A Escolhida escrita por Pharah


Capítulo 17
Dezessete


Notas iniciais do capítulo

Por favor, não me matem! SDOIHASIOAHSIOA não deu para postar o capítulo na semana passada, mas vou *tentar* continuar postando semanalmente, ok? Talvez uma semana ou outra seja pulada de vez em quando, mas não vai ser sempre. Espero que gostem ♥



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Uchiha Sasuke

Era Ascendente: doze de outubro de 1523, Segunda-feira.

Depois de ouvir praticamente duas horas o sermão de meu pai, – não que ele estivesse realmente errado, mas nunca admitirei isso – pela segunda vez, decido que hoje definitivamente não irei passar por nenhum lugar onde algum empregado dele possa estar, já que é mais do que óbvio que caso algum dos empregados vissem-me, iriam comunicar para o imponente Uchiha Fugaku, que iria lembrar de mais algum xingamento e eu teria de ouvir tudo novamente. Uma voz estridente tira meu pai da minha cabeça imediatamente, e sei que mesmo sem ver a pessoa, trata-se de Naruto.

— Teme! Justamente Vossa Alteza quem eu queria encontrar. — o tom de voz misto entre diversão e sarcasmo de Naruto faz com que eu fique um pouco alerta; definitivamente nada de bom viria daí.

Não me dou o trabalho de responder ou de ao menos parar para ouvir o que o Uzumaki falaria, afinal, tinha certeza de que seria alguma coisa irritante e/ou inútil. E o meu humor está bastante azedo no momento. Naruto não parece realmente chateado com o fato de eu ter fingido que não havia visto ele; muito pelo contrário, seus lábios contraíram-se num sorriso ainda mais travesso do que estava antes, e ele me segura pelos ombros, tremendo para não rir de algo.

— Sabe, eu acabei de encontrar com a Sakura-chan. — ele começa a contar uma história na qual não quero ouvir, mesmo que tenha certo interesse ao ouvir o nome de quem estava envolvido.

Sakura. Eu não havia a visto hoje, mesmo que tivesse combinado de ensiná-la a ler. É claro que eu não havia a deixado esperando, pedi para um dos professores de literatura ensiná-la hoje. Estaria ela chateada por eu não ter aparecido? Bem, isso não parecia ser algo típico dela. Então o que diabos Naruto falaria?

— E ela parecia preocupada com você... — ele olha descaradamente para mim, esperando algum tipo de reação.

— ...E? — finjo desinteresse na história do Uzumaki ao ver o seu sorriso presunçoso, temendo alguma dor de cabeça futura.

Ele apenas dá uma sonora gargalhada e continua a olhar para mim de uma forma zombeteira, coisa que jamais suportei de sua parte ou a de Itachi, quando ainda era vivo. Lembrar-me dele nesse momento apenas aumenta a minha impaciência, no entanto. Mais melancolia não seria bom para mim agora.

— Se não vai dizer nada, irei embora. Não estou com paciência para as suas brincadeiras, Usuratonkachi. — resmungo, irritado pela risada debochada de meu amigo, mas ele volta a segurar-me pelos ombros.

— Espera aí, Teme! — Naruto exclama com a sua voz extremamente escandalosa, como sempre. — Bom, como disse, ela estava preocupada... E eu disse que você estava tomando um tremendo sermão do nosso digníssimo rei. — sua voz fica cada vez mais debochada, o que não passa despercebido por mim.

E, aliás, por que em cargas d'água ele mencionou para Sakura o fato do meu par ter ficado irritado comigo?! Não era como se fosse da conta de Naruto, para sair contando coisas assim. Uma estranha e bizarra imagem do Uzumaki contando para ela sobre o sermão aparece em minha mente, com os dois rindo zombeteiramente... Não, isso não faz sentido.

— Humpf, como se isso fosse da conta de vocês. — resmungo com o tom de voz mais desprezível que tenho.

— Não seja rude, ela só estava preocupada! — retruca Naruto, irritado com a minha resposta grosseira.

— Tsc tanto faz. Era só isso? — não que eu quisesse realmente ser grosseiro ou rude em relação a Sakura.

