Até que o sobrenome pese... escrita por Gabs


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hello!!
Desculpem a demora, estou tendo um caso sério com várias séries no momento kkkk



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Scorpius Malfoy passou o dia inteiro em seu escritório, jogou o celular dentro da gaveta assim que entrou na sua sala no inicio do dia, agora já eram oito da noite e telefone continuava lá, desligado. Ele não queria falar com Rose hoje, ainda não sabia o que iria dizer o que iria fazer...

...

SCORPIUS MALFOY

“Eu sei que você está me evitando, mas precisamos conversar. Consegui uma folga para hoje à noite, posso ir ao seu apartamento?”

Era a mensagem que Rose tinha deixado na caixa postal. Escutei já no elevador do meu prédio e quando entrei, ela já estava lá... Cozinhando.

–Boa noite. Estou fazendo Rosbife na mostarda!

Rose diz animada. No momento em que meus olhos se cruzam com os dela, não lembro mais o porquê da raiva. Ela estava linda. Ela sempre fora linda. Sento-me controlando para não agarra-la. Hoje! Determino. Não passaria de hoje nossa conversa definitiva.

–Olha só quem chegou querendo bancar o difícil.

Ela diz sussurrando no meu ouvido de um jeito que já me deixou duro.

–Qual é Malfoy, eu estou me matando aqui.

As mãos dela, já, espertas tiram meu paletó enquanto sua boca mordisca minha orelha. Eu tento focar, imagino alguma tia-avó minha de calcinha, mas quando Rose passa a mão por cima da minha ereção eu perco qualquer autocontrole. Agarro as mãos dela trazendo-a para minha perna e a beijo com vontade. Em questão de segundos estamos os dois sem roupas e enroscados no chão.

–Droga Malfoy!

Ela se levanta nua e ofegante correndo em direção ao fogão. Tem fumaça para todo lado e sorrio da reação dela enquanto coloco minha calça. Com um aceno de varinha acabo com a fumaça e o alarme de incêndio que começa a soar.

Rose me olha como se me culpasse.

–Não me olhe assim, você sabe muito bem quem começou.

–Eu fiquei aqui um tempão tentando fazer um jantar perfeito e agora vai tudo para o lixo.

Mordo a língua para não dizer que passei pela mesma coisa recentemente, mas digo que ainda tem rosbife de ontem na geladeira.

Ela esquenta o que sobrou da noite passada e comemos em silêncio. Sabemos que o clima harmonioso do sexo acabou e que após o jantar teremos que conversar, e para mim aquela conversa teria que ser definitiva, não posso mais ficar me iludindo.

ROSE

–Como foi o jantar com o seu pretendente?

Pergunta ele quando nos sentamos no sofá cada um com sua taça de vinho.

–Horrível, ele não era você.

Digo sorrindo, mas ele não sorri, pelo contrário, me encara sério.

–Eu realmente sinto muito Scorpius, de verdade, mas eu tive que ir, eu pensava que era uma emergência, você ouviu a Lontra também queria que eu ficasse aqui curtindo enquanto minha família estava em perigo?

Argumento sentindo-me culpada.

–Não, a questão não é essa Rose. Nós estávamos discutindo justamente o que aconteceu. Eu entendo que você vá socorrer sua família em momentos de emergência, entendo mesmo. Mas mesmo quando você descobriu ser uma enorme mentira continuou lá, você escolheu á eles. Mesmo sabendo que era uma mentira, mesmo sabendo do tanto que temos que nos esforçar para arranjar algum tempinho juntos.

–Vai começar a reclamar do meu trabalho também?

Retruco tentando fugir do problema central.

–Não. Eu estou reclamando de como toda vez que alguém da sua família grita “Rose” você vai correndo não importando se temos algo planejado ou não. E você faz isso porque se sente culpada por estar comigo. E eu não posso mais Rose, não posso mais...

–Não pode mais o quê? O que você está falando Scorpius?

