Our Games escrita por Magicath


Capítulo 19
Capítulo 19 — Uma morte ácida


Notas iniciais do capítulo

Foi pesado escrever esse aqui...

Há altos índices de violência nesse capítulo. Até eu fiquei meio estática quando fui revisar...
HASUDHUA Parece que eu to botando medo, mas só quero que ninguém fique chocado demais a ponto de querer me estrangular.

QUERIA MUITO AGRADECER A MARAVILHOSA TRIZ, POR SER UMA LEITORA TÃO LINDA, QUE NUNCA ME ABANDONOU E QUE AMA OUR GAMES TANTO QUANTO EU (eu acho). Só não dedico esse capítulo pra você, porque acho que ele não é muito... agradável para ser dedicado a alguém JASSJSUDHSAU



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XIX

Uma morte ácida

 

Minha consciência retorna aos poucos. Primeiro escuto vozes ao meu redor, depois sinto a dor de cabeça, minhas mãos formigando. Eu sinto que estou livre, que eles não me amarraram. Mesmo assim, não ouso me mexer nem abrir os olhos, pois estou ciente de onde me encontro. Tento mexer apenas meus dedos para ver se continuo paralisada. Eles formigam e parecem pesados, mas respondem ao comando.

As vozes vão ficando mais claras. São várias delas se misturando em uma discussão, até que consigo ouvir parte de uma conversa.

— Tá, mas e agora Matt? — uma das garotas diz. Eu reconheço a voz irritante de Saphire.

— Eu não sei, droga! — o carreirista esbraveja. — O plano todo foi por água a baixo por causa daquela costureira imprestável. Eu sabia não podíamos confiar nela!

— Sim, seu plano foi frustrado, grande novidade. Só que vai mesmo deixar esse peso morto aqui com a gente? — Saphire indaga, agora com um tom mais baixo. Parecem estar conversando em particular — É só matar ela e pronto, depois pegamos o outro.

— Não é preciso fazer nada. O garoto vai voltar correndo para ela e acabar caindo direto nas nossas mãos.

— Esperar esse tempo todo para enfim mata-los?

— Sim!

— Não é mais fácil adiantar logo isso?

Matt solta um grunhido de raiva.

— Por todos os distritos de Panem, cale a boca! Apenas siga o combinado, que merda. Eu não consigo pensar com essa sua voz irritante.

Ouço alguém, provavelmente Saphire, bufar enquanto Matt provavelmente se afasta daquele local caótico.

— Ele se sente ameaçado pela garota e quer mostrar provar o contrário — outro tributo diz, um tanto baixo. É uma voz estranhamente fanha.

— O que você disse? — Matt volta para a conversa. Claramente o outro carreirista não falou baixo o suficiente.

— Eu disse... — o garoto fanho começa novamente, mas Matt o interrompe.

— Cale a boca, Náutilo, antes que eu faça você calar.

— Quero ver tentar — provoca o tal Náutilo.

Uma agitação ocorre no local e mais gritos são proferidos. Imagino Matt partindo pra cima de Náutilo, que deduzo ser o carreirista do quatro por ter o nome de uma espécie de molusco. Permito-me abrir um pouco o olho para enxergar o que está acontecendo. Saphire contém Matt. O maluco empurra a garota, pedindo que ela o solte.

— Pare com isso Matt! Você está insuportável — ela reclama.

— Ei canalha, a sua queridinha acordou — a garota do um que eu não vi ao meu lado informa, interrompendo a briga. Eu abro os olhos, assustando-me com sua aparição repentina. — E parece que ela estava ouvindo a conversa de vocês há um longo tempo.

A carreirista, de cabeça praticamente inteira raspada, limpa sua adaga com um pano roxo. Parte dele está manchado de sangue e nem pretendo imaginar de quem seja. O resto dos carreiristas me encara como se eu fosse algo raro e sinistro.

Matt está no meio deles, de braços cruzados e sem aquele típico sorriso dele. Surpreende-me ver que o casaco dele está amarrado na cintura e ele usa apenas a camiseta que deixa seus braços a mostra. E ele nem sequer está com os lábios azuis, a pele pálida como a minha; está até corado. Parece ser imune ao frio.

Se bem que a fogueira montada em frente à cornucópia deve ajudar.

Então o sorriso surge. Aquele sorriso estranho e nojento de encarar. Matt se aproxima e fico contente ao não ver uma arma em suas mãos. Contudo, a felicidade dura pouco e ele toma das mãos da garota do um a sua adaga. Quando ele a coloca próxima do meu rosto, não baixo o olhar ou dou uma espiadela na arma, mesmo que eu queira.

— Há quanto tempo não nos vemos, não é mesmo? — Matt mal abre a boca e as merdas começam a sair. — Sentiu saudades?

