Help Me, Heal Me escrita por annaprata


Capítulo 3
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoas lindas, quanto tempo (escondendo agora o meu rosto, kkk)! Voltei, espero que não tenham me abandonado! Pra essa história o que ocorreu mesmo foi um pequeno probleminha de comunicação entre mim e minha querida beta (o e-mail que tinha mandado com o capítulo ela não tinha recebido, só fui descobrir depois de já passado um mês, aí atrasou mesmo, kkk). Também rolou um episódio muito triste na minha vida, por isso que as outras histórias também estão meio paradas, mas isso não quer dizer que eu as abandonei viu, só tentando ainda me recuperar pra voltar a escrever com tudo :) Mas vamos ao que interessa, estou muito muito feliz com a quantidade de comentários do capítulo passado (pulinhos de alegria,kkk) foram 13, pense como essa pessoa aqui ficou radiante e ainda com a primeira recomendação que recebi na vida, quase tive um treco, kkk. Percebi que muitos que comentaram o primeiro capítulo ainda me deram a alegria de comentar o próximo (muito obrigada lindos) e tiveram também pessoas novas nas área (tão feliz, kkk). Mas agora vamos logo pro novo capítulo né? Já enrolei demais,kkk.



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Acordo assustado e um pouco desorientado, onde estou? Levanto-me, mas logo volto a me deitar ao sentir uma forte dor na cabeça. Puta que pariu, parece que meu crânio vai explodir. Tento abrir os olhos novamente e estranho o lugar, visualizo mais atentamente o espaço, e ao que parece estou no quarto de um hospital. Infelizmente, já estou começando a me acostumar com esse tipo de ambiente. Fecho os olhos e suspiro frustrado ao lembrar de partes das minhas últimas lembranças. Anthony. Ele havia conseguido se libertar depois de muito tempo e isso significa apenas uma coisa: problemas.

Tento mexer os braços e as pernas, e tudo indica que eles estão bem dessa vez. Graças a Deus. Uma lesão agora seria o fim da minha carreira. Pelo menos o idiota do Anthony havia me deixado intacto, tirando essa dor horrível na cabeça. Coloco minha mão nela e percebo que está enfaixada. O que será que aconteceu? Mais uma pergunta, dentre muitas, que não será respondida.

— E o paciente misterioso finalmente acordou — Diz uma mulher baixinha, de cabelos ruivos, cheia de sardas no rosto, e pela sua vestimenta deve ser a enfermeira.

— Onde estou? — Pergunto, mesmo já sabendo a resposta.

— No hospital Mount Sinai, uma garota e um rapaz lhe trouxeram para cá. Parece que você caiu, e acabou batendo a cabeça.

Agora entendo o porquê da minha cabeça estar explodindo de dor.

— Irei chamar o doutor Lukas, ele deve chegar em cinco minutos.

Fecho os olhos, pois a claridade está começando a me incomodar e fico aqui refletindo, tentando imaginar o que de fato ocorreu. Será que foi um acidente por conta daquela moto idiota que ele comprou? Mas a enfermeira não falou que tratava-se de um acidente de trânsito; e a garota e o rapaz? Será que o libertino havia dado encima da mulher dos outros, e isso ocasionou numa briga? Mas se fosse assim eles teriam se preocupado em me trazer até o hospital? Perguntas e mais perguntas, e como sempre nenhuma resposta.

— Bom dia, rapaz! — Diz um homem moreno ao entrar no meu quarto; ele é bem alto, creio até que bem mais do eu, e olha que não sou considerado baixo e nem um homem de altura mediana. Possui uma careca brilhante e usa um jaleco branco, então tudo indica tratar-se do doutor Lukas, o médico que a enfermeira baixinha mencionou minutos atrás — Como o nosso paciente está se sentindo? — Pergunta ele alegremente enquanto checa o meu pulso.

— Minha cabeça está explodindo — Falo com cara de dor.

— Isso é normal, já que, segundo nos informaram, você sofreu uma tremenda queda. Vai ser necessário fazer alguns exames por precaução, e gostaria também de fazer algumas perguntas, tudo bem? Caso não se sinta disposto deixamos para outra hora.

— Pode perguntar — Respondo logo. A última coisa que quero é prolongar minha estadia aqui; odeio hospitais e quanto mais rápido eu sair daqui melhor.

