Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 30
Capitulo 29 - A terrivel semana I


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GENTE!!!! Mais um capitulo de remember me chegando fresquinho para vocês e estamos aqui, mais uma vez prosseguindo o fim dessa fase, tá confuso que sei... Mas logo trocaremos de visão como disse e vocês irão entender melhor, gostei desse capitulo, espero que gostem dele também, deixem seus comentários e é isso, boa madrugada a todos e um ótimo domingo... Amanhã tenho mais att ;) ou melhor hoje mais tarde, para quem acompanha mais fics minhas, fiquem ligado e não esqueça viu dos comentários!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/660172/chapter/30

“Doces sonhos são feito disso, quem sou eu para discordar? Eu viajo o mundo e os sete mares, todo mundo está procurando algo. Algum deles querem te usar, algum deles querem ser usados por você, alguns deles querem abusar de você, alguns deles querem ser abusados”.

Sweet Dreams (Doces Sonhos)

A terrível semana I 

Amor... Essa palavra estupida sempre vai existir no mundo, e hoje percebo que ela combinaria bastante com a palavra estupidez, isso porque elas estão tão juntas, lado a lado, tão misturadas, que dificilmente conseguiríamos diferenciar o que seria o amor, e o que seria a estupidez. Pois todo o amor no final das contas se torna estupido, eu diria.

A estupidez pode ser motivada tanto pelo amor, como pela falta dele, a primeira é estupida por nos tornar burros o suficiente para acreditar nas coisas mais improváveis do universo, e a segunda por fazer nos rebatermos, provocarmos, atingirmos, aquele que nos destruiu, como se assim conseguiremos alcançar a salvação. Ato também inútil e estupido, eu diria.

E eu consegui me tornar estupida as duas vezes, uma por ter o amor, e outra pela falta dele. É essa maldita palavra, ou sentimento continua ainda me perseguindo, me corroendo, me invadindo, e continuo incansavelmente tentando fugir dele, mas sem resultados, já que o amor me persegue como se fosse uma sombra, e eu sinto raiva desse sentimento acredite, se eu pudesse nesse exato momento eu o pegaria, torturaria, o mataria como se fosse algo palpável, ou fugiria dele como se fosse algo possível. E ainda tentei, eu tentei fugir acredite. Eu tentei fechar os olhos para o que acontecia, como se não fosse grande coisa, tentei me esconder, ignorar. Como se em algum momento essa dor passasse, o sentimento fosse embora, e desaparecesse. Mas as coisas não foram assim. E até agora ele não se foi.

Hoje eu vejo, que esse maldito sentimento venceu, o amor me enganou. Me iludiu. E a ilusão, ela é a pior, ela nos faz termos belos e doces sonhos, nos vicia, nos encanta e quando estamos lá acreditando nela, quando estamos confiante, fieis da felicidade eterna, ela desaparece e some sem deixar nenhum vestígio em sua infinita transparência. E a dor da perda, foi apenas o que me restou agora.

 Lá estava eu, naquele meu abismo de ilusões, andando pelo quarto, enquanto sentia os meus olhos arderem, eram as lágrimas, as malditas lagrimas querendo cair, mas eu não queria derramá-las, já tinha derramado demais, já tinha derramado a semana inteira, e desde a minha ultima decisão. Eu tinha prometido para mim mesma, que não iria mais chorar por Peeta Mellark, as lagrimas eram dolorosas demais,  queimavam minha pele, fazia arder o meu corpo inteiro, fazia a minha alma sangrar, e eu estava decidida a não me destruir mais, eu não iria me destruir por ele.

Ele já tinha me feito perder demais. Ele já havia me feito perder os meus sonhos, ele me fez perder minha fé, minha esperança, e nada, absolutamente nada havia me sobrado, havia apenas um buraco em meu peito que eu não sabia como preenchê-lo, não havia mais sentimento, não havia mais força, nem mesmo havia mais vergonha.

É, havia sido a pior semana da minha vida. Mas agora as coisas iriam ser diferentes, agora seria a vez dele. Ele seria o próximo a passar, a sentir tudo o que eu senti. E ainda eu o faria sentir em dobro.

