Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 12
Capitulo 11 - Com o passar dos dias


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, to postando mais um capitulo de Remember me, praticamente TODO inédito, bem demorou um pouco porque foi mais dificil escrever ele do que imaginava que seria, meu word não deu mais problema, só que esse capitulo eu tive que passar as semanas para frente e acabou sendo dificil de escrever, SIM, essa fase partir do próximo capitulo acabará e provavelmente partir daqui para frente vocês ficarão com raiva de Peeta, ou talvez não, vamos ver que lado vocês ficarão já que nessa fic é sempre visto os dois lados...
Bem, no próximo ainda será a visão de Katniss, acho que ainda tem dois capitulos na visão dela, mas acredite tudo que ficar confuso na visão dela será explicado na visão dele ;) espero que gostem e as reviews bem vou tomar banho para ir trabalhar, mas vou indo respondendo enquanto me arrumo, prometo que irei responder todos. E então ai vai:



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Com o passar dos dias

Após sair da biblioteca eu decidi ir atrás de Gale, eu tinha que encontra-lo, precisávamos ter uma conversa, afinal, eu sabia que não podíamos continuar naquela situação que para mim já estava se tornando insustentável, Gale e eu já éramos amigos há tanto tempo, que eu achava ridículo que por causa das aulas particulares que eu estava dando a Peeta motivo para ele se manter afastado de mim.

Depois de dobrar alguns corredores eu encontrei Gale nos corredores dos armários, ele estava retirando os livros de dentro do seu armário, quando me aproximei sem pensar duas vezes, parei ao lado dele e ele demorou alguns segundos para notar minha presença.

— Katniss... – ele disse, me olhando com um semblante sério.

— Ainda se lembra de mim? – perguntei num tom irônico, Gale então revirou os olhos.

— Você e sua péssima mania de querer fazer brincadeira com tudo... – ele comentou, soltando um suspiro.

— E você anda mais carrancudo que o normal... – eu reclamei, mas num tom brincalhão. Gale deu um longo suspiro e se virou em minha direção, olhando-me seriamente. – Qual é Gale, por que você está fugindo de mim? Não podemos ficar assim a vida inteira... – eu perguntou.

— Eu não estou fugindo de você, simplesmente as vezes o melhor a se fazer é se manter distante...

— Não vejo razão para você se manter afastado... – respondi, dando de ombros. – Tudo isso é por causa do Peeta? Você acha tão grave assim eu querer ajudar ele que preferiu até parar de falar comigo por causa disso?

Novamente Gale deu um suspiro.

— Será que você ainda não conseguiu perceber qual vai ser o final disso tudo? Peeta vai passar na prova, vai se tornar popular, muitas garotas vão cair em cima dele e pouco a pouco ele vai esquecer que você existe e quem vai sair machucado no final dessa história? Com certeza não vai ser ele! – ele respondeu e eu abaixei a cabeça, pensando no que ele disse por alguns segundos, realmente isso era um risco que eu estava cometendo. – Eu não quero mais ver você sofrendo por causa desse imbecil, será que não já bastou todas as vezes que ele te ignorou? Fica te fazendo de palhaça porque tem vergonha de você, te magoou com as palavras grosseiras dele, conta quantas vezes ele te fez chorar? Ele não te merece Katniss, e vai te fazer sofrer de novo!

— E por isso você não quer falar comigo? Porque preciso fazer o que você acha certo? – perguntei voltando a olhá-lo, sentindo um nó na garganta, as palavras dele me fez sentir vontade de chorar.

— Não, eu só não quero ver você quebrando a cara de novo! – ele respondeu, e então colocou os livros na mochila e voltou a me olhar. – Você vale muito Katniss, pena que você ainda não percebeu isso... – ele acrescentou, antes de se afastar sem dizer mais nenhuma palavra.

E então fiquei ali, parada pensando por alguns segundos, eu não podia negar que fiquei preocupada com que Gale havia me falado, sim, existia a possibilidade de acontecer o que ele disse, as vezes a popularidade mexe com a cabeça das pessoas e Peeta sempre foi um garoto muito superficial, estava claro de que ele poderia ser influenciado pelas novas amizades que iria fazer, pelas garotas sugadoras de popularidade que ele poderia encontrar pela frente, e sim tudo isso seria um utensilio para que eu conseguisse o que queria, fazer Peeta perceber que sou a garota certa para ele.

