I've Got You Under My Skin escrita por iara


Capítulo 11
Vamos dançar?


Notas iniciais do capítulo

Não resisti, tive que postar!
Espero que gostem, pois escrevi com muito amor!
Boa leitura!



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— E então? Para onde vamos? – perguntei, depois de alguns passos.

— Surpresa. Feche os olhos. – fiz o que Hermes pediu, e senti suas mãos nas minhas. Hm... Isso é bom. Depois de um segundo, falou comigo de novo. – Pode abrir.

Estávamos em um salão enorme, tipo aqueles da Disney. Era tudo lindo e brilhante. Tinha janelas enormes, e dava pra ver a lua. Pelo calor, imaginei que havíamos saído da cidade. Isso era um sonho.

— Nossa, eu... Estou sem palavras.

— É legal, né? Descobri esse lugar alguns dias atrás. Venha, vamos tirar esse blazer. – deixei que ele me ajudasse, e meu ego inflou quando percebi que ficou surpreso ao ver o vestido. Claro, o que é bonito deve ser visto. – Devo dizer, eu adorei o que está vestindo.

— Obrigada. Também está bonito de terno. Só é difícil imaginar o Deus das corridas sem tênis de corrida.

— Bem, aqui estou eu, sem tênis de corrida e sem bolsa de carteiro. – ele riu, e andamos juntos. Chegamos até uma escadaria gigante e nos sentamos nos degraus. – Sabe, eu me esqueci de um detalhe.

— É mesmo? – que detalhe? Tudo estava perfeito!

— Sabe, esse lugar não tem mesas, nem cadeiras... Está desapontada?

— Por que ficaria? O importante é que temos a companhia um do outro. E além do mais... Sempre há uma última cartada.

— E qual é? – parecia achar graça de mim, mas não de um jeito ruim. Gostei disso.

— Dançar. Nós sempre podemos dançar, e esse lugar parece perfeito.

Para demonstrar minha teoria, o peguei pela mão e fomos para o centro do salão. Hermes pegou minha cintura e me segurou contra o seu corpo. Como isso era diferente de um certo garoto de cabelo bagunçado...

— E agora? Não temos música! – isso nunca seria um problema para os filhos de Apolo!

— Ora, eu posso dar um jeito nisso! – comecei a cantarolar uma melodia, e nós rodamos felizes. Parecíamos malucos, mas estávamos alegres. – Viu, eu disse que não era problema.

— Você é realmente surpreendente. Mas, e se eu fizesse... Isso!

Ele deu um passo em falso propositalmente, e caímos no chão. Meu vestido subiu um pouco, mas tentei concertá-lo rapidamente. Por sorte, fui rápida o suficiente. Eu teria uma conversinha com Afrodite mais tarde.

— Ei! Você me derrubou! – falei, tentando parecer revoltada. Acho que Hermes pensou que eu estava falando sério, pois franziu a testa.

— Está zangada comigo?

— Eu... – fiz uma pausa dramática e sorri. Ele era tão ingênuo... – Claro que não! Só estou curtindo com sua cara!

— Rá, você acha que pode enganar um trapaceiro? – se levantou e estendeu a mão para me ajudar. – Eu também te enganei, bobinha.

Estalando os dedos, várias mesas apareceram. Claro, ele era um Deus. Como fui estúpida! Mas ele não estava rindo de mim, não nesse sentido. Era mais como se estivesse se divertindo com a situação toda.

Nos sentamos nas cadeiras, e ele bateu as mãos. E uma melodia começou, bem calma.

— Parabéns, me passou a perna direitinho. – eu ri. – Às vezes eu esqueço que você é um Deus.

— Vou encarar isso como um elogio. – deu aquele sorriso lindo novamente. Puxa, eu adorava aquilo... – E então, o que quer comer?

— Bem... Eu não sei se deveria falar. – parecia uma criança, envergonhada porque roubou um doce da geladeira. – É infantil.

— Ah, fala pra mim! Por favor!

