Até que o sobrenome pese... escrita por Gabs


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Hello!
voltei com mais um capitulo lindo para vcs



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Duas semanas! Duas semanas e nenhuma notícia.

Faltava só mais duas semanas para o Natal, talvez mais.

Scorpius não sabia evitava calendários, até mesmo o que ele tinha em cima da mesa havia sido jogado fora no dia seguinte ao ‘término’ que ainda não era término, mas que parecia iminente. Ela não iria...

Sua secretária entra parecendo nervosa..

–Senhor Malfoy. Os senhores George e Ronald Weasley pretendem falar com o senhor. Uma onda de esperança transpassou por Scorpius. Será que ela contou e por isso Ronald estava ali?

Ronald já não era mais o garoto que tinha salvado o mundo bruxo décadas atrás. Os cabelos brancos já podiam ser visto, embora a maioria ainda continuasse ruivos, os olhos eram azuis como os da filha, ele tinha um cavanhaque e encarava Scorpius como se pudesse mata-lo com o olhar.

Jorge continuava com o mesmo sorriso brincalhão e usava uma “orelha” postiça no lugar da que tinha perdido seu cabelo já estava bem poupa ele estava começando a ficar calvo.

–Bom dia...

Ronald cortou Scorpius jogando uma pasta em cima da mesa.

–Quem você pensa que é filho de doninha?

Scorpius abriu a pasta e viu os contratos que tinha mandado para a Gemialidades Weasley’s pedindo permissão para usar alguns de seus produtos.

–Pensei que poderíamos entrar em um acordo...

–Acordo? Com um filho de comensal como você?

–Meu pai foi inocentado pelo próprio Harry Potter!

Exclama Scorpius começando a ficar irritado. Já estava cansado de todos falarem isso para ele.

–Só porque o Harry tem a porra de um coração mole não quer dizer que seu pai não tenha sido culpado. Seu avô então...

–Senhores eu estava tentando trazer um pouco de paz nessa rixa entre as famílias, acredito que minha loja não vá atrapalhar em nada a de vocês, as duas podem coexistir.

Argumentou Scorpius tentando ficar tranquilo.

–Paz? Paz? Você quer paz? Pare de construir essa sua maldita loja, quer mesmo paz? Morra. Não há paz no mundo enquanto houver um Malfoy vivo vocês são uma das piores raças que já existiram na face da terra.

–Pensei que poderíamos resolver isso como homens de negócios e não como membros de uma família rival.

–Pegue sua papelada e se mande. Nós somos os reis dos logros você não tem o direito a nada. Não faço negócios com família de comensais.

Ronald se levantou exasperado e puxou Scorpius pelo colarinho da camisa.

–Desista com essa ideia idiota de abrir a loja rapaz, ou isso vai acabar muito mal para você.

Jorge puxou o irmão.

–Ronald, não viemos aqui para brigar.

–Se você quiser abrir uma loja de logros que abra, mas invente seus próprios produtos.

Disse George puxando o irmão e saindo da sala.

Assim que os dois Weasley’s saíram Scorpius jogou tudo o que estava na sua mesa no chão. Se antes ele tina duvidas agora tinha certeza, Rosa nunca o escolheria, nunca. Puxou a caixinha do bolso e a abriu em cima da mesa, ficou ali a admirando até que sua secretaria entrou acompanhada por sua mãe. Com uma rapidez surpreendente conseguiu colocar a aliança de volta ao seu bolso.

–Bonito anel. Quando vou conhecer a garota que provavelmente irá usá-lo?

–Provavelmente nunca.

Responde ele sincera.

–Aconteceu alguma coisa filho?

Pergunta ela quando percebe o estado da sala.

–Tive uma visita de Ronald Weasley.

–Ele fez alguma coisa com você, porque se ele fez....

–Não, ele não fez nada. Só não está conformado com a minha ideia de abrir uma loja de logros no beco diagonal.

