Até que o sobrenome pese... escrita por Gabs


Capítulo 18
História de um amor final. 2




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Na manhã seguinte, Rose passou o café da manhã inteiro, tentando trocar olhares com Scorpius, precisava saber que eles estavam bem, mas o loiro sentou-se de costas para a mesa da grifinória e saiu bem rápido junto com seu amigo Luke. A frustração de Rose, era evidente, e rapidamente ela, foi alvo de questionamento por parte dos primos. Assim, que mentiu, dizendo que estava preocupada com as notas, saiu da mesa e foi a sala precisa, no entanto, ele não estava lá, procurou mais um pouco, pelo castelo e enfim desistiu, voltou ao seu dormitório, agradecendo a Merlim, por não dividi-lo com nenhuma das primas.

—É impressão minha, ou está evitando a sua namorada?

Questionou Luke. Os dois estavam no campo de quadribol.

—Ela vai ao baile com Alvo Potter.

—Ahhh. Entendi. Não se preocupe nós conseguimos um par para você…

—Eu não levar ninguém.

—Não banque o idiota Scorpius. É claro que vai. Se ela vai levar alguém, mesmo que seja um primo, você também vai levar. Alguém que não seja parente, para ela perceber que você consegue outra garota bem rápido. Quem sabe, assim ela acorde. Além disso, você ganha a disputa.

—Que disputa.

—Merlim, Scorpius. Ela vai levar o primo, se você não levar ninguém, ea vence. Se levar uma prima, empatam. Se levar uma gostosa, como estou planejando, vence. Simples.

—Não se tratada de uma competição.

Luke revirou os olhos.

—Todo namoro é uma competição, Scorpius. Vocês competem pelo poder de dar as cartas. E no de vocês, só ela está pontuando. Tudo que ela pede tu faz, no entanto, quando se trata das tuas vontades, ela quase nunca o faz. Está na hora de virar o jogo.

—Você é maluco Zabine, não existe nada disso.

—É claro que tem. Pergunte a qualquer um. Vejamos… Você não pode chamar nenhuma das que te chamaram, elas estão com orgulho ferido… O que acha de chamar a Judith, vocês já tiveram um lance… Rose vai morrer de ciúmes.

—Não quero deixar ela com ciúmes.

—Por Merlim, até parece que não me escuta. Não se trata de querer ou não, ela precisa sentir que está te perdendo para dar valor. É assim que a vida funciona. Vou conversar com Judith. Ela com certeza vai querer.

—Mudando de assunto. Com quem você vai?

—Com a Ariana. Não é porque você foi estúpido o bastante para não querer ela, que eu não vou querer.

—E, o que a Potter acha disso?

—Provavelmente que eu sou igual ao meu pai, ou que me tornarei ele, um dos dois, talvez os dois.

—Ela não sabe o que está perdendo.

Scorpius comentou apoiando o amigo.

—Elas não sabem, Scorp. Elas não sabem.

DOIS DIAS ANTES DO BAILE.

Rose, eu entendo os motivos que te fizeram preferir ir com Alvo a Scorpius no baile de formatura. De fato, não seria um bom momento, mas ele está certo quando diz que nunca terá um bom momento, bons momentos não existem, são desculpas que usamos para adiar as coisas. Dê um tempo para ele esfriar a cabeça, lembre-se que ele planejava ir com a namorada. Se acontecesse o mesmo comigo e Teddy, eu daria um tempo até o dia do baile, mas vocês dois, não são nós dois, portanto, se achar que deve conversar come ele antes, não se acanhe. Conversar para esclarecer as coisas sempre é a melhor opção.

Afetuosamente, Victoria.

Sem saber o que fazer, e começando a duvidar das suas motivações, escrevera uma carta no dia anterior para Vic, a única prima que conhecia sua história com Scorpius. Ela não queria esperar até o baile, já estava angustiada. A carta da prima chegara em seu dormitório, um pouco antes do café. Rose, assim, que lera, foi ao corujal, planejava mandar um bilhete, pedindo que Scorpius a encontrasse na sala precisa.

—Sei que está irritado comigo, e eu te dei um tempo para me odiar. Mas não consigo ficar assim, brigada, contigo, sabendo que me odeia, não consigo me concentrar… Queria que resolvêssemos as coisas

Disse ela, assim que ele entrou na sala precisa.

—O que há para resolver? Você já decidiu que vai com Alvo para o baile. Eu vou com Judith, não há nada mais para conversarmos sobre isso.