Sem pensar, como de costume, bufo e reviro os olhos. Saphire solta uma risada, debochando da cara de Matt.

— Qual é Larissa, não vai nem nos dar um ‘oi’? — o carreirista insiste.

Meu olhar transmite puro ódio. Um ódio mais forte que suas ameaças, que me faz ficar firme no meu lugar enquanto o encaro sem temor. Permaneço quieta, sem fazer questão de lhe dar uma resposta.

— Tudo bem, se não gosta de brincadeiras então não vamos brincar — Matt declara e se levanta. — Heather.

A adaga rodopia no ar e passa da mão de Matt para Heather, a garota do distrito 1, rapidamente. Ela agarra meu cabelo com brutalidade e faz com que eu me levante, prendendo meus braços trás do corpo. Não preciso baixar o olhar para perceber a lamina pressionada contra o meu pescoço.

Mesmo com o coração batendo forte contra o peito, sei que não devo temer. Pelo que ouvi do próprio Matt, eles não irão me matar até que tenham Chris por perto. Mas isso não o impede de me machucar seriamente…

— Não pense que pouparemos sua vida só porque o seu amigo está vivo. Eu posso mudar de ideia a qualquer momento, então é bom colaborar — Matt ameaça. Seguro a saliva dentro da boca, porque qualquer movimento que minha garganta faça pode interferir na pressão que a faca exerce. Adeus Lara, olá morte.

— Para onde você mandou seu amiguinho ir, hein? — ele me interroga. Eu riria de sua estupidez se não estivesse fazendo meu joguinho de surda-muda. Nem eu mesma sei para onde Chris foi... — Vamos, me diga, eu sei que vocês planejaram alguma coisa.

Não respondo, parte porque não quero parte porque a adaga contra minha garganta me faz temer uma tentativa de fala.

— Qual o seu problema, a Capital cortou sua língua? — Matt avança e fica muito próximo de mim. Viro o rosto e me desvencilho de suas mãos repugnantes que tentam me tocar.

— Otário — eu digo, cuspindo as palavras. — Você acha que pode manipular todo mun…

Com um sinal de cabeça, Matt pede para Heather me largar. Assim que o faz, recebo um soco no estomago, tirando-me todo o ar.

— Você não presta — ele insulta. — Não precisamos que você responda. Ele vai aparecer por aqui.

— E porque acha isso? — pergunto. Eu já deveria ter fechado a boca, mas não é assim que as coisas funcionam pra mim.

É claro que eu sei a resposta. É claro que eu sei que os idealizadores estão esperando por esse momento, o dinheiro das apostas circula loucamente pela Capital no momento. Porém, eu só queria uma chance de fazê-lo calar a boca.

— Você vai ver. É só esperar. — Matt se vira, como se o líder a conduzir o grupo, mesmo sem ter lugar para ir. — Amarrem ela.

*

Observá-los lutar não era a coisa agradável do mundo, mas depois de tanto tempo sem nada para fazer, isso passa a ser meu passatempo interessante. Só o tilintar das laminas se chocando era meio irritante.

O brilho da fogueira serve de luz para o campo de batalha falso. Matt luta agora com sua companheira de distrito. Descobri que ele é capaz de usar qualquer tipo de arma. A espada é sua prioridade, as outras são somente habilidades extras. Saphire usa os Sai, as duas coisas que parecem garfos de três pontas, sendo a do meio maior que a das laterais e estas um tanto curvadas nas pontas. Ela é rápida, os manuseia com destreza e agilidade, como se nem pesassem em seus braços. As armas têm uma ótima utilidade como defesa e nem quero imaginar a sensação de ser perfurado por essa coisa mortífera.

Quando um deles erra um movimento e o oponente vai dar o golpe final, eles apenas encenam. Todas as vezes eu penso que eles vão realmente machucar um ao outro, mas nada acontece. E eu não entendo; eles podem se matar a qualquer momento, só que não fazem isso. Esse deve ser o fato mais interessante, pois eles não sabem qual deles será o vencedor e isso torna a luta muito mais… legal? Para mim, não parece um adjetivo adequado, mas para eles, que são carreiristas, deve ser perfeito. Afinal, a luta final, na maioria das vezes, sempre é deles.

O único que não lutava era o carreirista do um, Tiberius, o grandão que vi no estande de alquimia no Centro de Treinamento. Ele tinha um cinturão de facas e só. Mas o seu jeito recluso e seu tamanho extremamente monstruoso não o deixavam menos ameaçador. Talvez ele queira mascarar sua real força, quieto em seu canto, apenas ele e seus pensamentos. Ele parecia ser o mais apto a ganhar os jogos. Se não fosse uma concorrente, apostaria nele.

