Tony Stark não tem filhos! escrita por Helena Van Houten


Capítulo 6
Como um verdadeiro herói.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, queridos. Digamos que depois de alguns incidentes emocionais eu entrei em bloqueio e atrasei dois dias. Mas okay.
Dedico esse capítulo a todos que comentaram o último capítulo e aos lindos e lindas que estão acompanhando e que já comentaram. Entre eles, meu querido marido (zuera, gente) Davi. Ele me deu força nesses dias e se não fosse ele a me tirar da bad, o capítulo não seria entregue hoje. Obrigada, querido.
No mais, boa leitura.



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Bernard sentia todo seu corpo doer. Ainda estava na mesma posição que Kilian o jogou. Sabia que não estava sozinho, pois o perfume irritante do loiro era facilmente identificado.

– Que bom que acordou, filho. - sua voz era de puro deboche.

– Não sou seu filho, idiota! - se contorceu na cama, logo percebendo que Kilian abriu as algemas.

Bernard achou que era bondade demais, então Kilian o algemou mais uma vez, agora os pulsos na cabeceira baixa daquela minúscula cama. Isso o assustou.

– E quem é seu pai? Tony Stark? - se sentou na cama ao lado dele.

– A verdade é que se ele quiser ser meu pai, eu ficarei satisfeito. Tony Stark pelo menos me tratou melhor do que você, seu irresponsável! Eu te odeio, Aldrich!

Mais uma vez o loiro sorriu. Ele olhou para trás e mandou que os capangas saíssem do quarto. Logo estava mais perto de Bernard, com a mão e que seu joelho, por cima da calça de moletom que ele usava. Houve mais um sobressalto. O garoto tentou recuar, mas Kilian não queria isso.

– Fique longe de mim, seu idiota. - seus olhos começaram a marejar.

– Dessa vez você não vai fugir, filhinho...

Bernard começou a espernear e a recuar das mãos do loiro, que parecia ir em direção ao cós de sua calça.

– Não! Pare agora! Pare com isso! - seus gritos eram de puro horror.

– Está ouvindo, Tony?! Imagine o que estou fazendo com ele...

Do lado de lá, Tony tentava rastrear a ligação. Mas nada dava certo. Ele sem se importar com mais nada, permitiu que as lágrimas caíssem. E se Bernard... Não! Não podia pensar em nada disso. Kilian desligou antes que ele respondesse.

– Calma, filho. Nem vai doer muito... mentira, vai sim. E creia que eu farei bem devagar. - ele sussurrou próximo ao rosto do menino.

Bernard começou a sentir uma forte dor entre as costelas. Era seu coração batendo mais forte que o normal. Sentia que sua cabeça iria explodir, mas isso não o impediu de tentar escapar das mãos do maldito que tentava tocá-lo tão intimamente.

Antes que Kilian tirasse a peça, a porta é aberta com desespero. Dois homens entram, como se soubessem o que Kilian iria fazer. Eles inventam uma desculpa qualquer e Kilian se irrita, desistindo do que faria.

Os homens olharam com pena para o menino ali. Principalmente porque ele estava com o rosto molhado das lágrimas e do suor e algumas partes de si estavam avermelhadas, indicando que ele se descontrolou e o extremis se manifestou.

A porta de fechou. Bernard estava enfim só. Pelo menos mais seguro.

– Não demore Tony, por favor... Venha me buscar e seja meu pai.

Ele choramingou, ainda tremendo de medo.

[...]

Tony estava sem rumo. Tentava a todo custo rastrear o menino, mas parecia impossível. Estaria ele em Nova Iorque? De tão distraído que estava, acabou se aproximando demais da pista, o que provocou uma batida contra uma carreta. Caiu fora dela.

Tony optou por continuar ali. Já era quase noite. Bom, ele estava sob cárcere de Kilian a três dias. Como encontraria Bernard? O que Aldrich estaria fazendo? Então se lembrou de algo peculiar, Aldrich não levaria Bernard para algum lugar na cidade deles dois. Sem dúvida estariam no mesmo lugar...

Os pensamentos do moreno foram interrompidos por uma ligação.

– Olhe só, Tony! Veja a ponte principal.

Era a voz de Kilian. Tony não sabia de quê ele estava falando, então pediu que Sexta Feira o ajudasse ainda mais. Ela procurou resultados de acidentes ou coisas estranhas nas pontes de cidade.

A ponte de Williamsburg é uma ponte pênsil em Nova York que passa através do East River e liga o Lower East Side de Manhattan, na Delancey Street, com o bairro de Williamsburg no Brooklyn a Broadway, perto da Brooklyn-Queens Expressway. Kilian estava lá com Bernard. Uma das mais importantes e movimentadas pontes de Manhattan.

O moreno seguiu em direção a ponte, no caminho pediu a Furry que mandasse os vingadores para lá.

