Nossos Lugares escrita por Anny Andrade


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Postei o Prólogo e adorei a resposta que tive dessas leitoras maravilhosas que eu tenho, fiquei muito feliz, e por isso vim postar o primeiro capítulo... Espero que gostem, e que fiquem ansiosas para os próximos porque eu estou...

Uma boa leitura, e se apaixonem por Hugo como eu me apaixono sempre que escrevo.



PS: tradução do trecho da música: "Eu não posso imaginar minha vida sem você agora... Nem sempre tendo você por perto.."

Relevem os erros gramaticais...



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“I can't imagine living my life without you now

Not ever having you around”

Lily Luna

Nós tínhamos terminado Hogwarts há alguns meses, ainda não existia uma verdade absoluta sobre o que faríamos pela vida toda. Me lembro de passar a noite toda acordada olhando para o teto enfeitiçado do meu quarto. No primeiro ano que fui para escola olhei o teto do salão principal e me apaixonei por aquela idéia. Era genial. Hugo pediu para que sua mãe fizesse igual no meu quarto, foi meu presente do 12º aniversário. Meu quarto sempre foi um dos meus lugares preferidos, menos quando passo a noite toda acordada pensando no futuro.

Quando o sol finalmente resolveu se mostrar e eu já tinha tomado banho, trocado de roupa e preparado alguns sanduiches com o pão preferido do meu irmão Alvo, sempre comendo coisas esquisitas, mas o pão era realmente gostoso. Tendo dois irmãos mais velhos é bem fácil você se tornar a pessoa mais normal da família. Alvo gosta de comidas esquisitas com grãos e coisas de aparência duvidosa. James gosta de bebidas trouxas, todas e de todos os tipos, sejam elas geladas, quentes, amargas, doces, ele parece entender mais de bebida do que a vovó sobre comida. E eu sou aquela que normalmente pega as coisas deles mesmo sem autorização.

Coloquei alguns sanduiches e uma garrafa de suco na minha bolsa e voltei para o quarto. Eu poderia sair pela porta, mas qual seria a graça? Pulei a janela e usando uma das técnicas de Lily Luna cai em pé sobre as flores da minha mãe. Corri rua acima em direção da única pessoa que me ajudaria decidir o que fazer com os próximos anos da minha vida. Eu sempre fui boa com idéias, mas nunca consegui realiza-las sem ele.

Hugo Weasley.

XXX

Hugo Weasley

— Hugo...

Eu acordei com alguém me chamando baixinho. Olhei no relógio em meu pulso, mais uma vez tinha adormecido enquanto desenhava, provavelmente por isso a dor no pescoço. Não eram nem 6h da manhã. Provavelmente tinha dormido uma ou no máximo duas horas.

— Hugo...

Olhando o quarto percebi que não era minha mãe me chamando para uma corrida matinal, faz pelo menos dois anos que ela entrou nessa coisa de exercícios matinais. Meu pai diz que já se exercita bastante nos jogos de Quadribol sempre que a família se reúne, Rose odeia corridas ou qualquer outro tipo de exercício, então quem que sempre acaba subindo e descendo ladeiras com a mãe corredora? Sim, Hugo Weasley, o melhor filho do mundo.

E se não era minha mãe só poderia ser uma pessoa.

Olhei para a janela do meu quarto. Lá estava ela sorrindo. Me fazendo caminhar até a janela que mesmo não estando trancada Lily se recusava a abrir. Ela dizia que era questão de princípios, não gostaria que abrissem sua janela mesmo que já estivesse aberta. Coisas de Lily.

— O que está fazendo aqui? – Perguntei entre os dentes. – Nem amanheceu ainda.

Ela deu risada.

— Claro que amanheceu, olha o sol ali Hugo. – Apontou para o céu. O sol começava a sair lentamente com tanta preguiça quanto eu. — E eu trouxe comida!

Lily sempre acreditou que podia me comprar com comida. Talvez ela estivesse certa. Qualquer um da minha família poderia ser comprado com comido, exceto a mãe corredora, com ela usávamos livros.

— Entra logo.

XXX

Lily Luna

O quarto de Hugo sempre foi muito bagunçado seguindo o estereotipo dos garotos. Pilhas de livros e revistas trouxas espalhadas por todo o quarto junto com os livros que usávamos em Hogwarts, e livros sobre feitiços que fazem os desenhos se moverem, Hugo gosta de experimentá-los em suas criações, por isso estuda muito sobre eles. Na verdade meu primo preferido sempre estudou muito sobre tudo. Poções. Herbologia. Transfiguração. História Bruxa e Trouxa. Ele e Rose sempre foram os melhores em Hogwarts, meio que levavam a sério o trabalho duro sem se importar com a fama dos pais, tios e primos.

