Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 7
Capitulo 6 - Reaproximação?


Notas iniciais do capítulo

OLÁ POVO! Voltei... Eu JURO que ia voltar dia 07, mas voltei 4 dias antes porque não aguentei huahauahaa fiquei com saudade de postar :D é dificil animar para escrever se não tiver postando, sei lá, não consigo, então estou aqui, acelerando a postagem para saber que vocês acham desse novo capitulo. Bom, espero que o ano novo vocês tenha sido bom... O Natal também, o meu foi ótimo, agradeço todos os comentários lindos!!!
E bom, talvez depois desse capitulo vocês gostem mais do Peeta, quem sabe? Tenho certeza que nessa fic vocês terão uma luta interna de ódio e amor por ele kkkk... Bom, ai vai:



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Reaproximação?

Já havia passado três dias desde que prometi para mim mesmo que eu não procuraria mais Katniss Everdeen, embora ela ainda continuasse grudada em Finnick como se fosse um cachorro e um carrapato eu estava indo até bem com a minha missão. Cada dia eu aprendia a olhar menos para eles na aula, conseguia controlar mais a minha raiva quando necessário, e ainda quando eu percebia que eu estava quase saindo do controle eu dizia a mim mesmo que nada disso me importa. E por incrível que pareça isso funcionava. Ou melhor, é claro que teria que funcionar, afinal: Para que eu me importaria se Finnick parece um chiclete que grudou na Katniss? Se ela quisesse namorar ele, isso não é da minha conta, nunca foi e nunca irá ser.

No terceiro dia eu decidi ocupar minha mente com qualquer outra coisa que não fosse Katniss, afinal, eu já tinha decidido de uma vez por todas tirá-la da minha vida, e eu sabia que esse era o momento perfeito para isso, já que pela primeira vez ela estava colaborando no nosso afastamento que a cada dia que passava eu percebia que era maior.

— Você finalmente está com uma cara melhor... – Thomas comentou, enquanto caminhávamos pelo corredor.

— Como? – perguntei, olhando-o sem entender.

— É nesses últimos dias você andava com um péssimo humor e com uma cara amarga como se tivesse chupado limão... – ele respondeu, e a vontade de dar um soco nele aumentava a cada minuto.

— Eu estou normal, eu estou muito bem, melhor impossível... – respondi, tentando manter a indiferença, mas notei um tom de raiva em minha voz.

— É claro que você deveria estar bem, afinal, a espantalho te deixou em paz, mas parece o contrário, parece que você se irritou por ela ter se afastado e principalmente por ela estar namorando o Finnick! – ele respondeu, eu parei de andar e o olhei com as sobrancelhas franzidas.

— Primeiro ninguém sabe se ela está namorando o Finnick ou não... – eu respondi, o por que disse isso sinceramente eu nem fazia ideia.

— Ah é? Então sabe tudo por qual razão ela tá andando com ele? – ele perguntou, e então voltamos a andar e dobramos o corredor, foi então que eu parei de andar no mesmo momento ao ver um pouco mais na frente, eles...

Eles dois, Katniss e Finnick, e estavam novamente juntos, mas dessa vez eles não estavam sozinhos, junto deles estava a amiga dela a Annie, e mais outros alunos a maioria uns babacas que quase ninguém conhecia, da qual oitenta por cento é nerd. Todos estavam vestidos com uma camiseta igual, mas havia algo escrito que eu não conseguia ler de longe, próximo a eles havia uma fila de alunos assinando um papel que estava com Annie. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo.

— Que merda é aquela? – Thomas perguntou, franzindo as sobrancelhas enquanto olhava aquela aglomeração de alunos da qual Katniss fazia parte. – Vem vamos ver...

— Não! – eu disse rapidamente. – Eu não quero ficar perto da Katniss! – minha voz soou mais desesperada do que o normal.

Ele se virou e me encarou meio desconfiado.

