Harry estava ali paralisado olhando para o corpo morto do lorde Voldemort havia muito tempo. Ele nunca havia matado ninguém, mesmo que aquele homem fosse mal. Harry nunca tinha matado nenhuma mosca e, foi logo quando matou o lorde, que percebeu que não havia matado apenas a ele, e sim a muitos homens e mulheres maus e, isso o deixou em choque, olhando para o corpo do homem que raptou sua irmã e sua Gina, que estava nesse momento saindo de seu próprio choque e se aproximando de Harry.

— Harry... querido... – Gina o chamou, tocando-lhe o ombro suavemente e Harry a olhou, finalmente saindo do choque.

— Vamos sair desse lugar, meu amor. – Harry respondeu. Sorrindo, Gina acenou com a cabeça.

De mãos dadas e tranquilamente, eles saíram daquele lugar subindo as escadas para o andar de cima do esconderijo, e encontraram essa parte completamente vazia, eles apenas avistaram corpos caídos no chão de inimigos e até de aliados.

— Onde estão os outros? – Gina questionou.

— Devem estar lá fora – Harry supôs. – Vamos, devem estar nos esperando.

Quando Harry e Gina foram para o lado de fora, descobriram que realmente Harry estava certo, e todos que sobreviveram a batalha estavam lá fora, cuidando dos feridos e das princesas.

Enquanto Gina ia se encaminhando para perto de seus pais, – Molly estava cuidando dos ferimentos de Arthur. – Que não estavam muito longe da entrada do local, ela pôde observar, mesmo que a distância, a moça que estava ao lado da cela de Hermione sendo bem cuidada e alimentada por sua tia de consideração, Dora, que apesar de parecer cansada, não havia se machucado muito e estava junto as outras pessoas ajudando a cuidar dos feridos e das outras princesas também. Pôde ver também, Hermione sendo paparicada, não apenas por Rony, mas também pelos seus pais, sua tia Violet chorava emocionada, não parando de abraçar a filha a cada instante, Rony mantinha-se o tempo todo perto delas, e o seu tio Rafael olhava a filha de cima a baixo na medida que lhe era permitido. Gina viu também a bebê que ela sabia ser sua prima, sendo embalada pela mãe, que chorava emocionada e segurava a filha como se sua vida dependesse daquilo, viu os olhos de seu primo Duda brilhar junto com o sorriso de felicidade estampado no rosto do mesmo enquanto ele observava a filha que ainda parecia alheia a tudo que lhe acontecia em volta, e Gina sorriu com aquilo. Ela viu também Keli sendo abraçada fortemente e ao mesmo tempo, por Lilian e James, que mesmo um pouco machucados – principalmente James – Não se importaram com o fato para abraçarem a filha, que também parecia não se importar com as pessoas que tentavam tirá-la dos braços dos pais para que eles pudessem analisá-la e alimentá-la com comida de verdade, e Gina riu baixinho pelo nariz, Harry a olhou e percebeu para onde ela olhava e sorriu.

Quando ele e Gina chegaram até Arthur e Molly, a rainha logo tratou de dar um de seus típicos abraços apertados que era capaz de sufocar uma pessoa em Gina, e Arthur se aproximou delas com um pequeno sorriso e as abraçou também. Harry apenas observava aquela cena e não percebeu quando seus pais se aproximaram dele até que se comunicaram com ele.

— Vocês estão bem? – Lilian perguntou.

— Estamos ótimos, mãe. – Harry a respondeu e Lilian sorriu.

— Vocês viram o lorde? Sabem o que aconteceu com ele? – James questionou preocupando-se, não gostava da ideia de o lorde ainda estar à solta.

— Não o vimos em lugar nenhum. – Lilian completou.

Harry ficou sério e Gina respondeu por ele:

— Harry derrotou ele.

Muitos que estavam por perto e ouviram a conversa, paralisaram o que faziam e olharam para Harry estupefatos com o que tinham ouvido. Lilian, James, Arthur e Molly não estavam muito atrás.

— Harry fez o que!? – Lilian foi a primeira a falar.

— O derrotei. – Harry respondeu muito sério. – Eu derrotei lorde Voldemort.