–Com o tempo ele se acostuma. Os Weasley são todos assim, cabeças duras.

–Parece até o papai falando.

–Depois de anos de casados você meio que incorpora o seu parceiro em alguns momentos.

Astoria diz sorrindo.

–Scorpius você está bem?

–Sim, estou. Ótimo na verdade.

–Posso ver o anel?

Scorpius poderia negar, mas sua mãe parecia tão alegre com a ideia de ver a aliança que ele pegou a caixa do seu bolso e lhe entregou.

–Esse anel é lindo, mas só para constar, você sabe que no seu cofre tem um lindo anel de noivado que o seu tataratataravô deu para sua tataratataravó, né? Mulheres adoram tradições.

–A pergunta é: gostam das dos Malfoy’s?

–Esse é o problema? Ela não gosta do seu sobrenome?

–Quem me dera fosse só isso mamãe, se fosse eu já teria trocado.

Disse ele dando um sorriso fraco.

–É uma bela aliança, para uma bela moça...

–Vamos mudar de assunto, não estou cabeça para falar disso agora.

–Ok, eu só vim confirmar se você vai na nossa festa de natal, ou se você vai viajar como no ano passado.

–Talvez. Se eu for chegarei depois da meia noite.

–Certo. Vai levar alguma convidada?

Perguntou Astoria esperançosa já estava na hora do filho apresentar alguma garota para a família. Ela queria netos logo.

–Mãe!

Ralhou o loiro. Ela levantou as mãos em rendição.

–Desculpe. Só estou curiosa para conhecer a garota que te conquistou de tal forma ao ponto de você comprar uma aliança.

Scorpius olhou triste para a mãe.

–Talvez a senhora nunca venha a conhecer.

–Qual o problema, Scorpius?

–Não é...

–E não me diga que não é nada. Conheço você desde sempre. Diga o que está acontecendo.

O loiro encarou a mãe, suspirou fundo.

–Eu me apaixonei por alguém, e, pretendia casar com essa pessoa, mas quanto mais o tempo passar mais percebo que na verdade não temos futuro. Estamos destinados a amar um ao outro, mas não a ficar juntos.

–E o que faz pensar isso?

–É complicado.

Astoria gargalhou.

–Filho, sou casado com Draco Malfoy, entendo de coisas complicadas.

Scorpius sorriu.

–Os Malfoy’s causaram mal há muitas famílias, mamãe...

–E a dela é uma delas, correto?

–Exatamente. Eu percebi que ela nunca lutaria pelo que sentimos não, se isso significar ir contra a própria família. O que com certeza vai acontecer.

Astoria levantou-se e abraçou o filho segurando a vontade de chorar.

–Vai dar tudo certo, filho. Juro.

Disse ela dando um beijo nos cabelos do filho.

Scorpius desejou ter nove anos novamente, naquele tempo bastava à mãe dele dizer aquelas palavras para que qualquer ferimento parasse de doer, mas estranhamente seu coração continuava partido.

...

ROSE WEASLEY

Acordo, e fico rolando na cama por mais um tempo, minha cabeça estava dolorida, e meu coração mais ainda. Fazia duas semanas que Scorpius tinha me dado o intimado, fazia duas semanas que eu não pisava em nenhum dos meus hospitais, fazia duas semanas que eu só conseguia dormir com uma boa dose de vodca.

O que não me deixava dormir não era o fato de termos dado um tempo, era que ele tinha razão, eu o estava enrolando, eu sempre escolhia minha família no lugar dele e fazia isso porque sempre me senti culpada por amá-lo, mas amar Scorpius Malfoy nunca foi uma escolha, eu simplesmente o amava.

Desde o dia que o encontrei na Torre de Astronomia em Hogwarts.

