Correspondências escrita por Blue Butterfly


Capítulo 16
6018, Newton Street. Roxbury. MA




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29.05.2010

Oi, Maura!

Eu estou bem, como você está?

Não se preocupe, eu não tenho nenhuma má impressão de você. Na minha cabeça você é completamente adorável, já te disse isso? E desconfio que a realidade combina perfeitamente com minha imaginação. Mas... É sério quando você diz que sua tartaruga fica aflita? Eu não sabia que eles, os animais, podiam sentir como a gente sente. E, caramba, Maura! Não acho que seja verdade o que você diz sobre lidar melhor com sua tartaruga do que com as pessoas. Você tem sido ótima até agora, e devo dizer que você foi um grande acréscimo na minha vida. Devo te informar que se as pessoas não conseguem ver como você é maravilhosa, quem tem um problema são elas. Você não é cansativa - se fosse, porque eu esperaria tão ansiosamente pelas suas cartas? Você é agradável, e eu trocaria facilmente uma noite de cerveja com os caras do trabalho por uma noite com você e qualquer informação que você queira dizer.

Olha, não se preocupa com o vinho, ok? Eu prefiro cerveja de qualquer jeito. hahaha E espero que você tenha gostado mesmo do livro.

Eu não acredito que você analisou sob essas perspectivas o filme, Maura! Você é engraçada. Tente apenas se divertir nas próximas sugestões, ok? Descanse esse seu cérebro imenso e apenas curta o momento. Sugiro então que você veja 'Harry Potter'. Sim, todos os filmes. Acompanhada de um balde de pipoca amanteigada. Vai por mim, vale a pena!

Não se preocupa, eu sou madura o suficiente - ok, eu tento ser. Não dá para mentir para a pessoa a qual eu enviei uma carta um tanto quanto... Bem, você sabe.

Falando em maturidade... Você por acaso saberia me dizer alguma substância venenosa que eu poderia, assim, usar para matar meu irmão? Ele me dá nos nervos, Maura. É sério. Ontem foi aniversário dele, e meu Deus, ele parece um bebezão. Minha mãe o mima demais, esse é o problema! Às vezes eu tenho que contar até dez, não! até cinquenta, para evitar de gritar com ele - ok, de bater nele. Eu sempre grito mesmo, não nego. Você tem tanta sorte de ser filha única.

Ah, Maura! Ontem - depois de quase assassinar meu irmão - fomos assistir um jogo de baseball e lembrei de você a todo momento. Foi tão divertido! Eu acho que você teria gostado. Se você não se render às aulas, leve em consideração em ir à um jogo comigo. Diversão garantida, prometo. Pense nisso com todo teu coração!

Desculpa pelo degrau. Mais uma vez.

Se cuide, e estou esperando desde agora a próxima carta!

Jane


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