—COMO ASSIM VOCÊ VAI COM A JUDITH?

—Bom, você tem um par, pensei que eu poderia ter um par também.

—Isso é algum tipo de brincadeira, Scorpius?

—Não vejo como. Direitos iguais. Se você pode levar uma pessoa no baile, eu também posso.

—É completamente diferente. Eu vou com meu primo. E você vai levar aquela… Aquela… Você não vai levá-la para o baile, de modo algum.

—Desde quando manda em mim, Rose? Eu levo quem eu quiser. Na verdade, eu não levo quem eu quiser, porque eu queria levar você, mas já que não quis…

—Não venha colocar a culpa em cima de mim. Não posso acreditar nisso. Vai levar a Judith? A Judith? A garota que você ficou se agarrando pelo castelo…

—Só depois que você me dispensou.

—Então agora que eu, pelo nosso próprio, optei por não irmos ao baile juntos, você vai levá-la?

—Sim.

—E pretende ficar se agarrando come ela pelos cantos dos castelo novamente?

—Eu vou levá-la para o baile, Rose. Só isso. Nós só vamos dançar, e conversar, a mesma coisa que fará com seu primo, não vejo porque tanta confusão.

—Não vê. É claro, que louca eu sou não é mesmo. Vocês são só amigos, eternos amigos, quase irmãos. Acredita mesmo que ela não vai tentar tirar nenhuma casquina de ti?

—Que ela tente. Não vai conseguir.

—Vou deixar uma coisa clara para você Scorpius, você não vai ao baile com essa puta, nem que eu tenha que azarar você!

—Vou deixar uma coisa clara, você não manda em mim. Já combinei com Judith. E vou levá-la. Se não gostar… Problema seu. Já que sempre faz o quer sem se importa como eu vou me sentir, vou fazer o mesmo a partir de agora.

O sangue de Rose fervia, e os dois se encaravam como se a qualquer momento fosse duelar. Scorpius não era de agir daquela forma, e nem era tão estúpido a ponto de achar que Judith não daria em cima dele descaradamente, e mesmo que ele resistisse, ela o beijaria, Judith sempre conseguia o que queria, todo o castelo sabia.

A preocupação de Rose, no entanto ia além, sua imaginação já fértil, começou a imaginar, se de fato, era isso que Scorpius queria, que ela (judith) se atirasse nele. Talvez, pensou, Judith daria a ele, o que ela (rose) ainda não tinha dado, afinal de contas, Rose acreditava que Scorpius e Judith haviam transado quando namorados, e eles (Scorpius e Rose) não havia, passado ainda, dos beijos.

Scorpius encara Rose, ele estava bravo, irritado, mas o olhar dele lhe fez sentir culpado, como jamais se sentira. Ele não ia ao baile com Judith, não chamara ninguém, só falou para irritá-la, porque estava com o coração ferido e o ego também… A ruiva na sua frente parecia perto das lágrimas, e o silêncio reinava entre os dois, quando pensou em assumir que mentira, lembrou do que Luke lhe dissera “Namoro é uma competição […] está na hora de virar o jogo”.

—Só não entendo, porque quer fazer isso…

Rose falou quebrando o silêncio que se formara. A voz dela estava mais calma, embora mais embargada.

—Porque eu quero ir ao baile para me divertir, dançar… Se não posso fazer isso com você…

—Não é o fato de levar alguém, quer dizer, também é isso, mas é sobretudo, o fato de levar ela especificamente. Você sabe que ela ia mexer mais comigo que qualquer outra, mesmo assim, chamou ela. Pra me magoar, para me ferir. Enquanto eu, escolhi Alvo, justamente para evitar em você, o sentimento de traição que eu estou sentindo.

—Mas eu estou magoado, ferido… Esse problema, você age, e quase nunca se importa com as consequências que terá para mim.

—Estou resguardando o nosso futuro, Scorpius. Nunca quis magoar, você. Escolhi Alvo, porque ele é meu primo e gay, não tem como ser mais inofensivo para você.

—Você não me consultou. Nunca me consulta. Simplesmente decide o que é melhor pra nós e me comunica. Já pensou que eu posso ter planos para nós? As vezes eu não me sinto seu namorado, nem mesmo que goste de mim. Você pensa sobre nós, conclui o que será melhor pra o nosso futuro, mas no aqui e agora, no presente, não existe nós, Rose. Existe você e eu, mas nunca nós.