Sempre fui seco com todos a minha volta, principalmente quando estou de mal humor e a pessoa na qual estou conversando chama-se Uzumaki Naruto.

— Claro que não. — o sorriso esquisito de Naruto cada vez incomoda-me mais. — É só que ela me perguntou se você estava de castigo. — ele ri mais uma vez enquanto aponta o seu dedo indicador grosseiramente em minha direção.

É claro que o que Naruto havia me contado fere o meu ego. Como Uchiha Sasuke, futuro rei de Konoha, ficaria de castigo? Onde raios ela havia imaginado algo como isso acontecer?! Bizarro e irreal.

— Imagina só: Uchiha Sasuke, futuro rei, de castigo porque mentiu para o papai.

Definitivamente Naruto merece ser torturado e executado.

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Ando ainda irritado pela brincadeira desnecessária de Naruto – que durara cerca de duas horas, falando no meu ouvido situações completamente ridículas e improváveis, onde eu fora o protagonista – sobre castigo.

Sim, eu estou com raiva. De Sakura e de Naruto, obviamente. Não que Sakura tivesse tantos motivos quando Naruto – tenho certeza de que ela não havia feito brincadeirinhas em relação ao sermão de meu pai – mas ainda era extremamente irritante para o meu ego ela sequer pensar na possibilidade de eu, Uchiha Sasuke, estar de castigo.

Dou um muxoxo de insatisfação com os acontecimentos do dia. Nada podia piorar, podia?

— Vossa Alteza! — uma voz aguda e feminina me chama e olho em direção ao som, entediado e irritado.

Tratava-se de Tsuchi Kin, a garota do distrito treze, na qual tinha uma aparência extremamente similar a de todos os Uchiha que conheci e que já vi em algum livro ou quadro. Seu sorriso esboça algo como satisfação por me ver, muito diferente do meu olhar indiferente cravado nela.

— É um prazer vê-lo. — ela diz animada com a minha presença, logo após fazer uma breve reverência polida.

Não a respondo com nenhuma palavra, no entanto, isso não parece fazê-la desanimar, de forma alguma. Meu desinteresse parece fazer com que ela fique ainda mais feliz, por mais estranho que pareça.

— Ultimamente nenhuma das garotas parece ter visto muito a Vossa Alteza. — ela começa a falar com um sorriso nos lábios. — O que é verdadeiramente uma pena. Vossa Alteza não anda bem de saúde?

— Apenas muito ocupado. — repondo de forma curta, tentando não ser muito rude com Kin.

— Entendo. E agora, estás ocupado? — sua pergunta sai neutra.

— Não. Não estou.

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Não faço a mínima ideia do porquê ter dito a verdade a Kin. Sua presença não era extremamente agradável, havia algo de estranho nela, não como de Konan, mas ainda sim peculiar. De fato, talvez eu apenas precisasse de algo para distrair da minha vida no momento. Meu pai e Naruto hoje já deixaram-me com um humor péssimo, e a música que a garota toca em um dos vários pianos espalhados pelo castelo, havia feito uma melhora no meu humor.

— Vossa Alteza gosta? — ela indaga ao terminar a terceira música consecutiva.

Eu nunca tive tempo o suficiente para tocar algum instrumento ou sequer procurar mais a fundo sobre os estilos de músicas existentes em Konoha, mas isso não era motivo para negar a pergunta de Kin. Sim, a melodia do piano era extremamente relaxante e agradável de ouvir.

— Sim.

— Então por que não tenta tocar?

A sua simples pergunta havia feito com que eu ficasse levemente atordoado. Como eu poderia tocar uma música de piano se nunca tive o interesse em aprender?

— Eu não sei. — confesso com um tom entediado, tentando disfarçar o constrangimento.

— Eu te ensino. — ela parece ter notado a minha falta de confiança em seus dotes para ensinar, porque dá uma leve risada, anda em minha direção e puxa minha mão delicadamente até o banco onde está o piano.

Olho completamente perdido para o piano após sentar no banco ao lado de Kin, em frente ao instrumento musical. Eu realmente não sabia de nada sobre isso. Talvez se fosse no meu lugar o bastardo do Naruto, ou o meu falecido irmão Itachi, a situação seria deveras distinta.

