A Escolhida escrita por Pharah


Capítulo 28
Vinte e oito


Notas iniciais do capítulo

É o que? Atualização? Sim.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/660000/chapter/28

Uchiha Sasuke

Era ascendente: vinte e seis de outubro de 1523, Segunda-feira.

.

 

— Quais são as notícias? — Indago à médica que avaliara meu pai novamente.

Tsunade suspira de forma pesada e com isso sei que coisa boa não viria. Na verdade, era o que ela já tinha dito antes.

— A notícia boa é que seu pai não está sentindo tanta dor mais. — Ela me informa e fico muito feliz por isso, mas não demonstro. — Mas continua terminal. Não há nada que eu possa fazer sobre isso. O rei está com os dias contados e tudo o que posso fazer é que ele tenha o resto de sua vida com menos dor e mais dignidade.

Assinto silenciosamente. Era o que eu iria querer para o meu pai, se não tivesse uma forma de salvá-lo. Uma morte com o mínimo de dor possível. Kabuto havia rejeitado essa escolha.

— Há algo mais? — Indago.

Existe algo no seu olhar que eu não gosto. Um pouco de raiva e indignação, mas também pena. Antes de Tsunade dizer, já sei que. Ao vou gostar nada da sua resposta.

— Eu analisei em segredo o remédio que Kabuto estava dando ao seu pai. — Fico em alerta ao ouvir isso. — Ele não é nada medicinal, garoto. Os "fármacos" usados em seu pai estava acelerando a doença. Eu não sei onde ele conseguiu essa tecnologia, não faz sentido alguém estudar como acelerar uma doença sem que tenha algo positivo nisso tudo...

— Então você está dizendo que, por culpa do remédio de Kabuto, meu pai vai morrer dez anos mais cedo? 

— Sim. E não só isso... Não há nada comprovado, mas fico com isso na cabeça. Como se ele tivesse infectado seu pai de propósito com o Amaterasu. De qualquer forma, o que ele fez é passível de morte.

Concordo com o que ela diz. Normalmente eu iria ficar com muita raiva, gritar e procurar Kabuto imediatamente para uma execução. Mas preciso saber de onde veio isso. E por que.

— Sabe onde esse tipo de pesquisa poderia estar sendo feito? 

— Não. Sou médica, não farmacêutica. Mas sei que os princípios ativos não tem nada a ver com o nosso país. Isso não é a nossa tecnologia.

Há algo em sua expressão que me faz pensar que seja do país de Orochimaru. Talvez porque sei que ele era um cientista, além de soberano. Sinto isso em Tsunade também, já que ela faz um semblante enojado. E tinha conhecimento de que ela o odiava e, acima de tudo, odiava as pesquisas do Homem-Cobra.

— Isso é tudo. 

— Então irei ver o rei, Sasuke. — a insolência de Tsunade em não me chamar por honoríficos ou com mais respeito não me incomoda.

Até porque ela é, atualmente, uma das poucas pessoas que tem um certo poder sobre mim. O poder de dar paz ao meu pai.

O que ela iria dizer a ele? Sei que já tiveram várias conversas... Talvez meu pai precisasse disso. Nunca é fácil lidar com a morte ao seu lado. Itachi que o diga. Fora doloroso para nós e a ele. Ainda é.

♦♦♦

.

.

.

— Sua alteza. — um espião me avista com uma carta na mão. — Isso é para o senhor. Sigiloso, não sei nem de quem é.

Pego meio intrigado. De quem seria a carta? Dos rebeldes? Assim que abro, vejo que estou certo.

"Sua Alteza,

Enviei há algumas horas espiões para lá. Alguns meus, outros os que a sua Alteza enviou até mim. Irão averiguar a situação do tráfico de escravos. Como a mensagem pode demorar a chegar atrasada, pode ser que já tenham chegado ao país. Assim que eu souber mais irei mandar mais uma carta.

Nagato."

A carta não é datada. E é melhor assim, caso fosse interceptada. Ao menos uma boa notícia no meio de tanto caos. Antes que eu possa pensar mais sobre o assunto, avisto algumas garotas conversando entre o castelo, mas passo longe delas. Estou com a cabeça cheia demais para lidar com isso agora. Problemas com o rei, problemas com Suna, rebeldes e Orochimaru. Sem contar com a minha atitude impulsiva com Sakura. Não é feitio meu ser assim, o que me deixa ainda mais confuso.

