The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente, espero que gostem!



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Meu dia começou outro qualquer. Tive que obrigar Lyra a sair da cama e juntas fomos para a faculdade. Não tenho ideia de como encararia Bradley hoje e nos dias seguintes. Se morasse com meus pai com certeza teria fingido uma dor de estômago ou um mal estar para ter faltado aula no s dois dias anteriores, mas não precisei. Faltei mesmo. Mas agora não posso mais adiar o inevitável. Será que ele pelo menos se preocupou comigo?

Acreditava que meus maiores problemas fossem se eu diria “oi” ou “olá” e se perguntava “tudo bem". Como estava errada.” Depois do que aconteceu terça, não tinha ideia do que fazer. Claro que eu tinha adorado o beijo, mas agora estou mais confusa do que estava antes.

Ando pelos corredores tentando me lembrar onde fica minha sala. Passo pela secretaria e resolvo entrar, pode ser que me desenhem um mapa até minha carteira. Seria muito útil.

_ Bom dia. Você poderia me dizer onde Louisa Johnson está? Em que sala? Seu horário? Ou pelo menos se estou no campus certo? Preciso entrar em contato com ela. Poderia fazer isso por mim, por favor?

Quem era ela e o que ela queria de mim?

A mulher estava de costas então não consegui identificar quem é. Seus saltos a deixavam maior do que parecia e suas roupas chamavam atenção. Seus cabelos eram pretos e longos e lisos. Tentava combinar as características da mulher com a de qualquer conhecida, mas sem sucesso. Até que ela se vira.

_ Celeste? O que está fazendo aqui?

_ Ame.. Quer dizer, Louisa, que saudades! Vim te ver. Illéa tem estado um saco sem você. Adorei o cabelo, nunca te reconheceria.

Rapidamente e sem entender nada puxei Celeste para o corredor, onde testemunhas não me permitiriam que a estrangulasse.

_ Como assim você está aqui para me ver?

_Desculpe Ames, você não mandou muito notícia depois e estava com saudades. Aspen e Lucy me convenceram. Queríamos ter certeza de que você está bem. Me desculpe.

_ Não, está tudo bem.

A essa hora já havia me sentado em um banco e coloca minha cabeça entre minhas mãos sem saber o que fazer.

_ Está tudo bem por aqui Louisa? Vi você gritando com a Senhorita.

Ele tinha que aparecer. Justo agora. Conheço Celeste e ela não vai deixar ele ir embora por um tempo.

_ Celeste Newsome, prazer. Quem você seria?

_ Bradley Cham. Um dos professores dela.

_De onde você a conhece Senhorita Newsome? Pelo que entendi, Louisa é de Illéa e não tem muitos amigos por aqui.

_ Eu sou uma amiga dela de Illéa.

_ Nos dá uma licença por favor.

Estava fervendo de raiva. Como ele ousava. Dizer que não poderíamos ter nada, me deixar sozinha, me beijar e agora aparecer e se intrometer em nossa conversa. O que ele quer?

Levo celeste para um sala vazia para que ele não ouça nossa conversa

_ Se soubesse que os professores aqui em Londres são tão bonitos assim, com certeza teria vindo muito antes.

_ Celeste, por favor.

_ A santinha da America Singer está a fim do professor! As crianças crescem tão rápido. Quer dizer que já superou o príncipe?

_ Estou feliz por ter vindo. Realmente estou. Estou com saudades, mas tenho que ir para aula. Tem um shopping aqui perto, porque não mata o tempo lá e quando a aula acabar eu te encontro e te levo para casa, assim você pode me explicar quais outras maluquices você fez no caminho e conversamos?

_Claro. Me desculpe mesmo, não achei que fosse causar tantos problemas. Cuida desse daí hein, senão eu mesmo roubo.

Por um momento me permito sentir alivio. Um problema já sei foi. Agora tenho que encarar ele.

_Achei que tinha dito que havia vindo sozinha.

_ Eu vim. - falo enquanto passo por ele e continuo andando.

_ O que ela está fazendo aqui então?- diz enquanto me segue.

Paro para que ele me alcance e viro. O corredor está vazio, ótimo.

_O que você está fazendo aqui? Pelo que me lembro você que disse que isso é errado e depois me beijou. Eu não te entendo Bradley, se é isso que quer então porque está aqui?

_ Eu fui um idiota aquele dia e ontem. E me intrometi hoje onde não fui chamado. Me desculpa.

_ Desculpa por ser um idiota ou por ter se intrometido hoje?

_ Pelos os dois acho.

Forcei uma risada. Antes que pudesse falar qualquer coisa ele continuou.