— Tente tocar qualquer uma das teclas, apenas para saber ligeiramente como é a melodia de cada uma. — ela diz pacientemente e tento fazer o que ela diz.

Colo um de meus dedos sobre uma tecla qualquer e ao escutar um som grave saindo dela, retiro o meu dedo.

— Vossa Alteza, assim foi muito rápido. — ela diz e fico um pouco desconcertado pela minha falta de jeito com o piano. — Tente assim.

Kin coloca suas mãos sobre as minhas e a leva até a mesma tecla na qual eu havia tocado menos de meio segundo. Realmente havia ficado bem melhor o som depois de alguns centésimos de segundos.

— Não ficou melhor?

— Certamente. — sou obrigado a concordar e ela sorri com a minha resposta.

Não sabia muito o que fazer agora. Kin não havia soltado as minhas mãos e devido a minha falta de contato com mulheres – exceto com Naruko, irmãzinha de Naruto e Kushina, mãe dos dois Uzumaki – não tinha ideia de como mandá-la tirar as mãos sem ser grosseiro. Normalmente não daria a mínima para a delicadeza, no entanto, eu não era tão sem tato assim. Nas minhas aulas de etiqueta, quando era criança, havia sido informado que a pior coisa que um homem poderia fazer é tratar uma mulher de forma indelicada, então fiquei parado, como uma espécie de retardado.

— Kin. — eu tento chamar a atenção da garota, e ela finalmente solta as minhas mãos.

Sinto um alívio maior do que eu sequer pudesse imaginar. O que eu faria caso ela começasse a agir feito Ino? No momento estávamos sozinhos... Sinto um arrepio na espinha ao pensar que caso fosse Ino em seu lugar, as coisas teriam acontecido de uma forma diferente. E eu estaria em apuros. Ela sorri de uma forma devassa e depois inclina-se até o meu ouvido.

— Temos companhia.

A primeira coisa na qual faço é olhar para trás de uma forma incrédula. Como eu não havia ouvido a porta tão grande como a desta sala se abrir? Talvez o meu extremo nervosismo e falta de experiência com mulheres tenha feito com que eu ficasse mais desajeitado... Definitivamente uma característica que não é do meu feitio.

— Eu, hã, não queria incomodar. — A voz de Karin soa pela sala em uma tonalidade tensa e depois solta uma pequena risada nervosa, enquanto olha para as suas mãos trêmulas.

Mesmo que eu jamais diga isso em voz alta, tenho que dizer mentalmente – e pela enésima vez – que sou péssimo com mulheres. Mas nesse caso, eu havia pego exatamente o sentido do sorriso satisfeito de Kin. Ela parecia claramente satisfeita com o estrago emocional que havíamos feito com Karin. Aliás, por que ela estaria tão afetada assim? Não é como se ela me conhecesse a muito tempo...

Os olhos da Uzumaki parecem tão brilhantes que eu diria que em menos de dez segundos ela poderia chorar. Todavia, isso não acontece. Karin dá as costas tanto para mim quanto para Kin, após fazer uma reverência muito trêmula e desajeitada, e vai embora da sala da forma mais apressada que pode, sem importar-se com a falta de elegância.

— Karin... — Kin sussurra como se a conhecesse mais do que eu jamais imaginaria. — Tão dramática...

Não demorei a sair com Kin da sala logo depois da saída, como Tsuchi havia dito, dramática de Karin. Por breves segundos eu me sinto um pouco mal por ela ter visto a cena, mas depois lembro-me que caso ela quisesse realmente saber o que estava acontecendo aqui ela poderia ter simplesmente perguntado.

Uma pequena voz na minha mente diz algo como "mas você é o príncipe, ela não tem esse direito", e o sentimento de culpa volta. Talvez no dia seguinte eu a procurasse.

— Não precisa ficar tão abalado assim, Vossa Alteza. — ouço a voz de Kin. — Não é como se estivesse fazendo algo errado, certo? Estamos todas apenas conhecendo você ainda.

