A Escolhida escrita por Pharah


Capítulo 14
Quatorze


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por não ter postado no fim de semana. Estava com visita em casa - minhas primas, que tem praticamente a mesma idade do que eu, e por isso, acabamos conversando o dia inteiro sem nem ao menos encostar no notebookPC - e por isso não escrevi nada. Segunda iniciei a escrita e deparei com uma coisa absurdamente horrível: Plagiaram uma história minha. É uma sensação HORRÍVEL, não desejo isso para ninguém. Então é isso aí. Espero que gostem.



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Haruno Sakura

Era Ascendente: Onze de Outubro de 1523, Domingo

O dia havia amanhecido chuvoso e pelo que parece, continuaria assim. Logo depois de acordar e fazer a minha higiene pessoal, fui em direção ao refeitório para fazer o desjejum e depois… Nada. Domingo definitivamente não seria um dia animado, já que por natureza todos ficam descansando e por isso eu não teria aulas de leitura com o Sasuke-kun. Ele havia dito-me que eu estava progredindo rápido em relação a algumas pessoas que conhecia e isso deixa-me bastante animada, afinal, eu queria o quanto mais cedo aprender a ler.

Suspiro, pensando no quão tedioso o dia iria ser hoje. Talvez Hinata pudesse me fazer companhia, para que ele passe mais rápido. Quando termino de pensar na Hyuuga, acidentalmente acabo esbarrando nela. Tomo um pequeno susto, assim como ela, mas não dou um grito ou me expresso de alguma forma, no entanto.

— Oh, desculpe-me, Hinata. — dou um pequeno sorriso sem graça ao notar algumas pessoas soltando pequenas risadas ao redor do refeitório.

Ela observa ao redor de uma forma rápida, como se estivesse avaliando todas as reações das pessoas nas quais estavam no mesmo cômodo que nós no momento.

— Não há problema algum, Sakura-san. — ela, como eu, parece um pouco envergonhada pela situação.

As bochechas de Hinata ficam levemnte avermelhadas devido ao que ela tinha visto ao nosso redor. Sei bem que a Hyuuga jamais ficaria com raiva da minha falta de atenção, mas sinto-me um pouco culpada ao ver sua expressão tímida. Ela abre um sorriso para mim, provavelmente percebendo o que estava pensando.

— Realmente não há problema algum. — ela reafirma e eu assinto, sentindo-me ligeiramente melhor e vamos em direção a mesa para fazermos o nosso desjejum.

Comemos praticamente sem ter o que falar. Hinata parece-me aérea demais, o que não normal tratando-se dela, e mesmo que ela parecesse querer escutar tudo o que eu dizia, sua cabeça simplesmente não parecia estar no mesmo local em que o seu corpo.

— Aconteceu alguma coisa? — olho receosa para a garota que agora observava com os seus olhos perolados o céu escuro de nuvens na parte coberta do jardim.

Sua cabeça vira-me lentamente em minha direção, e mais do que nunca vejo a preocupação em seu semblante. Ela tenta sorrir para mim, mas acaba vacilando.

— Não. — ergo a sobrancelha, incrédula, e ela suspira. — Sim. — desmente parecendo um pouco nervosa. — Eu não sei bem se vai ser benéfico contar para você… Quero dizer, você pode ficar preocupada, Sakura-san.

Depois de ouvir a sua confissão, fico um pouco mais agitada do que deveria e acabo levantando-me bruscamente do banco no qual estava sentada. Hinata olha para mim parecendo ainda mais receosa.

— Eu já estou preocupada, Hinata. Você está assim desde o início do dia. — conto a ela frustrada por não conseguir uma resposta imediata (não que ela tivesse alguma obrigação de responder-me, é claro).

Mais uma vez, a minha amiga suspira, parecendo mais cansada do que qualquer dia em que eu já havia a visto, e indica o banco. Sento no local em que ela aponta e observo a garota um pouco ansiosa para saber o que está acontecendo com ela.

— Acho que é egoísta da minha parte, mas estou feliz que você tenha se preocupado comigo. — ela confessa com as bochechas coradas e penso se ela era como eu; sem amigos nenhum em seu distrito.

— Isso é normal, final, somos amigas... — ao ver os seus olhos arregalando-se em direção a mim, penso se não deveria ter ficado simplesmente calada. — Certo?

Seu semblante assustado dá espaço para um dos sorrisos meigos que Hinata sempre dá e ela assente com um balançar de sua cabeça. Infelizmente, a sua animação parece se esvair no momento em que ela havia se lembrado do motivo da conversa.

