Até que o sobrenome pese... escrita por Gabs


Capítulo 19
Capítulo 18




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/659552/chapter/19

Rose estava feliz, seu coração transbordava felicidade, ela não conseguia parar de rir. E, Scorpius a acompanhava em sua felicidade. Era bom finalmente não precisar se esconder, contar a história de como haviam se conhecido.

—Eu amo você Scorpius.

Disse ela assim que chegaram no apartamento dela.

—Não mais do que eu te amo Rose.

Os dois se encaram, e, nessa pequena troca de olhares eles diziam a intensidade do que realmente sentiam um pelo outro, intensidade que não poderia ser expressa em um simples “eu te amo”.

—Essa noite foi mais agradável do que pensei que seria.

Scorpius comentou. A verdade era que ele estava relaxado. Estava com medo de Hermione, mas descobriu que embora ela não gostasse tanto dele, ela pelo menos não o odiava, e, quanto a Hugo os dois haviam marcado de assistir o próximo jogo dos Cannons juntos, o que poderia ser o início de uma relação com o cunhado, se não de amizade, pelo menos sem ódio. Ademais, descobriu que possuía algumas coisas em comum com o sogro, como torcer para os Cannons, adorar xadrez bruxo e serem ciumentos.

—Verdade. Fico feliz que ninguém tenha saído no soco. -Disse ela sorrindo – Mas acho que devíamos marcar de jantar com os teus pais.

—Conversarei com a minha mãe amanhã para marcar.

Uma expressão de pânico surgiu no rosto de Rose.

—O que foi?

Perguntou Scorpius.

—E se seu pai não gostar de mim?

Scorpius riu.

—Ele seria um tolo, e, meu pai não é tolo.

—Mas...

—Nós não conversamos ainda sobre como foi natal. Eu vou contar como foi o meu, mas terei que voltar um pouco no tempo.

Rose o encarou sem entender.

—Minha mãe me viu encarando a aliança que ia te pedir em casamento, logo após nosso término, e quando ela me questionou eu dei a entender que nossas famílias não se davam muito bem. Enfim, quando cheguei na festa de natal da minha família, ela me viu triste e disse que sabia que era você, e me aconselhou a não me fechar se você voltasse atrás. Meu pai escutou nossa conversa, e, ao contrário do que sempre imaginei ele não odiou a ideia, você tem créditos por ter salvado a minha mãe e estar tentando salvar a minha irmã.

—Então ele não me odeia?

—Não.

—Desculpe. Por ser uma covarde, por precisar te perder pra contar para o meu pai sobre nós.

—Rose...

—Me deixe terminar. Quando o natal chegou, eu não poderia ir até você porque eu fui criada para colocar sempre a família em primeiro lugar, mas não conseguia ir para a Toca passar o natal, porque eles eram o motivo que eu não poderia ter você. Passei o natal em casa, chorando, desejando ser qualquer outra pessoa no mundo, menos uma Weasley. No dia seguinte meu pai foi lá, e eu pensei, foda-se, eu já o perdi, e já perdi minha família, porque eu não conseguia encará-los. Então contei para o meu pai, a reação dele foi muito pior que a do seu, ele ficou um tempo calado, depois ficou de todas as cores, então me perdoou porque era um lance de uma noite, aí eu contei que nós estávamos juntos desde o 5º ano, aí expliquei que tínhamos terminado, e, ele me abraçou, e chorei. Acordei no outro dia ele não estava mais lá, não falou nada dos dias seguintes, até me mandar um berrador me mandando ir para a Toca no Ano Novo.

—Estou dizendo isso Scorpius porque eu preciso que você saiba que eu não os escolhi. Não diretamente, pelo menos. Não escolher você me despedaçou...

—Seu pai me falou. Ele entrou na minha sala, estava furioso. Disse que tinha saído da sua casa. Que a única vez que tinha te visto triste daquela forma havia sido quando seu cachorro de estimação havia morrido. Eu disse que ele não tinha com o que se preocupar, pois tínhamos terminado. Ele disse que um relacionamento só terminava de verdade quando não existia amor, respeito e cumplicidade. Então perguntou o que se eu sentia essas coisas por você, eu confirmei. Aí ele saiu. Na manhã do ano novo ele mandou uma carta. Pediu que eu o encontrasse no beco diagonal. O resto você já sabe.

—Acho que ele gosta de você.

Rose contou sorrindo.

—Não. No máximo ele não tem vontade me lançar um feitiço imperdoável.

...

 O jantar na casa dos pais de Scorpius foi tranquilo, calma. Apenas um jantar normal. Rose ficou encantada com os sogros, não imaginava que iria gostar tanto de Draco, mas ele era extremamente gentil e, sobretudo cuidadoso com Astoria. A relação dos dois era muito bonita, o amor era visível. Ao observá-lo percebeu porque os dois eram tão importantes para Scorpius, e em quem ele se espelhava pra se tornar o homem maravilhoso que estava se tornando.