Sim, isso é uma verdade. Karin não tinha direito maior sobre mim, nem Kin, nem Sakura, nem nenhuma delas. E mesmo se alguma tivesse, eu jamais iria atrás, iria? Jamais ousei ferir tanto o meu orgulho por ninguém.

♦♦♦

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— ....e esse é o septuagésimo segundo motivo pelo qual você não deveria NUNCA omitir qualquer coisa do castelo para o REI, Sasuke. — a voz extremamente irritada, fraca e seca de meu pai soa pelo seu maldito quarto.

Cerca de dez minutos após despedir-me de Kin, um dos – malditos – guardas de meu pai havia me avistado e foi convocado até o seu quarto para que ele fale comigo. É claro que eu já sabia que haveria mais vários minutos de um sermão que ele já tinha feito.

— Você me escutou?! — ele volta a falar comigo enquanto massageia as suas têmporas.

— Hn. 

— Fale direito, pirralho! Até a minha morte, ainda sou o rei! — graças a Deus não havia nenhum guarda dentro do quarto, apenas nós dois.

Antes que eu pense em retrucar algo, meu pai começa a tossir violentamente e a raiva que eu estava sentindo sobre ele some em cerca de um milésimo de segundo. Vou até ele apressadamente e o ajudo a levantar parcialmente na sua enorme cama de dossel.

— Estou bem. — ele diz seco após recuperar-se da crise de tosses.

Ficamos calados por alguns segundos. Sempre era assim. Não comunicávamos muito por palavras e nesse momento não seria diferente. O seu olhar reprovador demonstrava claramente o que ele pensava sobre o meu ato e, embora eu soubesse que ele tinha razão, faria a mesma coisa sem nem pensar duas vezes. Era visível a preocupação em seu olhar, mesmo em seu estado de raiva, coisa que fazia muito mal para a sua saúde.

— Não faça isso de novo.

Não o respondo, apenas sigo em direção à saída. Antes de fechar a porta de seu quarto, no entanto, viro em sua direção.

— Irei chamar Kabuto.

— Já disse que estou bem, Sasuke. — ele retruca emburrado e não consigo segurar o sorriso.

Mesmo em seu estado terminal, Fugaku ainda era Fugaku.

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— Vossa Alteza! — assim que saio do quarto de meu pai, escuto um dos guardas chamar-me.

Olho para o rapaz, ligeiramente corado de nervosismo – certamente um novato – segurando uma carta em suas mãos.

— A resposta de sua mensagem para Hatake Kakashi acaba de chegar! — ele anuncia em um tom levemente tenso.

— Ótimo. Passe-me a mensagem.

Ele entrega a mensagem e abro o pergaminho sem cerimônias. Começo a ler assim que o novato volta para o seu respectivo posto.

Digníssima Vossa Alteza,

Ouso dizer que estou extremamente satisfeito com a sua mensagem – deveras desesperada – em relação à minha volta. Jamais acreditaria que alguém tão poderoso e inteligente como a Vossa Alteza, o futuro rei da próspera Konoha, fosse precisar tanto da ajuda de um reles guarda no qual não tem nem ao menos a sua fidelidade posta no lugar correto.

Devo acrescentar, também, que é uma lástima os guardas de sua responsabilidade não conseguirem nem ao menos achar uma rebelde inexperiente em cima de uma árvore na parte mais suspeita do castelo. Tenho certeza de que não foi culpa sua, no entanto! Não foi culpa sua o meu afastamento, correto? Em dois dias estarei de volta.

Respeitosamente, Hatake Kakashi.

— Maldito velho sarcástico! — rosno após ler a carta inteira.

Continuo a andar pelo castelo completamente raivoso, a procura de um local para jogar a ridícula carta de Hatake Kakashi fora. Meus pés levam-me a um dos inúmeros halls do castelo, e por coinidência, vejo Sakura conversando com um guarda, mais especificamente Akasuna no Sasori.

— Bem... A culpa foi minha. — Sakura responde a ele, demonstrando uma timidez inacreditável.

Os dois não parecem notar a minha presença próxima, e isso deixa-me ainda mais nervoso do que já estou, devido aos acontecimentos do dia.