— Vossa Alteza me pediu para procurar mais sobre Akatsuki Konan, a jovem dos cabelos azulados, sabe qual é? — Hinata me pergunta com o cenho franzido, provavelmente de preocupação.

É engraçado pensar que a garota instrui o Sasuke-kun a escolher a sua futura esposa, visto que ela é uma das opções. Mas a Hyuuga parecia não se lembrar disso e nem ele.

— Hã, acho que sim. — concordo meio em dúvida.

Não sei exatamente quem é a garota, afinal, ela quase nunca fica nos mesmo locais onde eu frequento o castelo. Tenho certeza de que há sim uma garota com os cabelos absurdamente azuis, mas não lembro o seu rosto de uma forma mais específica.

— Então... Eu acho que ela é uma espiã da rebelião civil do nosso país.

— O... O quê?

♦♦♦

Em primeiro lugar, vale ressaltar que eu nem ao menos fazia ideia de que havia algum tipo de rebelião no país onde moro. Para mim todos estavam satisfeito pelo governo dos Uchiha, ao menos era isso que eu ouvia nas ruas enquanto ainda situava-me no meu distrito natal.

Hinata havia explicado-me o motivo da rebelião – algo sobre a insatisfação dos trabalhadores pelo rei Uchiha Fugaku não querer fazer nenhum tipo de acordo com o país do Som, limitando assim a exportação de minérios – e também que o pai do Sasuke-kun estava certo de não aceitar acordos nenhuns com o país do governante Orochimaru – um homem, de acordo com os relatos, extremamente cruel e traiçoeiro – mas ainda sim haviam pessoas criticando as escolhas.

Foi nesse momento em que eu reparei o tamanho da responsabilidade que cairia nas mãos do Sasuke-kun e fiquei orgulhosa e com pena dele, ao mesmo tempo. Sabia que ele é capaz, mas ainda sim era algo cansativo. Embora ele fosse ter ajuda de sua futura esposa para governar o país, diferente de seu pai.

— Acho que ele está em seu quarto. — Hinata comenta distraída quando fomos procurar apressadas o futuro soberano do nosso país.

Mesmo sem saber o motivo – ou talvez eu apenas quisesse não saber – eu tinha vergonha de fazer o que estava prestes a fazer: entrar no quarto do Sasuke-kun. Hinata não se dá o trabalho de nem ao menos bater na porta e abre como se fosse a dona do local. A sua falta de postura assusta-me, – já que essa atitude não tem nada a ver com a Hyuuga – mas sei que ela fora criada como alguém importante, assim como ele, e em momentos de tensão, provavelmente havia se esquecido de ser polida como uma dama.

— ... Mas você tem que saber como fazer isso, ‘ttebayo! — ouvimos a voz de Uzumaki Naruto gritar dentro do quarto de Sasuke-kun assim que entramos.

O Uchiha – que mantinha sua compostura ereta e os cenhos franzidos – arqueia a sobrancelha com a nossa presença, sinal de que está surpreso com a nossa repentina aparição. O que será que passa em sua cabeça nesse momento exato? Isso é algo que eu jamais saberia, é claro. Sasuke-kun definitivamente não é uma pessoa fácil de se ler, na maioria das vezes.

— Oh! Sakura-chan e Hinata-chan! — exclama o loiro assustado, também, com a nossa presença, arregalando os olhos e apontando para nós duas de uma forma rude. — Por Madara, o primeiro rei, o que vocês estão fazendo aqui?

O Uzumaki nos olha intrigado e com um sorriso receptivo, mesmo que houvéssemos atrapalhado a sua conversa com Sasuke-kun. Naruto observa o Uchiha ainda com o sorriso no rosto, e após alguns segundos, dá uma careta ao observar o semblante do amigo. Mesmo que Sasuke-kun não esboçasse qualquer sentimento em seu rosto – com excessão de sua sobrancelha, que segundos atrás estava arqueada – imagino que esteja curioso também ao nosso respeito, até porque ele ainda não nos havia mandado embora e nem deu algum tipo de sermão pela extrema falta de educação perante a alguém como ele.

— Naruto-kun... — sussurra a morena, corando violentamente e ficando cada vez mais desconcertadas. — É que eu... Bem...

Percebendo que a Hyuuga não conseguiria falar muito bem perto do loiro, suspiro e decido falar por mim mesma. Não sabia dos detalhes como Hinata, isso é um fato, mas o básico eu tenho conhecimento e algo assim ajudaria bastante no momento.

Sasuke-kun olha para mim interrogativo e depois observa Hinata ficando confuso com a reação da garota. Dou de ombros para ele quando parece fazer uma pergunta em silêncio para mim.