Fui deixada em um canto da cornucópia; minha existência, banida de suas mentes. Eu era mais uma tralha para acumular na pilha de suprimentos. Ocasionalmente eles colocam alguém para me vigiar, mas nem prestam a atenção até que eu me mova. Eles sabem que eu não farei nada. As vezes penso em fazer alguma coisa como tentar desamarrar as cordas só para ver se ligavam, mas ficar sentada em meu canto em silencio parecia melhor do que interromper a brincadeira.

O garoto-polvo, Náutilo, é quem me vigia no momento. Ele está concentrado no pacote de doce que está saboreando. Minha barriga ronca quando o observo, cobiçando desesperadamente o pacote. De vez enquanto olha para mim e se exibe jogando jujubas para cima e as pegando com a boca.

Reviro os olhos. Se pudesse, lhe mostraria meu dedo médio como insulto ou jogaria algo nele. Ele é o mais irritante dos seis, é teimoso e insuportável. Ele implicava com todo mundo e fazia brincadeiras completamente sem graça, sempre rindo delas sozinho. Queria poder enfiar o saco plástico e fazê-lo engasgar…

Acho que ele é tão idiota que nem deve saber que o próprio nome é uma espécie de cefalópode.

É uma pena que não podem me enviar dádivas. Elas seriam recolhidas pelos carreiristas e eu ficaria sem nada. Talvez a Capital já tenha em mente qual é o destino de Chris, mas espero mesmo que os patrocinadores estejam torcendo por nós nesse momento e estejam nos ajudando. Porque agora minha vida está nas mãos dos carreiristas e é Chris a peça que decide se eu morro ou não.

Estamos apenas adiando o inevitável. E o pior, é que o espetáculo que Matt tanto espera, está próximo de acontecer.

Observando o garoto-polvo comer as jujubas vermelhas, lembro-me de um detalhe muito importante. Uma ideia se acende na minha cabeça e brilha mais intensa que o fogo. Dias atrás, antes de todas as catástrofes possíveis acontecerem conosco, encontrei umas frutinhas venenosas e as coloquei no bolso. Só não tenho certeza de que estão comigo ainda...

Dou uma chacoalhada em meu corpo. Uma pequena bolinha cai no chão. Ela está tão brilhante que parece que foi polida. Eu pensei que as frutas estariam podres e murchas, mas estão em perfeito estado. Do jeito que estavam quando as encontrei. E frutas que permanecem em perfeito estado fora de seus cachos por tanto tempo não podem ser consideradas normais.

Contorço-me mais ainda a fim de fazer as cerejas caírem do meu bolso. O carreirista nota meus movimentos e interrompe seu relacionamento com o saco de balas.

— Ei, o que pensa que está fazendo? — diz ele, caminhando em minha direção.

Finjo fazer um esforço para tentar pegar um dos frutinhos do chão antes que ele me alcance. Náutilo chega antes mesmo que eu possa relar meus dedos na superfície lisa da casca.

— Oh, você estava tentando comer isso aqui? ­— ele zomba, pegando uma dar cerejas e quase esfregando na minha cara. — Que pena.

Fico contente quando meu plano — ou só o pretexto dele — funciona. O garoto, movido por sua estupidez, joga uma das frutinhas para cima e a pega com a boca, assim como estava fazendo com as jujubas. Procuro esconder minha expressão de felicidade e fazer uma cara de decepção ao vê-lo engolir o pequeno fruto. Eu o olho com uma cara de puro desinteresse, como quem não quer nada.

É só uma questão de tempo até tudo dentro dele começar a queimar.

Então acontece. Ele larga o restante das cerejas no chão e coloca a mão sobre a barriga, perto da região do estomago. Ele tenta gritar, mas um líquido escuro e viscoso sai de sua boca, escorrendo pelo queixo como uma cascata e manchando todo o casaco branco. Seu olhar de desespero clama por minha ajuda, mas não sou capaz de me mover. A sensação é estranha. Um sentimento apático, mas com uma pitada de culpa que me faz quase querer vomitar.

O canhão dele toca assim que a vida se esvai de seu corpo que pende em direção ao solo e cai como um saco de batatas.

Eu fiz isso.

Eu matei um carreirista. Eu o enganei e o fiz sofrer. Eu o matei, matei alguém de tinha uma vida, que tem familiares esperando por ele. Embora ele fosse um idiota, eu não tinha esse direito. A sua vida foi tirada por mim...

Esse é o preço da sobrevivência com o qual terei que conviver pelo resto da vida se vencer. Eu o matei. Vou ter que sobreviver com esse peso nas minhas costas pelo restante de minha vida.

— O que…? — começa uma das carreiristas, confusa.

— Um a menos — diz, provavelmente, Matt.

— Gente... — Heather murmura, olhando diretamente para mim e para o garoto morto. — É o Nau!

