Até que o sobrenome pese... escrita por Gabs


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

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Quando cheguei ao meu apartamento Scorpius estava sentado no sofá, e percebi que eu sentia falta de vê-lo sentado ali. Sentei ao seu lado.

–Tive uma conversa com minha mãe.

Disse ele.

–Você já sabe então.

–Porque não me contou Rose?

–Eu não podia sigilo entre médico e paciente.

–Mas você não era médica dela na época.

O olho sem entender.

–Estou perguntando o porquê não me contou que foi você a responsável por criar a cura que salvou minha mãe.

–Porque eu te conheço. Você ia exigir que eu assumisse a cura, e Simon concordaria com você, então seria fácil convencê-lo, mas a sua mãe... Ela estava morrendo, eu não podia correr o risco que seu pai não aceitasse minha cura por eu ser uma Weasley.

Os olhos dele estavam marejados.

–Você deixou de receber várias honrarias, de ter seu nome gravado na história, pela minha mãe?

–Também, mas principalmente por você. Eu tinha te prometido que iria salvá-la.

–Agora você ajudando-a com minha irmã. Isso é por mim também?

–Sempre vai ser por você, Scorpius. Quando eu soube que era uma garotinha imaginei você paparicando ela. –Sorri- você merece ter uma irmã.

Scorpius me encarou por muito tempo.

–Escolha a mim Rose. Não a eles. Escolha-me, e juro que eu vou fazer feliz, muito feliz.

–Scorpius...

–Não diga nada. Eu sei que estou me iludindo, mas posso sonhar, não posso?

Desejei profundamente responder o Sim bem grande, queria gritar “Sim, eu escolho você, Scorpius Malfoy”, mas a verdade é que eu era e sempre seria uma covarde. E eu não podia mais suportar engana-lo.

–Se eu soubesse que aquela seria nossa ultima noite juntos, eu teria aproveitado mais cada detalhe, cada segundo.

Confesso antes de beijá-lo. O beijo é selvagem, ambos sabemos que ele é o começo do fim. O empurro forçando-o a deitar no sofá, e começo a tirar minha roupa bem devagar de um jeito que sei que o deixa louco. Ele não me deixa terminar o show e me puxa para si com força e tira minha roupa com uma rapidez tremenda, do mesmo jeito que fez com as minhas.

Tentei guardar cada detalhe daquele corpo que me alucinava. Aquela seria minha última noite com o Scorpius. Eu sabia. Ele sabia. E iriamos aproveitar.

...

O natal chegou e passou e eu fiquei em casa. Não tive vontade de ir para a Toca e participar da tradição Weasley, porque eu não queria ser uma Weasley, eu queria ser qualquer pessoa, menos uma Weasley. Porque qualquer pessoa poderia ter Scorpius, menos uma Weasley.

Ele foi o meu primeiro beijo. E eu fui a dele. Ele foi o único com quem tive relações sexuais. E eu fui a única dele também. Mas não seria mais assim, e perceber me machucava, me feria.

Bateram na porta, mas fingi não escutar. Eu queria paz, descanso. Bateram novamente, e tampei meus ouvidos com o travesseiro.

–Rose, não ia abrir a porta para seu pai.

Falou Ronald Weasley sentando-se na ponta da minha cama.

–O que está fazendo aqui?

–Hoje já é 26. Você foi a única Weasley que não passou o natal na Toca. Hugo começou a discutir com a sua mãe, a culpando, seus primos se meteram. Foi uma confusão

–Os natais não são sempre assim na toca?

Pergunto e ele sorri.

–Sim, mas o assunto nem sempre é você.

–Pai. Quero ficar sozinha.

–Tem certeza? Eu trouxe um filme. Não quer assistir comigo?

–Papai, não sou mais criança. Meus problemas não se resolvem com filmes.

–Eu sei, meu amor. Seria tão mais fácil se você fosse para sempre aquela menininha., mas eu não trouxe um filme qualquer, eu trouxe Diário de uma Princesa, e pipoca. Vamos assistir?

Maldito Ronald Weasley ele sabia meu ponto fraco. Com relutância concordo.

Ele deita-se ao meu lado na cama e liga o dvd, a pipoca aparece no meu colo.

–Então eu trouxe filme, pipoca. Vai me dizer o que está acontecendo?

–Pai...

–E, por favor, não invente desculpas Rose. Eu sei que tem alguma coisa acontecendo na sua vida, e não é de hoje, faz muitos anos. Você está escondendo alguma coisa, eu sei. Eu conheço você, meu amor. Quando você era pequena sempre me contava tudo, sua mãe morria de ciúmes, então você cresceu e começou a não me contar mais nada. Estou preocupado com você. Sua mãe e seus primos acham que você está apaixonada, e verdade?

–Sim.

–Só isso? Nem um detalhe?

–Você não vai querer saber.

–Eu sei que sou ciumento, mas eu quero saber detalhes sobre a pessoa por quem você está apaixonada.

–Agora tão pouco importa.

–Rose...

–Estou apaixonada por alguém que vai te decepcionar.

Ele me olhou com carinho.

