Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 16
Capitulo 15 - Passeio ao Centro


Notas iniciais do capítulo

Olá como prometido coloquei no automatico para postar esse capitulo, e ai está, espero que gostem dele, ah e já adiantando o próximo será MUITO especial, não percam *-*... Ainda visão da Katniss, eu sei, tem gente querendo a visão novamente de Peeta, para entender as atitudes dele, prometo que daqui mais dois capitulos a visão dele vai voltar



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Passeio ao Centro

Abri os olhos assustada, olhei a minha volta de forma agitada, e só então me dei conta de que havia dormido no quarto de Peeta, os meus olhos pararam nele, e notei que ele dormia tranquilamente, o DVD estava ligado, mas o filme não passava mais.

— Ai meu Deus! – exclamei, ao olhar para janela e ver que já tinha amanhecido.

Levantei apressadamente da cama, e sai quase correndo do quarto, sem nem acordá-lo, caminhei rapidamente pelos corredores que por sorte estavam vazios e entrei em meu quarto, fechei a porta, encostei-me nela e então soltei um suspiro. Só depois disso me dei conta de que Annie estava acordada, ela estava sentada na cama e me olhava seriamente.

— Katniss Everdeen, onde você passou a noite inteira? – ela perguntou, agindo como se fosse uma mãe completamente irritada.

— Annie... – eu iniciei, sem saber o certo como continuar.

— Você está escondendo algo e estou começando a acreditar que esse algo é muito grave... – ela acrescentou, cruzando os braços e tentando me repreender apenas com o olhar.

— Eu... Eu... – gaguejei, não teria mais como esconder ou mentir para ela, depois que Peeta e eu acabamos dormindo sem querer juntos, eu não teria mais como mentir, nem o que inventar, afinal, eu não poderia dizer que dormi na biblioteca.

Abaixei a cabeça e senti o rosto esquentar, tá legal Annie iria falar e falar, tanto que com certeza vou ficar até tonta, mas o que poderia fazer se não escutar seus conselhos e palavras duras? Foi então que iniciei.

— Eu dormi no quarto de Peeta... – disse voltando a olhar para ela, notei que Annie ficou me olhando com a boca entreaberta, parecia ter levado um grande choque.

— Como? – ela disse numa voz fraca, sim havia ficado mais chocada do que achei que ficaria.  – Você conseguiu? Finalmente o idiota acordou e te deu valor?

— Não é o que você tá pensando tá legal? Não transamos... Eu só acabei sem querer dormindo no quarto dele, e parece que aconteceu o mesmo com ele... – eu expliquei.

— Primeiramente Katniss, o que você estava fazendo no quarto do Peeta? – Annie perguntou, levantando-se da cama, ela me olhou meio curiosa e continuou com os braços cruzados.

— Eu... Eu... Eu voltei a ser amiga dele a algumas semanas, ele pediu para eu ficar fazendo companhia a ele todas as noites e eu fui, não consegui dizer não...

— E vocês ficam fazendo o que?

— Jogando videogame, assistindo filme, jogando xadrez, vendo as estrelas... – eu respondi sentando em minha cama, soltando um longo suspiro. – E também conversando é claro!

Olhei novamente para Annie que ainda parecia incrédula.

— Ele não te pediu nada? Não pediu para você fazer trabalho para ele, ou para ajuda-lo em alguma disciplina, ou...

— Não, já faz um bom tempo isso e ele não me pediu nada Annie, nada do que não fosse eu fazer companhia a ele... – eu a cortei.

— O que ele tá planejando? – ela perguntou completamente confusa.

— Por que você sempre acha que Peeta só quer algo de mim? Por que pelo menos uma vez na vida você não pode pensar que ele apenas quer a minha amizade? Pode ser que ele sentiu minha falta, pode ser que ele estava se sentindo sozinho, pode ser que ele esteja estressado e só quer se distrair, pode ser que ele finalmente está me vendo como amiga, tem tantas possibilidades, ele é humano Annie, os humanos não tem só defeitos também tem qualidades...

Ela discordou com a cabeça, parecia indignada.

— Não me diga que não achou a atitude dele pelo menos no mínimo estranha? – ela perguntou, eu me sentei na cama e ela se sentou ao meu lado.

— De inicio sim, mas depois tudo foi se tornando tão natural, acho que ele só quer se distrair, ter uma amiga, alguém que ele possa agir naturalmente, ser ele mesmo... – respondi. – Agora ele consegue ser tão natural ao meu lado, tão espontâneo, ele fala coisas que antes nunca conseguia falar, sem gaguejar, sem sentir-se sem graça, ele não é mais aquele garoto forçado, e muito menos não é mais aquele garoto que fugia de mim porque sentia vergonha da minha aparência, isso me deixa tão orgulhosa...

