A Escolhida escrita por Pharah


Capítulo 15
Quinze


Notas iniciais do capítulo

Ontem não deu para postar, acabei saindo para comemorar um aniversário e voltei quatro da manhã, hsuha, enfim, mas hoje postei. u_u Capítulo dedicado a Carolzinha133! Muitíssimo obrigada pela recomendação lindam, maravilhosa, perfeita! Eu ameeei! *------------* Obrigada mesmo. ♥



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Uchiha Sasuke

Era Ascendente: onze de outubro de 1523, Domingo

Depois de tudo o que Sakura havia me contado, não consegui ter a vontade de contar absolutamente nada ao meu pai. É um ato extremamente errado sim, até a sua morte o governante oficial de Konoha é Uchiha Fugaku, mas sei que ele nada poderá fazer por estar preso a uma cama, e além do mais, isso apenas o deixaria mais estressado, piorando a sua saúde. A raiva de alguém que segue os ideais do Orochimaru, supostamente, é claro, dentro do castelo de meu pai faz meu sangue ferver e sinto que tudo ao meu redor está ficando vermelho, em contraste com a minha indignação e raiva.

— Por que será que ela apoia a rebelião? — após alguns minutos em silêncio, ouço a voz de Sakura enquanto andamos em direção a todos os guardas do castelo.

Realmente, é uma pergunta difícil. Não é complicado entender o lado dos trabalhadores do distrito sete. Com toda a certeza, é frustrante saber que o trabalho deles poderia valer muito mais, caso o governo assinasse algum tipo de contrato com o reino de Orochimaru.  No entanto, a cobra do país do som – apelido muito utilizado para o governador – não era nada confiável. Seus ideias beiravam o ridículo e, nas entrelinhas de todo o seu discurso, claramente observa-se o desejo principal: unificar todos os países e governar o mundo, como qualquer “vilão” clichê em uma história de cunho épico.

— Provavelmente acredita nos ideais absurdamente radicais do Orochimaru. — minha resposta sai um tanto rabugenta, já que estou com raiva da situação atual.

Pela expressão de surpresa que Sakura faz, presumo que ela não sabe muito a respeito da influencia de Orochimaru no nosso país, em alguns distritos, em especial o de Konan. Ela parece querer falar alguma coisa enquanto continuamos a andar, mas antes que seu pensamento possa a vir concretizar, uma pessoa esbarra acidentalmente em Sakura.

— Perdão. — a voz distraída de Minato soa e posso ver o seu semblante de preocupação assim que ele se vira em minha direção. — Sasuke, o que está acontecendo?

Seu tom de voz não sai autoritário, mas não é gentil. Entendo o sentimento do meu “segundo pai”, uma vez que coloquei todos os guardas a procura de Konan, que fora taxada como uma suposta traidora, sem falar nada com ele, que está praticamente governando o país provisoriamente, já que meu pai não está em condições.

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Depois de explicar rapidamente a situação para Minato, que ficara ainda mais preocupado, olho para Sakura, que parecia perdida no meio de tanta conversa política nas quais ela não tinha muito conhecimento prévio.

— Irei chamar Shikamaru e veremos o melhor a se fazer. — o Uzumaki dirige sua fala a mim e aceno a cabeça compreendendo e assim ele vai embora.

— Sakura — a minha voz parece chamar a atenção da garota dos cabelos róseos, fazendo com que ela me observe. — Acho melhor você voltar ao seu quarto e ficar por lá, com um guarda a protegendo. Você sabe demais.

— Não. — ela responde tão rápido que me assusto com a sua convicção e ergo a sobrancelha intrigado pela negação.

Minha intuição dizia que qualquer pessoa no momento aceitaria as minhas ordens, ainda mais porque elas estão coerentes com tudo o que está acontecendo. Mas ela não havia agido como pensei. Por que alguém negaria proteção, afinal?

— Sasuke-kun, não faria diferença alguma o local onde eu iria ficar. Eu sou uma reles camponesa, não tenho nenhuma informação confidencial; tampouco entendi cem por cento a sua conversa com Minato-sama. Por que eu seria um alvo? Não acha mais prudente deixar-me sozinha e usar o guarda no qual iria proteger-me ajudando os outros a procurar Konan?

A perspicácia de Sakura me atinge com uma força maior do que eu jamais imaginaria. Já havia percebido que ela era sim uma garota muito inteligente e com grande facilidade de aprendizado, mas ainda fora um choque os seus argumentos transpassarem os meus. Uma pessoa na qual havia sido ensinada a pensar estrategicamente desde os dois anos de idade. Mesmo que meu orgulho não gostasse da verdade, Haruno Sakura está certa. Por que eles iriam atrás dela? O que ela tinha a oferecer para eles? Então apenas nesse momento em que percebi o óbvio. Eu não a ajudava apenas pelo meu irmão ou por compaixão de sua história. Eu me importava com ela, afinal. Seria por isso que a minha mente, de uma forma inconsciente, tratou como se Sakura pudesse ficar em perigo?