Estávamos no terceiro ano, eu tinha acabado de brigar com Hugo e queria ficar só, então o encontrei com os olhos vermelhos de tanto chorar. Eu senti naquele momento que deveria fazer chacota com ele, afinal eu era uma Weasley e se fosse Hugo no meu lugar ele provavelmente faria isso, mas havia algo na forma como ele me encarava que me impedia de falar qualquer insulto para ele. Sentei de frente para Scorpius e perguntei o que havia acontecido, esperava algo como: porque você quer saber Weasley? Ou algum insulto, mas surpreendentemente ele disse: Minha mãe está muito doente, talvez ela não passe desse ano. E eu falei: Sinto Muito. Ele me olhou nos olhos mais uma vez e exclamou: Não sinta, não há nada que você possa fazer por ela. Eu vi que ele estava se segurando para não cair no choro na minha frente e mesmo sem entender porque eu queria reconfortá-lo ou no mínimo fazê-lo esquecer dessa situação por alguns momentos. Então lhe disse: Agora realmente não tenho como fazer nada por ela, mas se ela tiver viva quando eu me tornar uma medibruxa então eu vou curá-la. Palavra de honra. Scorpius me olhou por algum tempo, como se decidisse o que falar, e por fim comentou: Você quer ser medibruxa? Meu pai é medibruxo. Falou do pai dele todo cheio de orgulho e me perguntei naquele momento se aquele era o mesmo Draco de que meu pai tanto falava mal. “Quero sim, mas não sei se vou conseguir. Não sou muito boa em poções.” Admiti a contragosto, não gostava de admitir ser ruim em algo, gene de Hermione Weasley. Eu sou ótimo em poções, se quiser posso te ajudar. Ele se ofereceu. “Você não precisa fazer isso”. Digo. “Claro que preciso. Quando você se tornar medibruxa vai salvar minha mãe, não vai?”

Ele perguntou esperançoso. Claro que vou! Exclamei animada.

Começamos a nos conhecer naquele dia, mas nunca comentávamos o porquê só nos encontrávamos escondidos, ou porque ninguém poderia saber que conversávamos um com o outro, e quanto mais o tempo passava mais eu ouvia de outras garotas o quanto Scorpius era uma gato, mas eu não admitia que o interesse de outras garotas por ele me incomodava.

Quando finalmente fomos discutir esses assuntos um ano depois tudo saiu ao mesmo tempo acabamos os dois se magoando e cortando relações, depois só por birra comecei a namorar Leon e depois de algumas reviravoltas acabamos voltando. Porque não conseguíamos permanecer muito tempo longe do outro, havia uma força invisível que nos puxava na direção um do outro.

Terminar com Scorpius nunca esteve entre minhas opções do que fazer no futuro, pelo contrário, sempre que eu pensava no futuro não importa o quão distante fosse ele estava lá, ao meu lado. No entanto ele tinha razão, eu nunca teria coragem, nunca tive, de abrir o jogo com minha família, sempre estava inventando desculpas. Pelo menos iriamos terminar enquanto, nas palavras dele, ainda existia amor.

–Rose!

Escuto minha mãe me chamando. Minha mãe, uma das últimas pessoas que eu queria ver. Ia fingir que não estava em casa, mas me chamaram novamente e dessa vez não era Hermione Weasley e sim Teddy Lupin. Se os dois estavam juntos alguma coisa de grave tinha acontecido.

Pego minha varinha para limpar a maior parte da bagunça e corro para a porta. Victoria estava com Peter dormindo em seu colo. Minha mãe, meu pai, tio Harry, tia Gina, Hugo, Lilian, além de Teddy, também estavam lá.

–Merlim, o que aconteceu?

Pergunto preocupada.

–Já está tudo bem. Ele pegou minha vassoura escondido e caiu, só quebrou alguns ossos, mas precisa ficar em observação.

Tio Harry falou.

–E como ele tem aversão a hospitais a doutora Closs permitiu que o trouxesse para casa desde que ele ficasse com você.

Teddy completou.

