Até que o sobrenome pese... escrita por Gabs


Capítulo 20
Capítulo 19




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Hermione estranhou quando recebeu o convite de Scorpius chamando-a para almoçar, mas não recusou.

—Confesso que não esperava esse convite.

Disse ela quando ele chegou no restaurante.

—Vou ser bem claro com a senhora. Também fiquei surpreso pela vontade em chama-la para almoçar.

Scorpius comentou sorrindo.

—Está tudo bem com Rose? Vocês estão bem?

—Sim estamos. Tudo certo. Ela está muito ocupada esse mês, mas ela tanto o que faz. Mesmo exausta os olhos dela brilham quando fala do trabalho.

—Ela está sempre ocupada.

—Ossos do ofício.

Os dois fizeram seus pedidos.

—Scorpius, não nos conhecemos muito, mas eu não sou muito fã de enrolações.

—Nunca imaginei que fosse.

—Então quando vai me explicar porque me chamou para almoçar.

—Porque você é importante para Rose. Rose é importante para mim. E, acho devemos nos conhecer melhor. Ter uma boa relação.

Confessou Scorpius.

—Ela mandou você fazer isso?

—Rose não tem ideia que estamos almoçando juntos.

—Entendo. Ela te contou que eu estava à procura de um noivo...

Hermione disse finalmente entendo o motivo daquele almoço.

—E eu vim me candidatar.

Interrompeu ele.

—Eu estava procurando um noivo para Rose porque queria que ela tivesse outra relação duradoura além do trabalho. Não fazia ideia que ela já tinha. Se soubesse não teria procurado. Na verdade... se quer saber. Só comecei isso pra implicar com ela. Descobri que ela gostava de alguém. Os primos dela o chamavam de “Homem misterioso”. Então eu deduzi que ela nunca tinha entrado em uma relação séria porque estava esperando que ele tomasse uma atitude. Acontece que ela já tinha uma relação séria.

—Então a senhora não odiaria se eu fosse noivo de Rose?

—Sei que tenho uma relação meio complicada com Rose. Mas, de verdade, eu só quero que ela seja feliz. Enquanto você a fizer feliz terá meu apoio.

...

A barriga de Astoria já começava a crescer. E, alguns boatos sobre a sua gravidez já haviam começado a rolar.

—Astoria. Os seus exames mostram que tudo está razoavelmente bem. Nós vamos continuar aplicando a injeção no feto. Eu vou pedir somente que você tome cuidados redobrados. Nada de carregar peso. Fazer muito esforço. Nem mesmo usar e abusar de magia. E, novamente... qualquer coisa que sentir, nos contate imediatamente.

Steve lhe orientou novamente.

—Qualquer coisa Astoria. Por favor, não tente ser corajosa.

Rose reforçou. Ela prometeu para os dois que cumpriria sua palavra.

A gravidez transcorria o mais normalmente possível. Ela não conseguia conter o sorriso. Queria falar com Draco, mas o marido estava em uma cirurgia. Resolveu então ir ao escritório do filho.

Scorpius parecia leve.

—Acabei de sair de uma consulta com Rose e Steve.

—Está tudo bem com a senhora?

Perguntou levemente preocupada.

—Comigo sim. Tudo certo. E você e Rose? Estão bem?

—Estamos. Ela anda meio sem tempo, mas já estou acostumado. As vezes ela está sem tempo, as vezes sou eu. Coisas da vida adulta.

Comentou.

—Tem certeza que estão bem?

—Tenho. Porque ela lhe disse alguma coisa? Ela não lhe pareceu bem?

—Não. É só eu acho que faltava alguma coisa nela.

—Como assim mãe?

Scorpius perguntou confuso. Astoria riu.

—Está faltando uma aliança no dedo daquela garota.

Scorpius revirou os olhos.

—Achei que era algo sério mãe.

—E é. Tanto sofrimento para ficarem juntos oficialmente. E agora desiste de pedi-la em casamento.

—Não desisti. Estou dando um tempo. Ela não tem tempo para comemorar agora. Mal estamos nos vendo. Além disso, meio que estou com uma meta de conquistar os pais dela primeiro.

Confessou meio sem jeito. Astoria revirou os olhos.

—Merlim. Porque ele tinha que puxar para o pai dele...

—Dramática.

—Estou falando sério Scorpius. Você a ama?

—Claro.

—Então não perca seu tempo.

—Porque está dizendo isso? Steve e ela...

Astoria riu.

—Acha mesmo que ela tem interesse em outro cara? Estou dizendo isso, porque acredito que vocês estão mais que prontos para o próximo passo.

...

