The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 33
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaaaa tudo bem com voces??Espero que gostem do cap!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658740/chapter/33

POV Maxon

_America Singer?- Kriss balbucia ao meu lado.

Eu não podia acreditar que isso está acontecendo. America ao lado desse canalha? Ela está ainda mais bonita que antes, a cor de seu cabelo está diferente, não sei dizer, só diferente. Seu vestido combina perfeitamente com a cor de seus olhos e o sorriso estampado em seu rosto.parece mais radiante. Ela parece feliz. Olho para minha direita e vejo meu pai, vermelho e tenso. Não sei quem está mais confuso, eu ou ele.

Não me importa dela estar descendo as escadas com Bradley. O cara está namorando e são simplesmente escadas, certo? Eu só não entendo o que ela está fazendo aqui. Como ela entrou aqui sem ser vista? Achei que ela estivesse na Inglaterra, o que ela está fazendo aqui? Olho para minha esquerda e minha mãe possui um belo sorriso.

_Você sabia?- pergunto e sem que ela precise responder, já sei a resposta.- Você sabia! Sabia que ela estava aqui e não fez nada.

Não sei o que pensar nesse momento, me sinto traído, confuso e essa coisa, essa raiva cresce em mim e não consigo controlar.

Todas os olhos permanecem nos dois enquanto descem das escadas graciosamente e abrem caminho até o centro do salão. Ela não parece se importar com a atenção, tão diferente da minha America, mas ao mesmo tempo tão igual. Não fazia ideia da minha saudade até botar meus olhos em seu rosto perfeito.

Meu pai foi o primeiro a sair do círculo. Ele está bravo, bem perceptível. Em passos fortes ele vai até o bar. Não acredito que vou falar nisso, mas concordo com ele. Preciso de bebida para conseguir aguentar essa noite. Estou sentado com uma garrafa de um líquido ácido muito ruim. Minha visão não está turva, mas tenho certeza que vi America e Bradley se beijando. Essa foi a minha deixa para me levantar e tomar uma atitude.

Assim tive a certeza de que minha America está com o príncipe de Gales. Eu estava errado. Não eram só escadas, não eram somente sorrisos. Os dois dançam colados um no outro, rodopiam pelo salão como se já tivessem feito isso milhares de vezes, se olham como uma vez nos olhamos e se beijam como se não houvesse ninguém em volta. Não me importo se estou bêbado, se America está com raiva de mim, só tenho que alerta-la sobre o namoradinho. Quem ele acha que é para sair com uma garota e agora aparecer em público com a mulher que ainda amo? Não estava em sã consciência, não lembrei que Louisa provavelmente está na festa e verá os dois. Só quero socar aquele nariz de novo.

Eu sei que America não é mais minha, sei que a magoei e ela provavelmente me odeia e nunca me perdoará, mas não consigo me livrar dessa esperança que ela um dia voltará para mim, que meu pai reconhecerá como ela é maravilhosa e permitirá nosso casamento. Foi com esse pensamento que atravessei a pista de dança em direção à mesa que os dois estão sentados. Depois de toda essa entrada, será difícil para ela mostrar que estou melhor sem ela.

_Quem você acha que é Chamberlain? Primeiro me faz ficar mal com Louisa e agora aparece com minha ex-namorada?- pergunto furioso. Ele se levanta, pronto para brigar comigo se for possível, mas America entra em sua frente e o acalma.

_Nunca fui sua namorada Maxon e Bradley é a melhor pessoa que conheço. Depois de tudo o que você fez, você não tem o direito de falar para mim com quem eu devo ficar.

Não tive tempo para detectar a hostilidade em seu tom de voz, só conseguia pensar que ela está sendo trouxa em acreditar nesse cara. Ele está mentindo!

_Ele está com outra America! Com outra!- digo desesperado, tentando fazer com que ela perceba que Bradley é um canalha.

_Eu sei Maxon!- ela grita eu sou pego de surpresa. Como assim ela pode saber disso e ainda estar com ele? Como ela pode perdoa-lo? A America que conheço nunca faria isso.

_ Você perdoa ele, mas não me perdoa?- pergunto desolado

_Eu sou a outra! Eu sou Louisa Johnson, Maxon! Era eu no casamento de Lyra, era eu no baile, era eu hoje a tarde. Sempre fui eu!-ela grita e cai na cadeira, cansada.