Os outros carreiristas notam o ocorrido e se aproximam do corpo inerte do menino. Eles o viram e posso vê-lo ensopado de sangue, com os olhos abertos arregalados de terror. Não há ferimento externo causado pelas cerejas. Contudo, algumas pelotas continuam na palma de sua mão e espelhadas pelo chão.

Eu estou completamente estática, não consigo esboçar uma reação. O seu corpo está muito perto, seus olhos esbugalhados me encaram dizendo “a culpa é sua”.

— Não tem ferimentos — Tiberius analisa. — Talvez tenha sido envenenado.

Heather percebe imediatamente minha reação. Seu olhar me analisa, julgando-me. Ela sabe, ela sabe que fui eu.

— Foi você! — Ela aponta me acusando. — Eu vi você falando com ele antes do canhão tocar!

Dessa vez, todos os carreiristas me olham.

— Sua vaca… — Heather me insulta, ameaçando vir em minha direção. A única coisa que a impede é a mão de Matt bloqueando o caminho. Ele se aproxima, mas sem aquele olhar malicioso. Totalmente inexpressivo. Pela primeira vez lembro de seu olhar sombrio, esbanjando o desejo de morte, naquele dia do elevador.

Eu nunca senti tanto medo na minha vida.

Antes que eu possa me proteger, as costas de sua mão atingem meu rosto com força, provocando uma ardência insuportável.

— Se você acha que pode fazer isso — Matt diz, segurando-me pelo casaco, deixando-me bem próxima do seu hálito horrível —, está muito enganada.

Ele me joga bruscamente contra a pilha de suprimentos. Meu corpo se choca com algumas caixas e mochilas. Por sorte, não há armas por perto. Por azar, não há nada macio o suficiente para amortecer a queda das coisas sobre mim. Além disso, meus braços atados atrás das costas recebem a maior parte do impacto.

Os chutes vêm logo depois. Sinto a ponta de sua bota atingindo minhas costelas e em seguida meu estomago, não me dando tempo para respirar ou protestar. Eu arfo e grito de dor toda vez que ele me atinge. Lágrimas escorrem pelo meu rosto.

O pior não é a dor das pancadas. O pior são as lembranças que cada uma traz, os hematomas e cicatrizes emocionais que cada chute e cada soco que recebo no momento resgata do passado. Do homem que deveria me ensinar a lutar contra isso, do homem que eu deveria chamar de pai, mas que nunca foi realmente um para mim.

Sangue e lágrimas se misturam na neve. As dores na costela se intensificam e sinto dificuldade de respirar. Se Matt não parar com isso, poderei morrer agora mesmo.

Como ele mesmo disse, ele poderia mudar de ideia a qualquer momento. E eu botei mais lenha na fogueira.

Rolo mais uma vez pela neve. Algo quente esquenta o lado esquerdo do meu rosto. A fogueira está ao meu lado, muito próxima. Morrer queimada é um dos meus piores pesadelos.

— Pare por favor! — eu imploro para ele em meio aos soluços. Sei que é isso que ele quer, sei que meus gritos e meu choro o fazem estremecer de prazer. Mas o prazer de machucar e matar alguém deve ser muito mais gratificante para ele.

— Pode continuar implorando — Matt diz, agora exibindo seu sorriso maníaco. — É música ara meus ouvidos.

Seus olhos não são normais. Eles não focam, estão cheios de ódio e desejos impulsivos, tem a cor do sangue no escuro. Ele não pensa, ele apenas age de acordo com seu instinto. Ele é um monstro, um bestante criado pela Capital. Uma peça essencial no jogo deles.

Com umas das mãos, ele agarra meu pescoço, imobilizando-me; com a outra, retira uma faca do cinto. Eu choro, soluço e esperneio, mas nada adianta. E eu sei que ele não vai me matar, mas sei o que ele vai fazer com a faca.

— Você vai aprender o seu lugar agora.

Grito assim que sinto a lamina perfura meu ombro. Arde como o fogo queimando a pele. Ele faz cada vez mais força, enterrando a faca na minha carne e torcendo. Mais gritos de dor ecoam pela cornucópia. Eu penso em Chris, penso em minha mãe, penso no meu irmão, nas promessas que fiz de continuar, de tentar por todos eles. Mas eu sinto muito, porque eu não quero isso, não quero essa lamina que rasga minha esperança e me faz querer morrer, desistir.

Se esse é o preço da vitória, então não quero pagar por ela.


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Notas finais do capítulo

(troquei o gif do cap anterior e coloquei aqui, mas é claro que só Triz sabe, pq só ela viu).

O mesmo de sempre: opniões, críticas, suposições, elogios, etc...... Fantasmas apareçam por favor — por que eu ainda insisto?

Próximo capítulo pode demorar, porque precisa de uma reforma enorme e tá complicado ( falta de vontade, tempo e faculdade).
É isso

Att,
Magicath