CAPÍTULO V – Plans

Scorpius sorria cinicamente para Rose, que cruzou os braços e encostou-se a sua cadeira bufando. Alvo sentia-se claramente desconfortável sendo naquela mesa e todos percebiam isso, mas além de desconfortável ele estava irado com Scorpius que o fizera desistir do encontro com a Alice para ir com ele infernizar sua prima com ele, ou melhor, assisti-lo infernizar já que ele prometera a si mesmo que não iria ajudar ninguém nessa competição idiota.

— O que faz aqui Malfoy? — indagou Lysander um pouco irritado.

— Atrapalhar o seu encontro Scamander. — sorriu maleficamente — Menos o seu, não tenho nada com a Roxanne. — disse dirigindo-se ao Lorcan.

— E você tem alguma coisa comigo por acaso? — indagou Rose sarcástica.

— Não, e é por isso que vim melar seu encontro com o Scamander. — respondeu revirando os olhos, como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo.

— Isso não é um encontro! — ralhou Rose, e levou um olhar assustado de Lysander — Sem ofensas. — completou tranquilizando-o.

— Que isso, claro que não o ofendeu. Ele deve estar acostumado em levar foras. Um a mais ou um a menos. — deu de ombros.

— Cala boca seu idiota, deixe-o em paz! — Rose praticamente gritou.

— Está defendendo-o, porque Weasley? Estão namorando por acaso?

Rose suspirou fundo e levantou-se pedindo licença, ela precisava se acalmar se não daria um pelo soco naquele rosto lindo e maravilhoso, então ela foi indo em direção ao banheiro. Porém, antes que pudesse entrar alguém segurou seu braço, e não precisava ser nenhuma professora Trelawney para adivinhar que era Scorpius.

— Aonde vai? Agora que a festa estava começando? — indagou com um sorriso nos lábios.

— Em primeiro lugar, isso não é engraçado. Segundo, Lysander não tem culpa de você ser um idiota que se acha bom o bastante para mim, na verdade ele é melhor do que você nesse quesito. — mentiu — Terceiro isso que está fazendo é muito infantil. Quarto, você é um idiota. Quinto, se você vai passar o Natal n’A Toca me dê uma folga ao menos em um fim de semana.

— Sabe Rose, não adianta enumerar as coisas que você acha, isso só demonstra que você está irritada e que eu estou conseguindo o que eu desejava. Por outro lado, você fica muito linda irritada, sabia? — indagou mexendo em uma mecha de seu cabelo extremamente vermelho.

— Olha Malfoy, eu não sei que joguinho é esse que você está planejando nessa mente maluca, mas eu posso te dizer uma coisa: vai se arrepender de tê-lo planejado. — sorriu ameaçadora. — Agora, se você ainda tem algum respeito pelo Alvo, que deveria estar com a Alice e não aqui com você, saia e nos deixe em paz.

Por mais incrível que pareça aquilo fez com que Malfoy se tocasse da merda que tinha feito com o pobre do Alvo e resolveu ir embora, mas claro que ele não sairia sem antes fazer alguma besteira. Ele voltou a se sentar e esperou Rose voltar do banheiro, que assim que voltou lançou lhe um olhar de repreensão por ainda estar ali, mas ele apenas sorriu para ela.

— Acho melhor irmos Alvo, perdemos nosso tempo tentando melar algo que nunca nem existiu. — olhou para o Lysander e disse — Talvez você consiga um encontro com outra garota qualquer, ou talvez você tenha mais sorte com os garotos... Eu tenho observado que você está deixando fluir seu lado feminino, mas tudo bem. Nada contra.

— Malfoy! — Rose, Alvo e Roxanne o repreenderam.

— O que? Não pode mais ser sincero nesse mundo, não?

— Se fosse para ser sincera em tudo que eu acho sobre você, estaria perdido. — comentou Rose.

— Eu? Você apenas iria admitir que sou sim bom o bastante para você. — e sem dizer mais nada ou esperar que ela revidasse aquela, ele saiu com Alvo que pedia desculpas a todos.

Scorpius conseguiu o que havia ido fazer, acabou não só com o passeio de Rose e Lysander, como o de Lorcan e Roxanne também. Todos ficaram sem jeito depois que ele e Alvo se foram, terminaram de tomar suas cervejas amanteigadas e voltaram para Hogwarts, cada um para o seu canto.

Roxanne ia em silêncio para o dormitório juntamente com Rose, que estava se sentindo péssima pelo acontecido. Assim que chegaram no dormitório, cada uma foi para a sua cama e deitaram sem pique para fazer mais nada.

— Roxy? — Rose a chamou meio sem jeito.

— Sim? — respondeu.

— Me desculpe por hoje. — disse quase tão baixo que Roxanne teve que se esforçar para ouvir.

— Não foi sua culpa Rosinha, Malfoy que é um idiota. Tão idiota que impediu até o Alvo de ter um encontro com a Alice. Até ela, que não tem nada a ver com nada nessa história, saiu mal. — murmurou — Mas sabe de uma coisa? — disse sentando-se.

— O que? — perguntou.

— Você deveria dar uma boa lição no Malfoy! — disse animada.

— Eu ouvi “boa lição no Malfoy”? — indagou Dominique surgindo pela porta.

— Parece que sim. — riu Rose, sentando-se em sua cama dando espaço para as duas garotas sentarem nos pés.

Roxanne explicou para a loira o que havia acontecido naquela tarde e disse que tinha uma ideia para que ele se desse mal, mas que precisaria da ajuda das três para dar certo.

Começou a contar o plano tudo muito bem explicadinho para as duas que a ouvia atentamente para não perder nada, Rose ria de algumas coisas e ficava desconfiada de outras, quando ela terminou de contar seu plano Rose estava ansiosa para coloca-lo em prática.

— Quando começamos? — perguntou Rose ansiosa.

— Na véspera de Natal. — respondeu sorrindo, vendo a ansiedade da prima — Vai ser o milagre de Natal.

— Eu adorei o plano e estou louca para começar. — Dominique bateu palminhas animada.

— Malfoy vai se arrepender de ter feito o que fez. — disse Rose decidida, com um olhar que dava medo.

Se Malfoy tinha um plano, Rose também tinha. A diferença que ele o executaria sozinho, já que Alvo já dissera que não iria ajuda-lo, e Rose teria ajuda de Roxanne e Dominique, o que significava que ele teria que tomar Felix Felicis se quisesse se dar bem nesse planinho fajuto que estava bolando.

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— Cara você passou dos limites hoje. — Alvo dizia irritado com Scorpius.

— O que? Ele tem mesmo cara de gay. — deu de ombros. — Não é minha culpa.

— Não estou dizendo isso, estou dizendo que você não só acabou com o encontro, passeio, ou seja lá o que era, da Rose como acabou com o meu encontro com Alice e da Roxanne com o Lorcan. — o lembrou — Se você quer provar alguma coisa pra Rose, não é assim que vai conseguir.

— Não esquenta, Alvito. — sorriu — Eu tenho um ótimo plano, e Rose vai precisar de litros de Felix Felicis para se dar bem nessa.

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