The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Me desculpem pela demora! Meu conputador estragou e tive que reescrever tudo 😭😭 mas agora estou aqui. Espero que gostem!



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Cap 18

POV Lyra
Louisa e Celeste tinham acabado de sair para o casamento à bastante tempo. Fui convidada, mas não sei se aguentaria assistir Henry beijando outra garota. Não aguentaria ver seus sorrisos de felicidade, mesmo que falsos. Já tinha me decido que não iria de jeito nenhum àquela igreja e não mudaria de ideia tão facilmente. Sempre me achei teimosa e uma pessoa difícil de se convencer, mas foi só Bradley chegar, me dizer algumas poucas palavras, tirar Louisa de mim que tudo ao me redor se desmoronou.
Enquanto America procurava sua bolsa em algum lugar da casa e Celeste fazia qualquer cosia que Celestes gostam de fazer, ele se sentou ao meu lado e ficou me silêncio por um tempo enquanto eu olhava para o chão fixamente.
_Sei que está sofrendo, mas não perca as esperanças. Você conhece o Henry melhor do que eu, mas pelo o que ouvi falar, alguma coisa sempre acontece quando ele está. Se eu fosse você, iria. Só para ver o escândalo. Quantas pessoas mais poderão dizer que presenciaram isso?- disse rindo- Mas de verdade, não desista ainda, as melhores coisas só acontecem quando são menos esperadas.
Assim que terminou, Brad se levantou e foi até America que estava com um sorriso maravilhado em nossa direção e juntos partiram com um supermodelos correndo desesperada atrás, me deixando sozinha com minha insegurança.
Bradley estava certo, se perdesse o casamento, me arrependeria pelo resto da minha vida. Por não ter lutado pelo homem que amo e porque perderia o maior barraco do século. Se passaram mais de uma hora para que tomasse coragem de levantar. Corro para meu quarto e me deparo com o vestido que Henry me deu de presente ainda em cima da minha cama. Tive medo de jogar fora, assim como tive medo de ler seu cartão. Até agora.

“Querida Lyra,
Sei que está brava, que disse que nunca mais te procuraria, que nunca mais te pediria nada, mas preciso de um último favor, uma última súplica. Sei que pode parecer egoísmo da minha parte, te fazer ver o meu casamento, mas não sei se conseguirei passar por tudo sem seu sorriso gravado em minha mente. Sei que vai parecer tortura, mas para mim também. Duas almas torturadas são pares perfeitos não acha?
Sei que já me desculpei por tudo o que fiz e que já me perdoou, mas ainda tem uma coisa que não pedi perdão. Me desculpe por não ter percebi seus sentimentos antes. Me desculpe por nunca ter dito o que eu sinto por você, mas agora posso dizer, com toda convicção que eu te amo. Se tivesse tido a coragem de dizer antes, o que poderia ter acontecido? Não quero que passe seus dias com essa pergunta, sonhando acordada. Não vale a pena. Porque afinal, a esperança é a única que morre. Por favor não perca a esperança em si, em mim, em nós! Essa é a última coisa que te peço.
Sempre seu,
Henry”

