The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 39
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

oii genteeeeeeeeee tudo bem com voces??? Espero que gostem!



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POV America

Tinha a pequena esperança de que Henry e Lyra ainda estivessem no palácio quando chegasse, mas infelizmente eles já estão muito longe. Embora queira me despedir caso alguma coisa de errado hoje, fico feliz que eles não tenham que passar por tudo o que acontecerá. William tem um plano, mas não estou muito confiante de que dará certo. Tudo pode acontecer.

—O que acha do Maxon? Acha que ele está do nosso lado?- Bradley me tira dos meus pensamentos.

—Eu não sei. Ele pode não estar do nosso lado, mas também não está do lado do pai. Ele tentou nos alertar hoje. Inutilmente, mas ainda assim, tentou.

—Ele tentou te alertar. Se eu morrer, o benefício para ele é grande.

—Você não vai morrer. Ninguém vai.- digo autoritária.

—Avisa isso para os guardas de plantão.- ele tenta fazer piada mas se cala.- Eu tomaria um tiro por você. Mas te prometo, não importa o que acontecer hoje, eu sempre voltarei para você.

Sorrio e o beijo.

—Até o fim?-pergunto quando nos separamos.

—Até depois do fim.- ele afirma.- Porque o fim é o hoje.- ele tenta explicar.

—Até depois do fim então, chato.

 

 

O almoço começou silencioso. Depois da saída de Lyra e Henry o palácio ficou extremamente calmo. Especialmente porque a maioria de nós sabia o que viria a acontecer e não fazíamos questão de demonstrar alegria e animação. A questão era só esperar pelo sinal e depois seguir com o plano. Simples para falar a verdade. Fingir susto e desespero e depois ir para o único lugar seguro do palácio. William tem uma mente brilhante, mas o plano não parece muita coisa.

Quando os vidros do salão quebram e tiros são ouvidos, me jogo no chão imediatamente. Consigo ver Maxon ajoelhado atrás da mesa, com Kriss ao seu lado. Vejo o olhar de Clarkson e ele não parece surpreso. Bradley está praticamente deitado em cima de mim, me protegendo de qualquer coisa que venha em nossa direção.

—Temos que correr! Procura um abrigo! Vão nos encontrar aqui!- ele grita, me puxa e corremos em direção a porta. Maxon está na nossa frente e corre pelos corredores a procura de um abrigo, eu suponho, mas todos eles estão trancados. Aspen entrou no sistema e desligou tudo, para que assim eles só tenham um lugar para ir. Enquanto Maxon e Clarkson discutem sobre o que fazer, cautelosamente saímos do lado, tomando cuidado para que não nos vejam. Enquanto seguimos pelos corredores, os rebeldes parecem abrir espaço para nós. Eles abaixam suas armas e re reverenciam.

O número de guardas e trabalhadores caídos é muito mais do que jamais vi. Me agarro em Bradley e choro. Choro pelas vidas perdidas, pelas suas famílias. Sei como é perder alguém e não desejo isso para ninguém.

—America, se acalme.- Mary vem até mim e me abraça.

—Como quer que eu me acalme quando todas essas pessoas estão mortas?- me desespero.

—Quando dissemos que seria pacífico, falamos serio. Não estão mortos, só desmaiados. Vão acordar. - ela assegura eu eu tento me recompor.

Não demorou muito para que o resto aparecesse no escritório. Já estávamos há alguns minutos os esperando. Não tinha certeza sobre o que aconteceria agora, mas só espero que as coisas deem certo.

—O que está acontecendo aqui?- Maxon pergunta assutado. Ele possui uma arma, tudo bem, Maxon nunca atiraria em ninguém, mas Harrison já não é uma boa ideia. Todos entram na sala e permanecemos em silêncio até que um rebelde entra pela porta.

—August? O que faz aqui?- Maxon pergunta desorientado. August olha para Maxon e se vira para William.

—O palácio já foi tomado Senhor, só não conseguimos localizar o rei.- ele diz.

—Tudo bem August, ele está aqui. Chame Daniel e Tony, fiquem do lado de fora caso alguma coisa aconteça.

August pisca para mim e fecha a porta quando sai.

— O que significa isso William?- Clarkson pergunta furioso.

—Isso, Clarkson, é um golpe de estado. E você vai fazer tudo o que a gente mandar.