— Sério, que bom que vocês apareceram, ‘ttebayo! — comenta o loiro, alheio da minha tensão de sobre como contar a eles que Konan é provavelmente uma espiã.

Realmente, Naruto parecia ser aquele tipo de pessoa meio sem noção e cabeça dura para momentos sérios como esse. Não que eu acreditasse que ele não acharia que isso era nada para se preocupar, é claro. O mais estranho de tudo, no entanto, não são as atitudes do loiro e sim da Hyuuga.

— S-s-sim... — Hinata, no momento, está quase roxa de vergonha, embora o amigo de Sasuke-kun não perceba isso de forma alguma.

Olho de esguelha na direção do Sasuke-kun e percebo que a sua paciência – que já não é algo muito grande – está quase no final e penso se ele ficaria bravo com a pobre Hyuuga Hinata.

— Tsc, o que aconteceu? — indaga o Uchiha olhando intrigado para a minha expressão preocupada.

Eu não queria realmente contar isso para ele, seria bem mais certo Hinata contar. Mas já que ela está praticamente sem condições nenhuma de falar, decido dizer o básico mesmo, como eu havia planejado.

— Hinata investigou Konan como Sas, quer dizer, Vossa Alteza tinha pedido a ela. — um reflexo de sorriso aparece de forma rápida nos lábios de Sasuke-kun quando quase digo o seu nome sem estarmos a só.

Seu olhar diz muita coisa, mas não tenho certeza se posso desvendar tudo que o olhar ônix de Sasuke-kun pode dizer nesse momento específico. Eu, afinal, não sabia muito sobre a tal rebelião e o que exatamente eles gostariam de fazer com Konoha.

— E o que ela achou?

Sasuke-kun indagou como se Hinata não estivesse em seu quarto, para explicar de uma forma melhor, mas ela não parecia se importar com nada, com exceção do loiro que parecia contar uma piada extremamente sem graça.

— Indícios fortes de que Konan é uma espiã da rebelião do minério. — informo o Uchiha, e ele parece surpreso com algo.

Talvez o fato de eu saber sobre a rebelião? Talvez ele imaginasse que Hinata não contaria nada demias para mim?

— Hn. — ele parece realmente pensativo por alguns segundos. — Vou mandar alguns guardas procurarem por ela imediatamente. Venha comigo, Sakura.

♦♦♦

— O que eu posso fazer para ajudá-lo no momento, Sasuke-kun? — essa fora a primeira coisa que pergunto depois de sairmos de perto de Naruto e Hinata. — Hinata não parece estar em condições...

Ele suspira com o meu comentário – talvez estivesse horrorizado com o fato dela gostar de alguém como o seu amigo, que parecia ser bem esquisito, embora fosse claramente uma boa pessoa – e depois fica alguns segundos em silêncio, para procurar uma resposta à minha pergunta.

— Conte-me tudo que sabe. — e eu faço exatamente o que ele manda.

Sasuke-kun, como eu imaginava, mostrou-se um bom ouvinte, parando a minha fala apenas uma vez, para perguntar sobre o horário em que Hinata havia descoberto isso. Frustrou-se ao perceber que fora de manhã, e agora já passava das quatro da tarde. Talvez Konan já tivesse agido, ou fugido ao ser descoberta, quem sabe?

— Sasuke-kun, você acha que ela sabe que sabemos?

Ele parece ponderar por algum momento a minha pergunta complexa.

— Não faço ideia. — ele suspira frustrado com a sua resposta e continua andando pelo castelo e convocando mais e mais guardas para procurarem Konan.

Com alguns minuto em silêncio, fora as convocações do moreno, fico entediada rapidamente e culpada po fazer uma pergunta difícil, que apenas irritou o moreno.

— Por que será que ela apoia a rebelião? — acabo perguntando em voz alta.

Mais uma vez acabo fazendo uma pergunta complexa para Sasuke-kun. Mas essa ele não parece se importar em responder depois de uma pequena reflexão.

— Provavelmente acredita nos ideais absurdamente radicais do Orochimaru. — resmunga Sasuke-kun, ficando irritado.

Arregalo os olhos, surpresa com a sua resposta. Será mesmo que era verdade? No entanto, antes que eu responda qualquer coisa ao moreno, acabo esbarrando em algo no meio do caminho. Ou melhor, alguém.


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Notas finais do capítulo

Quem vocês acham que é? E aí? Contem-me nos comentários. (Próximo cap sai dia 12, porque amanhã irei viajar… Mas depois disso os capítulos voltam a sair no final de semana, como o usual) Kisses