The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Voltei galera!! Eu imagino o Bradley como o Bobby Campo, mas imaginem como queiram . Espero que gostem!



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Acordo no dia seguinte decida a não ficar triste por isso. Vou para as aulas, estudarei e não me importarei com nada que tenha a ver com Bradley.

Chego no campus e vou em direção das duas meninas que conheci ontem e que estão em minha sala. Acho que seus nomes são Jessie e Charlie.

_Louisa! Ficou sabendo?

Definitivamente não sei do que ela está falando.- Fiquei sabendo do que?- pergunto interessada.

_Tudo! Você não lê jornal também né?

_ Como adivinharam?

_Primeiro: Príncipe Henry irá se casar com a Princesa da França. Ela terminou seu noivado para ficar com ele! É tão romântico! Grã-Bretanha e França nunca se deram bem, agora uma aliança? O palácio vai pegar fogo!

A primeira coisa que consigo pensar é em Lyra. Será que ela está sabendo disso? Mesmo que ela não admita para ninguém, ela não quer ver Henry se casando. Preciso contar para ela. Se eu passo longe dos jornais, Lyra muito menos, acho que ela não sabe o que jornal significa.

_Segundo: O casamento da família real de Illéa vai ter que ser adiantado para Setembro porque está muito perto do da princesa Victória. Essas pessoas não fazem nada, só vão em festas, e agora resolvem reclamar disso também? Eu não entendo eles!

Não podia argumentar e dizer que ela estava enganada, então simplesmente rio e balanço a cabeça em sinal de afirmativo. Quer dizer que o casamento de Maxon não será mais em Novembro? Por incrível que pareça, minha reação é melhor do que esperava, o que é ótimo. Sem alguém me dissesse no dia da escolha, que um dia não desabaria de chorar ao descobrir que Maxon se casará com Kriss, eu não acreditaria.

Acordo de meus pensamentos com o mais agudo dos gritos.

_ O que aconteceu Jessie?- pergunto desesperada.

_Acabei de ficar sabendo que o Professor Chamber está namorando! Namorando uma aluna!Será que é verdade?

O entusiasmo era evidente em suas palavras, acho que ela torcia para que fosse ela a namorada. Sem nem terminar de contar, ela volta para o celular, digitando desesperada.- Preciso descobrir quem é!

Não sei nem o que pensar mais naquele momento. Me despeço educadamente e entro. Se quisesse saber de fofocas de qualquer pessoa e de qualquer lugar do mundo, era só chegar para elas. Parecem saber tudo que acontece na vida de todos. Me pergunto como elas conseguem. Me lembre de escrever um nota para que nunca mais pergunte para elas o que está acontecendo. Decido que não falarei com ele, não darei motivos para as pessoas suspeitarem, mesmo que não esteja acontecendo mais nada, apesar de achar que nada nem tinha acontecido nada antes.

_Fiquei sabendo na sala dos professores que estou namorando uma aluna. Está sabendo disso? Acho incrível como as pessoas sabem o que acontece na minha vida antes de mim.

Bradley está com o braço apoiado no armário do corredor e suas pernas cruzadas para o equilíbrio. Seu rosto encostado em seu braço apoiado e ele está incrivelmente lindo. Como ele sabe que meu armário é ali?

_ Acabei de descobrir. Imagino que não irá me contar quem é a “garota de sorte”.- digo sarcástica enquanto guardo meu material no armário e fecho com força.- Você não devia estar aqui.

_ Só queria te dizer o que está acontecendo, para não te pegar desprevenida. E para perguntar se foi você que começou, porque não vejo outra pessoa que poderia ter feito isso.

Fecho a porta e começo a andar.- Tarde demais. E você realmente acha que fui eu? Definitivamente você não me conhece!

Estou farta dessa conversa. Quem ele pensa que é para me acusar de uma coisa como essas? Instintivamente subo para o terceiro andar onde sei que não terá ninguém, precisava de um tempo sozinha. Jogo minha bolsa com força no banco e sento bufando. Porque as coisas não podem ser fáceis?

_Será que podia parar de me seguir? Já não basta ter me chamado de fofoqueira, ainda quer me irritar mais?

Levanto, respiro fundo e tento sair dali o mais rápido possível. A última coisa que me lembro é de ter visto a entrada para o banheiro antes de dar de cara com o rosto de Bradley na minha frente e sua boca na minha. Porque ele tem que me puxar sempre? Sou tão fraca assim?

Seus braços envolvem minha cintura, me impedindo de me afastar. O beijo é calmo e lento, diferente de todos os que já tive. Ele me beijacom intensidade e carinho enquanto minhas mãos percorriam seus cabelos e sua nuca. Depois de segundos de susto, correspondo. Sei que é loucura o que estamos fazendo, que a qualquer hora alguém pode subir e nos pegar, mas não ligo, o que importa é que estou em seus braços agora e não vai durar muito tempo.