— Você é homem ou não é? Qual é meu, ela é apenas uma garota, você quer fugir dela como o diabo foge da cruz! Além do mais, ela nem liga mais para você, se você for comigo até lá ver o que é, aposta quanto que ela nem vai mais olhar para sua cara? – Thomas comentou e mesmo não querendo o comentário dele me irritou. Qual é? Ele não precisava falar daquela forma. Não precisava ficar esfregando na minha cara que não interesso mais a Katniss. Mesmo eu não estando nem ai para isso, pelo contrário, graças a isso eu posso andar nos corredores em paz eu não achei muito agradável escutar seu comentário, doía no ego de qualquer um.

Mas eu decidi não falar nada, para ele não acabar respondendo coisas mais absurdas, eu apenas bufei e para mostrar para ele que ele está enganado e Katniss Everdeen não me atinge eu tomei a iniciativa e me aproximei, para finalmente saber o que diabos eles estavam fazendo. Thomas teve que correr para conseguir me alcançar.

Paramos próximo aos demais alunos e então tratei de ler o que estava escrito na camiseta deles. “Juntos por uma vida mais saudável”.

— Oi, quer assinar a favor da mudança de cardápio da escola? Estamos fazendo uma manifestação a favor de um cardápio que entre um pouco mais de verduras e legumes... – Annie disse a Thomas, ignorando-me completamente. Só então ao ouvir Annie falar eu lembrei-me de um detalhe: Katniss é vegetariana, é mesmo normal ela estar na causa, assim como Finnick que pelo que eu sabia também é vegetariano. É, parece que ambos têm muito em comum.

— Ahm... Verduras e legumes? – Thomas fez uma careta. – O que deu em vocês? Nosso cardápio é ótimo, cheio de carne, vocês estão lutando para enfiar mato na nossa comida? – Thomas reclamou.

Eu engoli um seco e discordei com a cabeça, puxando Thomas pelo braço.

— Vamos Thomas, não vamos discutir! – eu pedi, enquanto olhava a minha volta, para minha sorte Annie ficou quieta (o que é um grande milagre, ela tem fama pela sua enorme boca) e a ultima coisa que eu queria no momento é que ela retrucasse e eles começassem uma discussão por causa de comida.

— Perai, você viu que absurdo eles estão fazendo? – Thomas reclamou.

— E você acha que reclamando com ela eles vão desistir? – eu perguntei, num tom baixo próximo ao ouvido dele, para que somente ele escutasse, depois continuei olhando a minha volta, meus olhos pararam em Katniss e pela primeira vez naqueles três dias os meus olhos e os dela se encontraram, notei que seu semblante era sério e não demonstrava sentimento algum, mas seus olhos a acusava, não estavam marejando, mas ainda eram doces e brilhavam enquanto me olhava, tanto que me fazia me lembrar daquela Katniss de antes. Esquisita, mas que embaixo da armação horrorosa tinham olhos lindos.

Eu desviei o olhar rapidamente, sem saber a razão certa para aquilo e voltei a puxar Thomas com mais força para finalmente arrastá-lo para longe deles.

Enquanto eu voltava a caminhada continuava pensando no que vi, agora tudo estava fazendo mais sentido em minha cabeça, a amizade repentina de Katniss e Finnick havia uma razão, eles estavam planejando uma coisa. Ambos estavam lutando por algo que eles tinham em comum: serem vegetarianos.

— Eu não te disse que eles não são namorados... – comentei depois de pensar, Thomas e eu continuávamos andando pelo corredor.

— Só porque os dois estão pegando assinaturas porque querem comer mato, não quer dizer que eles não possam ser namorados... – Thomas respondeu com desdém.

— Ainda com isso, para mim eles não devem ser namorados, por que Finnick se interessaria por uma garota como a Katniss? – eu perguntei.

— Não sei, tem caras que tem um gosto esquisito, além do mais, parece que eles têm gostos em comum, gostam pelo menos das mesmas comidas... – Thomas respondeu.

Eu suspirei meio contrariado, mas decidi não respondê-lo, não queria mais falar de Katniss, nem daquela causa absurda, eu não queria mais nem pensar na sua existência.