–Meu amor eu não ligo que você seja lésbica. Não me importo mesmo. Só quero que seja feliz.

Eu tentei me segurar, mas não consegui. Cai na gargalhada.

–Lésbica? Pai eu não sou lésbica.

Explico.

–Não? Tem certeza?

Pergunta ele parecendo triste.

–Com certeza.

–Então qual o grande problema?

–Não importa.

–Como não importa? É claro que importa. Você está apaixonada por alguém, isso importa.

–Não importa porque eu já desistir dele.

–Se você o ama porque desistiu?

–Porque ele é Scorpius Malfoy.

Digo de uma vez e não acredito que falei. O rosto do meu pai fica hiper vermelho. Não roxo. Acho que ele vai vomitar. Ter algum treco. Mas ele levanta-se da cama, e me encara já com seu tom de pele normal e sorri nervosamente.

–Minha flor, você pode repetir? Porque entendi que você gosta do Scorpius Malfoy, e você não pode gostar dele certo? Porque você é minha filha e ele é filho do Draco. Draco Malfoy, filho de Lucio Malfoy...

–Eu sinto muito papai.

Ele corre para a varanda. Vou atrás dele.

–Não me odeio, por favor.

Peço.

–Eu não odeio você. Só preciso de ar. Porque isso é impossível. Minha filha nunca se apaixonaria por aquele filho de doninha!

Respondeu ele. No inicio foi com um tom de quase que me assustou, mas do meio para o fim tornou-se bravo.

–Pai, se acalme...

–Você não está apaixonada, Rose. Foi só... Merlim eu nunca pensei que diria, mas... Rose foi uma coisa de uma noite só isso. Meu bem você só está confundido as coisas.

Diz ele com uma cara de nojo que provavelmente me faria rir se a situação fosse outra.

–Pai, eu e ele...

–Não quero saber!

Ele me cortou.

–Saiba que não importa mais. Ele pediu que eu escolhesse entre vocês ou lutar pelo que sentíamos e eu escolhi vocês. Família é a coisa mais importante, certo?

Digo o deixando tomar um ar na varanda. E rezando para que ele não pulasse de lá ou m e jogasse de lá.

Uns 10 minutos depois ele volta ao quarto e senta-se comigo na cama.

–Um Malfoy? De todos os garotos do mundo, um Malfoy?

Fiquei em silêncio.

–Diga.

–Dizer o quê?

–Diga o que ia me dizer.... Que você e o... E ele...

–O senhor tem razão não vai querer saber.

–Mas pai...

–Diga logo, antes que.... Minha filha com um Malfoy o que fiz para merecer isso Merlim.

–Eu ia dizer que não foi algo repentino, nós estamos.... Estávamos juntos há nove anos.

Digo com a voz chorosa. Ele me abraçou.

–Nove anos? Você a aquele filho de doninha... Nove Anos!

–Eu tentei contar para você tantas vezes, mas sempre me acovardava. Eu não queria que você me odiasse.

–Eu não odeio. Nunca vou odiar. Ainda não consigo digerir isso. Nove anos?! Tem certeza que não é lésbica?

Sorri.

–Tenho. Sinto muito. Eu não queria juro que não queria me apaixonar por ele, juro, mas aconteceu.

Silêncio.

–Pai, esquece isso, eu escolhi vocês não ele. O que sinto ou deixei de sentir por ele não interessa mais.

Afirmo.

–Para alguém que escolheu a família você não parece lá muito feliz.

Diz ele após algum tempo em silencio.

–Eu estava aqui suplicando a Merlim para não ter nascido uma Weasley porque então eu podia ficar com ele, mas família em primeiro lugar. Certo?

Confesso tristemente.

Meu pai me olha nos olhos, e volto no tempo para quando eu tinha sete anos e perguntei para ele qual era a coisa mais importante do mundo. E ele falou que era a família.

–Certo.

Concordou ele.

Encostei a cabeça no ombro dele, e meu pai que me conhecia bem, começou a fazer cafuné em meus cabelos. Antes de cair no sono, ainda o ouço lamentar “Um Malfoy, Rose... Um Malfoy. Merlim, porquê? ”

...

Ronald Weasley estava sentando no sofá da casa dos seus pais. A mãe dele, Molly Weasley, tinha ido junto com as noras para um dia de ‘garotas’.

Arthur entrou na sala carregando uma bandeja com chocolate quente e os biscoitos preferidos do filho.

–Pai, o que o senhor teria feito se Gina tivesse casado com Draco Malfoy no lugar do Harry?

Ronald perguntou assim que o pai sentou.

Arthur olhou o filho curioso, pegou a varinha que estava no bolso e uma jarra com licor de dragão apareceu na mesa.

–Essa é uma conversa muito diferente do que imaginei que teríamos.

Arthur serviu dois copos, entregou um para o filho.

– O que o senhor teria feito?

Ronald insistiu tomando um gole de sua bebida. Arthur respirou fundo.

–Não posso afirmar o que teria feito filho, mas provavelmente teria concordado.

–Mas ele seria um Malfoy!