Suas perguntas já eram previsíveis e respondo automaticamente cada uma delas sem nenhuma vontade. Claro que quando um paciente bate a cabeça, a primeira coisa que um médico faz é checar se suas memórias, de algum modo, foram afetadas; infelizmente por conta do meu problema percebi ao longo da minha vida que isso não acontece apenas em filmes. Já estava com vontade de perguntar, se ele gostaria também que eu respondesse sobre a minha vida sexual, pra ver se assim ele parava, mas fico sem reação quando ele faz a pergunta proibida.

— Que dia é hoje? — Pergunta ele, sem parar de anotar em sua prancheta.

Paro um minuto para pensar. Quando eu acordei era quarta-feira, será que o Anthony havia se apossado do meu corpo por muito tempo? Lembro que uma vez o máximo que ele havia conseguido foram três dias, já que eu estava com o meu emocional muito afetado. Ocorre que dessa vez eu não estava assim tão alterado, foi mais mesmo pelo pesadelo que me pegou desprevenido, tendo em vista que fazia um tempo que não tinha mais o mesmo. Suspiro frustrado. Odeio tudo isso. Tento então ver se consigo enrolar esse médico.

— Eu já entendi onde você quer chegar doutor, pode ficar despreocupado, a minha memória está intacta — Respondo, rezando para que ele não perceba que estou fugindo da pergunta.

— O que você fez ontem, senhor Cullen? — Insiste ele.

Fico calado novamente. Como poderia saber? Não estou com cabeça agora para inventar alguma história. Pra falar a verdade ainda estou com um pouco de dor nela.

— Deixa eu perguntar de outro jeito, que dia você acha que é hoje?

— Dia seis de janeiro — Falo a data do dia seguinte que acordei depois do sonho, rezando pra que o Anthony só tenha se aproveitado de apenas um dia do meu corpo.

Ele me olha por um momento e anota alguma coisa na sua inseparável prancheta.

— Vai ser necessário fazer alguns exames por precaução. Gostaria de chamar algum parente seu?

— Sim — Respondo rapidamente. Só uma pessoa poderia me socorrer agora.

— Pedirei para a enfermeira Amber providenciar isso e te encaminhar para fazer os exames, nos vemos mais tarde.

Ele sai e segundos depois aparece novamente a enfermeira ruiva baixinha, ela me dá um remédio para a dor e lhe dou o número da Ângela, só ela poderia me ajudar a convencer ao médico que não estou com perda de memória, pois pela cara dele eu não havia conseguido enganá-lo; e se chamasse os meus pais as coisas só iriam piorar.

Passo um bom tempo sendo levado a vários cantos do hospital em uma cadeira de rodas, apesar dos meus protestos de que não sou um inválido, pela casca grossa da enfermeira Amber. Quando enfim retorno para o quarto, vejo que o doutor que havia me atendido está conversando com a Ângela, e ao que parece o papo está sendo muito engraçado. Mas assim que ele me vê entrando retorna para a sua postura profissional.

— Muito bem, eu e sua médica tivemos uma pequena conversa a respeito de você Edward, só irei esperar os resultados dos exames e se não houver nenhum tipo de problema lhe dou a sua alta hoje mesmo.

Minha vontade é de fazer a dancinha da vitória, mas não querendo dar nenhuma razão pra ele achar que sou um doido e assim acabar não me liberando, é melhor ficar quieto. Assim que ele sai e a enfermeira também, Ângela não perde tempo.

— Pode me explicar o que aconteceu Edward? Quem saiu dessa vez? — Pergunta ela enquanto pega na sua bolsa o seu inseparável caderno de anotações.

Como ela já está no seu modo psicóloga dirijo-me até a cama, pois essa conversa ia ser longa.

— Anthony.

Percebo que ela treme um pouco só de escutar o nome dele, Anthony deve tê-la assustado mesmo da última vez que se encontraram, apesar das constantes negativas dela. Ela deve estar com medo de me contar a verdade, pois sabe muito bem que posso desaparecer da sua vida; e Ângela colocou na cabeça que tem que me ajudar de qualquer jeito, não importando os riscos, o que só me deixa ainda mais frustrado e zangado comigo mesmo. Se algo acontecesse com ela, eu nunca me perdoaria.

— Quando foi isso e como? — Pergunta ela enquanto escreve alguma coisa no seu caderno, sempre quis saber o que ela tanto escreve nele.

— Se a enfermeira me falou a data certa de hoje, foi ontem. Tive novamente aquele sonho estranho; o de sempre, um lugar muito escuro, a menina desconhecida e a mulher mascarada. Acordei assustado, aí fui procurar meus comprimidos, porém eles haviam acabado.