Confiante eu me encarei no espelho, observando o delineador borrado, o batom vermelho manchado, peguei o lenço, passei em minha boca borrando mais o batom, eu não sentia-me bonita, eu não estava bonita. Embora os meus cabelos estivessem agora no lugar onde todos diziam que deveria estar, embora eu estivesse sem os óculos como todos diziam que eu não deveria usar por serem antiquados, por mais que agora as roupas fossem apertadas da forma que todos achavam que eu deveria usar, pois as antigas escondiam meu corpo. Embora eu estivesse como todos quisessem que eu fosse eu não estava feliz. Pois agora, eu não era mais eu mesma. A Katniss que um dia foi feliz morreu. E só restou essa agora.

Mordi meus lábios, e com raiva peguei o espelho da parede e joguei-o no chão, deixando ele quebrar em milhares de pedaços, minha respiração aumentou, enquanto observava aqueles cacos caídos, com o barulho, Annie abriu a porta do banheiro e olhou-me completamente assustada.

— Katniss... O que houve? – ela perguntou, boquiaberta, olhando para o espelho quebrado e depois para mim, eu discordei com a cabeça e encarei-a seria. – Katniss... Você está bem?

Fiquei calada, olhando-a, talvez os meus olhos estivessem gélidos, ele estava assim nos últimos dias. Eles foram endurecendo, até chegar ao ponto que nem eu mesma o reconhecia.

Não eu não estava bem, talvez eu nunca mais fosse ficar bem, porém eu não a respondi, apenas caminhei, passei pelo o lado dela e fui para o banheiro.

— Deixa, depois eu limpo isso! – foi a única coisa que falei, antes de fechar a porta com força.

                                                           ###

                                               Uma semana antes

— Eu não quero sair daqui! - resmunguei para Annie, que puxava o cobertor de cima de mim, eu continuava segurando-o em meu rosto, afinal, eu não queria sair da minha cama tão cedo.

— Você não vai poder ficar se escondendo Katniss, você vai precisar encará-los! – Annie disse e puxou então o cobertor com mais força, tirando finalmente ele de cima de mim.

Eu bufei e me sentei na cama, olhei-a seriamente. Eu não havia dormido direito, a minha cabeça latejava e o meu corpo continuava pedindo cama, não só o corpo, como o meu cérebro também, a única coisa que eu queria era continuar ali deitada, mofando o restante do ano se fosse possível.

— Eu não quero sair daqui, não quero ver aqueles alunos, não quero ver o Peeta! – eu falei, apesar de que eu sabia que não era totalmente verdade, eu ainda não tinha certeza se queria ver o Peeta ou não.

Desde o momento em que ele foi ao meu dormitório falar comigo, e eu acabei não abrindo a porta, desde o momento em que perguntei para ele se era verdade sobre a aposta e ele não me respondeu, Peeta não voltou mais ao meu quarto, então aquela duvida cruel continuava martelando em minha mente, eu ainda não tinha certeza se aqueles alunos haviam falado a verdade, porém, Peeta também não negou.

— E se esconder vai adiantar em alguma coisa? – perguntou Annie, então ela bufou, e se sentou em minha cama, olhando-me seriamente. – Tá legal, você dormiu com Peeta, mas e dai? Muitas garotas nessa escola dormem com outros garotos, isso não é algo para se envergonhar, ainda mais porque vocês são namorados, pior são aquelas safadas que dormem com os garotos sem estar comprometida com eles, e nem por isso são apedrejadas!

— Você não entende Annie... O problema não foi o sexo em si, e sim com quem Peeta transou, se eu fosse bonita que nem a Gabbe, não teria acontecido isso, ninguém teria rido, esses alunos são ridículos, arrogantes, maldosos... – eu comentei, lembrando-me rapidamente do que aconteceu. – E ainda, eles falaram que Peeta só transou comigo porque eles tinham feito uma aposta...

Annie suspirou e discordou com a cabeça.

— Tudo bem, eu nunca confiei nele, mas você acha mesmo que ele faria algo assim? – Annie perguntou, fazendo-me pensar por alguns segundos.