Eu gosto dela, é um fato. Mas de que forma? E o quanto isso afetaria na minha escolha? Afinal de contas, o que eu preciso é de uma rainha para governar o país comigo com igualdade e muita sabedoria e não um afeto.

Outro fato é que Sakura é inteligente, ainda que seja um pouco ingênua no quesito de política e governo. Mas não posso ser parcial por ela ser mais próxima a mim, a situação do país não é boa. Com a morte do meu pai, os rebeldes podem querer agir, se eu não conseguir agir a tempo. E Orochimaru pode se aproveitar disso. Preciso de alguém tão bom quanto eu, ou melhor.

♦♦♦

.

.

.

— Então já estamos agindo?

Essa é a pergunta de Naruto quando lhe confidencio a carta. Ele parece satisfeito, e há um grande sentido nisso. Assinto de forma silenciosa.

— Caso achem, o que faremos?

— Uma audiência com o rei Gaara. Diremos o que está acontecendo. Ele com certeza não irá fazer mais negócios com Orochimaru, já que no seu país a escravidão também fora abolida há muito.

Naruto coloca as mãos sobre o queixo, pensando no que acabei de dizer. Sei que não tem uma cabeça muito boa para pensar coisas complexas — ou ele simplesmente não se esforça tanto — por isso fico surpreso com sua atitude.

— Mas quem você irá mandar? 

— Vai depender da resposta dele. E do que exatamente vai ser embasada a nossa prova da traição de Orochimaru.

— Isso vai ser deveras... Interessante. — Franzo o cenho com a resposta dele.

Espero que não tenha achado que isso vai ser uma brincadeira ou um jogo. O futuro da nação está dependendo disso.

Depois com a curta conversa com Naruto, decido caminhar um pouco para descansar e esclarecer as minhas ideias. Não fico surpreso ao ser parado no meio do caminho. Tem sido assim desde sempre. Mal tenho tempo para meus afazeres, o que dirá um tempo para mim. A sorte é que Minato tem segurado as pontas enquanto resolvo o caso de meu pai e dos rebeldes. Não que tenha sido muito fácil para ele, já que a população está estranhando o fato do meu pai estar sumido por uma doença que pensam ser amena. Tenho que dar um jeito nisso também.

— Vossa Alteza. — Recebo o cumprimento de Tenten.

Normalmente eu ficaria menos irritado com sua presença. Ela sabe conversar sobre política e isso é bom. Mas eu não tenho vontade alguma mais para falar com quase nenhuma delas, já que anda tudo muito complicado. Se fosse Itachi no meu lugar, com certeza ele saberia o que fazer.

— Tenten. — Eu cumprimento de volta, um tanto seco.

Ela parece muito decepcionada, mas não sinto nada em relação a isso. Antes que eu passe por ela, volta a dizer algo.

— Estás muito sumido.

— Sim. — Concordo. — Mas a política e economia do país não para, e tenho que ajudar o rei. 

— Oh, sim, claro. A vossa alteza deve ser de grande ajuda ao Rei. Parece ter um grande conhecimento também.

Não realmente. Sei o que me ensinaram, mas não sou o primogênito de Fugaku. Itachi saberia mais, foi ensinado mais. Sinto que ainda falta muito para ser um bom rei, mas tenho tentado. E como. Minato tem me ajudado muito, e, por incrível que pareça, Sakura também. Com suas atitudes ousadas e ingênuas, mas ao mesmo tempo sábias por saber mais que ninguém do sofrimento da plebe.

— Bom, até mais ver. — Ela se despede.

Sim, em breve. Em breve verei muita delas e irei diminuir ainda mais o número. Muitas não parecem ter o que é preciso para governar um país. Tenten talvez tenha certo conhecimento, mas sei que muitas delas não tem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pequeno, sem muita coisa mesmo de acontecer. Vai ter mais no próximo, na visão da Sakura. A vida do Sasuke é meio difícil agora, ele não tem tempo pra romance sempre ;-;
Sakura vai ter uma conversa bem interessante no próximo, vcs verão. E vai ser reconhecida por alguém que ninguém iria esperar. Espero que tenham gostado. Estou com 4 histórias em andamento, devo fazer um capítulo delas por semana, então provavelmente estou de volta. Vai sair um por mês no mínimo, mas como esse foi pequeno o próximo não demora e vai ser maior. Mereço comentários? ;-;



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Escolhida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.