Tudo por você escrita por Morgana


Capítulo 4
O passado renasce


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus lindos e lindas!
Eu já estou na contagem regressiva para o final do semestre na facul! Preciso realmente de mais tempo livre. Talvez consiga até mesmo acelerar as postagens e escrever novas fics.
E vocês, como estão? Ansiosos para mais um capítulo? Então vamos lá!



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– Certo, mas… por onde devo começar, Kakashi Sensei? - perguntou Ino, através da boca de Hinata.

– Comece pelo dia da partida dela, acho que saber o motivo da fuga pode ajudar.

– Ok. - Assentiu Ino.

Poucos segundos foram necessários para que a primeira memória selecionada pela loira invadisse a mente de todos naquela sala. As imagens eram transmitidas através da perspectiva dos olhos de Hinata, exibindo o ponto de vista que a mesma tinha naquele momento, dando a sensação de que eles estavam dentro do corpo dela também. Naruto fechou os olhos, concentrando-se na cena que se desenrolava em sua mente.

Hinata mantinha o corpo colado à parede, de onde ouvia claramente a voz de Naruto:

– Por favor, Sakura! Prometo que eu farei você feliz.

– Não sei, Naruto… E a Hinata? Ela ama você e sei que já ficaram juntos algumas vezes. - disse hesitante.

– Ela sempre soube dos meus sentimentos por você, não deixe que ela atrapalhe nossa felicidade! - Implorou ele.

Então as ruas transformaram-se em borrões através da visão repleta de lágrimas da garota que corria. Ela se encostou em uma árvore, abraçando seus joelhos, e chorou copiosamente.

A imagem dissolveu-se, sendo substituída por outra. Hinata estava deitada em um quarto, olhando para uma garota de ar preocupado debruçada sobre ela.

“- Ah, que bom que você acordou! Você está bem?

– S-sim, eu acho. Onde estou?

– Na minha vila. Eu sou Akane. - a jovem sorriu amavelmente. - Te encontrei caída na floresta, o que aconteceu?

– Eu estava tonta e acabei desmaiando, acho…

– Tonta?!? Você está doente?

– Não, na verdade eu… eu estou grávida.

– Ah, parabéns! - Akane parecia radiante, mas logo sua expressão ficou confusa. - E o que estava fazendo sozinha na floresta? Sabe, grávidas não devem andar por aí desacompanhadas, é perigoso. Deveria pedir para seu marido ir com você da próxima vez.

– E-eu não tenho u-um marido, não tenho ninguém... Eu t-tive que ir embora da minha vila. - disse com os olhos começando a ficar marejados. - O garoto que amo está apaixonado por outra e ela o aceitou. Se ele soubesse da gravidez, eu seria apenas um peso… acabaria com a felicidade que ele lutou tanto para conseguir. Eu não conseguiria conviver comigo mesma sabendo que fui a culpada de afastá-lo da mulher que ama. - falou, entre soluços, com uma torrente de lágrimas já escorrendo em seu rosto.

– Como é seu nome, querida? - Akane abraçou-a carinhosamente, em um gesto de conforto:

– Hinata. Hyuuga Hinata.

– Então, Hinata, por que não fica aqui comigo? Pelo que entendi, você não tem para onde ir, não é mesmo? Eu moro sozinha e seria bom ter companhia, você pode me ajudar cuidando da casa! - completou sorridente.

– O quê?!? M-mas você nem me conhece…

– Não, mas sinto que seremos grandes amigas. E eu não vou deixar uma mulher grávida vagando por aí. Você precisa de um lar para essa criança.”

Logo outra memória substituiu essa, onde uma velha senhora examinava Hinata, avaliando-a cuidadosamente.

“- Você está muito fraca, menina. - suspirou a senhora. - Hinata, esta criança não é normal, ela está fazendo isso com você. Ainda dá tempo de interromper a gravidez, se continuar assim você estará morta antes do parto.

– Não! Essa criança é fruto do meu amor pelo pai dela, é o MEU filho! Não importa o que eu tenha que fazer nem o que acontecerá comigo, ela nascerá.

– O que é o pai dessa criança, jovem? Não pode ser um rapaz comum. Se quiser ter uma chance, eu preciso saber.

– Um chinjuriki. - respondeu simplesmente.

– Neste caso, talvez exista um meio. Essa criança herdou o chacra do chinjuriki, ela é tão forte que o seu corpo não está suportando manter a gravidez. Isso é algo raro de acontecer, mas não é a primeira vez. Lembro de ter ouvido histórias sobre um método que permitiria ter a criança. Apenas uma antiga lenda, mas é tudo que temos. - disse a idosa.”

Na próxima memória, Hinata estava sentada calmamente na varanda de uma pequena casa. O vento sacudia seus cabelos longos e as mãos acariciavam ternamente a barriga já visível.

“- Está pensando nele de novo? - Akane surgiu, sentando-se ao lado dela.

– Sim. Sinto tanta saudade… da minha família, amigos e… dele. - completou suspirando.

– Você deve amá-lo muito, para deixar tudo para trás pensando na felicidade dele.

– Se você o conhecesse, entenderia. Ele é uma pessoa adorável, sabe... mesmo sendo rejeitado pela vila, lutou para ser reconhecido e sempre foi muito bom com todos. Não tinha família, nem amigos, mas sempre persistiu. Akane… se algo acontecer comigo, por favor, leve meu filho para ele. Um dia, quando tiver certeza de que não serei mais um estorvo, eu mesma farei isso, mas se eu morrer antes, não quero que meu filho sofra e cresça sozinho, como o pai. Você promete?

