E sentado sobre uma rocha o Uzumaki deixava seu olhar se perder no longincuo horizonte, onde aos poucos os primeiros raios de sol surgiam. Raiando o espaço de um cálido amarelo à um flamejante alaranjado. As brisas iam e vinham, sem destino, parecendo se conectarem por enlaces de um abraços infinito.

E os sonhos da floresta acordavam se mostrando em plena paz, ouvia o canto dos pássaros que saíam em revoada sobrevivendo por seu instinto. E as águas daquele lago pouco a sua esquerda pareciam intocadas, cristalinas, puras.

—É magnífico não acha?-Interrogou o Uzumaki percebendo a presença de alguém que se aproximava em silêncio.

—Do que está falando? E como sabia que eu estava me aproximando?-Falou a pessoa que o observava, a voz feminina, bela.

—Senti o seu cheiro. Perfume de flores silvestres não é, Tayuya?-Falou o jovem virando-se para a ruiva, este notou que não havia rispidez na voz da mesma.

—Ah. Sim, isso mesmo. Mas do que é que estava falando?-Indagou.

—Eu estava falando do mundo, aquele que não desbravamos, tudo é tão natural. Os animais e plantas, agem com perfeita harmonia, sintonia. Sem destruir nada, um sempre ajudando o outro. O nascer do sol que transforma a noite em dia e as estrelas que sempre retornam às seis da tarde.-Continuou o Uzumaki se colocando de pé.

—Não tenho tempo pra isso seu babaca!-Gritou a rubra fazendi bico.

Naruto apenas olhou para baixo e deu um sorriso.

—Eu entendo toda a sua frustração, não existem muitas kunoichis que façam frente aos homens. Deve ser dificil ter crescido entre eles e ter de provar o seu valor todos os dias. Mas, Tayuya...existe muito mais do que um mundo shinobi. A vida é curta, mesmo que as vezes pareça se estender por um milênio, ela um dia termina. Viva cada minuto como se fosse o ultimo da sua vida, sem se preocupar com o amanhã, afinal ele só ao criador pertence. Você é uma mulher forte e adimiravel, mas também é uma mulher linda. Seja mais você, e esqueça esse personagem ficticio que criou.-Ensinou o Uzumaki passando então por Tayuya, voltando para o castelo da aldeia do som.

A ruiva se viu pela primeira vez sem ter o que dizer.

—E...Tayuya!-Chamou o loiro e a garota o olhou virando-se para ele._Eu...sinto muito.

A ruiva se viu então paralisada, aquelas palavras poderiam não fazer sentido para outras pessoas mais para ela...aquilo era de fato "tudo".

Flash Back on:

A porta de correr se abriu e passou pir ela uma linda garotinha. Esta de cabelos vermelhos como framboezas, e olhos negros. ela usava uma touca de gatinho e um vestido de seda amarelo florido. A mesma adentrou correndo a casa com uma folha de papel nas nãos.

—Papai, Mamãe!-Chamou a menina.

"Estamos na cozinha Tayuya"

Foi a resposta que a menina ouviu e então passou pela sala e chegou enfim a cozinha. E lá estavam seus pais.

—O que foi filha? Porque todo esse alvoroço?-Interrogou o pai, um homem de aparentes trinta anos trajando uma tunica verde com fauxas vermelhas na cintura, cabelos vermelhos em um tom pouco mais escuro que os de sua filha. Em suas costas se via o simbolo do clã Uzumaki.

—A Aoi-sensei avaliou meu desenho como o melhor da sala, e disse que eu tenho futuro como artista!-Contou a garotinha mostrando seu desenho ao pai.

O meu analisou a folha vendo nela a perfeita imagem de uma flor de lótus rosa.

—Mya de uma olhada no desenho de nossa filha.-Pediu o homem a sua esposa que estava secando a louça mais que então deixou de lado seus afazeres para
prestigiar o desenho da filha.