— O que ele disse a você? – Annie perguntou, parecendo agora mais espantada.

— Bom... Um dia ele disse que sentia a minha falta, um tempo depois ele disse que meus olhos são lindos e brilham que nem as estrelas... – eu sorri ao me lembrar daquela noite e soltei um suspiro. – Na noite anterior ele me disse que sou mais importante para ele do que a Gabbe e...

— Ele tá apaixonado por você? – Annie perguntou, cortando-me, eu a olhei meio incrédula.

— Como?

— É pelo que você tá falando ele tá agindo como se tivesse apaixonado por você... – Annie ficou boquiaberta. – Mas é claro, depois que você deu uma sumida e parou de falar com ele o cara começou a notar que estava sentindo sua falta, só pode, dizem que tem homens que são tão estúpidos que só percebe as coisas quando perde...

— Não... – eu discordei com a cabeça, não acreditando muito na teoria de Annie. – Eu não estou me iludindo mais Annie, eu não estou passando toda a noite com ele na esperança de que um dia ele chegue em mim e diga que me ama, eu não estou criando expectativas em cima da nossa amizade, eu apenas estou ao lado dele como sempre estive, apenas por gostar de estar com ele, eu não quero acreditar em nada...

— Mas por que? Agora que ele tá diferente com você que você poderia acreditar nessa possibilidade, você está desencanada? – ela perguntou completamente confusa.

— Sim... Um dia quando eu estava dando aulas particulares a ele eu me iludi, eu achei que ele estava gostando de mim, pelo menos para mim era a única explicação para ele querer participar da manifestação, só que depois o que acontece? O vejo com a Gabbe e percebi que me iludi feio, senti-me uma completa idiota, e agora pensando assim pelo menos eu não me iludo, é uma armadura que criei para não sofrer tanto com as atitudes que ele possa tomar, somos amigos, mas ele continua com a Gabbe, ela é a namorada dele e não eu e respeito o namoro deles, Peeta e eu sempre nos respeitamos, nunca ele tentou nada comigo e enquanto continuar assim, para mim eu vou continuar acreditando que ele apenas me vê como uma amiga...

— Você é completamente louca Katniss... – Annie discordou com a cabeça e levantou-se da cama, olhando para mim, indignada. – Não dá para te entender, com um estralar de dedos você poderia terminar o namoro do Peeta com aquela lambisgoia oxigenada, mas não, você não faz isso, na verdade o que você prefere fazer? Apoiar o namoro dos dois... Daqui a pouco você aceita até ser a madrinha do casamento deles!

— Se precisar, eu vou ser mesmo! – eu respondi, cruzando os braços e virando o rosto para o outro lado.

— Você não é Jesus Cristo não, você não precisa se sacrificar e morrer numa cruz, muito menos pelo Peeta, você quer que esse cara te de valor? Se de o valor primeiro, enquanto você achar que não pode ser mulher para ele, e que aquela oxigenada lá é mais do que você...

— Eu nunca disse isso Annie... – eu a interrompi e depois a olhei, ficando irritada e ao mesmo tempo confusa. – Quer saber? Eu não estou te entendendo, primeiro você diz que eu deveria era esquecer o Peeta, xingou-o de tudo quanto é nome, e afirmava com todas as letras que nunca ele e eu poderíamos ficar juntos, e agora que eu te escuto, desisto dele, você está quase me matando porque eu desisti? Eu não estou te entendendo...

— Eu não disse em nenhum momento para você ficar dando uma de amiga dele, eu disse que você não deveria era nem olhar na cara dele, esquecer ele, mas assim dessa forma que você está agindo, você não vai esquecê-lo, muito pelo contrário, e alias, se ele estiver pela primeira vez na vida sendo sincero com você, pode ser mesmo sendo duro de admitir, o idiota está mesmo apaixonado e finalmente está se entregando a você, então já que ficar longe dele está fora de questão roube ele da Gabbe, não seja burra Katniss!

— Se ele estiver gostando mesmo de mim Annie, eu não vou precisar fazer nada, o destino tomará conta disso! – respondi simplesmente.

###

Depois do que aconteceu no quarto, eu só fui encontrar Peeta no café da manhã, ele estava sentado em uma mesa razoavelmente distante da minha, quando me viu sorriu de leve, e eu correspondi o sorriso, depois notei que Gabbe estava sentada numa mesa afastada da dele.

Parecia que Peeta e Gabbe estavam em crise, até nas aulas ela continuava sentada longe, mas disfarçadamente notei que ela olhava para Peeta, seus olhares não eram muito agradáveis, entretanto Peeta parecia nem notar esses olhares, mas eles me preocupavam, eu sabia o que uma mulher ressentida é capaz de fazer.