–Mas, é claro. Entrem. Vic o coloca na minha.

Colocamos Peter na minha cama, ele estava sonolento devido o remédio da dor. Victoria Lupin estava preocupada com o filho, mas sendo ela minha melhor amiga reparou o estado do meu quarto que embora eu tenha passado uma “varinhada” ainda demonstrava a bagunça que se encontrava segundos antes.

–Rose, você está bem?

–Nem um pouco, mas vamos nos preocupar com Peter, por enquanto.

Respondo, não adiantava mentir para Vic, ela me conhecia muito bem.

–Peter está bem. Já está fora de perigo ficar aqui é só uma precaução. O que aconteceu?

Pergunta sentando-se do meu lado.

–Eu e... Nós... Terminamos.

Digo, e percebo que pior do que saber que acabou é admitir para outra pessoa que acabou. Vic me olha como se pudesse escutar o som do meu coração partindo. E me puxa para um abraço bem forte. Eu tento inutilmente segura minhas lágrimas, mas não consigo.

–Me desculpem não queria atrapalhar.

Tio Gui exclama quando abre a porte de uma vez nos assustando.

–Tudo bem papai. Só estávamos...

–Chorando de alívio.

Digo rápido. E saio os deixando sozinhos. Quando ao pé da escada a tia Fleur está subindo junto com tio Harry. Sento no sofá ao lado de Hugo tentando me controlar para não chorar novamente. Minha fica andando de um lado a outro da sala.

–Francamente Rose, esse seu apartamento tá parecendo um lixo. Olha só a quantidade de poeira, isso porque você tem uma varinha se fosse trouxa não quero nem imaginar como...

Fechei os olhos, respirei fundo, e comecei a cantar uma música na minha cabeça.

–Filha quando fomos ao St. Mungus falaram que você não vai lá a duas semanas. Aconteceu alguma coisa?

Meu pai pergunta preocupado.

–Nada demais. Só não estava me sentindo muito bem. Uma gripe mal curada provavelmente.

–E você acha que gripe se cura bebendo?

Minha mãe pergunta erguendo uma garrafa de vodca da estante de livros próximo à escada.

–Acho que sim, ainda estamos na parte dos testes, então é difícil saber... O problema é que não lembro o resultado.

Respondo ironicamente. Minha mãe me encara com raiva no olhar.

–Rose você bebeu essa garrafa sozinha? E ainda por cima doente?

Papai perguntou bravo.

–Claro que não. Fizemos uma festinha lá do hospital há alguns dias devo ter esquecido de jogar essa garrafa fora.

–Você estava bebendo?

–Papai, não sou uma criança.

Ele bufou.

–Se você ainda fosse uma criança estaria de castigo durante a vida inteira.

–Não estou com paciência para os seus dramas, papai.

–Rose, eu sou seu pai, olha como fala comigo. Você pode está adulta, trabalhar, ganhar seu próprio dinheiro, mas enquanto viver ainda vai ser minha filha e vai me dever respeito.

–Você acha que não sei? Se eu pelo não tivesse...

Como se eu não soubesse que serei eternamente filha de Ronald Weasley, e por assim ser não poderia nunca, nunca, me casar com Scorpius, e ter filhos com eles, vários filhos, alguns loiros, alguns ruivos. Vou para a cozinha antes que recomece a chorar. Coloco uma água para ferver, iria fazer um café.

–Rose, está tudo bem?

Hugo perguntou.

–Tudo ótimo. As mil maravilhas.

–Eu só queria pedir desculpas. Por aquele jantar estúpido. Eu juro que não queria ajudar a mamãe com essa ideia besta de encontrar um noivo para ti, mas você sabe como ela é. De algum jeito as coisas sempre acontecem como ela quer.

–Ela sempre consegue, não é?

–Comigo sim. Com você, nunca se sabe.

...


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Notas finais do capítulo

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Link do anel do Scorpius



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