Scorpius chegou mais cedo do que o esperado em casa. Tomou um banho. Releu alguns contratos, mas não conseguia tirar a conversa que teve, mais cedo, com Astoria da cabeça. Será que ele estava sendo um tolo ao não pedir logo Rose em casamento? E, como se ela pudesse ler seus pensamentos, chegou uma mensagem em seu celular.

—Vic, me pediu para cuidar de Peter hoje. ME AJUDA.

Scorpius sorriu com a mensagem. Gostava de Peter. Na verdade, foi após conhece-lo que percebeu que queria ser pai. O loiro nunca pensou em SER pai. É claro que já tinha conversado com Rose sobre o futuro e sempre envolvia filhos. Mas para ele era algo abstrato. O desejo real surgiu quando pegou Peter no colo pela primeira vez.

—Claro! Que horas ele vai para sua casa?

—Na verdade. Pensei em leva-lo aí. Minha casa está uma bagunça.

Scorpius deu uma olhada no apartamento. E viu que estava arrumado.

Tudo bem.

...

Quando Victoria e Teddy foram deixar Peter, Rose ainda não havia chegado. Scorpius percebeu que Teddy não se sentia confortável em deixar o filho com ele, mas Victoria o olhou brava e eles saíram. Peter gostava de Scorpius, o amigo de sua madrinha era superdivertido, principalmente porque não tinha ideia do que fazer com ele. Então ele resolveu abusar um pouco: correu por todo o apartamento, derrubou suco no sofá, derrubou uma estante cheia de livros.

Mas no momento que descobriu a coleção de vassouras mágicas de Scorpius, ele parou encantado.

—Elas voam?

Perguntou. Scorpius sorriu relaxando por breves momentos.

—Sim. Mas não muito alto. Elas são de colecionadores.

—Eu posso subir em alguma?

Pediu com um olhar tão angelical que Scorpius questionou a existência do pequeno demônio que bagunçou sua casa. Geralmente, ninguém tocava nas suas vassouras, nem mesmo Rose, mas ele não conseguiu dizer não a Peter. E logo o garoto subiu em uma das vassouras. Não demorou cinco minutos para ele se jogar contra o armário da pia.

Scorpius correu preocupado com o garoto.

—Merda. Merda. Merda. Sua madrinha vai me matar. Seus pais também.

O garoto riu do desespero do loiro. Era por isso que ele era divertido. Sabendo do talento em sempre se machucar a maioria dos seus familiares nem ligava quando ele batia em alguma coisa.

—Eu estou bem. Vivo caindo.

Explicou o pequeno.

—Tente não cair mais. Porque se você chegar em casa com um arranhão seu pai volta aqui e me destrói.

Peter riu. Como alguém podia ter medo do pai dele?

—Você tem medo do meu pai?

—Claro! Sua família nunca ataca sozinho. É sempre todos. E é uma família muito grande.

—Você é engraçado.

Conclui Peter. E a cor dos cabelos de Peter estavam amarelos. Scorpius sorriu.

—Também gosto de você garoto. Agora porque não vamos fazer algo que não me mate de o coração como jogar vídeo game.

—Você sabe jogar?

—Se eu jogar? Eu sou o rei garoto.

Rose havia chegado há poucos minutos. E olhava a conversa entre Scorpius e Peter admirada.

—Madrinha!

Gritou Peter correndo para os seus braços assim que a viu.

—Scorpius me deixou andar em uma de suas vassouras.

—Sério?

Rose perguntou surpresa. Ninguém nunca tocava nas vassouras de Scorpius.

—Ele tem um olhar...

Scorpius disse se justificando.

—E agora nós vamos jogar vídeo game.

Peter falou animado correndo para o sofá. Rose beijou Scorpius.

—Desculpa. Arturo e eu perdemos a noção do tempo.

—Tudo bem, mas da próxima vez. Vamos cobrar por hora para Victoria e Teddy.

...

Rose e Scorpius estavam descansando no sofá. Os pais de Peter tinham buscado ele há poucos minutos.

—Eu sei que está exausta, mas queria te contar sobre o meu dia.

Rose sorriu e deitou-se no colo do namorado.

—Estou sempre a sua disposição.

—Tive um encontro com seu pai e seu tio hoje. Sobre a loja de logros no beco diagonal.

—Eles continuam implicando com isso...

—Eu que pedi a reunião. Desisti de abrir a loja. Quer dizer, vou abri ainda. Mas em Hogsmeade.

—Diga que isso não tem nada a ver comigo.

Pediu Rose. Não queria atrapalha o sucesso profissional de Scorpius, de forma alguma.