Talvez eu estivesse contribuindo para nosso afastamento, só que eu não podia ser egoísta ao ponto de querer impedir que ele realize o seu sonho por estar com medo de que isso nos separe para sempre, eu sabia que ás vezes o amor quer ser egoísta, mas temos que nos segurar e fazer as coisas certas. Eu precisava apoiá-lo, sem pensar nas consequências.

Tudo bem que eu também entendia o lado de Gale, enquanto eu estava deitada na cama, olhando para o teto, eu tentava raciocinar, pensar nas atitudes dele, era compreensível, ele gostava tanto de mim ao ponto de não suportar me ver sofrer por causa de Peeta, eu precisava entendê-lo, dá tempo a ele, até ele perceber que ficar longe não vai contribuir em nada, não vai impedir de acontecer o que tiver que acontecer.

Eu já tinha começado agora só o destino saberá qual será o final, pois eu estava disposta a ajuda-lo e se depender de mim Peeta Mellark entrará no time, se tornará popular, mesmo que isso possa acabar com nossa amizade, mesmo que isso me destrua por inteiro.

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Peeta estava mesmo disposto a me ajudar, e até aquele momento eu estava feliz com as atitudes dele, no outro dia ele chegou a fazer um cartaz lindo para a manifestação dos vegetarianos, e de inicio senti que ele havia feito isso apenas para disputar com Finnick, coisas de homens, só que quando vi o cartaz e percebi que ele havia desenhado ele e eu não pude evitar ficar emocionada com sua atitude.

Eu sentia que estava entrando em um caminho duvidoso, a aproximação nossa havia aumentado, além dele ficar comigo na manifestação, também tinha as aulas particulares, era maravilhoso ficar tanto tempo perto dele, mas também era perigoso, pois cada atitude dele que eu considerava um tanto fofa, cada sorriso que ele dava para mim me fazendo derreter, cada vez que ele me tratava bem, conversava comigo e me apoiava em tudo, eu sentia-me mais apaixonada por ele, eu conseguia amá-lo ainda mais sem saber como isso era possível. E sim eu estava consciente de que cada vez que me apaixonava mais por ele eu sabia que se houvesse a queda, ela seria bem pior.

Na manifestação estávamos na luta de colher assinaturas para o abaixo assinado, e de longe eu observava Peeta contribuir, pedindo assinaturas para todos e eu não podia evitar ficar feliz por sua belíssima atitude. Era lindo saber que mesmo ele não sendo vegetariano, ele estava participando, apenas por mim. Sim só poderia ser por mim.

Enquanto pegávamos assinaturas, notei a aproximação de Thomas, ele foi falar com Peeta, Peeta o puxou para o canto e os dois começaram a conversar, de longe fui observando as expressões de pavor no rosto de Peeta, as vezes Thomas parecia que o atormentava e isso era terrível, decidi inventar uma desculpa para tirar Peeta daquela situação, afinal, algo dentro de mim dizia que Thomas estava reclamando de Peeta estar me ajudando, ele nunca foi a favor do manifesto.

 - PEETA? – eu chamei.

Thomas então se afastou sem dizer mais nada, e eu aproveitei para me aproximar de Peeta, pela expressão dele ele ainda parecia perturbado.

— Peeta? – eu chamei novamente. – Peeta está tudo bem?

Peeta me olhava, parecia estar confuso, o que será que Thomas falou para ele de tão grave?

— Peeta, o que o Thomas disse a você? – eu perguntei.

— Besteiras como sempre... – ele finalmente respondeu, passando a mão no cabelo, ele parecia querer disfarçar o nervosismo, mas não estava funcionando muito, estava claro em seu semblante que ele estava apavorado com alguma coisa.

— Se é besteira, por que se preocupa tanto? – perguntei, franzindo as sobrancelhas. – Ele não gostou de você estar me ajudando, não é isso? Ele nunca foi a favor!

— Ele reclamou, mas não importa... – ele disse, desviando o olhar para o chão.

— Se você não quiser participar, prometo que não vou ficar chateada, eu... – eu dizia, até que Peeta voltou a me olhar e interrompeu-me.

— Não! Eu prometi que vou te ajudar Katniss, e vou cumprir... – ele respondeu, nunca o vi tão sério como ele estava naquele momento.

