente a porta do sótão se abriu, e Charles apareceu. – Ah, oi.

— Oi. Está falando sozinha? – perguntou.

— Não, minha irmã ligou para mim. – mostrei a ligação de Íris, e os seus olhos brilharam.

— Isso é... Incrível. – ele começou a analisar melhor a imagem, e Bella sorriu.

— Então esse é o tão famoso Charles. Prazer em conhecê-lo.

— Oi, irmã-da-Emma.

— Nossa, você o subestima, hein? Emm, não sei como resiste a ele...

— Bella! Cala a boca! – eu sabia que ela não estava atraída por ele, mas isso era vergonhoso!

— Ora, acho ótimo que você tenha chegado aqui. Vamos conversar um pouco, como vai a vida? – acabei com a conexão com um aceno frenético de mãos.

— Do que ela estava falando? – ele perguntou, meio confuso.

— Nada não.

E passei a noite em claro, imaginando vestidos e salões de baile.


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Notas finais do capítulo

Meus leitores lindos e maravilhosos, saibam que eu amo vocês! Continuem comentando, vocês fazem meu dia mais feliz! Beijos!!



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