— Como você pode ser assim tão descuidado, Edward? — Repreende-me ela.

— Eu sei, eu sei — Falo desapontado comigo mesmo.

— Continue — Fala ela, ainda zangada com o meu desleixo.

— Então eu tentei me acalmar, fazendo aquele exercício de respiração que nós treinamos, só que quando fui tomar banho senti uma forte dor na cabeça e a voz do Anthony começou a me perturbar. Por isso que tenho certeza que foi ele que saiu dessa vez. Quando acordo estou nesse hospital, só sei que bati a cabeça e uma garota e um rapaz me trouxeram.

— Sabe quem são eles dois?

— Não — Suspiro frustrado — Até perguntei sobre eles quando fui fazer os exames, acontece que não deixaram os nomes, apenas me trouxeram para cá. Só rezo pra que o Anthony não tenha feito nenhuma merda.

— Acho que não, senão já teria alguma reportagem falando sobre o excêntrico patinador do gelo, Edward Cullen.

— Não tem graça, Ângela! — Falo irritado, ao perceber o porquê dela está tocando neste assunto.

— Desculpa, mas eu não consigo esquecer da última reportagem que fizeram de você — Diz ela sem conseguir segurar o riso.

— Que bom saber que eu consigo te divertir — Digo zangado.

Tudo culpa da Alice; a doida encontrou na rua, ao que parece, seu ator favorito e começou a agir histericamente, e para completar ainda estava vestida toda de rosa e com laços no meu cabelo. Fiquei dias sem conseguir mostrar minha cara na rua, já que toda vez que alguém me reconhecia não conseguia esconder o sorriso.

— Pena que eu e a Alice não nos damos bem, acho que ela não gosta da concorrência feminina, mas ela é uma ótima pessoa, apesar das maluquices dela.

Suspiro, depois dessa não queria que a Alice saísse tão cedo.

— O que você disse pro médico? Vocês estavam bem enturmados, hein?! — Pergunto curioso e querendo mudar de assunto.

— Você sabe que os homens não conseguem resistir ao meu charme – Diz ela fazendo pose.

— Deixa o Ben saber disso — Digo sorrindo.

Ben é o namorado dela, no começo ele me odiava, já que a Ângela não me trata apenas como um paciente, nos tornamos mais do que isso, somos grandes amigos. Porém até que ele entendesse que era apenas amizade que existia da nossa parte, demorou um tempo.

Nunca desisti de convencê-lo que a namorada dele para mim é como se fosse uma irmã, pois também me sentia muito culpado quando eles brigavam constantemente por minha causa; principalmente nas vezes que a Ângela tinha que sair correndo para me socorrer, sem poder explicar o verdadeiro motivo. Uma vez até pensei em contar meu problema para ele; mas graças a Deus, depois de muita insistência, eu consegui colocar na cabeça dura dele que tudo não passava da sua imaginação, e para a minha surpresa acabamos nos tornando grandes amigos.

— Ben têm que saber conviver com a concorrência — Fala ela fazendo biquinho.

— Agora entendo porque foi difícil convencê-lo que não tínhamos nada, você não ajuda.

Ela mostra a língua.

— Sim, dona charmosa, o que você disse?

— Disse que você às vezes possui lapsos de perda de memória, mas que são momentâneos, nada com que se deve preocupar, e que estamos tentando trabalhar nisso.

— E ele acreditou? — Pergunto surpreso.

— Esqueceu que tenho o grande poder do convencimento, Edward? — Diz ela sorrindo.

— Mas ele é um médico! — Falo perplexo.

— E dai? Sei também jogar meu charme — Fala ela toda convencida — Se nos seus exames não der nada de anormal na sua cabeçona aí, ele vai te liberar logo, ou você quer ficar mais um tempo aqui? — Pergunta fazendo graça, ela sabe muito bem que tenho aversão por hospitais.

— Deus me livre! Quero ficar aqui nem um minuto mais, e minha dor na cabeça já está melhor.

— Acho que foi a queda que fez Anthony adormecer, e a pergunta que não quer calar, o que será que ocasionou ela?

Volta ela para o seu modo psicóloga.

— Isso eu também gostaria de saber — Falo frustrado.

Horas depois, para a minha felicidade, o médico aparece; e como não deu nada de anormal nos meus exames sou liberado. Ângela oferece uma carona, a qual aceito prontamente, e é no meio do caminho que eu me lembro onde eu deveria ter ido ontem.