Durante esse período, Annie continuou em meu ouvido, ela também parecia mais animada em ver Peeta distante de Gabbe e continuava insistindo que essa era minha oportunidade, era estranho ver Annie me apoiando a ficar com Peeta.

Eu continuei indo todas as noites no quarto de Peeta, continuamos com as mesmas atividades de sempre, revezando videogames, filmes, xadrez e teve mais uma noite que observamos as estrelas, ainda ele acabou permitindo que eu recitasse mais alguns sonetos de Shakespeare, entretanto ele dormiu na metade.

Continuamos com essa rotina até chegar o aniversário de Peeta, logo de manhã fui cumprimentá-lo, ele estava bastante animado, principalmente porque bem nesse dia a escola havia marcado uma visita ao centro, eu também gostei muito da ideia já que eu aproveitaria e compraria um presente de aniversario a ele.

Eu já estava me vestindo para ir ao centro, quando escutei um barulho de bater de porta, fui apressadamente até ela, a abri e então deparei-me com Peeta, ele já estava arrumado, e quando me viu, sorriu para mim, sorriso que automaticamente eu correspondi.

— Er... Eu queria saber se você queria ir comigo... – ele iniciou.

— Com você? – perguntei, sem entender.

— Sim, podíamos passear juntos no centro, beber alguma coisa, comer, o que você acha?...

— Mas... E a Gabbe? – eu perguntei.

— Nós podemos despistar ela... – ele respondeu.

Eu encarei-o com as sobrancelhas franzidas, não posso negar que fiquei um pouco receosa, afinal, eu não sabia se isso daria certo, mas eu estava disposta a tentar, afinal, seria bem legal passar a tarde com ele no centro, mesmo que fosse um tanto arriscado porque seremos vistos por outros alunos. Mas se ele queria passar o aniversário comigo, eu também queria passar o aniversario dele com ele.

Caminhamos lado a lado em direção ao ônibus, entretanto, eu percebi que os alunos não olhavam tão estranho para nós, como acontecia quando eu estava com Finnick, eu até entendia o porque, mesmo Peeta tendo se tornado popular, ele era meu amigo no passado e já éramos vistos juntos diariamente, o que fazia os alunos entenderem que nossa amizade continuava independente da sua popularidade ou não, o que me deixava mais aliviada, mesmo não me importando com a opinião dos outros, eu acharia desconfortável os olhares deles.

Entretanto, quando sentamos juntos dentro do ônibus, percebi que mesmo os alunos não estranho, tinha alguns que nos encararam, como Thomas e Gabbe que lançaram olhares estranhos para nós, não somente os dois mais Gale também, percebi que Annie também me olhou, entretanto diferente dos outros ela sorriu, junto de Finnick. Aliais os dois estavam mais próximos nesses últimos dias.

Eu engoli um seco e desviei o olhar para a janela do ônibus, Peeta também evitou olhar para eles, e começou a conversar comigo, acredito que para amenizar o clima estranho causado pelos olhares dos quatro.

— Como você a conheceu? – perguntei de repente, cortando o assunto sobre os países que ele tinha visitado nas suas ultimas três férias, da qual ele comentou nos últimos quinze minutos.

— O que? – Peeta perguntou, olhando-me com as sobrancelhas franzidas, parecia não entender minha pergunta.

— Gabbe... Aonde você a conheceu? – perguntei, tentando manter um tom agradável, para que ele não notasse que o namoro dos dois havia e ainda me machuca um pouco.

— Ela é vizinha do Thomas, passei alguns dias na casa dele e ai eu a conheci, ela já ia estudar aqui antes de eu conhece-la... – ele respondeu, desviando o olhar para seus pés.

— Você gosta dela? – perguntei, olhando-o fixamente, ele voltou a me olhar, pelo seu semblante ele parecia levemente nervoso com a minha pergunta.

— Depende da definição de gostar... – ele disse.

— Tem tantas definições assim? Lógico que o gostar de namorada é diferente do que um gostar de amiga e...

— Eu não sei ainda o que é amar, quer dizer, eu ainda não consigo entender esse sentimento... – ele me cortou.

E então eu suspirei.

— Eu já acho que o amor é o sentimento mais fácil de ser percebido, ele é tão diferente de todos os outros sentimentos que é impossível não percebermos ele...

— Pode ser para você que é boa, sensível, honesta, não para alguém como eu... – ele então desviou o olhar novamente.

— Você não é diferente, só quer acreditar que é, mas você é tão bom e sensível quanto eu... – eu disse, o fazendo sorrir levemente para mim.

Ele não falou nada mais sobre esse assunto, mas continuou sorrindo para mim e ficamos algum tempo em silencio, até chegar ao centro.