—Não é bem assim. Não estou desistindo de abrir a loja. Só acho e o Conselho concordou comigo que será mais lucrativo se for em Hogsmeade. A dona do Zongos queria vender a loja. Eu comprei. Fiz a reunião com seu pai, porque queria vender alguns produtos da Gemialidades Weasley na minha loja.

—Quanto perdeu fazendo isso, Scorpius?

—O mais importante é o que eu ganhei. Acho que seu pai está começando a gostar de mim.

—Não precisa perder um lucro desses por causa do meu pai.

Rose disse sentando-se.

—É claro que eu preciso. Se eu continuasse com a loja no Beco Diagonal em algum momento isso serviria de atrito na minha relação com seu e o resto da sua família. Já pensou quando tivermos filhos? A confusão que eles podem ter por uma bobagem assim? Seu pai dizendo que a loja dele é melhor e que a minha não presta.

—Entendo. Mas você sabe que eu jamais pediria pra você abdicar...

—Eu sei. Eles são a sua família. Sei que não precisa que eles gostem de mim, porém eu quero que eles gostem de mim.

Rose o beijou.

—Se eu não tivesse tão cansada, você com certeza se daria bem hoje.

Scorpius sorriu.

—Arturo anda te cansando muito?

Perguntou como quem não quer nada.

—Se eu não te conhecesse Scorpius... diria que está com ciúmes de Arturo.

—Talvez eu esteja.

Confessou.

Rose o encarou surpresa.

—Sei que ando sem tempo nos últimos meses, mas não sabia que era tanto a ponto de você cogitar a possibilidade que eu tenha interesse em qualquer pessoa que não seja você.

—Eu sei. É só um sentimento idiota. Acho que nem é ciúmes. É inveja.

—Inveja?

—Sim. Inveja do tempo que ele passa com você. Sei que é completamente estupido o que estou dizendo. E nem quero pedir que saia do seu emprego, porque você o ama. Eu só... Só estou com saudade de você.

—Entendo. Também sinto sua falta. Sei que meu tempo anda meio corrido, mas eu vou tentar me organizar melhor..., Mas sabe eu provavelmente terei que sair de algum dos hospitais.

—Não estou pedindo isso.

—Eu sei. Mas acho que terei que sair do St. Mungus. Por mais que eu ame trabalhar lá. Acho que finalmente me encontrei, sabe? Eu tinha esquecido essa sensação de buscar algo, de criar algo. E agora eu tenho uma equipe. É difícil, é complexo, mas eu amo. E conversei com o diretor do Ed esses dias. Ele quer que eu coordene uma nova divisão voltada para pesquisa de tratamentos. No St. Mungus, eu trabalho mais com emergências e consultas. Eu não sinto isso que sinto quando... Você não me entendeu, mas...

—Entendi. Já tinha percebido isso. Você fala com paixão quando o assunto é pesquisa. Sempre soube que em algum momento seguiria esse rumo.

—E porque não me disse isso antes.

—Porque esse tipo de coisas as pessoas têm que descobri sozinhas.

—Tem uma chance muito grande de eu ter acabado de me apaixonar por você novamente.

Scorpius sorriu.

—Também conversei com sua mãe hoje.

—Minha mãe? Merlim. Você não quer que eu marque uma reunião em família logo.

Rose sorriu. Estava gostando do esforço de Scorpius.

—Na verdade. Acho que deveria marcar uma saída com os pais de Peter.

—Por que?

—Acho que Teddy não gosta de mim.

—E precisa que ele goste de ti?

—Claro! Ele é o marido da sua prima favorita. Pai do seu afilhado. Provavelmente quando casarmos você vai chama-los para serem nossos padrinhos.

—Quando nós casarmos?

Rose perguntou engolindo em seco. Desde que voltaram ela se questionava o melhor momento para tocar no assunto. Lembrava-se que Scorpius tinha planos de pedi-la em casamento antes de terminarem, mas desde que voltarão o assunto nunca foi tocado.

—Um dia você vai ter que parar de me enrolar e me pedir em casamento Weasley. Eu sou um homem de família.

Rose riu.

—Vou ver o que posso fazer por você. Mas voltando ao assunto... você falou com minha mãe hoje.

—Sim. Fui me candidatar pro cargo de ser seu noivo.

—Noivo?

—Isso mesmo. Mas ela não aceitou minha inscrição.

—Sinto muito.

—Mas ela me deu a benção dela. Enquanto eu te fizesse feliz.

—Então você está tentando convencer meus pais a te deixarem casar comigo, é isso?

—Era meu plano.

—Era? Não é mais?

—Não. Mudei de plano.

Scorpius fingiu bocejar.

—Estou com sono. Vou dormir.

E levantou-se do sofá deixando Rose perdida.


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