— Puta que pariu!

— Olha os modos, Edward — Ângela me repreende, se tem uma coisa que minha psicóloga não gosta é de escutar palavrões.

— Era pra ter conhecido ontem a minha nova parceira de dança, todos devem estar loucos comigo.

— Calma, tenho certeza que você vai pensar em alguma desculpa, e já esqueceu que não pode se descontrolar? Não quero que do nada apareça uma das suas personalidades enquanto estou dirigindo. Falando nisso, vá comprar o seu calmante logo.

— Certo, doutora — Falo, enquanto respiro fundo.

Ela me deixa em casa e combinamos em marcar mais cedo a nossa próxima consulta. Estou tão cansado, que a única coisa que quero é poder ir para a minha cama, mas ainda tenho que encarar um lance de escada até chegar no meu apartamento. Não sei dizer o porquê, Ângela diz que deve está também relacionado com algum trauma da minha infância, ocorre que tenho sérios problemas com lugares apertados. Então evito ao máximo usar o elevador e isso também é um fator contra mim, já que minhas outras personalidades se aproveitavam dessa minha fraqueza. Assim que entro em casa o telefone está tocando, penso até em deixar pra lá, mas acabo desistindo e vou correndo atendê-lo.

— Alô!

— ONDE VOCÊ SE ENFIOU?!

Tiro o telefone um momento do ouvido, senão vou acabar ficando surto. Aro, meu treinador, de fato está muito zangado comigo, e como poderia ser diferente?

— Eu posso explicar.

— E EU ESPERO UMA EXPLICAÇÃO MUITO DA BOA, JÁ ESTOU CANSADO DE TE COBRIR, EDWARD.

Passo a mão no rosto em busca de alguma inspiração, preciso inventar uma história muito da boa para conseguir convencê-lo, e assim deixá-lo menos irritado. Foi Aro que me descobriu e me incentivou a entrar nas altas competições, já que antes a patinação era apenas um hobby para mim. Ele sempre acreditou no meu potencial, mas nunca contei a ele do meu problema, então toda vez que eu não aparecia ou fazia alguma merda na pista, por conta das minhas outras personalidades irritantes, ele ficava frustrado e decepcionado comigo; não sei, para falar a verdade, como ele ainda não desistiu de mim.

— Eu estava no hospital — Decido contar meia verdade.

— No hospital? O que aconteceu? — Pergunta ele preocupado.

Comemoro um pouco, se ele havia parado de gritar então minha desculpa poderia dar certo.

— Eu bati a cabeça.

Melhor falar isso também, pois ainda vou ter que ficar, por um tempo, com essa faixa na cabeça.

— Você está bem?

— Sim, não foi nada de mais.

— E como aconteceu?

— Eu não lembro.

Melhor não inventar, pois mentira sempre tem perna curta, e depois eu posso acabar me embaralhando todo.

— Não lembra? — Pergunta ele surpreso.

— Pode parecer estranho, mas essa é a verdade. Acordei hoje num hospital e me falaram isso, desculpa por tudo. Sei que sou uma dor de cabeça para você.

— O importante que você está bem — Escuto ele suspirando do outro lado — Vou contar isso para a direção, pelo menos vai amenizar um pouco o seu lado. Você tem que tomar mais juízo Edward, o pessoal já está ficando zangado com suas atitudes. Sua sorte é a que você é um excelente patinador, um dos melhores, senão já teriam te jogado para fora.

— Sinto muito mesmo, amanhã irei me desculpar com todos — Suspiro frustrado, se me expulsassem não sei o que seria de mim.

— Amanhã já começaremos pesado com os treinos. Você está proibido de algo por conta do tombo?

— Não, estou liberado, não foi nada de mais, apenas essa perda momentânea da memória mesmo.

— Ótimo, então nos vemos amanhã.

— Espera, e minha nova parceira?

— Gostaram da menina que se apresentou ontem, decidiram por ela mesmo, apesar das histerias da Tanya, por falar nisso dê um jeito você nessa doida — Pensei que a Tanya já havia se conformado, mais uma dor de cabeça para mim — Amanhã vocês serão oficialmente apresentados. Gostei dela, ela têm algo muito especial.

Pro Aro falar que gostou de alguém, então ela dever ser muito boa mesmo.

— Então está certo, até amanhã, e nada de atrasar.

