The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente. É um capítulo introdutório, mas espero que gostem!



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Se tivesse me lembrado que não tenho o telefone de Celeste, Não teria mandado ela me esperar no shopping e não estaria aqui nesse momento. Tudo teria sido tão mais fácil.

Saio da aula com pressa e vou direto para o shopping. Mando uma mensagem para Lyra e digo que demorarei para chegar em casa. Passo metade do caminho me sentindo uma idiota, porque agora teria que encontrar uma pessoa no meio de uma multidão de turistas enlouquecidos. Passo quase uma hora andando pelo lugar procurando por ela, perguntando para todos que passam por mim se tinham-na visto. Sem sorte. A música dos altos falantes no teto não me deixa pensar. Estão muito altas. Claro! Os alto falantes!

_Com licença senhor, mas poderia me fazer um grande favor! Eu me perdi da minha amiga e não consigo encontra-la. Será que teria como falar nesses alto falantes para que ela me encontre em algum lugar?- disse para o guarda na minha frente.

_ Me desculpe senhorita, mas nem nós sabemos como fazer isso. Posso falar com os outros guardas espalhados e ver se eles sabem ela está. Como ela é?

_ Morena, alta, com os maiores saltos que pode ter visto, provavelmente deve estar cheia de sacolas e louca com tudo o que vê. Roupa exêntrica e sotaque Illeano.

Falando desse jeito, Celeste realmente parecia doida. Rio com o pensamento.

Não demorou muito para que ela aparecesse ao lado de um guarda que a escolta. Agradeço mentalmente e juntas vamos para o metrô em direção de casa.

Celeste parece uma criança enquanto andamos. Admirada com tudo o que vê. Mesmo sendo uma 2, as coisas em Illea são bastante diferentes daqui. Duvido que ela já tenha andado de metrô na vida.

_Você não vai acreditar em quem apareceu aqui! De novo...- ouço Lyra dizer enquanto ainda abre as portas.

Quando se vira, sua expressão de confusão é hilária.

_E quem seria essa Lou?

_Celeste essa é a Lyra, minha colega de apartamento e minha amiga. Lyra essa é Celeste, minha amiga de Illéa.- enquanto apresento as duas Celeste analisa o lugar.

_ Prazer. Aspen me disse sobre você, sua carta e tudo que fez por ela. Obrigada por tudo. Sei que não é fácil aguentar ela por muito tempo.

Lyra riu

_ Sei disso, mas porque está aqui?

_Todos queremos saber.- respondo.

_Não posso visitar minha amiga?- responde Celeste ingenuamente.

A olhamos com cara de quem não acreditávamos e ela finalmente cede.

_Não vou me desculpar por ter vindo, mas deveria ter avisado antes. É só que você me conhece America. Eu era uma pessoa completamente diferente antes da seleção e você foi a primeira pessoa que pude considerar como minha amiga. Não estou conseguindo me adaptar, tento ser boa, mas sem você lá me sinto sozinha de novo e meus comportamento voltam. Achei que se te visitasse, você poderia ser uma boa influência. Além disso, não estava mais aguentando a Marlee e o Aspen me enchendo a paciência. Uma hora cansa, e o que cansa causa rugas. E não quero isso!

Por trás de toda melosidade e carência, ali está minha Celeste. Minha patricinha. Como tinha sentido saudade.

_Está perdoada.

_ Tecnicamente eu nunca pedi desculpas.

_Larga de ser ridícula.- Lyra entra na conversa.

Tenho a sensação que essas duas vão se amar, e me causar muita dor de cabeça. O sarcasmo e a ironia de um lado, contra mais sarcasmo e ironia do outro lado.

_Mencionei que não comprei passagem de volta? Então, acho melhor terem outra cama, ou uma das duas vai dormir no sofá!

_ Claro que não comprou. Temos um colchão em algum lugar, depois compramos uma cama pra você.

_Lyra!- grito para ela, apesar de estar sentada ao meu lado.- Faz pipoca pra gente. Preciso contar o que aconteceu hoje!

_Você quer dizer o professor gato que eu tenho quase certeza que assustei?

_Sim Celeste. E você não assustou ele. Ainda.- respondo.

_ Pera tudo! O que houve com o Sr. Misterioso. Não me diz que ele fez outra besteira, porque senão eu juro que soco aquele rostinho perfeito dele. Não to gostando muito dele.- Lyra grita da cozinha. Menina enxerida.

_Ele não fez nada de errado. Acho que estamos juntos.- digo com dúvida.

_Quem precisa de pipoca, conta logo!- Lyra corre até nós e tenho quase certeza de que deixou o fogo aceso com a pipoca.