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— E então senhor Peeta, vamos ver se você entendeu bem o que é resenha... – eu disse, o olhando com aquele olhar de suspense.

Já havia passado alguns dias desde que Peeta decidiu me ajudar no manifesto dos vegetarianos, e estava perto do dia da prova, a cada dia que passava eu percebia que Peeta cada vez estava mais ansioso e receoso, entretanto ele estava empenhado em aprender e isso era bom, afinal, ele já havia avançado bastante.

Peeta me olhava com as sobrancelhas franzidas, e de braços cruzados, ele pareceu ficar meio assustado com meu comentário.

— Bom, lembre-se que falamos sobre isso na aula anterior, então hoje iremos treinar... – eu acrescentei. Arranquei uma folha de meu caderno e dei para ele, junto com um lápis e borracha.

— O que você está querendo que eu faça? – ele perguntou, pegando a folha de caderno na mão.

— Tchararan... – eu fiz, sentando-se na frente dele, com um sorriso no rosto. – Você irá fazer uma resenha do livro Ship of Magic...

— Ah não... – ele gemeu, passando a mão no cabelo.

— Sem reclamar, porque podem pedir resenha de livro na próxima prova... – eu respondi, depois olhei a hora no meu relógio de pulso. – Você tem exatamente uma hora para fazer a resenha, pode começar...

Peeta então me obedeceu sem protestar mais, começou a se empenhar e muito na resenha, eu até conseguia perceber pelas suas expressões a dificuldade que ele tinha para escrever, o que era um tanto natural por ele não gostar muito da leitura, eu não pude evitar sorrir, as expressões dele eram tão fofas e ao mesmo tempo me dava tanta pena que eu queria ajuda-lo, mas eu me segurei, eu não podia, afinal, na hora da prova eu não iria poder ajuda-lo.

Com o passar dos minutos percebi que Peeta estava começando a se dar melhor com as palavras e havia começado a escrever mais rápido, eu sentei ao lado dele e comecei a observá-lo, com os minutos passando o sono começou, era fácil sentir sono naquele silencio absoluto e ainda ficar ali sem fazer nada, além do mais eu estava extremamente cansada, havia sido um dia pesado, eu estava estudando e muito para a prova de cálculos e ainda a manifestação estava tomando muito do meu tempo.

Eu estava começando a me sentir mais cansada do que o natural, e quando dei por mim os meus olhos já estavam pesando, até que começaram a se fechar. E tudo escureceu.

Tudo foi rápido demais, como num piscar de olhos. Acordei assustada com a sensação de que minha cabeça estava caindo, na verdade sem perceber eu havia dormido no ombro de Peeta, e ele do nada se sobressaltou, e em seguida segurou-me para eu não cair.

— O que foi? – perguntei, tentando entender o que aconteceu, me recompus e o olhei meio confusa.

Peeta me encarou, parecia meio desconcertado e eu não entendia o porque.

— Er nada...  Eu terminei e bem, eu preciso ir... – ele disse entregando-me a folha e levantando-se rapidamente da mesa.

— Peeta, está acontecendo alguma coisa? – perguntei, ainda sem entender.

— N-Não... – ele gaguejou. – Eu só preciso ir, me lembrei de uma coisa, é, nos falamos amanhã, ai você fala o que achou da... É da resenha!- ele disse, pareceu que por alguns momentos ele perdeu a voz.

Eu sem saber o que dizer, apenas concordei com a cabeça enquanto observava ele sair da biblioteca, quase correndo, e então eu tive impressão de que ele estava fugindo de mim de novo.

Suspirando, eu peguei o papel e li a resenha, não pude evitar sorrir no final, ela estava ótima.

###

Nos próximos dias tudo foi mais fácil, parecia que Peeta estava digerindo melhor os conteúdos de Literatura Inglesa e por isso era impossível de não sentir orgulho dele e claro de mim mesma por ter contribuído nisso.

Peeta participava de toda a manifestação, sempre fazendo questão de ficar próximo de mim, e eu adorava isso, embora sua ajuda tenha afastado Annie e Finnick que ficavam junto longe de nós, mas por outro lado isso era bom, o afastamento ajudava Annie a se aproximar de Finnick, quem sabe assim possa rolar algo entre eles?