Depois daquele episodio eu decidi me dedicar em coisas mais importantes, tipo no teste que eu faria para entrar no time de futebol da escola, estava perto e eu precisava me concentrar nisso, e então os meus pensamentos ficaram voltados nesse assunto o resto da semana, para minha sorte eu consegui não pensar mais em Katniss até a chegada do teste, e para minha sorte mais ainda eu fui melhor nele do que eu imaginava que seria. Pude ver um leve sorriso no rosto do treinador e para mim já estava claro que eu estava no time.

Bom, a sorte parecia estar sorrindo para mim novamente até que na manhã de sábado o treinador me parou no corredor, no primeiro momento acreditei que foi para dar a boa noticia, mas quando a palavra “mas” apareceu na frase eu vi que as coisas não eram tão simples assim:

— Peeta... – o treinador me chamou, logo quando eu estava dobrando o corredor.

Eu me virei e o olhei, sorrindo levemente.

— Oi treinador, veio falar comigo sobre o teste? – eu perguntei, querendo ir direto ao ponto.

— Isso mesmo, bem eu gostei bastante dá para ver que você tem bastante habilidade, e pensei em te dar a vaga de lançador, mas eu vi que tem um pequeno problema... – e então o treinador desviou o olhar para um papel que ele segurava. – Suas notas, elas não estão ruim com exceção de Literatura Inglesa! – ele voltou a me olhar e então eu bufei, eu tinha esquecido desse detalhe. – Você sabe das regras, para jogar aqui na escola as notas tem que ser boas em todas as disciplinas, não sabe? – ele perguntou, eu concordei com a cabeça.

— Então... Eu não vou poder ficar com a vaga? – eu perguntei, já ficando completamente decepcionado.

— Bom, você pode com uma condição... – ele disse.

— Qual? – perguntei, meio esperançoso.

— Eu conversei com a sua professora e decidimos dar uma chance a você, se você tirar pelo menos oito na próxima prova de Literatura Inglesa, que será daqui doze dias, se conseguir a vaga será sua... – ele respondeu, deixando-me com a boca entreaberta.

É, era uma esperança, mas como eu conseguiria tirar uma nota tão alta numa matéria que sou péssimo em tão pouco tempo? Quando terminamos a conversa, tentei mostrar a ele segurança, mas na verdade eu estava completamente inseguro de que conseguiria a vaga.

Só que eu não poderia protestar em relação a decisão do treinador e da professora, afinal, eu sabia que eles já estavam me dando uma oportunidade, eram as regras, infelizmente eram as regras, não era tão fácil ser um atleta, mas por outro lado esse era o lado bom, afinal, era essa a razão da qual todos os garotos queriam ser atletas, porque o privilégio era de poucos.

E então eu fiz a única coisa que me restara, tentar estudar para melhorar minhas notas, eu tinha pouco tempo, apenas doze dias, e eu sabia que passaria rápido, rápido demais, eu precisaria usar cada minuto desses dias se eu quisesse mesmo entrar no time.

Fui até biblioteca para procurar o livro ideal, parei em frente a estante na onde continha os livros de Literatura Inglesa e comecei a olhar um por um, meio perdido, afinal, não fazia a mínima ideia por onde começar.

Distraído, não notei que alguém se aproximava, só percebi que havia alguém havia parado ao meu lado, quando escutei sua voz, a ultima voz que imaginei escutar naquele momento.

— Você deveria iniciar com esse... – virei rapidamente e olhei para a dona da voz meio assustado, era Katniss. Ela erguia um livro em minha direção e seu rosto estava sem nenhuma expressão.

— Como? – eu perguntei meio confuso.

— Bom, como você não é nada estudioso, eu imagino que você esteja aqui na biblioteca olhando as estantes de Literatura Inglesa porque está precisando estudar não é? E ainda imagino que seja para entrar no time de futebol... – ela respondeu, com indiferença, ainda com o livro erguido em minha direção.

Eu peguei o livro da mão dela, ainda com os olhos fixos em seu rosto, que continuava misterioso, sem expressão alguma.

— É incrível como você me conhece... – eu comentei sem saber o certo a razão para eu ter dito aquilo.