— Tá, mas prometa que não vai rir de mim. – ele assentiu com a cabeça, ansioso. – Apesar de tudo, eu sempre prefiro comer...

— Pizza de calabresa. – nós falamos juntos, e eu ri de nós dois. Isso é sério?

— Você também gosta? – eu perguntei.

— Sim! Pensei que era meio idiota da minha parte, mas agora vejo que não sou o único.

— Não mesmo. Eu adoro! – falei, achando graça daquela coincidência.

— Já que é assim... – estalou os dedos novamente, e uma caixa de pizza apareceu na mesa. – Vamos comer!

Ficamos rindo um do outro, e me segurei para não roubar o último pedaço; eu poderia fazer isso depois com Charles. De repente, um tango começou a tocar. Esse tipo de dança não fazia meu tipo; era sensual demais. Porém, Hermes mandou um olhar diferente pra mim. Ops.

— Dança comigo. – saiu da cadeira e pegou minha mão. Tinha outra opção a não ser segui-lo?

— Acho melhor não. Não sei se é uma boa ideia...

— Vamos! Você sabe dançar essa música, nem adianta dizer que não. – fez uma carinha de cachorro abandonado. Era impossível resistir! – Por favor!

— Tá, tudo bem! Mas você tem que prometer que vai me levar pra casa quando terminar.

— Mas ainda é cedo!

— Já viu as horas? – apontei para o relógio que ficava acima das escadas. – Viu? Já são 22h.

— O tempo voou, não é mesmo? – fez uma pausa, pensando melhor. – Tá, tudo bem. Eu te levo pra casa. Mas só depois da dança.

Mais uma vez, ele segurou minha cintura contra seu corpo. Eu realmente poderia me acostumar com isso. Pus uma mão em seu ombro, e entrelacei meus dedos nos dele com a outra. Fitei aqueles olhos claros como água, e não desviei.

O que posso dizer? Nossa sincronização era perfeita. Deslizávamos pelo salão, concentrados. De vez em quando, eu reprimia um suspiro quando tocava minhas coxas (mais uma vez, que vestido é esse?!), ou quando eu podia sentir cada centímetro do corpo dele contra o meu. Como disse, sensual demais.

Mas não é que eu estava gostando?

A melodia terminou, e nossa posição não era nem um pouco favorável para mim; ele segurava meu joelho direito ao lado de seu quadril (a fenda deixava minha coxa completamente descoberta), e minhas mãos estavam contra seu peito. Eu até podia sentir os músculos se contraindo debaixo dos dedos. Uou.

Foi abaixando minha perna lentamente, como se estivesse saindo de um transe. Eu simplesmente não conseguia desviar os olhos, e fiquei viajando naquela imensidão. Meus Deuses, o que foi isso?

— Eu... Eu acho que tenho que ir pra casa. – falei, gaguejando. Se recomponha, Emma!

— Eu te levo. – fez o meu blazer aparecer, e me ajudou a vestir. – Feche os olhos.

Senti um vento frio, e soube que havíamos voltado. Nossa, aquilo era como acordar de um sonho. Demos alguns passos em direção à casinha espremida entre dois prédios. As luzes estavam apagadas, o que significava que Charles ainda não havia voltado. Ufa!

— Obrigada pela noite. – agradeci, quando paramos em frente a porta. – Foi incrível.

— Eu que agradeço. Faz muito tempo que não me divirto tanto. Podemos fazer isso de novo?

— Claro, é só me chamar. – sorri. – Bem, eu tenho que entrar. A gente se vê depois?

— Sim, a gente se vê.

Virei para abrir a porta, e uma mão me puxou de volta. Quase caí, desajeitada, mas Hermes me segurou no último momento. Nossos rostos estavam muito próximos, e eu até pensei em me distanciar. Só pensei.

— Tão linda... – murmurou.

E então, colou seus lábios nos meus.


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Notas finais do capítulo

Que lindo!
E aí, gostaram? Se ficou muito chato, me avisem!
Amo os reviews que vocês me mandam! Continuem assim!
Beijos!!



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