Ele desliga, sem me dar a chance de falar mais nada. Já ia para o meu quarto me deitar, até que lembro dos meus calmantes, então ligo para uma farmácia e peço logo várias caixas dele, nada pode sair errado amanhã.

Enquanto espero o meu pedido decido fazer um pouco de meditação, desde que a Ângela me aconselhou a praticar esta técnica, eu sempre a utilizo como forma de manter instável o meu emocional, é um ótimo meio para relaxar. Até que a campainha toca, e estranho, não era pro porteiro interfonar, antes de deixar subir?

Certo de que seja alguém que a farmácia enviou com os meus pedidos, nem vejo o olho mágico, já vou logo abrindo a porta e acabo me arrependendo amargamente por isso. Do outro lado está nada menos do que a vizinha que já me deu muita dor de cabeça, por conta do desgraçado do Anthony; e o pior de tudo, a doida está apenas de lingerie, para não dizer que está na verdade pelada, já que a peça não cobria praticamente nada.

Estou tão chocado que nem percebo quando ela parte para cima de mim; esfregando o seu corpo contra o meu, e se apossando dos meus lábios sem nenhuma piedade. Claro que não sou de pedra, e minha parte de baixo acaba reagindo na hora, mas ficar com mulheres que Anthony já havia ficado só significa complicações, e eu não quero repetir o mesmo erro duas vezes, já basta a dor de cabeça da primeira vez.

Uma vez revoltado por ele ter acabado com um relacionamento meu, decidi ficar com uma das paqueras dele. Ele acabou se zangando ao descobrir, e as coisas não terminaram bem, pois além de não suportar que eu seja a personalidade principal, Anthony não aceita que possamos compartilhar algo. Então desde então, por conta do meu problema, decidi nunca mais tentar ter algo sério e também não encostar em nenhuma mulher que já ficou com ele.

Assim, tirando forças de não sei onde, empurro-a para bem longe de mim.

— Você está doida? — Falo a primeira coisa que me vem na cabeça.

— Doida por você, gato — Fala ela com uma voz sensual, enquanto passa as suas unhas grandes pelo meu abdome.

Meu corpo reage, faz muito tempo que não fico com uma mulher, mas preciso ser forte.

— Saia da minha casa, por favor — Tento ser educado.

Ela olha o meu rosto, e quando percebe que estou falando sério, fica irritada.

— Você é louco, só pode ser! — Fala ela com raiva — Quem ontem que me atacou no elevador? Já tinha até desistido, depois da última vez que você me rejeitou, mas ontem você veio com o seu charme, então eu pensei...

— Foi um erro — Falo antes que ela continue ainda mais com o discurso dela.

Então sem nenhuma piedade, ela desfere um tapa na minha cara, e a doida têm força naquela mão dela.

— Seu imbecil! Quero ver nunca mais a sua cara!

Ela sai correndo, e eu aproveito e fecho logo a minha porta, antes que a maluca decida que um tapa é pouco. Com raiva, vou até o meu quarto e pego a câmera que eu compartilho com o babaca do Anthony e a coloco para gravar.

— ANTHONY SEU IDIOTA, JÁ NÃO TE FALEI QUE É PARA SEGURAR A PORRA DO SEU PAU E NÃO FICAR COM AS MULHERES QUE SÃO PRÓXIMAS A MIM?! ISSO AINDA VAI TER TROCO, PREPARE-SE!

Desligo, sentindo-me um pouco melhor, mas espero um momento para tentar me acalmar, isso foi perigoso. O interfone toca e fico feliz, agora sim era alguém com os meus calmantes. Peço pro porteiro deixar o rapaz subir e assim que ele me entrega o pacote já tiro um do frasco para engolir.

Minutos depois dessa tensão toda e devido ao efeito do calmante, começo a sentir sono. Vou até o meu quarto e me preparo para dormir, e enquanto ainda me resta um pouco de consciência a última coisa que penso é quem será minha nova parceira. Mas nem consigo refletir muito a respeito, pois sou levado instantes depois para o mundo dos sonhos, e só espero que dessa vez ele seja pacífico, sem nenhuma mulher mascarada para me atormentar.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? kkk Coitado do Edward, Anthony só lhe dá trabalho, kkk. Curiosos para saberem o que ele aprontou?, kkk Quem arrisca algum palpite?, kkk Próximo capítulo outra personalidade vai se manifestar, quem será?,kkk. Esperando ansiosa os comentários de vocês, eles que me inspiram a continuar escrevendo :)



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