– Sim. Eu prometo. - Disse Akane.”

Uma nova lembrança sucedeu-se, onde uma Hinata de barriga imensa estava deitada com os dentes cerrados, gotas de suor espalhavam-se em sua pele.

“- Faça o que for preciso, agora!

– Hinata, não podemos, você não suportará a dor. Temos que esperar que as ervas anestésicas façam efeito.

– Você sabe que a criança não aguentará tanto tempo. Faça! Não deixarei que meu filho morra, faça agora!!! - gritou ela.

Akane tinha os olhos cheios de lágrimas. A velha senhora avançou com uma navalha em punho, cortando a barriga saliente. Hinata gritou, outras mãos surgiram segurando o corpo que tremia incontrolavelmente com espasmos. Eles ouviram os gritos desesperados dela até a imagem se apagar. Hinata havia desmaiado.”

Agora Hinata embalava uma miniatura de Naruto, um pequenino ser de cabelos loiros e belos olhos azuis.

“- Ah, Boruto! Um dia, te levarei para conhecer seu pai. - disse ela sorridente para o bebê. - Sabe, ele é um herói e um bom homem. Ele tem um sorriso contagiante e olhos tão bonitos quanto os seus. Tenho certeza que ele o amará tanto quanto eu. - Retirou a atenção da criança ao se ver cercada por dois ninjas.

– Nos dê a criança! - ordenou um deles. Não usavam bandana nem qualquer símbolo que ajudasse a identificar a aldeia de origem.

– Quem são vocês? O que querem com o meu filho?

– As notícias correm rápido, sabia? Todos já sabem que nesta vila tem uma criança rejeitada que herdou o chacra de um chinjuriki. Nós vamos drenar o chacra dele. Não se preocupe, será uma morte bem rápida.

– Afastem-se dela! - Um rapaz jovem e bonito postou-se a frente de Hinata, pronto para atacar os ninjas, que a esta altura estavam cercados por outros aldeões.

– Não temos pressa, em breve voltaremos para buscá-lo. - rebateu um dos ninjas, com um sorriso enviesado, correndo em direção à floresta.”

Na última lembrança captada por Ino, Akane entrava correndo desesperada na pequena casa de antes, estava bastante machucada, parte das roupas estavam rasgadas e manchadas de sangue.

“- Hinata, pegue o Boruto e fuja!

– Akane! O que aconteceu?

– Eles voltaram e em maior número dessa vez, estão destruindo toda a vila. Os poucos ninjas que estão aqui não conseguirão detê-los por muito tempo.

– Eu não posso, não vou deixar vocês nessa situação. É tudo minha culpa…

– Hina, você tem que ir. Lembre-se, é pelo seu filho. Todos nós somos sua família e o amamos também. Por favor, salve-o.

– … - Hinata olhou para Akane, os olhos transbordando de lágrimas.

– Vá, nós ficaremos bem. Corra!

Hinata saiu correndo pela mata, com Boruto nos braços. Foi perseguida por muito tempo, estava suja e cansada. Várias vezes tinham a alcançado, ferindo-a com ataques certeiros, mas ela sempre dava um jeito de escapar e mesmo estando no seu limite conseguiu acertá-los muitas vezes também. Faltava pouco para chegar aos portões de Konoha quando foi alcançada pelos quatro ninjas, desferiu alguns ataques e causou um considerável dano a eles, mas não poderia fazer muita coisa preocupada com a criança e ferida como estava. Tentava proteger seu filho a todo custo, tinha que levá-lo para a sua antiga vila. Neste momento, outros ninjas chegaram em sua ajuda, ela os reconheceu de imediato e soube que ficaria tudo bem, só assim permitiu que o cansaço a tomasse, caindo ao lado do filho.”

Ino retornou para o seu corpo e Hinata piscou algumas vezes, voltando a si. Passou a examinar as expressões de cada um. Seus olhos foram de Kakashi, imerso em pensamentos, para Sakura e Ino, visivelmente comovidas, e pararam em Naruto, que a encarava extremamente chocado. Ele abriu a boca algumas vezes, mas sempre a fechava sem conseguir proferir uma palavra. Hinata perguntou-se quais das suas memórias ele havia visto.

– Acho que por hora tudo está esclarecido. Conheço a localização da aldeia que te acolheu, mandarei ajuda imediatamente. Reforçarei a nossa segurança também. Por enquanto, é melhor que você descanse, mas não posso deixá-los desprotegidos. Tenho que pensar em um lugar para vocês ficarem... - Disse o Hokage.

– Eles ficarão em minha casa. - Interferiu Naruto, que parecia ter encontrado a voz.

– Não, eu não posso! - Hinata olhava horrorizada de Naruto para Sakura. O que ele pensava estar fazendo? Ficar na mesma casa, vendo os dois juntos…

– Então fique onde quiser, mas ele vai comigo. - disse, pegando Boruto no colo e saindo pela porta.


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Notas finais do capítulo

E então? Muitas coisas ficaram mais claras, não é mesmo? Agora todos conhecem o passado da Hina. Quero só ver como o Naruto vai sair dessa, agora que sabe o que aconteceu.

Espero que tenham gostado, um beijo no coração de todos.



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