—Porque eu faria isso? Quem acha que é para invadir a minha casa e me atacar? Está maluco se acha que vou fazer alguma coisa que você manda.

—Nós só queremos uma coisa. Sua renúncia.

—Porque acha que eu renunciaria o meu governo?- Clarkson pergunta irado. Maxon permanece sem entender, é visível que ele não sabe o que fazer. Harrison ri da situação, como sempre faz.- Nós sabíamos que planejavam algo. Acha que não notamos que invadiram meu escritório? Acham que a porta estava aberta simplesmente porque eu esqueci?

William não se intimida com as palavras de Clarkson, parece mais confiante até.

—Nós sabemos do dinheiro desviado para a Irlanda, da encenação com a Nova Ásia, dos seus infiltrados no conselho asiático. Você manipulou o governo irlandês, você botou na cabeça deles que invadir o meu país era uma boa ideia!

—Você fez isso pai?- Maxon pergunta mais do perdido. Ele não sabe em quem acreditar.

—Claro que não! Eles só me querem longe! Querem que eu esteja longe para que eles tomem o meu poder!- Clarkson tenta convencer o filho.

—Não ouse mentir Clarkson!- Bradley grita- Nós investigamos, descobrimos a verdade. Você sabe quem matou o meu irmão, e vai dizer senão...

—Senão o que garoto?

—A questão Clarkson, é que ou Maxon se torna o rei, ou nós vamos coloca-lo a força.- William se intromete.

—Porque me querem como rei?- Maxon se intromete. A arma em sua mão parece mais firme.

— Queremos você no trono porque sabemos que você Maxon, é um bom homem. Você quer o bem dos seus súditos, você quer paz, prosperidade. Onde está o homem que uma vez me disse que tinha um plano para acabar com as castas? Onde está o homem que estava disposto a sofrer nas mãos do pai para me proteger?- súplico na tentativa de que ele perceba tudo o que está em jogo, para que perceba o que queremos fazer aqui.- Você sabe do que seu pai é capaz. Não faça a escolha errada novamente.

Kriss, que se manteve quieta até o momento, levantou a cabeça e veio em nossa direção, seguida de Isabel que parece mais amedrontada do que nunca. O silêncio se instala e Harrison parece cada vez mais perto de um ataque de risos.

—E porque estou aqui? Pelo o que eu sei, meu reino é do outro lado de mundo. A não ser que tenham descoberto os corpos, ai eu admito, tenho uma parcela da culpa.- ela diz como se não fosse nada. Mentir e enganar é sua natureza.

—Você fez tudo isso.- eu digo baixinho, ainda em dúvida.- Você matou Katerina seu filho da mãe! Você quase matou o homem que amo!- parto para cima, mas Edward me segura.

—Aquela garota, linda para falar a verdade, mas ela estava atrapalhando os meus planos. Eu nunca imaginei que ela fugiria com seu irmão. Era para você estar no fogo. - ele aponta para Bradley-Era para você estar no avião.- Harrison diz cada palavra com confiança, ele sabe o que precisa dizer para atingir Bradley, e está conseguindo.

—Você explodiu o avião. Você matou o meu filho! -Nesse momento ninguém nem nada pôde impedir William que se jogou em cima de Harrison com todo o ódio que tem. Depois do momento de choque, Maxon e Bradley tiraram William e o seguraram para que não matasse meu sogro. Harrison está cheio de hematomas e sangrando, mas nada alarmante.

A tensão cresce na sala e Bradley parece que vai explodir.

—Minha mãe costumava dizer para nunca confiar no rei. Ela dizia, nas vezes que conseguia entrar no palácio para me ver, que quando a verdade foi descoberta, o inferno foi nos imposto pelos americanos. Eu nunca entendi o que ela quis dizer com isso. Até agora.- Eu sabia sobre sua mãe, mas eu nunca tinha ouvido essa história.- Vocês dois- aponta para Harrison e Clarkson- são como carne e unha. Se um está envolvido em uma coisa, o outro também está. Encontrei umas coisas no dia que invadimos Sydney, mas só agora elas fizeram sentido.- todos os olhos da sala estão virados para Brad que tenta não partir para cima dos dois.- Qual o seu problema com a Grã-bretanha Clarkson? Primeiro a Austrália e depois a Irlanda do Norte? Porque quer tanto os domínios britânicos?