Se Scorpius tivesse enfiado uma faca no coração de Rose, doeria menos do que o que ele acaba de dizer. As lágrimas que ela segurava caíram pesadas em seu rosto.

—Eu sinto muito, Scorpius. Muito, muito, muito mesmo. Eu… não tinha ideia. Eu amo você, Scorpius. Amo muito. Por favor, não duvide do meu amor. Você é a pessoa mais importante da minha vida. Por isso eu me preocupo tanto com nosso futuro, porque eu quero passar os restos dos meus dias contigo, para sempre. E tenho medo, muito medo que a briga das nossas famílias nos separe, porque você, Scorpius, é a melhor parte de mim. E, não gosto nenhum pouco de esconder você do mundo, porque você é tão maravilhoso e eu te amo tanto… Eu quero tanto arranjar o momento certo para declarar para os meus pais o quanto você é importante para mim que não percebi que estava te negligenciando.

Rose se declarou, e o beijou.

—Eu te amo Scorpius, e sinto muito que eu tenha feito você duvidar do que eu sinto por ti.

—Também amo você muito mesmo.

...

—Scorp. Posso te pedir uma coisa?

Perguntou ela se afastando um pouco.

—Eu não vou gostar, mas aceito que leve alguém com seu par, no baile. Desde que, você vá embora comigo. Mas, por favor, que não seja Judith, eu realmente a odeio, não suportaria ver ela ao seu lado. Não tem ideia do quanto tempo demorei para de olhar pra ela para de vê vocês dois se beijando.

—Não vou levá-la, só falei para ti irritar. Sei que bobo, é que fiquei com uma coisa que Zabine falou sobre relacionamentos, e acabei… fui um idiota.

—O que Zabine, disse?

—Que namoros são uma competição em busca de poder, e sempre que alguém ganhava uma discussão, ganhava pontos, perdia pontos sempre que o outro conseguia sempre o que queria. Pelos meus cálculos, só você havia pontuado. É algo estúpido e acabei me deixando levar.

—Eu não quero ganhar pontos, Scorpius.

—Eu sei. Nem eu, foi uma atitude estúpida e mesquinha, não vai voltar a se repetir.

—Estamos nessa, juntos. Eu e você, nós. Não somos uma corrida por pontos, ou vitória, não temos uma linha de chegada. Só temos nós, lado a lado, para sempre.

—Concordo Rose.

—Eu prometo a você Scorpius, que nunca vou ficar fazendo esses joguinhos de relacionamentos que as pessoas fazem.

Scorpius sorriu e prometeu o mesmo para a namorada.

—Sabe, já que estamos nessa de sermos sinceros. Porque odeia tanta a Judith? Ela fez algo com você?

—Algo além de ter ficado com você?

—Sim. O Leon ficou com você e apesar de não gostar dele, não o odeio.

—Bom, nós Weasley, somos muito mais possessivos. Precisa vê minha mãe, quando Lilá Brown, chega perto do meu pai. Ou meu pai quando Vitor Krum está em Londres.

Scorpius sorriu.

—Você e Judith… Vocês… Vocês já… Vocês já transaram?

Perguntou Rose ficando vermelha. De fato, aquela questão a incomodava a um bom tempo.

—Não. Merlim, Rose. Eu e ela ficamos quando tínhamos 14, 15 anos. Não sou precoce assim, até Zabine que é um, galinha, só perdeu a virgindade com… Espera, você e o Leon…?

—Quê? Não. Claro que não!

Scorpius suspirou aliviado.

—Você acabou de suspirar? E se eu tivesse transado com ele? Iria terminar comigo?

Perguntou Rose indignada Não é porque ela não perdeu a virgindade com 15 anos que garotas que perderam nessa idade são piores.

—Eu não terminaria com você Rose. Não seja boba. Eu só tive uma pequena crise de ciúmes interna, e estava imaginando o que faria com Leon. E não venha dizer que isso é uma forma de ser preconceituoso com mulheres, não me importaria se não fosse virgem, mas fico feliz que não tenha perdido com Leon.

—Por que nós nunca… sabe, avançamos. Teve uma vez que eu até tentei tirar a tua calça…

—Se você tirado minha calça naquele dia… eu provavelmente não teria conseguido me controlar. Quero que nossa primeira vez seja especial, não na sala precisa, embora aqui seja nosso lugar.

Os dois sorriram um para o outro, e naquele momento pensaram a mesma coisa: a gente se ama, vai dar tudo certo


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