_Sei que pode parecer clichê e bobo, mas quando te conheci realmente achei que com você seria diferente. Eu realmente gosto de você. Eu nunca conheci uma pessoa que tivesse tanto em comum , mas ao mesmo tempo fosse tão diferente de mim. Se não fosse seu professor, quem poderia dizer o que aconteceria. Mas essa não é a ocasião. E apesar de só ter se passado três dias, eu não consigo parar de pensar em você. Sei que você disse quando nos conhecemos, que seu coração está quebrado e que não quer nada serio no momento, eu te entendo, e respeito duas decisões, mas deixe que te mostre que vale a pena lutar pelas coisas que gostamos. Não sei o que aconteceu no seu passado, mas sei que está passando por um momento difícil e acha que nada de bom pode acontecer, que está em uma estrada, perdida. Te peço que pela primeira vez na vida, deixe que alguém te guie, tome as rédeas. Sei que é arriscado, mas se concordar, eu gostaria de tentar. Descobrir se vale a pena lutar por nós.

Definitivamente não esperava pelas palavras que eram ditas. A cada letra que ele pronunciava minha esperança se aumentava e com toda certeza corei. Estava totalmente sem palavras. Quando consegui me recompor, percebi o quão nervoso ele estava.

_ Sabe que não quero que nada aconteça com você, nunca quis. Você disse que queria descobrir se vale a pena lutar. E se não valer? Correr tanto risco à toa? É o que você quer?

_ Se tivermos medo do futuro e do que possa acontecer, viveríamos nossas vidas trancados em um quarto escuro. Quem pode dizer o que acontecerá? Pode dar certo, como pode dar errado. Só se você aceitar se arriscar e sair comigo amanhã. Se tudo der errado é só ligar para meus pais.

Depois de todo esse discurso, não conseguiria dizer não. Não entendo o que ele quis dizer com seus pais, mas não pergunto. Estou com medo. Apavorada para falar a verdade. Mas quem sabe meu felizes até que se prove o contrário está para começar.

_Aonde vamos então Sr. Chamber?

_ Isso eu não posso dizer, mas posso dizer que vai adorar. A aula começa daqui a pouco, os corredores vão ficar cheios, mas quero te mostrar uma coisa.

Bradley segura minha mão enquanto corremos por corredores e por salas que não sabia que existem. Acho que ninguém sabe, estão vazias. Está na cara que ele está animado. A cada 5 segundos ele se vira para mim, sorri e diz que eu ia adorar. Estou de saltos, então não demorou muito para que meus pés se cansassem e parasse.

_O que houve? Porque parou?- disse enquanto também parava e se virava para mim.

_ Esses sapatos machucam- respondi rindo.

_Quer que te leve no colo? Aposto que você não é muito pesada.- disse brincando.

_Obrigada por dizer que não sou gorda.

Rio sozinha por um tempo até que percebo que ele está me olhando. Porque ele está me olhando? Parece que minha cara de dúvida não é muito discreta, porque ele entende.

_ Relaxa, não tem nada errado não. Só imaginando.

_Em que posso saber?

_O que você vai fazer quando fizer isso.

Antes que pudesse entender suas palavras, Bradley de algum jeito me joga para o alto e me coloca em sua nuca. Suas mãos seguram minha perna e meus braços para que não caia. Me esperneio e grito pedindo para que me solte, enquanto ele ri da minha posição.

_ Você não disse que está com dor no pé. Agora não precisa mais sofrer.

_ Já está chegando? Seu ombro não é muito confortável.- digo rindo

_ Vou levar isso como um elogio. Mas sim, é essa porta.

Assim que ele me põe no chão pude finalmente analisar a porta e imaginar o que teria ali dentro.

Ela não tem nada demais, uma porta como outra qualquer. Olho para trás e pergunto se posso abrir, Bradley assente com a cabeça.

Assim que abro a porta, fico sem palavras. A sala de música. Como que ele sabia que eu ia gostar? Deixo os saltos na porta e entro cambaleando. Não sei para onde olhar, são tantos instrumentos que não sei onde ir primeiro.

_Quando uma pessoa ama artes, ela geralmente gosta da música também e na nossa primeira aula, reparei que seus dedos não paravam de batucar na mesa, como se estivesse imitando um piano, e no café aquele dia você não parou e cantar por um segundo. Chutei e pela sua reação, acho que acertei.

_Eu adorei. Obrigada. Mas porque está vazia e nessa parte tão afastada?

_Eles guardam os que eles chamam de “insubstituíveis”aqui. Ninguém usa eles, só os que ficam nas salas da frente do prédio.

Poderia ter ficado lá o dia inteiro, mas o sinal toca, então saímos. Atravessamos o mesmo caminho da vinda em silêncio. Estou sem palavras.

_É melhor eu ir na frente para não saberem que estávamos juntos. Mas te vejo amanhã a tarde. Te pego as 15h. Não se esqueça de levar um traje de banho.

Me dá um selinho e sem mais nem menos ele sai, me deixando intrigada sobre o traje de banho. Londres não tem praias, então a não ser que tomássemos um banho no rio Tâmisa, o que não acredito ser possível, não faz sentido tudo isso.

Rio para mim mesma. Só me resta esperar para ver. Agora tenho outras coisas para me preocupar, como uma certa modelo Illeana perdida em um shopping três quadras daqui.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Quinta posto o próximo.



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