Lilian levou as mãos a boca surpresa e uma felicidade a invadiu, não só a ela, como a todos por perto. James, com um sorriso enorme no rosto e um orgulho que não cabia em si mesmo, se aproximou do filho e puxou-o para perto de si e levantou um de seus braços e anunciou a todos:

— Meus caros amigos e guardas reais, anuncio a todos com grande alegria e orgulho, que meu filho, Harry Potter, príncipe de Godric’s Hollow, derrotou o temível lorde Voldemort!

Assim que James terminou de falar, gritos de alegria e vivas foram ouvidos, e no meio daquela bagunça Harry sorriu orgulhoso de si mesmo por ter conseguido salvar a irmã, o amor da sua vida e seu filho, que ainda não havia nem nascido, além de poupar várias vidas inocentes. Harry estava feliz e satisfeito.

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Mais tarde, no castelo do reino de Grifinoria...

Ela estava de volta. De volta ao quarto em que cresceu e passou por diversas coisas boas e ruins. Estava agora relaxando em sua banheira depois de passar semanas sem usar uma, deixou até as criadas a lhe ajudarem no banho de tão cansada que estava.

Depois de muitos minutos relaxantes na banheira, Gina saiu do banheiro e avistou em sua cama um vestido rosa escuro com detalhes brancos, de mangas compridas e um pouco folgado, o que ela apreciou bastante, já que não apertava seu ventre.

Depois de vestida, Gina penteou seus longos cabelos vermelhos e assim que terminou ouviu uma batida na porta. Mandou que entrasse e Harry atravessou a porta de seu quarto pela primeira vez, e olhava para tudo com curiosidade.

— Então é aqui os seus aposentos? É bastante bonito, combina muito com você. – Harry comentou finalmente voltando seu olhar para ela.

— Obrigada. Foi eu mesma que decorei, quando minha mãe achou justo que eu o fizesse.

Harry se aproximou dela e a analisou de cima a baixo e sorriu divertido.

— Será possível que você fica bonita de qualquer jeito? – Harry indagou para si mesmo e Gina riu. – Está linda gravida e vestida de princesa.

— Você acha? – Gina falou com um sorriso enquanto passava as mãos pelo ventre.

— Acho. – Harry respondeu, ele se aproximou e a beijou calmamente, cheio de saudades dos lábios de sua amada.

— Ainda bem que está tudo acabado. – Harry comentou quando se separaram.

— Sim. Finalmente poderemos nos casar e ter nosso filho em paz. Afinal, você é um príncipe, e vai ter que me explicar direitinho essa história. – Gina falou indo sentar-se na cama.

— Eu também não sabia que era da realeza. Vou te contar toda história. – Harry respondeu indo juntar-se a ela.

E então Harry contou toda a história que sua mãe havia contado a ele, Rony, Astoria, Draco e Luna sobre as florezinhas e seus herdeiros e herdeiras.

— Então você é meu primo? Somos igual a Rony e Hermione?

— Acho que sim... a única diferença é que eles não estão esperando um filho. – Harry brincou com um sorrisinho, e Gina também sorriu. Em seguida eles ouviram uma batida na porta.

Gina pediu que entrasse e uma criada apareceu.

— Vossas altezas, o rei Arthur está chamando a todos na sala do trono. – A criada os informou, mas não antes de uma reverência a eles.

— Muito obrigada, querida. Já estamos indo. – Gina a dispensou.

— Disponha, alteza. – A criada respondeu fazendo uma outra reverência e rapidamente saiu dali.

— Ainda não me acostumei com isso. – Harry comentou.

— E eu não gosto nada disso. – Gina respondeu rindo.

Harry riu também e eles saíram dali juntos, de mãos dadas e não demoraram a chegar na sala do trono que já estava cheia. Todos olharam para Harry quando este entrou com Gina, mas não se importando nada com eles, Harry seguiu em frente com Gina a guiando até o rei de Grifinoria, que sorriu assim que viu a filha. Gina se soltou de Harry e abraçou o pai muito forte.

— Fico muito feliz que esteja a salvo, minha filha. – Arthur falou em seu ouvido.

— Eu também, papai. – Gina o respondeu.

— Gina... - Gui se fez ouvir e seus outros irmãos estavam apenas esperando para abraçá-la.

Gina não demorou nada e abraçou a todos os seus irmãos, cunhadas e sobrinhos, morrendo de saudade de cada um deles, só não conseguiu abraçar Rony e Hermione, por que eles não se largavam. Ela cumprimentou também amigos e “tios” que ela não via havia muito tempo, e ficou muito feliz em conhecer Teddy.