—Olha só, você tem o traço da sua bisavó, Yumi (mãe de Mito Uzumaki).-Falou a mulher com um sorriso belo. A mesma tinha belos contornos nos olhos, os seus de uma linda cor azul real, trajava um vestido branco e um havental, em suas costas estava o simbolo do clã Uzumaki. Seus cabelos de um tom vermelho sangue, bem longos chegando-lhe até pouco mais abaixo das nadegas.

—A vovó era artista?-Perguntou Tayuya com um brilho no olhar.

—Ela era uma grande pintora do país do redemoinho. E era mãe da primeira jinchurick da Kyuubi, Mito Uzumaki. Foi também a sua avó que determinou a avacuação de Uzugakuri antes da vinda dos shinobi de kumo.-Contou o pai da menina.

—Mas eu pensei que todos haviam sido mortos papai.-Indagou a menina confusa.

—Conte direito a ela Juzoi.-Pediu Mya.

—Filha na verdade sua bisavó agrupou os anciões Uzumaki e conseguiu convence-los de que todos deveriam abandonar a vila e então para que não fossemos mais perseguidos os anciões usaram uma tecnica shinobi lendária chamada Duplicata corpórion. Gerando assim clones reais que morreriam em nosso lugar. A diferença é que esses clones não se desfazem, e têm até mesmo sangue. Depois da queda do país do redemoinho o lider da vila, Hashiow Uzumaki decidiu que o clã deveria se disseminar por todas as nações e continente pra que assim não houvessem mais perseguições.-Terminou Juzoi.

—E porque eram tão perseguidos?-Inqueliu menina começando a entender.

—Por causa de nossa prosperidade e nosso forte chakra; as nações ninja temiam nosso poder. Então resolveram nos eliminar. Mas, esse tipo de assunto não é pra você. Agora, vá la fora brincar enquanto eu e sua mãe preparamos o almoço.-Pediu o homem e então a menina pegou seu desenho com a mãe e saiu pela porta da cozinha.

Havia um balanço, e alguns outros brinquedos no quintal da familia e a menina amava aquilo.

—Juzoi, não acha melhor irmos embora para o pais dos ursos, ou para o país da geada talvez? Minha irmã mora lá, e se o que seu primo disse for verdade os ninjas de Kumogakuri podem estar vindo para essa vila.-Questionou Mya parecebdo preocupada.

—Não Mya, essa vila, essa casa, nossos amigos. Esse agora é o nosso lar. Se os ninjas de kumo vierem para cá eu os convencerei de que somos apenas aldeões, afinal eu e você não somos shinobi.-Respondeu o ruivo de olhos negros.

—Mas, e Tayuya, eles...eles podem querer machuca-la!-Lembrou a mulher com os olhos marejados.

—Eu darei minha vida para protege-la. Nossa filha é a esperança de libertação, não só para nós dois, mas também para todo o clã Uzumaki. Mya, eu...-Ia dizendo o homem porém foi interrimpido.

"AAAAAAAH!"

Foi o que os pais ouviram, um grito de sua filha e então saíram desesperados para o quintal onde viram pouco a frente de Tayuya um grupo de cinco shinobis da aldeia da nuvem.

Mya abraçou a menina e Juzoi se colocou entre elas e o grupo de ninjas.

—Ora, ora, nem foi tão dificil assim fazer os ratos sairem da toca, Kira-A-sama irá nos promover por levar a cabeça de vocês!-Falou o lider do quinteto brandindo sua espada de lâmina vermelha, o mesmo tinha uma cicatriz na face, com formato de w, usava uma tunica negra e o colete de uma alça branco, tipico dos shinobi de Kumo.

Seus subordinados usavam trajes samurai e mascaras de gás.

—Por favor, não nos façam mal, não somos shinobi, apenas aldeões.-Tentou Juzoi, mas então sua tunica verde tingiu-se de vermelho ao perceber a espada rubra transpassada em seu peito._Cof, cof, cof! Fujam...