Além de que seria uma hipocrisia deixá-la protegida no quarto, enquanto eu, que deveria estar em perigo, procurasse justamente a pessoa na qual poderia deixar-me em apuros.

— Você está certa. — digo seco, engolindo o orgulho de duas formas diferentes.

Sim, estava certa. Não havia perigo algum, quem saberia que somos… Amigos? É isso? Não tenho tempo algum para pensar sobre, todavia. Devo achar logo Konan e descobrir o que está acontecendo na rebelião e o que ela queria.

— Eu poderia… Continuar com o Sasuke-kun por agora? — seu rosto enrubesce em um tom levemente rosado, lembrando o tom exótico de suas madeixas.

Não seria nem um pouco necessário Sakura continuar comigo no momento. Ainda mais porque iria tratar de um assunto no qual ela não havia nenhuma ligação. Mas uma pequena voz em minha mente diz que é melhor deixá-la por perto. Sua curiosidade poderia fazer com que Sakura fique em perigo, caso encontre Konan ou algum parceiro dela no castelo.

— Só não me atrapalhe. — resmungo entredentes, cedendo ao pensamento ridículo que havia pairado na minha mente.

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Após horas de procuras frustradas, sento com Sakura em um dos inúmeros bancos do jardim no qual ela costuma ficar observando a diversidade de plantas. Essa é a parte mais distante do castelo e a mais fácil de ser invadida, um dos motivos de estarmos sentados aqui, seguido por guardas escondidos.

— Não faz sentido algum ela ter sumido assim do mapa. — declara Sakura frustrada ao meu lado.

Fiquei levemente satisfeito por ela parecer realmente se importar com a situação, já que era algo de suma importância para o país. Abro um pequeno sorriso no qual agradeço por não ser notado por ela.

— Como ela saberia de algo assim? — indaga a garota enquanto fecha os punhos.

Uma pergunta na qual eu não poderia responder, infelizmente. O remorso de ter afastado Kakashi temporariamente atinge os meus pensamentos. Ele seria muito últil agora.

— Se ela soubesse que foi descoberta, isso significa que tem mais um traidor entre o castelo? — Sakura, vendo que eu não a responderia, embora escutasse tudo com atenção, torna a fazer uma pergunta.

— Talvez sim, talvez não. O fato é que isso não tem absolutamente nada a ver com você. — uma voz feminina responde as indagações de Sakura.

Konan. Sim, definitivamente a voz dela. Procuro atentamente onde a garota traidora se encontrava sem sucesso, até escutar uma exclamação de Sakura.

— Alí! — ela aponta para uma árvore a alguns metros e vemos uma pessoa sentada no mais alto galho da planta.

Mas o que diabos Konan estaria em cima de uma árvore? E como os guardas não a viram? Definitivamente irei voltar com Kakashi para o seu cargo, e espero que ele dê um belo sermão em todos eles.

Não precisamos ir até ela, a garota desce da árvore com uma facilidade que assusta até mesmo Sakura, que vivia subindo em árvores, de acordo com ela, em sua infância.

— Imagino que queira conversar comigo. — o sorriso bizarro de Konan aparece,

fazendo Sakura encolher ao meu lado.

Não me dei o trabalho de responder o que ela havia dito, já que era uma coisa bastante óbvia. Escuto alguns ruídos baixos da movimentação dos guardas escondidos por entre o gramado alto e sorrio de forma arrogante para a rebelde.

— Imagino que saiba a quantidade de pessoas te cercando no momento.

— É evidente, Vossa Alteza. — ela faz uma reverência debochada e fecho os punhos sentindo a raiva ferver.

Sinto uma das mãos de Sakura pousarem levemente sobre uma das minhas cochas e olho para ela intrigado. Ela tinha uma expressão facial de alerta e entendi imediatamente o que ela queria dizer com isso. Respiro fundo tentando me acalmar. Não adianta nada deixar a ira tomar conta por agora, apenas atrapalharia o meu raciocínio. Ouvi um dos guardas ir embora para avisar os demais e não demoraria a capturarem-na. Mesmo que eu fosse o próximo governante, não seria propriamente eu que investigaria sua vida e retiraria as respostas dela. Eu só havia esse breve momento e não poderia desperdiçá-lo.

— Sugiro que comece a falar, antes dos guardas chegarem. — digo a garota, que não parecia nem um pouco preocupada com o que iria acontecer com ela no momento.

— Daqui a uma semana, vá para o distrito dois, às quatro horas. Praça central. Não falte e não vá com escolta.

Qual seria o motivo disso? E por que ela era a favor da rebelião?

 


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Notas finais do capítulo

Lamento pelo tamanho do cap, mas hoje estou sem cabeça para escrever muito, além de estar lotada de tarefas acumuladas por ter viajado no meio de abril. Espero que tenham gostado. Alguém pensou que fosse o Minato? KKK Comentem no comentário o que acharam do capítulo e o que acham que irá acontecer. Kisses ♥