O Peeta que eu conheço não, nunca faria isso. Mas eu comecei a duvidar depois de que ele não negou quando eu perguntei a ele, e o pior, é que eu não podia negar, se o que os alunos falaram for verdade as coisas fariam bem mais sentido do que Peeta ter de verdade se apaixonado por mim. Mas ele seria tão maldoso assim? Ele brincaria com os meus sentimentos dessa forma? Ele parecia realmente apaixonado, as palavras dele pareciam sinceras de verdade, ele conseguiria mentir tão bem? Só por causa de uma droga de uma aposta.

Não... Definitivamente o Peeta que eu conheço jamais faria isso. Ele poderia se deslumbrar fácil com as coisas, mas ele continuava sendo bom, eu não me enganaria, ainda mais depois de tanto tempo o conhecendo.

— Não Annie, eu não acho que Peeta faria algo assim... – respondi, suspirando e desviando o olhar para o chão. Mesmo desacreditando, eu sabia que não tinha certeza absoluta, e essa pequena chance de incerteza era o que me deixava ainda mais nervosa.

— Então você não tem o que se preocupar, Peeta vai vir falar com você, vai se explicar, vocês vão se entender e os alunos terão que aceitar mais cedo ou mais tarde que vocês se amam, tipo, dá um foda-se todos em sua cabeça e acabou... – ela respondeu, fazendo com que eu sorrisse levemente.

Sim Annie estava sendo compreensiva e legal, finalmente, ela tinha começado a aceitar melhor os meus sentimentos por Peeta, e bem, logo pensei. Se ela conseguiu aceitar, mesmo tendo conceitos horríveis sobre Peeta, por que o resto do mundo não poderia aceitar? O estranho dá medo, é logico. Surpreende, chama atenção e eu sabia que por muito tempo Peeta e eu seriamos o centro das atenções, porém, eu ainda tinha aqui dentro de mim, um ponto de esperança que esse tempo difícil iria acabar, eu tinha esperanças de que mesmo depois de tudo isso, iriamos nos levantar, dar a volta por cima. Afinal, o amor não supera tudo? Sim, eu pensei. Logo depois eu vi que fui extremamente idiota por isso.

Logo que sai de dentro do dormitório com Annie e comecei a andar pelo corredor, comecei a notar que todos os olhos vieram em minha direção, alguns olhares eram curiosos, outros eram surpresos, outros zombadores. É, era uma mistura de olhares, porém noventa por cento dos alunos que eu me deparava me encarava. Era estranho, era constrangedor, afinal, até hoje sempre passei despercebida em todos os lugares e era horrível ver que do dia para noite me tornei o centro das atenções, e o pior, da forma mais negativa o possível.

Tentei ignorar os olhares, mesmo sendo dificil e fui para o refeitório, sentei na mesa de sempre e Annie sentou ao meu lado, não demorou muito para eu escutar os cochichos e risada dos alunos, suspirei e novamente tentei ignorar.

— Não fica assim Katniss, irá passar... – ela disse, eu sorri forçadamente e concordei com a cabeça, porém eu não tinha muita certeza disso.

Mesmo sendo completamente constrangedor, levantei o olhar e olhei em volta do corredor, afinal, eu precisava ver se via Peeta em qualquer lugar. É Annie tinha razão, eu não tinha porque fugir de Peeta, afinal, nós não tínhamos conversado, eu não tinha certeza de nada, com certeza ele iria me procurar como fez no dia anterior e iria conversar comigo, iriamos nos entender. Seria bem mais fácil encarar tudo isso, com ele do meu lado.

Porém, de inicio eu não o encontrei, somente avistei Gale sentado em outra mesa, parecia evitar me olhar, com certeza estava chateado, não deve ter gostado nada de saber o que aconteceu.

— Gale deve estar me odiando... – comentei para Annie, ela logo levantou a cabeça para olhar para Gale. Depois me olhou.

— Não amiga, não pensa assim, com certeza Gale vai entender e logo vai estar aqui com você novamente, ele sempre soube dos seus sentimentos pelo Peeta... – ela respondeu.

— É, mas ele nunca acreditou que eu iria ser correspondida... – respondi, depois desviei o olhar para minha xicara de café, dei um longo gole, porém tive dificuldades para engolir.