—Seu bastardo insignificante! Eu te dei uma casa, comida e é assim que me agradece?- Bradley e Harrison estão cara a cara, como naquelas lutas, os dois andam em círculos, esperando por aquele que dará o primeiro passo.

—Independente do que fez por mim, eu te perdoou. Alguém me lembrou de que não se desiste da família.

As coisas aconteceram muito rápido que não tive nem tempo de perceber o que estava acontecendo. Consigo ver Bradley batendo em Harrison, ouço Amberly gritando e correndo em direção ao filho. Vejo Edward e William se aproximando. Clarkson serra os punhos e corre em nossa direção. O lugar todo é uma confusão. Não sei o que estava pensando quando entrei na frente. Não senti a dor do soco, mas ouvi o barulho do tiro. Procuro pelo sangue, mas não encontro. Consigo ouvir os gritos de todos, os olhares de susto e de surpresa, mas eu não entendo o que acontece. Todos param o que estavam fazendo e olham para mim, ou pelo menos acho que é para mim. Até que olho para o meu pé.

Bradley está caído no chão, sangue jorra da sua barriga. Ele pulou na minha frente, ele tomou um tiro por mim. Grito por ajuda, me desespero, mas não há muito o que fazer.

—Quem poderia dizer que esse é o fim.- ele murmurra e tosse. Sangue sai da sua boca- Eu te amo Lou, como nunca amei outra pessoa.

—Me desculpa! Me desculpa.- eu digo desesperada enquanto engasgo em minhas próprias lágrimas.

—Não tem porque se desculpar. As coisas não poderiam ser melhores. Estou nos braços da pessoa que eu sempre vou amar.

—Até depois do fim! Você prometeu! Você prometeu que voltaria para mim! Por favor- suplico mas consigo ver a luz deixando os seus olhos.- Eles disseram que nós não deveríamos estar juntos

Mas eu digo que eles estão loucos. Fui feliz como nunca, mas agora é o pior momento, não quero dizer adeus.- seco as lágrimas em minhas bochechas- Gostaria que pudéssemos estar sozinhos, em algum lugar divertido e apertar o botão de recomeçar. Queria ter essa vida novamente, voltar no tempo.- não consigo dizer mais, simplesmente desabo em seu peito.

—Não diga mais essas palavras. Não olhe para mim deste jeito.- ele toca meu rosto e seca uma gota solitária que cai- Só me prometa que irá se lembrar, que seguirá seu coração mesmo que ele quebre. Tudo o que sempre sonhamos está desaparecendo, mas mesmo que tudo mude, nada mudará meu amor por você. Tudo o que digo é que meus braços foram feitos para te abraçar. Tudo o que sei depois do fim é que você ama quem ama e se tem uma coisa que aprendi é que você é a única que quero depois do fim.- ele termina com um sorriso no rosto e então fecha os olhos.

—Não ouse fechar os olhos! Fica comigo! Por favor! Não fecha os olhos!- eu imploro, mas já é tarde demais. Me agarro à seu corpo e deixo que as lágrimas tomem conta de mim.

Homens entram pela porta e saem carregando Bradley para fora. Tento seguir, mas minhas pernas perdem toda a força. Despenco no chão e choro. Como nunca chorei antes. Sabia que vir foi uma péssima ideia, sabia que as coisas não dariam certo, só não sabia que minha vida praticamente acabaria aqui.

 

 

Acordo em uma cama confortável. A luz entra pela cortina e ilumina o quarto. Me levanto e a dor de cabeça me atinge na hora. Olho ao redor e tento me localizar. Estou no meu antigo quarto da seleção. Antes mesmo que pudesse lembrar de tudo o que aconteceu ontem, Maxon entra pela porta. Ele não parece feliz. Anda calmamente em minha direção e reluta em se sentar ao meu lado.

—Prendemos Harrison e meu pai em seus próprios quartos. Meu pai ficará lá até que eu me torne o rei e Harrison, ainda não sabemos o que fazer com ele.- Maxon começa a dizer mas minha cabeça está em outro lugar. Olho para ele, abro minha boca para perguntar de Bradley, mas nenhum som sai.

—Ele não está morto.- Maxon me informa e uma onda de luz e alegria me toma.- mas não está acordado também. Os médicos trataram da bala, mas ele não acorda. Ninguém sabe quando ele vai acordar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do cap! Ate daqui a pouco



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