Conto a história toda e impressionantemente elas não me interrompem. Simplesmente sentam ao meu lado e me abraçam.

_Sei o quanto você já sofreu, já fui uma das causas. Só quero que seja feliz. Com ele, com o lixeiro, com o Papai Noel! Qualquer um! Se você tiver certeza que é ele que você quer, estou com você. Sempre achei que você merecesse um Príncipe, só vou poder morrer feliz quando te ver casando com um príncipe! Mas qualquer outro, estarei feliz por você.- diz Celeste.

_Eu não sei o que fazer, mesmo ele tendo me magoado, sinto que devo perdoa-lo. Que homem nunca me machucou? Não sei contar quantas vezes Maxon me machucou, mas não desisti dele . Ninguém é perfeito né. Mas o que me encantou foi que ele prestou atenção nos mínimos detalhes, ele reparou em tudo e fez o que pode para me fazer feliz naquele momento. Com Aspen me sentia como um vaso quebrado, que precisa de proteção sempre. Com Maxon parecia que estava em um campo de batalha e que a qualquer erro eu poderia cair. Apesar de poder ser eu mesma, sempre parecia que o que fazia não era suficiente. Que eu não era suficiente. Sinto que posso falar o que quiser e ele vai me entender. Ele reconhece quem eu sou, e tudo o que passei. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, ele sabe que tenho forças para superar tudo sem precisar de ajuda. Me sinto leve, sem preocupações, sem castas, sem disputas. Além de poder ser uma adolescente normal, parece que quando estou com ele, a única coisa que importa, sou eu. Sei que devem me achar doida por perdoa-lo, mas estou seguindo uma promessa. Prometi para mim mesma antes de fugir, que seguiria o conselho do meu pai, que seria nobre e perdoaria, independente das consequências.

Foi a última coisa que ele me disse- enquanto falo, Lyra e Celeste não piscam. Juro ter visto uma gota sair do olho de Celeste quando termino.

_Se ele fosse um príncipe seria melhor.- debocha Celeste enquanto rimos.

_Lyra, onde teria um lugar para usar biquínis em Londres?- mudo de assunto.

_A não ser que tenham decidido tomar sol ao redor do rio igual os franceses, lugar nenhum. Porque?

_Vamos sair amanhã e ele disse pra levar trajes de banho.

_E o Sr. Misterioso ataca de novo!- Diz Lyra pensativa.

_ Eu aposto uma praia.

_ Que praia Celeste? Você viu alguma nessas suas poucas horas aqui? Andou bebendo?

_ Ele pode te levar para o litoral, sei lá. Praias são legais.

_Eu acho que pode ser um parque aquático. Tem um em uma das cidades vizinhas. É muito legal!- disse Lyra entrando na brincadeira.

_ Vocês estão brincando né? Vão apostar sobre isso? Serio?

_Não íamos. Agora vamos!

_ Definitivamente preciso de novas amigas.- digo enquanto levanto do sofá em direção à cozinha. Claro que a Lyra tinha deixado o fogão aceso.

Não sei quanto tempo passou, mas as duas ainda discutem sobre a aposta e o que cada uma ganharia.

_ Chega! Esperem eu dormir e vocês podem continuar.

O silêncio reinou por um tempo até que Celeste resolve quebra-lo.

_Não quero parecer intrometida, mas quando chegamos você estava reclamando sobre alguém ter aparecido aqui. Posso saber quem foi?

_ Celeste! - digo a repreendendo

_O que foi? Sou curiosa!

Lyra ri e responde. - Henry, claro. Ele quer ajuda para acabar com o noivado dele. Vê se pode essa!

_ Isso é ótimo Lyra, agora você pode ficar com ele.- digo com uma animação que não parece compartilhada. Lyra está com cara de quem comeu algo estragado e Celeste não parece entender nada.

_Alguém pode me explicar o que foi isso?

_Lyra é apaixonada pelo futuro rei, que está noivo, e agora parece que ele não quer se casar e pediu a ajuda dela para acabar com o noivado.

_Viu! Ela consegue um príncipe!- exclama Celeste

_Serio que de tudo o que falei você só digeriu isso?

_É a única coisa que importa ué!

Balanço a cabeça em negação. Ela não tem jeito.

_O que vai fazer?

_ Eu não sei... Daphne vem para o país esse fim de semana. Ele quer fazer tudo no domingo, quando ela chegar. Não sei como ajudar. Vou ir e dar apoio moral, tentar conversar com ela, não sei.

Domingo você disse? Aí está minha chance de acabar com o casamento real, fazer o que Lyra nunca teria coragem de fazer e dar o melhor presente de todos para minha amiga. Um marido solteiro. O homem que ela ama.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Sábado posto o próximo.



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