Não sei quando comecei a chorar, nem quando gargalhei. Minhas emoções se misturam e não tenho ideia do que sinto nesse momento, só sei que preciso entrar naquela igreja.
O vestido vestiu perfeitamente. Louisa com certeza teve algum dedo nisso. Nunca fui não casamento, não sei o que as pessoas geralmente usam nessas ocasiões, mas tenho quase certeza de que meu vestido é muito mais arrumado do que deveria ser. Ele é azul. Não azul mar, ou azul céu, é o mais bonito dos azuis, minha cor favorita. Claro que Louisa tem um dedo nisso. Não sei como descrever sua aparência, mas me sinto como a Cinderela, em um vestido maravilhoso, correndo para o castelo atrás do meu príncipe muito pouco encantado. Procurei pelos meus sapatinhos de cristal, mas esse é o máximo de romantismo que Henry pode chegar em uma noite. Rio com o pensamento. Bom, a Cinderela aqui não tem carruagem, então vou ter que ir de táxi mesmo.
Se eu visse uma louca correndo pelas ruas de Londres gritando por um táxi, vestida como eu, teria tido a mesma reação que todos os seres que me assistiram em minha luta por alguém que me levasse. Onde estão os táxis desse planeta? Justo hoje eles decidem parar de trabalhar ou ficar doentes?
Noivas sempre são as últimas a chegar, sempre atrasadas, mas dessa vez, eu faria uma entrada triunfal, como a convidada que chegou na igreja três horas depois do previsto.Provavelmente nem estarão mais lá.
_A senhorita deixou seu marido no altar?-me pergunta o taxista curioso.
Rio.
_Não senhor. Na verdade estou indo para a Igreja.
_Ah parabéns! Vai se casar! Quem é o sortudo?-pergunta entusiasmado
_Quem me dera eu fosse a noiva.-respondo rabugenta.
Assim que percebe meu comportamento, o homem se desculpa.
_Se me permite dizer, a senhorita está muito bonita. Quem for que fez isso vai se arrepender de ter te largado.
Abro um sorriso sincero.
_Obrigada, senhor...?
_Parkins.-respondeu orgulhoso.
Ficamos conversando o caminho inteiro até a Igreja. Ele me manteve distraída em um momento de estresse e sou muito grata.
_Senhor Parkins, não estamos indo na contra-mão?
_Estamos!-responde animado- assim chegaremos mais rápido. A senhorita parece com pressa.
_Mas a polícia! Vai levar uma multa!- respondo levantando minha voz, assustada,
_Por um boa causa! O que é um pouco de dinheiro em comparação à felicidade de uma moça?
_Se levar uma multa, o senhor tem a obrigação de me enviar que pagarei com prazer! Mande para o Nixen's Coffe, eu trabalho lá.-digo convicta. Nunca deixaria que o pobre velho pagasse por simplesmente me ajudar.
Antes que pudesse relutar comigo sobre o assunto, ele para em frente à escadaria da Igreja. A porta está fechada e nenhum som pode ser ouvido. Será que estou no lugar certo? Ele me deseja boa sorte e subo a escadaria enquanto levanto meu vestido com medo de tropeçar. Nunca gostei de saltos e não entendo seu sentido nesse momento. Para que usá-lo se meu vestido cobre meus pés por inteiro?
Foi com esse pensamento que abro a porta da Igreja e entro.Todos os convidados viram suas cabeças para mim e nunca senti tanta vergonha. Me encolho toda. Sou uma pessoa que gosta de chamar atenção, que gosta de aparecer. Mas 500 pessoas vidrados em mim, não é o que chamo de chamar a atenção. Fiquei, o que pareceu horas, em silêncio, olhando ao redor, tentando entender o que está acontecendo. Daphne não tinha chego e Henry está no altar, ao lado de America e ambos sorriem.
Henry está com seus ternos habituais, nada demais. Mas não sei o que ele fez que parece tão diferente. Não sei se são as luzes dos cristais, ou o raro sorriso em seu rosto, ou o fato de estar em seu casamento, mas ele está muito mais bonito do que o normal. O encaro por alguns segundos e esqueço de todo o resto ao nosso redor até que Louisa entra em meu campo de visão e assente com a cabeça. O que significa tudo isso? Noivas se atrasam, mas três horas já é demais. Todo o meu cérebro trabalhava para entender o que está acontecendo, e em uma solução desesperada, chega à uma conclusão. Não é possível que eu seja a noiva! Desabo em lágrimas na hora.
Sou amparada por meu pai, que me abraça e diz que tudo vai ficar bem. Meu pai? Olho para ele com um olhar de interrogação e não espero pelas palavras que vieram.
_Sei que não fui o melhor pai, que não fui nem um pai quase, mas te peço perdão. Sempre quis te dar tudo do melhor e agora vejo que isso não importa para você. Prometo que, se me perdoar, vou fazer meu máximo para ser o melhor pai de todos e uma pessoa melhor.
Sem responder nada, o abraço. Estava com saudades. Ele me entrega o buque e de mãos dadas, andamos em direção ao meu futuro.