Quando finalmente nos separamos, nossas testas se encostam e ficamos assim por um tempo enquanto recuperamos o fôlego. Quando o silêncio começa a ficar constrangedor, decido que devo ir embora. Me separo de seus braços e me desculpo. Isso não devia ter acontecido. Enquanto desço as escadas olho por trás do ombro uma última vez. Bradley está com suas mãos dentro do bolso e parecia um cãozinho que acabou de ser jogado na rua. Ele simplesmente abriu um meio sorriso e saiu andando para o outro lado. Me senti mal porque a única coisa que conseguia pensar é que, depois de tudo o que aconteceu, ainda tinha 5 horas de aula para suportar.

A aula decorreu normalmente. Lyra me buscou no campus a tarde e juntas fomos para casa. Tive que ouvir durante todo o trajeto suas reclamações sobre o curso.

_Lyra, se você não gosta, sai! Você só mata aula e reclama! Achei que esse fosse seu sonho.

_E é. Mas é diferente. Eu adoro coisas velhas e saber tudo o que aconteceu, todos que pisaram no chão que piso agora, mas não do jeito que os professores ensinam. Não quero saber através deles e de apostilas. Não quero ter um conhecimento que para ser obtido, tenha que ficar horas sentada numa mesa copiando e gravando nomes e datas. Quero aprender do jeito prático. Indo nos lugares, falando com as pessoas, passando dias inteiros na biblioteca. Você me entende?

_ Tranca sua matrícula. Viaja. Vai conhecer todos os lugares históricos que você sempre sonhou!

–Não queria que ela fosse embora, mas se isso significa ver ela feliz, quem sou eu para discordar. Lyra não me respondeu, parecia pensar nas possibilidades. Aproveitando o momento, continuo.- Por falar em lugares históricos, você realmente devia assinar o jornal. Henry está sendo obrigado a se casar com Daphne.

Se soubesse que teria a chance de ter sido jogada através do vidro do carro até a rua, não teria citado nada. Assim que terminou de ouvir o que disse, Lyra freia o carro no meio da avenida e me olhou com uma cara desesperada. Os carros buzinavam e motoristas indignados gritavam de raiva.

_Como assim ele vai se casar com ela? Daphne? Por favor diz que está brincando!

_Primeiro de tudo. Por favor acelera. Se sobrevivermos e esses motoristas loucos querendo te bater, eu te digo.

Quando as coisas finalmente se acalmaram, Lyra volta a perguntar.

_ Ele vai se casar com ela mesmo?

Aproveitando a oportunidade, não pude deixar de dizer

_ Achei que tivesse dito que odiava ele. Porque se importa com quem ele vai se casar?

Lyra bufou e voltou a fechar a cara.

_ Que isso Ly, porque não admite logo?

_ Admitir o que? - ela explode- Admitir que odeio o que ele faz com as namoradinhas porque mesmo que elas sofram depois, elas pelo menos conseguiram o que sempre quis? Que odeio o fato de que ele é um irresponsável que vai ser um péssimo rei, porque seu maior sonho é viajar o mundo sem responsabilidades, o meu sonho? Que odeio o fato de que onde quer que esteja ele sempre me acha?- A essa hora, Lyra praticamente gritava no carro. Ela respirou fundo e continuou sussurrando- Que sou apaixonada por ele desde que tinha 14 anos?

_ Porque não diz isso para ele?

_ Do que vai adiantar, ele vai se casar com a'' linda'' princesa da França.

Me sento mal por ela, por ter feito ela passar por tudo isso nesses poucos minutos. Precisava lhe dar alguma esperança.

_Eu disse que ele está sendo obrigado, não que irá aceitar. E as coisas nem sempre são o que parecem ser. Geralmente quando estamos na pior, as coisas tendem a melhorar. Vai ficar tudo bem, para nós duas.- disse pensativa.

_Acho melhor não chorar Lou, porque se fizer isso vou ter que largar minhas mãos do volante e te abraçar. E não estou a fim de ir para o hospital hoje, o trânsito está péssimo, aposto que nem chegaríamos lá vivas.

Cada dia me impressiono mais com sua capacidade de esconder suas emoções e mudar de assunto. Lyra gosta tanto de ajudar os outros à encontrar sua felicidade que acaba esquecendo que ela merece uma também e, assim, acaba construindo uma mascara de ironia e sarcasmo impedindo que as pessoas entrem. Pelo jeito vou ter que acabar com um casamento real.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Até quarta posto o próximo!



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