 Quando finalmente chegou o dia da tão esperada prova, notei o nervosismo de Peeta, eu sabia a razão para tanto nervosismo, para ele aquilo significava sua vida, afinal, a prova que iria definir se ele entraria no time ou não. Todo o momento eu tentei acalmá-lo, dizendo que tudo daria certo, mas parecia que Peeta não estava muito seguro disso.

— Vai dar tudo certo... – eu repeti a ele, enquanto parávamos em frente a porta da sala em que ele faria a prova de Literatura Inglesa. – Você tem que acreditar em você, você é inteligente Peeta, se dedicou muito e estudou muito para isso, tenho certeza que você vai conseguir...

— Sim... Vai dar tudo certo... – ele repetiu, sorrindo forçadamente, parecia querer me passar segurança, mas estava claro a sua insegurança.

— Leia bem devagar cada questão, preste atenção e tente se lembrar das nossas aulas, está bem? – eu disse, e ele concordou com a cabeça.

— Obrigado! Obrigado por acreditar em mim, por ter me ajudado, por me achar inteligente mesmo quando eu mesmo não acreditava em mim... – ele agradeceu, me fazendo sorrir e abraçar ele fortemente, o senti soltar um leve gemido, o que me fez soltá-lo por acreditar que eu estava o apertando demais.

Novamente Peeta sorriu, mas pareceu um sorriso nervoso, ele se virou para entrar na sala, quando antes disso novamente me olhou.

— É... – ele gaguejou, passando a mão em seu cabelo. – Você poderia me esperar na quadra, acho que não tem ninguém lá esse horário...

— Como? – perguntei, sem entender.

— É que eu quero que você seja a primeira pessoa a saber se passei na prova ou não, eu quero te encontrar lá... – ele disse e pelo seu tom de voz ele parecia meio nervoso. – É justo... – acrescentou.

Demorou alguns segundos para eu entender e acreditar que ele estava querendo que eu seja a primeira pessoa a saber se ele passou na prova, e quando consegui digerir as palavras dele, senti uma felicidade me invadir por completo, meu coração disparou forte e eu queria e muito abraça-lo novamente, mas me contive.

— É claro... – eu disse sorrindo emocionada. – Eu estarei te esperando!

Eu o observei até ele se virar e entrar na sala e depois comecei a caminhar em direção a quadra. 

Realmente como Peeta havia falado, ela estava vazia, fiquei esperando com a maior expectativa Peeta aparecer, eu andava para um lado e para o outro da quadra, olhando cada minuto passar em meu relógio de pulso, parecia que eu sentia o mesmo nervosismo que ele, eu torcia em silencio, como se as minhas boas vibrações pudesse ajuda-lo em alguma coisa. O tempo passou tão lentamente, que realmente eu conseguia sentir cada minuto passar.

Demorou uma hora e quinze minutos para Peeta aparecer na quadra, quando o vi meu coração disparou automaticamente, ele aproximou-se em passos lentos, de inicio seu semblante não mostrava nenhum sentimento que pudesse me fazer adivinhar a sua nota, até que ele parou na minha frente e fiquei olhando-o com coração disparado.

— E então? – perguntei, olhando-o fixamente.

Ele olhou para baixo por alguns segundos e depois subiu o olhar para mim e sorriu, sorriso que foi acompanhado com o meu, eu não consegui dizer nenhuma palavra, pois antes de ter qualquer reação Peeta me agarrou, levantando-me alguns centímetros do chão, ele rodou comigo em seus braços, e então rimos juntos.

— Eu passei, eu passei, graças a você! – ele disse completamente feliz, colocando eu novamente no chão.

Ainda rindo, ajeitei os meus óculos e continuei o olhando, acredito que com um sorriso bobo no rosto.

— Peeta... Não tire os seus créditos, como eu disse você estudou muito, se dedicou, mereceu passar na prova... – respondi, sorrindo para ele.

Ainda sorrindo, Peeta aproximou-se mais e me deu um demorado beijo no meu rosto.

— Você é demais Katniss... – ele elogiou-me, me fazendo sorrir abobalhada. E essa frase ficou em minha mente, por um bom tempo. – Sério, eu nunca vou esquecer isso...