Fechei os olhos por alguns segundos e quando o abri, vi algo que fez meu coração disparar no mesmo minuto, eu vi Peeta entrando no refeitório, acompanhado de Thomas, ele também estava sério e chamou a atenção dos alunos. Ele se sentou numa mesa vazia próximo a porta e Thomas sentou ao lado dele, encarei-o com os lábios entreabertos e com o coração disparando, que aumentava a intensidade cada segundo mais, quando os olhos dele subiram em minha direção e nossos olhos se encontraram, senti minha garganta esquentar. Sorri levemente para ele, porém ele não correspondeu o meu sorriso, apenas desviou o olhar rapidamente para baixo.

Meu estomago despencou. Bufei e desviei também o olhar, enquanto pensava. Tá, o que deve estar acontecendo é que ele não sabe o que fazer, tudo aconteceu rápido demais, nem eu mesmo sei se de inicio o melhor é ficar afastado dele, ou o melhor é assumirmos de vez tudo, toda nossa relação.

Durante o café eu cheguei olhar para Peeta algumas vezes, mas nenhuma das vezes eu o vi olhar para mim, já nervosa, eu engoli a comida mais rápido do que de costume e sai do refeitório antes dele, enquanto andava pelos corredores junto de Annie voltei a notar os olhares maldosos dos alunos, ao passar próximo a um grupo de populares, cheguei escutar até suas risadas e comentários ridículos, do tipo: “Nossa, sua cara está mais feia do que de costume, não me diga que está assim porque Peeta é ruim de cama?”. “Ruim de cama? Eu acho que ela está assim porque ele brochou”.

Risadas. Mais risadas.

— Ignore esses idiotas! Não vale a pena... – Annie comentou, puxando-me para longe deles, eu ficava mais aliviada enquanto as risadas deles ficavam mais longe, até o momento de eu não consegui mais escutá-las. Eu não podia negar que doía as zombações deles, porém o que doía mais é ver Peeta, e não poder ao menos falar com ele. Isso doia bem mais.

Eu ainda pensei duas vezes antes de ir para a aula, seria difícil encarar todos aqueles alunos dentro da sala, porém, eu sabia que Peeta talvez estivesse na aula. Eu precisava vê-lo novamente, na verdade eu ainda tinha esperança de que ele iria arrumar uma forma de falar comigo.

Decidi ir para aula mais cedo do que de costume, não queria entrar na sala quando já tivesse alunos lá dentro, isso chamaria mais atenção e o que menos eu queria nesse momento é chamar a atenção.

Eu estava perto da sala, quando ouvi uma voz conhecida me chamar, porém somente quando a pessoa tocou em meu ombro que eu me virei para olhar, de inicio eu permaneci com a cabeça abaixada, naquele momento estava difícil encarar qualquer pessoa.

— Katniss, eu juro que eu não sabia que eles iriam fazer isso, se eu soubesse os planos desses idiotas eu não permitiria, eu te contaria... – a pessoa logo falou, era Finnick, seu semblante estava sério e ao mesmo tempo preocupado, eu levantei os olhos, meio envergonhada, e então o encarei, eu acreditava nele. Eu acreditava de verdade.

— Eu sei Finnick, eu acredito em você... – respondi, num tom fraco.

Ele deu um longo suspiro.

— Eu sinto muito, se eu puder fazer algo, se eu... – ele iniciou. Meus olhos começaram a lagrimejar.

— Não Finnick... – eu o cortei. – Nesse momento ninguém pode fazer nada, eu só preciso esperar, uma hora eles terão que esquecer, não é? – respondi, num tom de choro. Finnick concordou com a cabeça e então me abraçou. Apoiei minha cabeça no ombro dele e permaneci alguns segundos com os olhos fechados, porém quando os abri, surpreendi-me ao ver que tinha alguém parado próximo de nós e nos encarava seriamente.

Meu coração ao mesmo tempo deu um pulo, minha respiração acelerou e eu soltei Finnick rapidamente, era Peeta, ele estava ali, próximo de nós, seu rosto estava levemente vermelho e ele me encarava com um olhar sério, o mesmo olhar que ele sempre me encarou quando me encontrava com Finnick.