Katniss sorriu, mas notei que foi um sorriso forçado, achei que ela iria dizer mais alguma coisa, mas não, não disse nenhuma palavra sequer, apenas se virou e começou a afastar-se de mim, eu inconscientemente dei um passo na direção dela e talvez por uma ação impulsiva - o que acredito que deva ter sido - eu a chamei. Katniss parou no mesmo momento, virou-se e olhou para mim, com um semblante de surpresa.

Eu abri e fechei a boca varias vezes e nenhum som saiu após o nome dela, senti a palma da minha mão suar e continuei a olhando acredito que com uma cara de idiota. É eu estava sendo um completo idiota. Por que diabos eu a chamei?

— O que foi? – ela perguntou, após perceber que eu não iria dizer mais nada.

Novamente abri minha boca e nenhum som saiu, minha cabeça girou enquanto eu tentava desesperadamente pensar em algo para falar, quando, de repente algo surgiu na minha cabeça e eu perguntei rapidamente, sem nem pensar direito.

— Finnick... V-Você e ele... É... Está rolando algo? – eu perguntei, atropelando as palavras e me senti um estupido logo em seguida.

Para minha surpresa Katniss riu, sim de verdade, como se estivesse achado de verdade engraçada a minha pergunta.

— Não! É claro que não, Finnick e eu nos tornamos amigos, mas é só isso! – ela respondeu num tom como se minha pergunta tivesse sido muito tola, mas depois quando consegui raciocinar direito eu percebi que sim havia sido mesmo muito estupida a minha pergunta.

Ela já ia se virar novamente para ir embora, quando novamente a chamei, ela voltou a me olhar com as sobrancelhas franzidas.

Eu mordi meus lábios e aproximei dela lentamente, enquanto meus olhos mantinham-se grudados nos dela, eles brilhavam muito, são tão bonitos, isso eu não podia negar.

Eu só parei de me aproximar quando cheguei á frente dela, e então senti nossos rostos próximos, era tão estranho estar tão próximo assim dela após semanas de distanciamento que senti uma estranha vontade de abraça-la, vontade da qual achei um absurdo e me contive.

— Obrigado... – foi á única palavra que consegui soltar. Respirei fundo enquanto observava um sorriso surgir nos lábios de Katniss, mas não foi um sorriso daqueles exagerados que eu costumo chamar de coringa, mas sim um sorriso discreto e ao mesmo tempo doce, muito doce, ela parecia realmente ter ficado feliz com o meu agradecimento, e então continuei parado feito um completo panaca a olhando por mais alguns segundos, senti-me como se estivesse hipnotizado com o seu sorriso, até que de repente, pareci acordar, levei um choque de realidade, me sentindo um estupido por estar ali, a agradecendo, tendo atitudes completamente vergonhosas e ridículas.

Sem ter coragem de dizer mais nenhuma palavra eu me afastei, quase correndo, como se estivesse fugindo, sim naquele momento eu podia concordar com Thomas. Eu estava fugindo de Katniss como se ela realmente fosse algo muito, mais muito perigoso para mim. Como o diabo foge de uma cruz.

Entrei quase correndo no meu dormitório, encostei-me à porta e passei a mão no rosto notando o quanto ele estava suado, soltei um longo suspiro e em seguida caminhei até a minha cama em passos bem lentos, sentei-me nela e parei o olhar na capa do livro que Katniss me indicou e que decidi pegar emprestado na biblioteca.

Como se fosse algo automático eu lembrei-me da minha breve conversa com Katniss na biblioteca, e depois recordei-me do que o treinador me falou. Suspirei, coloquei o livro novamente na cama e segui até o baú que havia próximo a minha cama, abri e comecei a revirar as coisas que havia ali dentro até pegar o livro “Ship of Magic” que Katniss me presenteou.

Abri a primeira página, li novamente a pequena mensagem dela e depois segui para o primeiro capitulo do livro, enquanto começava a ler as primeiras palavras deitei-me na cama e segurando o livro com mais firmeza, eu continuei a leitura.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Iai o que acharam? Deixem seus comentários!!!