Sasori dá uma pequena risada e Sakura o observa embabascada com a atenção que ele lhe dá.

— Não precisa ficar com essa faceta envergonhada, eu quem deveria estar assim, diante de uma jovem tão bela como ti.

O que diabos aquele guarda estava fazendo? Flertando com uma das minhas possíveis noivas, é isso mesmo? Akasuna dá uma risada com o nervosismo de Sakura e pega em uma das mãos dela, depositando um beijo.

— Sakura... Não é esse o teu nome? Combina muito contigo.

Respiro fundo sentindo a raiva dominar o meu ser com a frase que o ruivo dá a ela. Naruto havia dito para mim uma vez, que os cabelos rosas de Sakura davam jus ao seu nome. E Naruto lembrava-me de Sakura dizendo que eu estava de castigo, e isso me lembrava de sucessivos acontecimentos irritantes do dia.

Sasori pega novamente uma das mãos dela e parece esperar por algo.

— Uhm... O-obrigada? — ela agradece meio indecisa.

Antes que Sasori continue com a sua performance ridícula de galanteio, decido finalizar logo com isso e pigarreio. Assim que o guarda me vê, ele solta as mãos de Sakura com uma rapidez admirável.

— Akasuna. Espero que não esteja matando serviço. Tenho certeza de que Haruno Sakura não tem nada a ver com a sua patrulha.

Sasori faz uma reverência deveras tosca e babulcia um “perdão, Vossa Alteza” entredentes, antes de sair com uma expressão assustada e um tanto contrariada. Sakura parece tão afetada com a minha presença quanto o Akasuna, já que está branca feito porcelana.

— Cuidado, Sakura. Caso alguém lhe veja flertando com alguém como ele, terei que deixá-la de castigo. — enfatizo o castigo com um excesso de ironia e isso parece assustá-la.

Ótimo, é realmente excelente que ela tenha percebido a minha raiva. Não sei ao certo o motivo, mas vê-la flertando com o Akasuna havia feito com que a raiva – que já estava acumulada em mim hoje – extravasasse.

— Fler...Fler... — ela gagueja horrorizada com o meu comentário. — Eu não estava flertando com ninguém, Sasuke-kun! — ela exclama com uma convicção tão grande que eu até acreditaria nela, caso não tivesse visto a cena.

Apenas dou um sorriso cheio de escárnio em resposta e ela parece enfezar-se com a minha ação.

— Eu estou falando a verdade! — ela cruza os braços insatisfeita. — O que eu fiz, Sasuke-kun, para que você ache isso?

Ela tinha um ponto. Eu havia visto a cena toda, e Sakura não havia correspondido as investidas do guarda.

— Você não o repudiou. — resmungo.

— Isso seria indelicado. Hinata tem ensinado-me a ser uma dama como ela, e isso é algo ruim de se fazer com outra pessoa. — ela rebate a minha acusação com o cenho franzido, parecendo um pouco confusa com a minha reação.

De fato, para uma dama sofisticada comum, ser grosseira com qualquer pessoa que fosse seria um ato grave. Mas Sakura não era uma dama sofisticada comum, e o simples fato de imaginá-la sendo agradável com qualquer um me incomoda.

— Humpf. — não consigo formular um motivo plausível para que ela seja rude com outras pessoas a não ser eu ou talvez Hinata.

— Sasuke-kun... — ela sussurra após ficarmos calados por um bom tempo. — Você não está bravo comigo, está?

— Há algum motivo? — indago astuto, enquanto observo a alternância de humor de Sakura.

A minha pergunta não pareceu ser muito bem recebida por Sakura, já que as suas bochechas inflam e ela cruza os braços irritada.

— Sasuke-kun! — ela exclama emburrada. — Eu acabei de dizer que não fiz nada com o guarda.

Estranhamente, ouvir ela chamando Akasuna no Sasori de "guarda" faz o meu humor melhorar alguns décimos.

— Nesse caso... Até a próxima vez. — a respondo e vou embora, sem esperar que ela despeça também.


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Notas finais do capítulo

Nada a declarar ASIHAOSH quero mesmo saber é o que vocês acharam! ♥ falem nos comentários.