The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 28
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaa gente!! tudo bem com voces? Espero que gostem e que nao me matem! Chorei igual um bebe escrevendo esse capitulo. Espero que gostem!



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O dia amanhece escuro e fechado. Parece saber o sentimentos e os pensamentos do país inteiro. Uma tempestade se aproxima e ajuda mais ainda no humor da população. Ninguém quer enterrar seus governantes.

Acordo e faço o máximo que posso para adormecer novamente. Esquecer que o dia de hoje existe. Queria poder saltar no tempo, para meses atrás, ou meses a frente, onde acredito estar minha felicidade. Bradley não está ao meu lado como de costume. Não posso imaginar como se sente, só posso ter esperanças de que sairá desses tempos difíceis. Foi preciso muita coragem para me levantar, mas assim que me arrumo, saio a procura do meu noivo.

Criadas correm por todos os lados, com flores, toalhas e o que for preciso para um funeral. O palácio está uma confusão. Famílias reais chegam a toda hora. Isso me da raiva. James e Victoria merecem melhor, merecem ter as pessoas que realmente os conhecem, não um bando de estranhos que nunca sequer trocou uma palavra com os dois.

Todos já estão no salão, tomando o café da manhã e esperando o carro que nos levará para a cidade. Nem as habituais gracinhas da Lyra conseguem animar o ambiente depressivo. Os pais de James não estão aqui. Um funeral está acontecendo em Gales nesse exato momento também, onde os cidadãos galeses poderão se despedir de seu príncipe.

O passeio se passou como um borrão. Sentia as mãos de Bradley nas minhas, escutava os gritos do lado de fora, via a multidão enlouquecida que chorava pela perda.Assisti quando os pais de Henry saíram do carro e se juntaram a multidão que estava ao redor de uma fonte, onde milhares de flores e fotos e velas se encostavam. A mesma coisa aconteceu ao longo do caminho inteiro. Homens e mulheres, da cidade inteira, se juntavam e rezavam pelas almas dos dois. Aqueles que não poderiam comparecer ao memorial do parque, arranjavam um jeito de criar o seu próprio.

Bradley, mesmo com a sua identidade revelada, não conseguia parar com os velhos hábitos e se esconder. Ele foi chamado para falar, mas não conseguiu. É compreensível. Ninguém conseguiu. Então eu mesma fui.

Levantei de meu assento, morrendo de vergonha e medo, e andei lentamente até o pequeno altar onde a estátua, em homenagem aos dois estava. Ela é de cristal, tamanho real. As figuras não se parecem em nada como eles, mas mesmo assim são lindas. Chamo a atenção de todos presentes, mesmo que não precisasse, todos já me olhavam e comecei.

_James foi o melhor amigo que poderia pedir. Muitos podem achar que ele não é diferente dos outros príncipes ao redor do mundo, mas ele sempre foi especial. Amor foi a única coisa que guiava seu caminho, durante toda a sua vida, o amor pelo seu país, pela sua mulher, pelos amigos, foi o que o fazia dele o ótimo homem que conhecemos. Foi o amor que o fez fazer todas as coisas boas que fizeram ele ser amado por vocês, o povo que o acolheu e que ele gostava de chamar de família. Ele era mais do que um simples príncipe, ele foi um ser humano gentil, honesto e que fez tudo que podia para ver as pessoas ao seu redor feliz. Mas foi um deslize, um pequeno erro que arruinou a sua vida. Um pequeno momento de ódio fez com que ele entrasse naquele avião, mas mesmo assim, tenho certeza que seu último pensamento, não foi o rosto da pessoa que ele odiava, mas sim os rostos de todos que ele amava e que ficaram com ele até sua última respiração.

Olho para Bradley antes de continuar e pude ver, através das camadas de água salgas que escorrem, a gratidão. Antes que pudesse continuar, Lyra se levanta nas primeiras fileiras e vem em minha direção. Me abraça e toma o microfone da minha mão.

_ Victoria era o completo oposto do homem que amava. Sua vida inteira foi programada e escolhida antes que ela pudesse falar. Como a obediente pessoa que é, ela aceitou de bom grado. Sabia que se casaria por aliança, que poderia nunca amar na vida, mas ela aceitou esse fardo, se isso significava o melhor para seu país. Ela só não esperava encontrar um palhaço bobo e romântico do outro lado. Se apaixonar por James foi a única coisa que ela não programou e o momento mais feliz de sua vida. Juntos, ela a mostrou que nós fazemos nosso próprio futuro, nossa própria sorte e que as coisas não podem ser previstas antes de acontecerem. Seu maior sonho era ver seu irmão se casando, sentado no trono que ele nunca quis e se tornando o rei grandioso que ela sempre soube que ele seria. Ela não verá isso acontecer, mas ela acreditava nas pessoas quando elas próprias não confiavam e tenho certeza que ela morreu sabendo que tudo que ela sonhava, irá acontecer. Tenho certeza que estarão juntos, e felizes onde é que estiverem.