Quando descemos do ônibus, notei a aproximação de Gabbe, ela parou na nossa frente e nos olhou de uma forma estranha, mas o olhar durou pouco segundos, porque logo depois ela se jogou nos braços de Peeta bem na minha frente.

— Mozinho... Hoje é seu aniversario, que tal pararmos com essas brigas e darmos uma volta juntos? – ela sugeriu, colocando os braços em volta do pescoço dele.

Peeta suspirou, e puxou os braços dela para longe dele.

— Olha Gabbe, Katniss e eu combinamos de tomarmos um café juntos... – ele disse, olhando para mim, eu sorri forçadamente para ele tentando disfarçar o ciúmes que eu sentia de ver Gabbe tocando nele.

Foi então que ela parou seu olhar em mim, olhou-me dos pés a cabeça, olhar do qual fez meu rosto todo esquentar.

— Ah sim sua amiguinha, mas não tem problemas, podemos ir nós três, o que vocês acham? – Gabbe perguntou, de uma forma extremamente simpática.

— Não, que isso, vão vocês dois... – eu respondi, tentando manter a voz firme e acho que funcionou.

— Eu faço questão querida, pode vir com a gente, o bom é que eu posso conhecê-la melhor... Eu gosto de conhecer os amigos do meu namorado... – ela respondeu, e notei um ênfase na palavra “meu”.

Eu engoli um seco, olhei para Peeta que parecia em choque, parecia nem saber o que dizer, foi quando Gale desceu do ônibus junto de Annie que estava conversando com Finnick, os dois passaram ao meu lado e pareceram nem notar-me, só que quando Gale que estava um pouco mais para trás passou, pareceu notar toda situação, então se aproximou.

— Hei Katniss, eu estou indo lá naquela livraria que você me falou, quer ir? É que não estou querendo ficar de vela... – ele então apontou com a cabeça para Annie e Finnick que estavam parados mais na frente e conversavam bastante próximos um do outro.

— Claro! – eu disse rapidamente, sentindo certo alivio, por poder me livrar dessa situação.

— Mas Katniss... – Peeta iniciou, ele pareceu ter ficado chateado. Gabbe olhou para ele e depois olhou rapidamente para Gale e eu.

— Tenho uma ideia melhor, que tal nós quatro irmos ao café e depois passamos nessa livraria... – Gabbe novamente sugeriu, apertando forte o braço de Peeta.

Gale e eu nos entreolhamos, ele deu de ombros e eu suspirei, não havia gostado muito da ideia.

###

Eu já havia me esquecido o quanto era doloroso ver Peeta e Gabbe agarrados, mas parecia que ela fazia questão de esfregar isso na minha cara todo o tempo, Peeta pertence a ela e ponto final, e eu não podia negar essa era a dura e cruel realidade.

Eu sentia vontade de fazer alguma coisa, de gritar, de xingar, ou até mesmo de sair correndo só para não ver contato físico entre eles, mas eu não podia, eu estava completamente impotente, Peeta era apenas meu amigo e eu não tinha direito de sentir ciúmes e nem cobrar nada deles, o que me restava era engolir e olhar tudo isso com dignidade.

Eu senti o ombro de Gale bater em meu braço, o que me fez entender que eu deveria disfarçar, pois estava olhando demais para eles, estávamos sentados em uma mesa num café bastante conhecido do centro, enquanto eu bebia observava Gabbe deitar-se no ombro de Peeta e segurar suas mãos, ele estava levemente vermelho e evitar me olhar a todo custo.

Não tínhamos muito assunto, na realidade o pouco que falamos foi um assunto puxado por Gabbe, mas a conversa não se prolongou, acho que é porque ela era a única que queria falar naquele momento.

— Hum... Vocês dois são amigos há muito tempo? – ela perguntou depois de alguns segundos em silencio, ela olhou para Gale e eu, e nós dois nos entreolhamos e concordamos com a cabeça. – Sabe vocês até que fariam um casal bonitinho e olha só não é querendo me gabar, mas eu nunca erro! – o sorriso dela se alargou.

Olhei para Peeta que agora ficou ainda mais vermelho e depois olhei para Gale que engasgou com a própria saliva e começou a tossir.

— Somos apenas amigos! – eu disse voltando a olhar para ela.

— É... Apenas amigos! – Gale concordou, olhei para ele novamente e vi que agora abaixava a cabeça e coçava seu queixo, depois meus olhos pararam novamente em Peeta, e percebi que olhava para mim seriamente, com uma expressão indecifrável no rosto.

— Ah é? Que pena, acho que vocês fariam um belo casal... – ela insistiu enquanto pegava sua xicara e dava um longo gole de café, ela continuava com os olhos grudados em nós dois, eu não sabia porque mais aquele olhar um tanto estranho.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: COMENTEM, RECOMENDEM, FAVORITEM *-*