Essas foram as últimas palavras do ruivo e então o lider do bando retirou sua espada do peito do mesmo que caiu ao chão já sem vida.

Mya saiu correndo com Tayuya em seus braços.

—Onde pensa que vai vadia!-Falou o homem de cicatriz puxando Mya pelos cabelos a fazendo cair de costas para o chão e então o mesmo chutou Tayuya no rosto a jogando de costas para a parede da casa. A mesma ficou muoto zonza._Acho que você eu posso aproveitar um pouco, não é rapazes?-Sugeriu o homem de pele morena.

Tayuya foi obrigada a ver aqueles cinco homens estuprarem sua mãe de depois a espancarem até a morte. E ela nada pode fazer para ajudar.

Ao terminarem o ato covarde e abominável o moreno se voltou para Tayuya.

—Sua mãe deu para o gasto, mas você é muito nova, acho que vou arrancar sua cabeça e dar para os coiotes!-Inqueliu o homem com crueldade se ajoelhando na frente da menina.

—Desgraçado!-Gritou a menina e então cuspiu no rosto do mesmo.

—Ai, ai! Você não deveria ter feito isso sua filha da puta!-Falou o moreno dando uma gargalhada, limpando o cuspe da menina e novamente sacando sua espada.

O mesmo apontou a lâmina para o pescoço da menina.

—MORRA!-Gritou o homem já fazendo menção de um corte mutilador, mas foi então que uma lâmina arrancou o braço do mesmo com precisão cirurgica._AAAAAAAH!-Urrou de dor. O moreno olhou para os lados e então se deparou com os corpos de seus subordinados todos ensanguentados._Filho da puta! Quem e você, apareça!

—Eu sou Orochimaru! Um dos três sennin lendários!-Disse o homem de pele pálida e olhos animalescos de serpente aparecendo atrás do moreno e com um golpe fatal de sua espada kusanagi arrancando-lhe a cabeça.

Tayuya ficou impressionada com a habilidade do homem, mas alguns segundos depois, a mesma perdeu a conciencia. Quando acordou estava deitada no jardim do castelo da vila do som, sua carbeça apoiada sobre uma almofada.

Ela sentiu certo desconforto na cabeça e então notou que havia um curativo na parte de tras da mesma. Se colocou sentada e percebeu que já era quase noite. Ao olhar para frente viu o homem que a salvou, o mesmo usava um kimono beje e cordas lilás na cintura, a frente dele estavam dois túmulos novos. E neles haviam lápides de pedra com o simbolo do clã Uzumaki.

—Papai, Mamãe! Não!-Gritou a menina entregando-se ao pranto, e assim chamando a atenção do shinobi alto de longos cabelos negros.

—Hey garotinha! Não fique assim, seus pais morreram como heróis, para salva-la. Diga-me, qual o seu nome?-Perguntou o homem acalmando a menina.

—Me...chamo....T-Tayuya...Tayuya Uzumaki.-Respondeu a menina entre choro e soluços.

—Não se preocupe com nada, agora eu cuidarei de você Tayuya-hime!-Terminou o homem abraçando carinhosamente a criança.

Flash back off.

—"Orochimaru-sama sempre cuidou de mim, e me fez forte. Mas agora vejo que ele queria que eu vivesse como mulher, não só como uma shinobi. Só não entendo: Como Naruto sabia disso? O senhor Orochimaru deve ter contado a ele, e se isso aconteceu, foi porque ele deve ter passado por coisas tão ruins quanto ou até piores do que pelas que passei. Vou tentar ser mais gentil com ele."-Falou a garota em pensamentos voltando ao seu estado presente e seguindo pelo mesmo caminho que o Uzumaki fazia para voltar ao castelo._Ele é diferente!-Concluiu apressando o passo para alcança-lo.