O clima ali era pura alegria e reencontro, até que as grandes portas do salão foram abertas e por elas entrou a pessoa a qual Gina tinha esquecido completamente durante esse tempo todo e que era a última pessoa que ela queria ver nesse momento, Dino. Ele entrou fazendo estardalhaço, fazendo todos ali o olharem e foi até Gina assim que a viu.

— Gina! Querida, eu soube do que houve, meu amor, você está bem? – Dino disparou, mostrando falsa preocupação a abraçando e a analisando.

— Tire as mãos dela. – Harry se fez ouvir calmamente.

Dino de repente se transformou.

— O que esse plebeu está fazendo aqui!? E vestido com essas roupas? Não enxerga o seu lugar? – Dino questionou com repulsa.

— Estou onde deveria estar, Dino. – Harry replicou fazendo um pequeno sinal para seus pais, que iriam retrucar o que Dino disse.

— O que quer dizer com isso? Plebeus não devem se vestir assim ou até mesmo se misturar com a realeza.

Harry mostrou um sorriso estranho e Arthur, muito sério, comunicou a Dino:

— Gostaria de lhe apresentar, príncipe Thomas, o príncipe Harry Potter do reino de Godric’s Hollow.

Harry sorriu quando a boca de Dino foi ao chão.

— O que!? Tem certeza disso, majestade? Esse reino não há realeza fixa há anos. – Dino duvidou cheio de incredulidade.

— Sim, Dino, tenho certeza. Harry e sua família são da realeza, sua mãe, Lilian, é até irmã mais nova de Molly.

— Eu não posso acreditar nisso!

— Pois acredite. Harry é um príncipe e eu e ele iremos nos casar! – Gina se manifestou.

Não só Dino ficou estupefato com aquela frase, como todos ali que não sabiam do relacionamento dos dois ficaram.

— Mas não vai mesmo, Ginevra! Você é minha! Está prometida a mim! Não irá se casar com esse príncipe fajuto! – Dino brigou, a puxando para si.

— Solte-a! Gina não é propriedade sua e nem de ninguém! Nós nos amamos e vamos nos casar sim! – Harry falou, libertando-a de Dino, que tentou a puxar de volta, até que Arthur se sobrepôs a bagunça.

— Chega! Soltem minha filha vocês dois! – Arthur falou e eles a soltaram imediatamente. – Obrigado. Sinto muito em lhe informar, príncipe Thomas, mas Harry tem razão, minha filha não é propriedade de ninguém, e se pensa isso, sobre ela e seus súditos, além de ela não o amar, creio que não é digno de desposar minha filha.

O queixo de Dino caiu novamente e um grande sorriso surgiu no rosto de Gina e Harry.

— Você não pode fazer isso! – Dino reclamou furioso.

— Sim, eu posso. E peço que se retire do meu castelo e de meu reino por bem... a não ser que prefira que eu mande os guardas lhe acompanharem? – Arthur falou já se virando para um dos guardas que estava ali perto.

— Não, muito obrigado, alteza. – Dino rapidamente o parou, e com uma cara muito feia, saiu dali.

E Gina sentiu como se tivesse tirado um peso de suas costas, Harry também se sentia aliviado e, foi com bastante coragem e alegria, que ele se aproximou do rei.

— Vossa majestade, tenho um pedido a lhe fazer. – Harry falou com educação e Arthur assentiu para que continuasse. – Gostaria de lhe pedir a mão de sua filha Gina em casamento.

Todos sorriram ao ouvir o pedido de Harry, até mesmo Arthur, que não demorou muito a responder:

— É claro, meu rapaz! Você se mostrou digno da minha filha e da realeza. Seja bem-vindo a família, apesar de que você já pertence a ela. – E assim que Arthur terminou sua fala, todos ali aplaudiram e comemoraram. - Mas acho que deve fazer esse pedido a minha filha.

Harry sorriu e voltou-se para Gina, que sorria com os olhos castanhos brilhando, cheios de lagrimas.

Olhando-a nos olhos, Harry ajoelhou-se em frente a Gina e falou:

— Gina, meu amor, quer se casar comigo?

— Sim! – Gina imediatamente respondeu com um enorme sorriso, que parecia que não lhe caberia no rosto. Harry sorriu de volta e abraçou, tirando-a do chão e a rodando no ar.

E eles se beijaram apaixonadamente ao som de vivas e palmas.