Agora tudo faz sentido. Como pude ter sido tão idiota? America nunca suportaria ficar com alguém que tem outra. Ela não ficou comigo. Ela esteve esse tempo todo tão perto. Eu conversei com ela, dancei com ela e não consegui ver a verdade que sempre esteve na minha frente. Com uma simples frase ela me deixou sem chão.

_Como? Achei que tivesse sido sequestrada, que rebeldes tinham te machucado, ai descobri as cartas de Aspen e você estava tão perto esse tempo todo.- digo desolado.

_Eu nunca estive perto de você, Maxon! Você me destruiu por completo. Me obrigou a me mudar para um país que não conheço, passar meus dias andando por ruas através de trabalho e sem encontrar, e o único pensamento que se passava pela minha cabeça era que eu poderia morrer de qualquer jeito, mas de fome não. Passei dias sem dormir, angustiada, por estar mais sozinha do que jamais estive. Mas se não fosse por você, nunca teria encontrado Lyra, não teria um trabalho nem uma casa, não teria dinheiro para passar na livraria e conhecer o amor da minha vida, nunca teria conhecido minha segunda família. Então muito obrigada, Maxon. Obrigada por me ajudar a achar a felicidade.- Ela sai do salão com o namorado em seu encalso. Não estou mais com clima para festa, para conversa, para nada.

Foi mais do que difícil ouvir suas palavras. Sim, sou um completo idiota, não por não ter escolhido o amor da minha vida, mas por ter feito o amor da minha vida sofrer mais do que alguém deveria. Posso encontrar outro amor, como ela fez, mas nesse momento, nada nem ninguém pode me fazer esquecer America.

Pego uma garrafa qualquer com álcool no balcão e saio à procura de minha mãe.

_Você sempre soube e fez com que eu me humilhasse mesmo assim?- pergunto enquanto cambaleio e tento permanecer em pé. Podem pensar, nossa Maxon, a festa começou tem 5 minutos e você já está mais do que bêbado, mas meu pai não me deixa beber, nunca bebi tanto assim.

_Descobri hoje querido.- minha mãe diz com doçura, mas não doce o suficiente para me acalmar- Quando estiver sóbrio conversaremos.- ela diz e dá as costas para mim e sai andando.

_Que tipo de mãe você é? Seria muito melhor se você não estivesse aqui!- grito para ela. Tenho certeza que ela entendeu, porque parou de andar por um instante, abaixou e cabeça e seguiu seu rumo. Não tenho paciência, tempo para lidar com isso agora. Não tenho nem ideia do que falo na maioria das vezes.

Roubo uma terceira garrafa e me sento em um canto qualquer onde espero que ninguém me importune. Estava com a sensação que a festa melhoraria, America não tinha voltado ainda e uma parte de mim agradeceu. Não estou com humor para a ver novamente. Mas é claro que o destino tinha outros planos para mim. Seu eu não fosse eu, fosse qualquer um dos convidados da festa, teria me amolecido com esse discurso e seria o primeiro em ir até o casal dizer como são lindos juntos. Mas a cada palavra que ele diz, o nojo e o desgosto em minha garganta aumenta. Só quero esquecer que essa noite já aconteceu, voltar para minha vida, onde America Singer está do outro lado do mundo, não jogando na minha cara que está noiva e grávida.

_Agora que formará sua própria família, já decidiu para onde vai? Seus pais estão aqui, ir para Gales está fora de cogitação, pode ficar na sua casa em Londres, mas queríamos muito que voltasse conosco.- Lyra diz para America depois que desce do palanque.

_Eu não sei, vocês são a única família que Brad tem, depois que James morreu, seria injusto tirar ele de lá.

Como assim a única família que ele tem? Pelo o que sei, seus pais e sua irmã estão aqui. A não ser que ele esteja mentindo de novo. Pouco provável. Ando sua direção, mas outra pessoa chega antes de mim.

_Daphne? O que está fazendo aqui?- pelo o que saiba ela nem foi convidada.

_Quando soube que minha amiga finalmente tiraria a mascara, soube que tinha que vir.

_Então você sabia?- Como a princesa da França, dentre todas as pessoas, poderia saber sobre America?

_America aqui me fez perceber que cometeria o maior erro da minha vida ao me casar com Henry.

A quantidade de informações novas que recebi em poucas horas foi demais para mim. Fecho os olhos e caio na primeira cadeira que encontrei. Não tinha ideia se possuiam mais pessoas naquela mesa, não me importava, mas eu devia me importar. Kriss, meu pai e Rei Harrison me olham com cara de paisagem. Eles não sabem o que pensar, muito menos eu.