–Estou falando que eu não quero ser o cara que diga: ou eles ou eu, mas não estou vendo outra saída. Estou com você há nove anos e ninguém sabe. Eu te amo, mas ninguém pode saber, e eu estou de saco cheio disso...

–Scorpius, está me dizendo que está de saco cheio da gente? Você sai uma noite para curtir a farra com o Zabini e gostou tanto da vida de solteiro que se “cansou da gente”, é isso?

–Não é isso, estou dizendo que me cansei dessa situação. A quem estamos tentando enganar Rose? Você nunca vai ter coragem de contar para os seus pais que estamos juntos, e vai chegar o dia que você vai se casar com um desses pretendes que a sua mãe vai te mostrar, só pra fazê-los felizes. Nós não temos futuro juntos. Eu queria casar contigo, ter filhos vários deles, mas...

–Esse só não é o momento certo para contarmos...

–Rose se você não encontrou o momento certo em nove anos dificilmente vai encontrar depois disso, sempre vai ter uma coisa. Não quero mais ficar aqui esperando que nem um idiota dizendo: “quando você quiser contar amor”. Decida-se ou conta para eles e não vai ser fácil, vamos ter muito trabalho no inicio, ou terminamos aqui enquanto ainda nos amamos antes que todos esses problemas comecem a se acumular e acabem com todo o amor que sentimos um pelo outro.

–Você está terminando comigo é isso? Agora pouco você falou que queria casar comigo, e depois fala que cansou de nós dois juntos.

–Não cansei de nós dois juntos, cansei de ser enganado.

–E eu estou te enganando?

–Sim, está. Se fosse por mim já estaríamos casados, já estaríamos no mínimo morando juntos...

–Eu também quero me casar com você...

–Quer mesmo? Quer mesmo, Rose? Se eu me ajoelhasse agora pegasse a aliança que eu queria te dar noite passada você diria sim?

O quê? Aliança? Noite passada?

–Você ia me pedir em casamento noite passada?

–Ia. Mas noite passada eu percebi que você podia até mesmo aceitar, mas nunca nos casaríamos, porque nunca vai contar que estamos juntos para sua família. Nós temos futuro Rose? Vamos avançar, ou iremos permanecer eternamente nesse lance adolescente de namoro escondido? Porque eu quero me casar com você, eu quero ter um lar com você, ter filhos com vocês, mas para isso você teria que enfrentar sua família. Então eu quero que você se decida: Ou enfrenta sua família, ou terminamos. A decisão é sua.

Estou sem palavras. Ele ia me pedir em casamento? Merlim! Scorpius ia me pedir em casamento.

–Scorpius, eu amo você. Sempre amei.

–Não estou questionando seu amor, nunca questionei.

–Isso tudo é muito...

–Façamos um seguinte, você tem até o natal. Eu vou está aqui no meu apartamento. Se você quiser lutar por nós e, portanto enfrentar sua família é só você vim, mas se não me amar o bastante para enfrenta-la é ficar por lá. Mas se você não... só, por favor, não me procure mais, não me ligue, jogue tudo que tiver meu fora, não me mande cartas... Não faça nada que atrapalhe minha ideia de te esquecer.

...

Rose estava sentada no sofá, seus olhos estavam vermelhos, seu cabelo bagunçado, na televisão ela assistia um filme de romance qualquer. Na mesa um copo vazio, e uma garrafa seca de vodca. Ela não estava bem. Seu coração doía mais do que imaginava ser possível. Scorpius tinha razão, ela sabia. Rose nunca teria coragem de contar para Ronald ou Hugo que estava namorando Scorpius Malfoy, muito menos que iria se casar com ele. Por Merlim, ele ia pedi-la em casamento! Em casamento!

Seria tão mais fácil se ele não fosse um Malfoy, ou se ela não fosse uma Weasley. Rose se levantou e foi á cozinha, abriu o armário e pegou uma garrafa de conhaque, encheu o copo novamente. Os dois estavam fadados ao fim, talvez ele tenha razão, talvez seja melhor acabar agora enquanto ainda existe amor.


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