Finnick se virou para trás, e também avistou Peeta, ele me olhou, depois olhou para Finnick, em seguida olhou-me novamente. Achei que ele iria dizer algo, mas não, apenas abaixou a cabeça e entrou na sala de aula, sem olhar para trás.

Finnick me olhou.

— Eu acho que ele quer falar com você... – ele disse.

— Eu não tenho tanta certeza disso! – respondi meio triste.

— Por que você não tenta? Entra na sala e espera, eu acho que tudo isso deve estar sendo difícil para ele... – ele respondeu.

Sim, isso eu concordava, suspirei e concordei com a cabeça, eu tinha que aproveitar que a sala estava vazia, eu iria entrar e esperar, se Peeta estiver procurando alguma oportunidade de falar comigo, essa seria perfeita.

Despedi-me de Finnick e então entrei na sala, olhei a minha volta e vi que ela estava vazia, somente havia Peeta sentado, olhando para carteira dele, com um olhar distante.

Fiquei por alguns segundos parada na porta, apenas olhando para ele. Percebi que ele parecia tenso, nervoso e ao mesmo tempo distante, muito distante. Nunca tinha visto os olhos dele daquela forma.

Eu não sabia o que fazer, eu não sabia se me aproximava, ou se continuava ali, parada, ou se sentava e também o ignorava e esperava ele falar comigo, afinal, ele que precisava se explicar. Ele que precisava me procurar.

Foi então que os olhos dele subiram, vieram diretamente em minha direção. Eu também o encarei, e naquele momento eu senti um turbilhão de sentimentos, misturando-se e me deixando confusa, extremamente confusa. Eu não sabia se sentia raiva, se sentia saudades, se sentia vergonha, eu não sabia. Eu só sabia que eu queria que ele viesse, se explicasse, me dissesse que tudo isso era mentira. Eu só queria que ele me abraçasse e que eu pudesse chorar em seus braços, e ele me disser: Está tudo bem. Como ele já havia me dito uma vez, que estava disposto a enfrentar tudo por mim.

Porém, não, não foi isso que aconteceu. Ele não falou nada, apenas desviou o olhar mais uma vez, e ignorou a minha presença.

Eu fiquei mais alguns segundos ali, desconcertada com a situação, e ainda sem saber o que fazer ou dizer, eu mordi meus lábios inferiores e caminhei até a primeira carteira, próxima a porta, eu sentei-me nela, ainda olhando fixamente para Peeta.

Porém, ele não me olhou mais e também não tentou falar comigo, após alguns segundos pensei em eu mesma me levantar e falar com ele, mas antes de eu criar coragem de fazer isso, os primeiros alunos começaram a entrar, obrigando-me a desistir da ideia.

Olhei para a minha mesa e esperei o grupo de alunos entrarem, sem ter coragem sequer de olhar para nenhum deles, quando eles foram para o fundo da sala, conversando e rindo, eu olhei rapidamente para Peeta, notei que ele sequer se mexia, e aquilo já estava começando a me deixar nervosa, extremamente nervosa.

Peguei a minha mochila e sai da sala o mais rápido que pude. Que se dane a aula. Eu já havia encarado demais eles, naquele dia.

E então naquele dia eu não participei de nenhuma aula. Naquele dia Peeta não foi falar comigo.

Fiquei no meu dormitório, na expectativa de que algum momento ele aparecesse, acreditei que ele talvez só queria esperar um pouco e depois vir falar comigo em algum lugar que ninguém nos visse, imaginei que ele poderia me procurar no dormitório, afinal, não teria melhor lugar para conversarmos do que esse.

Mais não. Ele não me procurou. E no dia seguinte foi a mesma coisa.

E a cada dia que passava, a cada hora, a cada minuto que se arrastava, as minhas esperanças iam se apagando, aquela pequena faixa de luz foi perdendo-se a força, pouco a pouco eu comecei a acreditar que tudo o que eu escutei naquele dia, pudesse ser verdade. Peeta não tentou mais se justificar, talvez seja porque não tem justificativa. Ele é o culpado e já estava na hora de eu começar a acreditar nisso.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Iai que estão achando? COMENTEM!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Remember me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.