Peeta estava me tratando diferente, estávamos mais próximos e eu via isso como uma grande oportunidade de se aproximar mais dele, até ele me ver como realmente eu queria que ele me visse, eu só precisava de paciência, e eu tinha e muita. Eu estava disposta a esperar o tempo que fosse até ele criar coragem e dizer a mim as palavras que eu esperava tanto tempo que ele dissesse.

E bom, eu podia dizer que havíamos tido um avanço, sim, estava claro para mim que aquilo havia sido um belo de um avanço, Peeta não parecia mais tão envergonhado em falar comigo próximo as pessoas, ele não era mais grosseiro comigo e continuou ajudando-me na manifestação.

Entretanto, com a entrada de Peeta no time, pouco a pouco comecei a notar o que Gale me falou, as garotas começaram a ter um maior interesse por ele, e eu já sabia que isso seria inevitável, e que uma hora ou outra iria acontecer, e por mais que eu tentasse ser indiferente a esse fato, eu não podia negar que me incomodava as ver falando com ele, sorrindo para ele de forma convidativa, principalmente no horário da manifestação quando ele pedia assinatura a elas.

 Só que algumas semanas depois conseguimos o numero de assinaturas o suficiente e entregamos a direção, era bem mais fácil quando no grupo se tinha dois garotos considerados populares.

Ver Peeta se tornando popular era meio doloroso, iniciaram os treinos, as garotas se aproximaram mais dele, as pessoas olhavam mais para ele e claro ele foi fazendo novas amizades, pouco a pouco foi difícil de manter-me próximo dele, ainda mais quando o manifesto chegou ao fim, teríamos a resposta somente no próximo ano, e então, o resto do semestre não precisamos mais trabalhar com a manifestação, assim sendo, não tinha mais Peeta próximo de mim todas as tardes.

Sem manifestação e sem mais as aulas particulares, Peeta foi se afastando, se afastando, e então eu comecei ir aos jogos somente para vê-lo, mesmo que seja de longe, as vezes durante o jogo eu o via olhar para mim, e sentia-me confortável quando ele sorria. E seu leve sorriso já era o bastante para eu ter esperanças.

E com esse passar dos dias, fui vendo Peeta e seu amigo Thomas se aproximar mais ainda dos garotos mais populares, ele já se sentava á mesa exclusiva, rodeada por garotas lindíssimas, todas lideres de torcida e isso fazia meu coração despencar.

— Em pensar que ele virou tudo isso graças a você... – escutei Annie comentar, me fazendo tirar os olhos de Peeta para olhá-la.

— O que? – perguntei, fingindo não entender.

— Popular... Ele está ali naquela mesa graças a você... Se você não tivesse dado aquelas aulas... – ela dizia até eu interrompe-la.

— Peeta conseguiu tudo isso também graças ao esforço dele! – eu o defendi, Annie então revirou os olhos, ela abriu a boca para responder, mas Gale respondeu por ela.

— Ou melhor, pela esperteza dele, eu não disse que iria acontecer isso? Peeta iria se aproveitar da sua ingenuidade, iria dar uma de bonzinho, até conseguir entrar no time pelas suas custas, depois iria se afastar até chegar um momento de fingir que você não existe... – Gale disse parecendo estar bastante satisfeito, enquanto se sentava ao nosso lado, comendo uma maça.

Eu o olhei um tanto surpresa, desde aquele dia em que Gale me falou aquelas coisas, ele não sentava mais com a gente, ele continuava afastado e parecia que só aquele dia ele havia mudado de ideia.

— Gale? Que milagre é esse você por aqui? – perguntei, num tom irônico.

— Não tem razão para eu me manter afastado, não é? – ele perguntou, e eu não pude evitar sorrir para ele. Eu me lembrava de que tinha dito isso a ele na ultima vez que nos falamos, mas parecia que só agora ele havia levado em conta, só que eu não sabia se era pelo fato de só agora ele ter refletido sobre minhas palavras, ou por eu estar mais afastada de Peeta.

Só que decidi não protestar, estava tão difícil de vê-lo perto, que eu não queria discutir novamente, eu sentia a falta dele, ele era meu melhor amigo e não queria vê-lo afastado de mim de novo.

— É bom ter você de volta... – eu disse a ele, e ele apenas sorriu para mim como resposta.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: O que vocês acharam? Próximo será MUITO importante, não percam...