Ninguém bateu palmas, ninguém disse nada. Simplesmente se levantaram de seus lugares e andaram atordoados de volta para seus carros que voltariam para o palácio. Desci do palaque abraçada de Lyra e voltamos para nossos amigos que nos esperavam.

_Obrigada.- Bradley sussurra- Obrigada por não deixar passar em branco. Obrigada por lembrar do melhor dele quando nem eu mesmo consegui. Eu te amo por isso.

_Também te amo.- sussurro de volta.

Como não havia corpo, seriam colocados objetos no caixão, alguma coisa que houvesse valor sentimental para os dois e para nós. Os caixões ficarão em uma cripta, depois dos jardins do palácio, onde os membros da família anteriores também estão. Todos seguiam pelo jardim, não em silêncio como nas outras vezes.

_Porque estamos indo até lá? Estamos nos despedindo dos dois o dia inteiro. Para que mais?- alguém diz baixo em algum lugar na multidão.

Isso me irritou profundamente. Eles morreram! Não podem ter o mínimo de consideração? Quem eles acham que são para falar isso e ficar reclamando? Nem os conhecem de verdade.

_Se não querem vir, então não venham! Nos façam o favor de ir embora! Todos vocês! Esse é um momento doloroso e triste para os familiares e amigos. Não queremos estranhos, pessoas que acreditam que os conhecem mas não sabem nem quantos anos eles tem. Nos deixem sozinhos!- explodo de vez. Podia ver os olhares assutados de todos, mas já não me aguentava mais.

Fico com medo de olhar para os reis, tenho certeza que me repreenderão, mas assim que me viro para os dois, vejo sorrisos sinceros.

_Obrigada.

Mary e William foram os primeiros a dizer adeus. Não sei quando comecei a chorar, mas já estava praticamente desidratada. Eles colocaram na caixa um colar de pérolas, de acordo com os dois, foi o primeiro presente que James deu para ela. Para acalma-la no dia de seu casamento, para que ela achasse ele legal e não fugisse da Igreja. Palavras dele. Funcionou, ela não fugiu. Para James, foi escolhido o contrato de seu casamento. A aliança entre seus países que os dois rasgaram e depois emolduraram, para mostrar que era mais do que política. Assim que disseram suas últimas palavras, os dois se retiraram e nos deixaram sozinhos.

Henry foi o primeiro. Ele estava com um foto dos dois, parecia daquelas caixas fotográficas e uma blusa de algum time de futebol.

_Essa foi a primeira vez que você fugiu do palácio comigo. A primeira vez que escolheu diversão em vez de responsabilidades. É assim que quero me lembrar de você. Como a irmã que fez de tudo para proteger o irmão, que não desistiu dele quando todo mundo já tinha. Como a garota que fez o que sempre foi contra, e saiu do palácio no meio da noite só para se certificar de que o irmão não se metesse em problema. Me desculpa ter te posto nesse avião, me desculpa. Você sempre me salvou, mas eu não pude te salvar quando precisou.

Ly o abraça e o tira de perto antes que ele desabasse. Sei que ele se culpa pelo o que aconteceu, mas ninguém acha que isso é verdade. Lyra deve estar dizendo basicamente isso para ele agora. Bradley toma a dianteira e segue para o caixão vazio de seu irmão.

_Pode parecer um insulto, mas eu trouxe a foto de Katerina. Eu nunca disse isso, mas eu não te culpo por tudo o que aconteceu. Demorei muito para falar isso, mas espero que você saiba disso. A única coisa que me arrependo é de não ter dito obrigada mais vezes. Pode ser tarde, mas obrigada por ter me livrado da minha vida infernal. Obrigada por ter me tirado do meu noivado e muito obrigada por ter se casaco com Vic, se não fosse por você, nunca teria encontrado o amor e minha felicidade novamente. Obrigada por ter sido minha única família. Trouxe também o estribo do seu antigo cavalo. Onde quer que esteja, espero que esteja em um lugar tão bonito quanto as campinas que costumávamos cavalgar.

Celeste não falou muito, assim como eu. Já tinha falado tudo o que poderia. Só consegui pensar no dia que ele me ajudou e foi assim que me despedi. Lembrando do nosso melhor momento e rindo, porque agora sei que ele sabia a verdade, e fico imaginando se ele ria internamente naquela hora ou se ele falou com Bradley sobre nossa conversa. Só espero que James e Victoria estivessem juntos em seus últimos momentos.

Todos começaram a caminhar, lentamente, em direção ao palácio novamente. Solto minha mão da de Brad e viro de costas. Lyra está la ainda, entre os caixões, olhando um ponto fixamente.

_Quer que te espere?- grito para ela.

_Pode ir. Já te alcanço.- ela grita de volta.

