I've Got You Under My Skin escrita por iara


Capítulo 5
E o meu bronzeado?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Aqui estou eu de novo!
Esse capítulo é meio doido, mas vocês vão gostar!
Boa leitura!



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— Ei, o que é isso?! – Charles apontou pra mim, os olhos arregalados.

— O quê? Tem alguma coisa no meu cabelo? – por favor que não seja uma aranha, por favor que não seja uma aranha...

— Não! Que roupa é essa?

— O que tem de errado com minha roupa? – dei uma olhada em mim mesma. – É confortável.

— Shorts e camisa... No outono? Está frio lá fora! – gesticulou para a janela. – Me diz uma coisa... Como você aguenta usar isso?

— Não estou com frio. E além do mais, nunca chove no acampamento. Nem neva.

— Isso explica o seu bronzeado de surfista. – estreitou os olhos. – Que está saindo, aliás.

— O quê? – fui na cozinha e peguei uma colher. Ao examinar meu rosto, vi que estava ficando mais pálida. Oh, não! – Argh, que raiva! Será que o sol não vai aparecer?

— Provavelmente não. Estamos perto do inverno...

— Talvez se eu rezasse pro meu pai... – como era mesmo aquele haicai em homenagem a Apolo?

— Pra quê tanto drama? É só um bronzeado.

— É, mas aí minha pele vai ficar pálida e vai dar pra ver minhas sardas, e...

— Você tem sardas? Que... Adorável. – ele sorriu.

Apertou minhas bochechas como se eu fosse uma criança, e fiz uma careta. Charles riu, se despediu e saiu. Enquanto comia meu café da manhã, dei uma checada no calendário. Puxa, já estávamos em dezembro? Isso significa...

— Natal! – gritei sozinha, como uma maluca.

Querido leitor, deixe-me explicar. Eu simplesmente adoro o Natal. Não há data mais linda, mais apaixonante, mais divertida que o dia 25 de dezembro. Até mesmo os filhos de Ares paravam de brigar nesse dia... Por algumas horas, pelo menos.

Corri para o sótão, procurando uma árvore entre as milhares de caixas. Achei de tudo, até mesmo umas cuecas antigas (tinha até uma do Batman!), mas só isso. Nem uma mísera meia de lareira. NADA.

Que tipo de pessoa não comemora o Natal? Tinha que dar um jeito naquilo, mas como? Eu não sabia andar pela cidade. Poderia me perder, e estava chovendo. Desanimada, me sentei no chão empoeirado. E então, tive uma ideia.

— Ah, se eu conhecesse alguém... Uma pessoa legal e gentil que pudesse me levar pra conhecer Nova York... Seria tão bom.

— Opa, me chamou?

Claro, quem mais poderia ser? Apolo surgiu do nada, e parecia estar meio deslocado. Afinal, tênis dourados não combinam com poeira. Sorriu pra mim e tirou os óculos.

— Oi pai.

— Oi Emma! Como vai? – estendeu a mão para me ajudar a levantar.

— Estou bem. – dei um abraço nele. – Obrigada por vir.

— Sem problemas. Acho que passo pouco tempo com meus filhos... – parecia estar falando sozinho, e resolvi não incomodar. – Quando foi a última vez que fui ao acampamento? Hm...

Desci a escada que levava para o corredor do segundo andar e ele me seguiu, ainda pensativo. Vesti minha jaqueta que ficou na sala e abri a porta. O vento forte bateu na minha cara e eu estremeci. Talvez o short não fosse uma boa opção no fim das contas.

Na frente da casa, um carro deslumbrante brilhava. Como Apolo no sótão, ele também parecia deslocado na rua antiga e suja. Assim que entrei nele, fiquei feliz em sentir o calor. Será que se eu ficasse um bom tempo lá dentro meu bronzeado voltaria?

— E então, para onde vamos?

— Para algum lugar que venda árvores de Natal.

— Uou, Natal! Eu adoro o Natal! – fez uma pausa novamente, e voltou a pensar. – Acho que tem algum haicai sobre isso...

— Não lembro. Só conheço um sobre o ano-novo... Serve?

— Não... Que pena. – mas logo ficou animado. – Ei, eu sei um lugar onde vende pinheiros! Podemos ir lá agora!

Virou a chave, e o carro começou a flutuar. Voamos pelo céu de Nova York, e eu pude até mesmo ver o Central Park! Depois de alguns minutos fomos descendo, até estacionarmos em frente a uma loja.

— É aqui. Será que eles tem enfeites também?

— Vamos descobrir. – abri a porta e saí no frio da rua. Ainda chovia muito, e isso piorou meu humor significantemente.

Fomos atendidos por uma senhora, que nos mostrou vários pinheiros. Eu me apaixonei por um gigante, que era um pouco maior que meu pai. Nossa, seria super divertido decorá-la! Poderíamos colocar uma estrela em cima, e...

— Mas é grande demais, não vai dar na sala. – falei para o meu pai, que também gostou da árvore.

— Ah, é. – fez uma careta. – Vamos procurar mais.

Achamos um outro, ou pouco menos. Não era tão bonito, mas ainda dava pro gasto. Descobrimos que lá também vendia outras decorações de Natal (“Eu sabia!”), e compramos várias coisas, inclusive uma meia de doces.

— E vocês tem uma lareira?

— Ahn... Não. Mas a gente coloca na porta. – dei de ombros.

Eles iriam fazer a entrega pela tarde, e nós saímos da loja. A chuva parou, mais ainda ventava bastante. Pedi para tomar um sorvete, mas meu pai franziu a testa.

— O que foi? – perguntei.

— Sorvete? Mas está frio!

— E desde quando isso me impede de tomar sorvete?

Apolo pareceu concordar e tomamos sorvetes juntos. Depois me deixou em casa e fiquei assustada quando vi as horas. O tempo voou! Guardei as sacolas de enfeites no sótão e fui assistir TV enquanto comia uma pizza que encontrei na geladeira.

— Ei, Emma! – Charles me cumprimentou, chegando em casa. Mas já?!

— Oi. – acenei pra ele. – Como foi o seu dia?

— Entediante. E o seu?

— Bem, eu saí. – falei, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Saiu? Mas você não conhece Nova York!

— Pedi ajuda para o meu pai. – ele fez uma cara de “Ahh, entendi”.

— E o que fez? – sorriu. – Deixa eu adivinhar... Foi numa clínica de bronzeamento?

— Rá rá, muito engraçado. Não. Eu fui comprar uma árvore de Natal.

— Pra quê?

— Pra decorar! – ele fez uma careta. – Que foi? Você não comemora o Natal?

— Ahn... Não.

— Por quê?

— É uma data feita para esquentar a economia e aumentar o consumismo. É um roubo!

— Não é verdade! É o dia de estar com a família e amigos, e ser grato a todas as coisas boas que te cercam. É especial!

— Você acabou de descrever o dia de Ação de Graças. – ele riu.

— Argh! Você não entende! Essa é uma data muito especial pra mim, e você não vai estragar isso! – de repente, a campainha tocou.

— Quem deve ser?

— Provavelmente os entregadores. Nossa árvore chegou.

— Não vou comemorar o Natal. – ele parecia uma criança fazendo birra.

— Veremos. – e fui abrir a porta.


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Notas finais do capítulo

Só pra avisar, o próximo capítulo vai ser muito fofo. Muito.
Para os que shippam Charles&Emma, vai ser ótimo.
Será que eu mereço reviews?
Beijos!!



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