Quando chegou, viu algo de partir qualquer coração. Bernard estava suspendo na ponte. Ele estava amarrado com as duas mãos em cada lado, assim como os pés. A mesma maneira como o presidente havia sido preso. Viu que a ponte estava interditada e que haviam ali vários soldados e homens aparentemente comuns.

Chamou a legião de ferro também, logo chegaram.

– Seu maldito!

Tony já chegou dando um belo golpe em Kilian, que caiu rindo. Então ele fez sinal com a mão e Tony pôde ouvir um grito de garoto. A perna esquerda de Bernard havia sido solta.

– Pirralho! - Tony tentou içar do chão, mas Kilian agarrou nele, queimando os circuitos das pernas. Ele caiu.

– Vem cá, Tony.

Kilian aqueceu consideravelmente, e direcionou fogo a Tony. Por sorte estava com a armadura, mesmo que danificada pelo extremo calor. Outros com assinatura de calor muito alta se aproximaram de Tony, "fritando" a armadura.

Ele estava tentando levantar, mas o valor comprometeu o sistema de vôo. Mas, as mãos ainda funcionavam. Tony usou a esquerda para derrubar Kilian, o jogando longe. Em seguida, usou os propulsores das duas mãos contra alguns mais que avançaram contra si.

Outro grito de Bernard. Isso foi programado para o distrair. Quando Tony olhou para cima, todos pularam em cima dele, arrancando e queimando peças da armadura.

– Furry! Cadê vocês?

Gritou, tentando sair dali. E então é ajudado. Um escudo de vibranium bate contra dois à sua frente. E logo vê dois de seu lado caindo com flechas de choque.

– Bem vindos à noite, amigos.

Tony completou, dando uma cotovelada em um último que lhe importunava.

A pequena nave em cima deles era governada por Natasha, Pietro desceu em seguida. Os outros vingadores ficaram.

Antes que Tony reclamasse Sexta Feira, algumas armaduras chegam.

– Olá, filhas.

Então ele envia algumas para cikacima dos muitos super dotados ali e entra em outra. Os vingadores já estavam em batalha.

– Tá faltando um esquentadinho aqui. - deu um tiro em dois que vinham em sua direção.

Antes de raciocinar melhor, é atingido pro uma barra de ferro. Sim, caiu da parte superior da ponte. Mais uma vez se pergunta como Kilian subiu lá.

– Olhe só pra ele, Tony.

E ateou fogo nas cordas que sustentavam o menino. Por sorte estavam um pouco molhadas pelos ventos úmidos e a leve garoa de mais cedo, daquela noite. Bernard gritou pelo nome do Homem de Ferro, mostrando seu total desespero.

Tony foi na direção do menino, mas antes que isso acontecesse, Aldrich pula em cima dele. O loiro pôs as mãos na cabeça da armadura, queimando e apertando. Logo Tony estava suando ali dentro, ao mesmo tempo que empurrava o homem. Era impossível. Agora a armadura perdia altitude.

– Natasha, ajuda aqui!

– Não posso. Se eu atirar daqui seu garoto e a ponte vão para os ares. - disse, quase culpada.

E então, num rápido movimento de Tony, Kilian começou a escorregar. O Homem de Ferro aproveitou essa deixa para dar um tiro certeiro entre as costelas dele, atingindo o coração. Kilian riu, antes de cerrar os olhos definitivamente.

– Consegui. Ele está morto! - comemorou baixo, antes de ver que o buraco no meio do peito de Kilian estava expandindo.

– Vocês estão vendo isso? - Clint pergunta. Os soldados estavam no chão, gritando de dor.

Logo começaram a emitir uma luz vermelha, gritando ainda mais. Explosão.

Tony voltou o olhar para Kilian. Mesmo morto ele emitia o calor insuportável. E então Tony o soltou, gritando para os amigos correrem.

– Tony! - a corda que segurava Bernard estava rompendo.

E então a primeira explosão destrói as armaduras, o que indicava que não seriam elas a segurar o pequeno Hansen. Os vingadores corriam numa rapidez desconhecida, já que Pietro os ajudava.

Segunda explosão.

Essa fez a ponte tremer, fazendo Bernard cair.

Tony não podia segurá-lo, pois de qualquer maneira as explosões iriam o ferir. E agora? Se o impedisse de cair, o veria morrer queimado em seus braços. Então ele fez o que qualquer um faria. Deu as costas.

Quando estava a uma boa distância, deu ordem que a armadura o envolvesse. E assim se deu. Bernard foi, não só segurado, como levado para longe dali antes que as outras explosões o matasse.

E então ele gritou mais uma vez. Um grito diferente. Ele viu Tony caindo, no mesmo instante que a ponte é literalmente desintegrada por explosões contínuas. Já não via o moreno que acabara de lhe salvar. Em lágrimas, e desespero, chamou por seu...

– PAI!

E foi nesse momento, que triste, Sexta Feira o deixou dentro da nave. Natasha logo a tirou dali, evitando maiores danos.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaria muito de saber as opiniões de vocês sobre o capítulo.
No mais, beijinhos e até o próximo.



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