POV 3 pessoa

_Eu te fiz uma promessa e vou cumpri-la. Vou descobrir quem está por trás disso tudo e vou vinga-lo. Vocês dois. Vou fazer ele pagar por ter feito tudo isso.

Seu rosto está sombrio de determinação. O contraste da luz da lua com a sombra das estátuas da cripta permitem que os olhos sejam a única parte visível de seu rosto. Ela fecha os lindos olhos verdes e uma gota escorre pela bochecha rosada. Antes de voltar para a escuridão ela diz.

_ Quem quer que tenha feito isso, se prepare, porque eu acabei de declarar guerra.

–//-

_Porque está me contando isso agora? Meses já se passaram e vocês só me resolvem contar agora? Eu poderia ter ido para Illea, poderia ter visitado ele, mas vocês mentiram para mim- digo traída.

_Você finalmente tinha alcançado sua felicidade, não queríamos estragar sua vida. Não queríamos que voltasse para Illea, para seu sofrimento.- Celeste diz tentando se desculpar.

Lyra e Celeste saiem do quarto e me deixam sozinha com meus pensamentos. Primeiro Victoria, depois James e agora meu pai. O que minha família deve ter pensado de mim quando recusei ir para Illea meses atrás. Meu deus! Sou uma péssima filha. Uma parte de mim se sente traída por terem mentido para mim, de novo, mas outra parte se sente feliz, pois sei que se tivessem me contado antes, as coisas estariam pior. Está decidido. Irei para Illea imediatamente.

Após a morte de Vic e James, Maxon chamou todos para passar um tempo lá, acho que ele gostou da visita de Henry e Lyra na primeira vez. Aspen me escreveu sobre tudo o que os dois aprontaram e admito que estou curiosa para saber o que eles fariam se fossem para lá novamente. Também amaria ver Clarkson bravo.

–//-

Convencer todos de ir para Illea foi mais fácil do que imaginava. Chegamos em um acordo e decidi que já hora de ser eu mesma. Literalmente. Bradley começaria a aparecer nos lugares e na mídia como Príncipe Bradley, de Gales do Sul e eu voltaria a ser America Singer. Ele sempre se escondeu de todos, das câmeras, de tudo. As pessoas conhecerão o misterioso filho de Harrison e Isabel Chamberlain quase que pela primeira vez e eu, eu vou voltar para o ruivo.

A primeira coisa que farei quando chegar em Illea será chamar minhas antigas criadas e pintar meu cabelo. Acho que fiquei tanto tempo ao lado de Celeste que a necessidade de uma entrada triunfal passou para mim. Quero mostrar para todos quem sou.

Bradley tinha me pedido para ir até sua casa que ele tinha uma surpresa.

_E o que você quer me mostrar?

_Meu quarto.- ele diz animado- quer dizer, esse não é meu quarto, é o de hóspedes. Você vem dormido no meu por bastante tempo, mas enfim, espero que esse possa ser seu quarto.- ele diz hesitante enquanto abre a porta.

_Isso é um convite?

_Com certeza. - ele responde e me dá passagem para dentro do quarto.

Não sabia para onde olhar primeiro. Estou maravilhada. Um pouco assustada, mas apaixonada. Todas as paredes do quarto estão cobertas com pinturas, que ele mesmo fez, de nossas vidas. É o seu próprio diário, ou sua auto-biografia. Sempre soube que Bradley é um artista, mas depois disso, revejo tudo o que pensava sobre isso. Em um lado vejo a livraria, onde nos conhecemos. Vejo no teto meu surto no aeroporto, Perto do guarda roupa está a sala de música. O dia que descobri que ele é meu professor, o parque, e enquanto olho para a pintura do dia que ele me pediu em casamento, ele se ajoelha de novo.

_Sei que já fiz isso uma vez, mas agora quero fazer direito.- ele diz e abre a a caixinha em sua mão. Me impressiono com o que está lá dentro. Um anel, com uma pedra circular e em cima dessa, duas pedras quebradas, uma azul e a outra verde, em extremos da pedra circular. Outras duas pedras coloridas, inteiras, na terceira extremidade do círculo, juntas. As pedras são ele e eu, que separadas, estão quebradas e partidas, mas que, quando juntas, se completam perfeitamente.

_Louisa Johnson, me daria a honra de se casar comigo assim que voltarmos de Illea?

_Sim e sim.- digo mais do que feliz. -Sr. Chamber.- completo e nos beijamos.

_Dois sim?- ele se separa e pergunta curioso.

_Sim eu me mudo para cá e sim eu me caso com você.

Depois de tanta morte, tristeza e sofrimento, merecemos um momento de paz e de alegria. Amanha James e todos irão para Illea, eu irei depois de amanhã com Celeste.

_Pronta para o primeiro dia do resto de nossas vidas?- ele me pergunta antes de me jogar na cama.

_Definitivamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Quinta posto o proximo.



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