Simplesmente Acontece escrita por Robsten and Beward


Capítulo 2
Simplesmente... Uma Cenourinha Viciada!


Notas iniciais do capítulo

To super feliz por causa desse capítulo grande (pretendo escrever maiores)!
Espero que vocês gostem e... Comentem, pleasee!!
BJSSS



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– Desce logo que eu to com fome! - A maluca desligou na minha cara antes que eu pudesse responder. Revirei os olhos, e já que não tinha outra saída, levantei da cama e arrumei meu material escolar rapidamente. Catei a mochila e desci correndo as escadas, indo na direção da sala de TV.

Minha mãe ergueu os olhos azuis quando entrei na sala. Ela estava abraçada ao meu pai, Charlie Swan. Mesmo depois de 18 anos de casados, o amor entre eles só aumentava. Se conheceram na univercidade de New York, e depois de alguns meses namorando, Renée descobriu que estava grávida. Eles realmente eram apaixonados, mesmo estando juntos a pouco tempo, então a notícia trouxe imensa felicidade ao casal. Tiveram complicações, claro, mas nada que não pudessem resolver. Além disso, o dinheiro não era problema: Charlie enriquecera no primeiro ano de seu curso, com uma empresa de segurança que acabou fazendo muito sucesso no ramo.

Quando eu fiz 8 anos, meu pai tinha se tornado um milionário e, cansados da vida corrida em NY, os dois resolveram se mudar para um lugar pacato e pequeno, perfeito para me criar com tranquilidade e dirigir sua empresa sem grandes problemas. Então, nós encontramos essa cidadezinha alienígena na internet e, quando eu tinha acabado de completar 9 anos, nos mudamos para Forks.

– Ah, olá ! Vai sair? Escutamos uma buzina. - ela me deu um sorriso, fazendo com que pequenas rugas aparecessem no canto de seus olhos.

– A Anita me chamou para dormir na casa dela. Posso?

– Claro que sim, querida. Mande um beijo para a Erika. - Meu pai exclamou com sua voz grossa, desviando os olhos do jogo de futebol.

Caminhei até eles e depositei um beijo nos dois, me despedindo. Quando estiquei minha mão para virar a maçaneta da porta de entrada grande de madeira, Charlie grita o suficiente alto para que eu o ouça.

– Não durma muito tarde! Não quero saber de vocês duas andando como zumbis na escola, como na semana passada!

Não pude controlar e o rubor conhecido tomou minhas bochechas. Eu e Anita ficamos vendo filmes até tarde naquele dia, e acabamos indo para a escola quase desmaiando de sono; nós dormimos em uma das aulas que temos juntas e o professor contou ao meu pai quando se cruzaram na cidade. Esse é o lado ruim de cidade pequena. As notícias se espalham mais rápido do que margarina na frigideira quente.

Sai com pressa de casa quando escutei de novo a buzina. No momento em que eu entrei no carro, um corpo pequeno se jogou em meus braços me esmagando contra o banco.

– Finalmente!! Já estava pensando que você tinha se afogado no vaso sanitário.

Encarei a minha linda amiga, que se afastou um pouquinho de mim e bebericou seu copo de café. Os cabelos ruivos longos, levemente cacheados e sedosos brilhavam no interior do carro preto. Sua pele, que conseguia ser mais clara do que a minha, se destacava sob o vestido azul. Os grandes olhos verdes me encararam animados. Ela era delicada, porém mais alta do que eu.

Anita chegou em Forks quando eu tinha 15 anos, e ela 12. Nós duas estamos no 3º ano e sim, ela é muito adiantada. A garota é uma gênia! Nasceu no Brasil e, desde pequenininha tinha a maior facilidade em aprender qualquer coisa. Assim, ela canta, toca vários instrumentos, dança, só tira 10 na escola, é fotógrafa etc.

Mas, Anita é... "especial". Seu pai e a Tia Erika perceberam depois de alguns meses do seu nascimento, e ela foi diagnosticada como superdotada. Seus pais se separaram quando minha BFF tinha uns 5 anos, mas eu não vou aprofundar muito nisso. Anita começou a "brincar" com a bolsa de valores como se fosse sua mãe (N/A: ela jogava na bolsa de valores no nome de sua mãe), e para a surpresa da Tia Erika, elas enriqueceram. Anitinha mexe na bolsa de valores até hoje, e sua mãe investiu parte do dinheiro para fundar uma empresa de cosméticos naturais.

Cumprimentei Erika e ela seguiu em direção à sua mansão. Continuamos conversando animadamente, Anita me contando sobre a nova coleção da Calvin Klein e um monte de outras marcas famosas que ela me obriga a usar.

– A gente vai amanhã para Seattle comprar um monte de coisas! Ahh, eu to tãoo ansiosa! - Eu abri a boca para tentar contestar, mas a ruivinha fechou imediatamente a cara para mim. - Nem tente! Você sabe que vai de qualquer modo!

Revirei os olhos, e escutei Tia Erika dar uma risadinha. Anita deitou a cabeça no meu colo, e escutei distraída ela continuar a falar, agora sobre novos livros lançados - um assunto mais empolgante para mim. Ela me contou que finalmente levou seus cachorros para o Pet Shop tomar um banho, já que era muito cansativo e dava muito trabalho lava-los toda semana.

Chegamos na enorme casa de cor clara, que mais parecia um castelo dos contos de fadas. Nós entramos correndo na mansão construída no ponto mais alto de Forks, não muito distante da cidade. Elas não tinham nenhum vizinho próximo, o que nos permitia colocar músicas no volume máximo (apesar das reclamações constantes da Tia Erika).

– Garotas, vou resolver algumas coisas no escritório e chamo vocês mais tarde para um lanche, ok?

Nós gritamos um "entendido" já do topo da escada.

– E ai cenourinha? Que tal a gente estudar um pouc...

– Do que você me chamou?!! - Anita estancou na porta de seu quarto, olhando de um jeito mortífero na minha direção.

Soltei uma gargalhada e entrei voando em seu quarto gigante cheio de pôsters; podia sentir ela correndo atrás de mim. Depois da criatura me atacar com cosquinhas, nós nos recuperamos e iniciamos as tarefas da semana. Anita me explicou as questões que eu estava com dúvida e terminamos os estudos mais rápido do que o esperado. Continuamos jogadas no chão de seu quarto, com uma conversa leve fluindo entre nós.

– Sabe, Bellinha, estou com uma sensação estranha... - Ela começou, olhando distraídamente para o teto.

– O que foi, Anita? Algo errado? - Perguntei preocupada, franzindo a testa para ela.

– Não, nada de errado! É uma sensação boa... Sei lá, sinto que algo especial vai acontecer logo.

Eu sorri. Minha amiga tinha essas "sensações futurísticas" desde de que eu a conheci e, até agora, ela nunca errou nas suas previsões. Escutamos Tia Erika gritar do corredor.

– Meninas, desçam para o lanche! Eu fiz um bolo de chocolate... - Quando Anita escutou a palavra "chocolate", seus olhos se arregalaram e, como uma boa viciada, saiu correndo pelas escadas. Levantei do tapete de seu quarto e encontrei sua mãe bufando do lado de fora. Soltei uma risadinha e seguimos para a cozinha juntas.


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