_Eu vou cumprimentar meu filho, vocês vem?- ele pergunta do nada.

Eu não iria, simplesmente não aguento mais, mas meu pai me carrega até a mesa onde America e Bradley estão.

As poucas palavras, frias e tensas, que foram trocadas, mudariam o meu pensamento e minhas futuras ações. Não porque descobri porque Bradley não considera Harrison família, mas porque ele está certo. Eu sou um covarde. Eu nunca tive a coragem de me declarar para America, não tive coragem de a proteger da minha família, não tive coragem de assumir meus erros e bater de frente com meu pai, não tenho coragem de enfrentar o noite de hoje sem uma bebida. Não tenho coragem de dizer para Kriss o que realmente sinto.

Não chego perto dos dois durante toda a noite. Me mantenho longe o máximo que posso. Assim que as pessoas vão saindo, saio sem que ninguém me veja e vou para meu quarto. Dormir e esquecer que essa noite alguma vez já aconteceu. Mas não seria tão fácil assim. Só não esperava que o problema fosse bater na minha porta três horas da manhã. Literalmente.

_America, o que está fazendo aqui?- pergunto meio sonolento.

_Preciso conversar com você.- ela diz e eu permaneço em silêncio.- Suponho que não me convidará para entrar.- ela diz como se não fosse óbvio.

_Não.- respondo curto e grosso.- Não devia estar com seu noivinho?- pergunto seco.

_Devia, mas percebi que tem essa coisa me incomodando e preciso resolver.

_Então você vem me incomodar?

_Tem como largar de ser grosso e me escutar.- ela pede calma.

_Grosso? Acha que estou sendo grosso? Você quer que eu te escute, America? Eu não me importo com o que você tem para dizer!- Já estou praticamente gritando nessa hora- Não me importa se alguma coisa te perturba, isso não é problema meu. Não mais- completo quase que sussurrando.

_Isso é o mínimo que você me deve! Você arruinou a minha vida! Eu te amei e você me dispensou! Acho que o mínimo que deve fazer é me escutar.

_Eu arruinei sua vida? Você arruinou a minha quando resolveu aparecer hoje! Eu estava feliz e você nem pensou duas vezes em acabar com isso!

_Estava feliz Maxon? Faça-me o favor! Você não consegue ser feliz, não consegue seguir em frente. Nem que queira. Sempre alguma coisa aparece e faz com que você recue. Daphne, eu, Kriss e principalmente seu pai! Sabe essas marcas nas suas costas? Elas não são marcas de bravura como sempre achei, são de covardia. Você é um covarde Maxon Calix Schreave, e sempre será.

Já não consigo me controlar, já não percebo que sai por minha boca, ou os movimentos que faço. Se pudesse escolher a coisa que mais me arrependo em minha vida, foi ter feito isso.

_Você me bateu. Você me bateu- ela repete para si mesma enquanto poe a mão em sua bochecha vermelha.

Permaneci assim por um tempo. Olhando horrorizado para America, que está estática de susto.

_Me desculpe America, por favor me perdoa. Me desculpa!- imploro para ela enquanto ela tenta se afastar de mim andando para trás.

_Por favor America, eu não queria fazer isso! Por favor!- peço enquanto ando para frente até que ela encosta na parede, sem lugar para fugir.

_Ei! O que está acontecendo aí?- uma voz no fim do corredor grita.

Imediatamente me distancio e respondo que está tudo bem, mas o homem vem até nós do mesmo jeito. Ele pergunta se America está bem e ela simplesmente assente coma cabeça. Me distancio o bastante e tento recuperar o ar e pensar o que está acontecendo comigo. Até que sinto essa dor no estômago e caio na hora no chão. Em seguida uma na cara, seguida de outra e mais uma. Posso ouvir America gritar de algum lugar, pedindo que a pessoa pare, até choros, mas ele não para. Não tenho forças para revidar, nem para me levantar. Se esse é meu fim, bem, ninguém sentirá minha falta mesmo. Mas enquanto me preparo para a próxima pancada, não sinto nada, ela não veio. Posso ouvir a movimentação ao redor, gritos e passos, mas não compreendo muita coisa.

_É por isso que vim até aqui. Para te perdoar.- alguém me diz pouco antes de tudo apagar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Vou viajar amanha e so volto dia 15, se tiver internet posto na segunda, senao ate dia 15!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The New Start" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.