Nunca fui de rezar. Torcia para que o padre não me perguntasse ou que não percebesse que não tinha ideia do que ele falou durante todo o tempo. Se for pecado dizer que estou no tedio, me desculpem! A única coisa que me permitia permanecer acordada era a mão de henry na minha e meu rosto colado em seu ombro. Como já mencionei, nunca estive em um casamento, Não sabia o que eram votos, muito menos o que se fala nessa hora, então como sempre faço, me desespero. Porque esse cabeça de vento não me avisou que tinha que falar alguma coisa? Assim poderia ter passado esse tempo todo pensando em alguma coisa pelo menos.
_Lyra Nixen Campbell, tem ideia do quanto eu te odiei?-uma onda de risos se espalha pelo lugar-Eu te odiava, ainda odeio na verdade. Odeio você porque me faz sentir uma pessoa ruim. Te odeio porque me faz querer ser uma pessoa melhor, uma pessoa que mereça a sua companhia. Odeio o fato de que você é tudo o que quero ser, tudo o que sempre quis ser e nunca consegui. Honesta, gentil, sincera, divertida, altruísta, humilde... tudo o que um rei, ou uma rainha precisa ser. Odeio você porque, sem nem tentar, fez com que me apaixonasse perdidamente e fez com que eu me sentisse fraco. Demorou muito para eu percebesse que o amor não nos deixa fraco, nos deixa mais forte. E eu te odeio Ly, porque é você que me deixa forte a cada dia, porque sem você eu não sou nada. E o motivo de te odiar tanto, é te amar mais do que amo a mim mesmo.Eu te amo Lyra, agora eu sei disso, e agradeço a cada segundo por ter você em meus braços nesse momento.
Pela primeira vez na vida, Henry chorou, como uma criancinha de 5 anos que perdeu seu doce. Depois de ouvir tudo o que disse, me lembrei mentalmente de nunca mais duvidar de suas capacidades para escrever discursos. Nunca poderia falar algo tão lindo, nunca poderia nem sequer pensar em algo assim por mim mesma. Estava mais feliz do que jamais estive. Me inclino em sua direção, mas pelo jeito é proibido beijar o noivo antes que o padre permita. Me irrito, não me importo com as regras, nunca me importei. O beijo com todo o amor que contive para mim mesma por 6 anos. Assim que nos separamos peço desculpas e imediatamente começo minha parte, sem deixar chances para que briguem conosco.
_Na primeira vez que conheci, me disseram que você era problema, que era para eu não me aproximar- meu pai grita que é sua culpa, me interrompendo e fazendo com que a igreja caia em gargalhadas- mas quem seria eu se não desse uma chance para o pobre garoto solitário e rancoroso que dá motivos para todo mundo o odiar. Quem seria eu se não tentasse o ajudar. Essa sou eu, eu não consigo resistir consertar um vaso quebrado, Você, henry, foi o meu primeiro vaso quebrado. Assim que vi que você era problema, botei na minha cabeça que precisava te consertar, a qualquer custo. Demorou um tempo para que eu percebesse que você não precisava de conserto, que você já é maravilhoso do jeito que é, que não importa quantas pessoas te odeiem, se houver uma que te ame, viver já vale a pena. Mas seguindo sua linha de raciocínio, eu também te odiava. Odiava o fato de você ser uma pedaço do quebra-cabeças que não se encaixava na minha cabeça. Odiava você ter tudo o que eu sempre quis, uma família, e não dar a mínima para isso. Odiava quando você me desafiava e me fazia perceber que eu não sou o que penso que sou. Odiava o fato de que você me fazia sentir como uma garotinha apaixonada. Odiava o fato de que quando estava com você, tudo o que queria era não sair do seu lado. Odeio o fato de você traumatizar meus porteiros, odeio o fato de que você não liga para o que as pessoas pensam de você, e fala para a garota que te ama, que a modelo que mora com ela é super gostosa. Odeio quando quer trapacear para não se casar com a princesa francesa.-um silêncio quase que impossível se instala no lugar. Olhei para seus rostos assutados e abri um meio sorriso. E observo enquanto uma mulher entre os convidados se levanta.
_Posso afirmar que a Princesa Daphne está bem e totalmente de acordo com esse casamento- Daphne diz rindo para os olhares de todos. Continuo.
_ Odeio quando você finge que não se importa e finge ser uma coisa que não é, somente para manter as aparências. Mas amo como você me faz sentir quando estou com você, e isso vale mais do que tudo que odeio em você, apesar de serem muitas coisas. Eu te amo, e ninguém nem nada vai mudar isso.
Já tinha perdido total noção do que estava falando, simplesmente saía .O lugar estava em silêncio, a não ser pela minha voz que ecoava pelo recinto. Todos os olhares voltados para nós, sem piscar. Assim que termino, respiro fundo e conto até dez.
_Agora, o noivo pode beijar a noiva.- o padre diz.
Até quem fim! Estava demorando. Henry me beijava como se fosse última vez. Não poderia estar mais feliz. Saímos juntos, ao barulho dos gritos dos convidados e dos cidadãos, que mesmo não podendo entrar, se amontoavam do lado de fora do lugar para poder tentar ver Henry e eu. Enquanto jogam pétalas de flores sobre nossas cabeças, juntos, cumprimentamos as pessoas que se esgueiravam para tentar ver qualquer coisa e depois entramos na limusine que nos levaria para algum lugar que não sei onde. Olho para Louisa, que está em cima da escadaria, alguns metros de distância de Bradley, sorrindo para mim. Esses dois, deve ser uma tortura, ter a pessoa que gosta tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Sorrio de volta e sussurro um obrigada. Posso não saber o que ela fez, mas tenho certeza que não estaria aqui se não fosse por ela. Agradeço mentalmente por estar naquele dia, naquele lugar, por ter conhecido America Singer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Sexta posto o próximo.



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