Além dos livros, ainda tinha os papeis cheios de desenhos espalhados por toda a parede, junto com mapas que ele colecionava de livros e desenhava nas horas vagas. Gosto muito do meu desenho que ele tem na porta do guarda-roupa, eu estou sentada no balanço no fundo da minha casa, estou rindo e meus cabelos estão voando. Esse desenho não se meche, e nem precisa. Os detalhes que Hugo coloca são o suficiente para que eu sinta como se estivesse sentindo o vento novamente.

— Quando vai me dar esse desenho? – O questiono.

— Já te dei muitos desenhos, esse é o meu preferido. – Hugo fala entre um bocejo.

— Chato. – Mostro minha língua e antes que saiba o que me atingiu ele me pega e me joga no ombro enquanto gira comigo.

— Quem é chato? – Ele pergunta me girando mais rápido. Hugo sabe que odeio altura.

— Eu sou chata, agora me larga!

Quando estou de volta ao chão tonta e com o coração acelerado vejo seu sorriso brincando nos lábios. Eu adoro esse tipo de sorriso. Quando ele sorri daquela maneira parece o meu melhor amigo de 10 anos, aquele que resolveu comer todos os doces do natal enquanto os adultos conversavam em outro cômodo.

— Tonto. – Digo me afastando para evitar outro redemoinho no ar.

— Eu sei que você adora isso. – Seu sorriso volta a brincar.

— Vou sentir tanto a sua falta. – Digo me jogando na cama desarrumada.

XXX

Hugo Weasley

Ela sempre foi minha melhor amiga. Não é estranho tê-la deitada em minha cama analisando meus últimos desenhos. Deixei a pasta do lado do travesseiro, afinal nem me lembro de como peguei no sono se estava desenhando tão ferozmente. Lily analisa meus desenhos com tanta concentração que acabo dando a mesma atenção a ela. Seus cabelos estão bagunçados, aposto que ela tentou pentear, mas desistiu nos primeiros dois segundos. Ela sempre faz isso. Desiste do cabelo e o deixa todo emaranhado. Pelo menos ela sempre faz isso durante as férias.

Lily começa a rir da pequena história que está entre meus desenhos. Foi sobre quando minha irmã trouxe um Malfoy para jantar. Aquela noite precisava de um registro, nunca fiquei tão contente em participar em um jantar de família. E nunca vi meu pai sofrer tantos tapas da minha mãe. Ela pode ser bem má quando quer. Adoro a mistura de Lily. O cabelo desarrumado, o riso solto, a camiseta do Alvo e os pés descalços. Também vou sentir falta dela. Nunca ficamos mais do que poucas semanas separados, normalmente quando visitava meus avós maternos.

— Já decidiu o que vai fazer? – Pergunto a ela me jogando ao seu lado. – Para onde vai?

— Foi por isso que vim aqui. – Ela vira de lado. – Eu não sei o que fazer.

— Lily, você sempre sabe o que fazer. – Fico de frente para ela. – Só precisa de um pouco de coragem.

— Deve ter sido por isso que não entrei para Grifinória, e fui parar na Corvinal. – Ela diz fechando os olhos. – Queria pensar menos e me atirar de cima da pedra.

— Se pular leve uma vassoura. Não queremos pedaços de Lily sujando o chão. – A faço sorrir.

— Quero ir com você. Me leva junto?

Decidi passar seis meses no Japão aprendendo técnicas de desenho com eles, são os melhores. E depois volto para Londres e tento entrar em uma faculdade trouxa. Minha mãe conhece algumas que aceitam bruxos, porque existem muitos professores que vivem nos dois mundos sem levantar suspeitas. Eu levaria Lily, mas sei que o sonho dela não está tão longe quanto o meu.

— Você não suportaria viver comendo peixe cru. – Digo tentando animá-la.

— Eu poderia tentar. – Ela volta a me olhar. Estamos tão perto.

— Você sabe para onde quer ir, e o que quer fazer. Só precisa perder o medo. – Quero abraça-la e colá-la ao meu corpo para que nunca precisemos nos separar.

— Eu não consigo imaginar ficar tanto tempo longe de você.

Quando Lily acaba de dizer isso, finalmente a abraço.

— Nem sempre ter você por perto.

Ela fala abafado, seu rosto está encostado em meu peito.

E então ficamos em silencio. Sentindo a respiração um do outro.

Eu também não consigo imaginar ficar tanto tempo sem ver minha melhor amiga.


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Notas finais do capítulo

Espero conseguir portar no próximo fim de semana...
Uma linda semana a vocês, e beijos...

PS: Aguardo os reviews *-*



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