Não houve complicações. Draco não demonstrou irritação por ela ser uma Weasley, na verdade aquele foi um assunto que nem mesmo foi tocado. Scorpius tinha um sorriso tão lindo no rosto que a ruiva se arrependeu de nunca ter feito aquilo antes. Ele estava feliz. E nada mais poderia estragar aquilo.

...

2 Meses Despois.

HOSPITAL DE PESQUISA MÁGICA.

Rose estava atarefada. Apesar de finalmente não ter mais que esconder Scorpius da sua família, os dois tiveram pouquíssimo tempo para aproveitar a liberdade de não precisarem se esconderem. Pois Astoria ainda estava grávida e Rose ainda precisava encontrar a cura para a Doença Black. No meio de suas pesquisas descobriu que Astoria não era a primeira paciente que havia se “curado” da doença e engravidado. Porém, todas as crianças morreram no parto. Algumas mães se salvaram. Além disso, nenhuma delas tinha feito o mesmo tratamento que Astoria estava fazendo com Steve e Rose.

Descobri que havia um grupo razoável de mulheres que ficavam grávidas após serem curadas da Doença Black foi importante para conseguir aval do Hospital de Pesquisa Mágica para criar uma equipe com a finalidade de criar uma cura ou pelo menos um tratamento para essas crianças que nasciam com a doença

Encontrar a equipe ideal, no entanto, foi mais difícil do que imaginava no início. Porém, chefiar uma equipe era ainda mais difícil. Havia toda uma disputa de egos. E, saber sopesar todas as opiniões era uma tarefa extremamente complicada. Mesmo assim estava feliz com a equipe que tinha construído. Principalmente com o Arturo Gimenez, ele era um medibruxo latino americano, ex-pupilo de Gregory. Os dois possuíam uma sintonia sobre a Doença Black e estavam fazendo alguns avanços significativos na pesquisa. A pesquisa, no entanto, não parecia perto de um resultado útil.

...

Escritório De Scorpius.

No último mês Scorpius estava empenhado em conquistar a família de Rose. Sabia o quanto eles eram importantes para ela e queria conquista-los, que o vissem como parte da família. Afinal, não havia desisto da ideia de pedir Rose em casamento, mas decidiu que iria se tornar parte da família Weasley primeiro.

O primeiro passo foi desistir de abri a loja de logros no Beco Diagonal. Apesar de Rose entende-lo e de Ronald e George não aparentarem estarem tão raivosos com isso, ele sabia que em algum momento aquela loja poderia ser um motivo de atrito entre ele e a família de Rose. Contudo, não desistiu totalmente da ideia.

Zabini descobriu que a dona do Zongo’s em Hogsmeade estava querendo fechar a loja, e abrir uma livraria no local. E como um bom amigo Zabine convenceu Eleonora Smith (proprietária da loja) que seria muito mais vantajoso para ela abrir a loja no Beco Diagonal. Uma vez que ela concordou, foi só acertar os detalhes de quanto ficaria um prédio pelo outro. E pronto estavam acertados. Scorpius abriria sua loja em Hogsmeade.

Havia chamado Ronald e George para conversarem, sobre um acordo.

—Deixa eu ver se entendi. Você está dizendo que não vai mais abrir a loja de logros, é isso?

Ronald perguntou curioso.

—Não. Estou dizendo que não vou abri-la no Beco Diagonal.

—E o que isso tem a ver com a gente Scorpius?

George perguntou.

—Bom eu queria saber se tinha a possibilidade de fazermos um acordo sobre alguns produtos de vocês. Eu sei que existe alguns produtos que são enviadas por Correio para Hogwarts todo ano. Minha ideia é que possamos fazer uma parceria quanto a elas. Vocês me repassariam alguns lotes desses produtos e nós poderíamos entrar em um acordo sobre a porcentagens que vocês receberiam por cada item vendido.

Scorpius disse seu plano. Viu que o Ronald o analisava curioso. Segurou-se para não sorrir ou para criar expectativas.

—Não vamos concordar com isso agora. Temos que falar com Fred, Louis e o Gui antes de tomar qualquer decisão desse tipo.

—Entendo perfeitamente.

Agora estava na hora de cuidar de Hermione.

...

—Ele ficou maluco? Deve ter perdido uma grana alta fazendo essa troca de última hora.

Comentou Fred sem acreditar.

—Ele deve gostar muito de Rose para fazer isso.

Ronald comentou pensativo. Gui sorriu do irmão.

—Scorpius não está fazendo pelo Rose. Ele está fazendo por você. Não percebe que o garoto quer te agradar?

—Me agradar? Acha mesmo que ele iria abri de todo esse dinheiro para me agradar?

—Rose sempre deixou claro que não era contra ele abrir a loja. Ele quer o seu consentimento.

—Mas eu já permiti que ele namorasse Rose.

Ronald respondeu como se fosse óbvio.

—Eles estão junto há um bom tempo Roniquinho. Talvez ele esteja cansado de namorar e queria se casar com a pequena Rose.

George comentou rindo da expressão assustada de Ronald.

—Acho que ele vai ter que se esforçar mais.

Louis disse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Até que o sobrenome pese..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.