Exclamou Ronald como se isso fosse colocar juízo em seu pai. O outro ruivo apenas riu da atitude do filho.

–Eu sei que ele é um Malfoy, mas quando os filhos crescem é o pior momento na vida de um pai. Quando eles são pequenos, podemos nos meter na vida deles e disser como realmente devem agir, aconselhamos e os filhos escutam, pois nos veem como heróis, no entanto quando crescem, nós (pais), devemos confiar que eles tomaram a decisão certa e apoiá-los mesmo que se acharmos uma ideia estupida. Nossos conselhos não servem mais, pois são vistos como ultrapassados. Então, temos eu ficar de fora da vida dos filhos. Deixá-los cometerem os próprios erros, os próprios acertos, E filho, perdi as contas de quantas vezes achei que vocês (meus filhos) faziam era um erro, mas no fim vocês me surpreenderam e provaram que muitas vezes a visão que os pais têm é ultrapassada.

–Mas ele continuaria sendo um Malfoy papai, um Malfoy.

–Um pai comete muitos erros, um dos meus maiores foi ter passado esse ódio dos Malfoy a você e, aos seus irmãos. Provavelmente nunca irei me perdoar por isso, assim como meu deve ter se arrependido, e possivelmente Lucio deve ter se arrependido de passar seu ódio ao Draco. Esse ódio entre nossas famílias deveria ter morrido há muitos anos. No fim das contas, tantos nós como eles somos boas pessoas...

–A família Malfoy é uma família de bruxos das trevas como eles podem ser boas pessoas.

Ronald disse irritado com o pai.

–Ninguém, Ronald, é só trevas ou luz. Você sabe muito bem disso. Mesmo sendo um bom amigo, houve um momento durante a guerra que abandonou seus amigos, isso não significa que você foi um péssimo amigo, mas sim, que teve um momento de fraqueza. Os pais de Draco preferiram mentir sobre Harry está morto para ter a chance de salvar o filho, ou pelo menos saber se ele estava vivo. Isso mostra que eles não são somente trevas. Muitos não fariam isso, eles fizeram. Você, eu, meu pai, nós, só conhecemos o lado ruim dos Malfoy’s, mas isso não significa que eles só tenham lados ruins. E, mesmo que tivessem pertence a uma determinada família não define se uma pessoa é boa ou má, da mesma forma que ser nascido trouxa ou ter sangue puro não determina o que é ser bruxo.

–Lembre-se filho que o Sirius, era um Black. Assim como a Ninfadora, a mãe dela Andrômeda é irmã da Bellatrix. Eles não eram más pessoas.

–O senhor com toda certeza é um homem melhor do que eu jamais serei. Mesmo após esse discurso não consigo aguentar a ideia que a minha filha gosta daquela doninha júnior.

–Do que você está falando, filho?

–Acabei de descobrir que Rose e, aquela doninha júnior, do Scorpius Malfoy estão juntos. Quer dizer estavam juntos durante nove anos, mas graças a Merlim Rose voltou ao normal e terminou com aquele.... Não sei se vou lá e simplesmente mato aquele garoto ou se mato toda aquela família.

–Nove anos?

–Isso. Ele conseguiu ludibriar ela por nove anos. Nove anos.

–Por que eles terminaram?

–O bastardo queria que ela escolhesse entre ele ou nós. Claro que ela nos escolheu. Nunca uma Weasley escolheria um Malfoy.

–Ronald você já conversou com ela sobre isso?

–Quem o senhor que me contou? Ela estava lá sozinha no apartamento quase em depressão, dizendo que não queria ser uma Weasley...

–Filho...

–Não sei o que fazer. Ela gosta dele, papai. Eu vi, ela ama aquele bastardo. E está deprimida sem ele.

–Ele deve ser um garoto especial, caso contrário, não teria conquistado o coração de Rose.

–Pai, eu vim aqui esperando conselhos como: Filho esqueça isso. Rose vai esquecê-lo logo. E não: ele deve ser um garoto especial.

–Ronald, nunca vou me perdoar por ter passado meu ódio para você. Vivemos outros tempos.

–Ela ama ele. Não importa o quanto eu tenha dito á ela para odiar aquele bastardo com todas as forças dela.... Ela, o ama. Eles terminaram e ela esta horrível. Eu estou aqui tentando me convencer que ela se confundiu, mas eles estão juntos por noves anos, papai. Nove anos, e, agora que ela tem 24 anos. Faça as contas. Eles estão juntos desde os 15 anos. Nove anos.... Não sei o que faço. Pelo menos eles terminaram se ainda tivessem.... Eu não sei o que faria. Mas o garoto é um Malfoy! E, mais está tentando quebrar com a Gemialidades Weasley.

–Você não estava comemorando que ele tinha desistido no natal?

–O senhor tem razão.... Mesmo assim...

–Sua filha ama ele. Você mesmo disse isso. O que é mais importante Ronald, a felicidade de Rose ou uma rixa antiga?

–O que o senhor acha que eu deveria escolher?

–Acho que te criei suficientemente bem para que tome essa decisão, sozinho.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero que tenham gostado.


Bjos



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