Gina o olhou sorrindo fazendo com que Harry também sorrisse ela uniu seus lábios novamente, e quando o ar lhes faltou eles se afastaram um pouco, Harry lhe olhou de cima a abaixo e deu um pequeno sorriso.

— Você estava linda. – Harry disse no passado.

— Oh, estava, não é? – Gina aceitou o verbo no passado.

— O que aconteceu com o seu vestido? E o seu cabelo? – Harry perguntou curioso.

— As árvores da floresta são muito juntas pelo o caminho que vim, então elas acabaram rasgando o meu vestido; o vento e alguns galhos altos destruíram o meu penteado. – Gina explicou.

— Por que não veio pelo mesmo caminho que eu? – Perguntou Harry.

— Ora Harry, eu estava lhe seguindo, não queria que soubesse que estava bem atrás de você, e como eu conheço muito bem essa floresta, eu vim por outro caminho. – Gina explicou como se fosse óbvio.

— E onde está a sua coroa? – Harry notou o sumiço da peça.

Gina colocou uma das mãos no topo de sua cabeça e não sentiu nada, só agora percebera que não estava mais usando a coroa.

— Não faço a menor ideia.

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 No castelo....

— James onde está Harry? – Lilian chamou a atenção do marido.

— Harry? Não sei, deve estar por aí Lilian. – James deu de ombros.

— Não sabe? James ele é seu filho, como você não sabe onde está o seu filho? – Lilian começou a dar uma bronca.

— Ora Lilian, ele também é seu filho, você sabe onde ele está? – James falou em tom de brincadeira.

Lilian abriu a boca para retrucar, mas foi interrompida por um amigo de Harry, que também vendia coisas na feira. Depois dos cumprimentos Lilian perguntou:

— Você viu Harry, Neville?

— Harry? Ele já foi faz uma hora. – Neville respondeu um pouco surpreso. Achou que Harry tinha avisado que iria embora.

— Já foi? Sem se despedir da gente, e tão cedo assim? – Lilian estranhou o comportamento do filho.

— Sim, ele me pediu um dos cavalos emprestado, parecia bastante nervoso e com pressa, como se estivesse fugindo de alguém. – Neville fez a observação.

— Fugindo de alguém?  - James duvidou. - Ora de quem Harry estaria fugindo? Deve ter se cansado do baile e ido embora, vocês sabem que Harry não gosta muito de festas – Argumentou.

— Deve ser isso mesmo. – Lilian concordou.

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Do outro lado do salão...

— Arthur você viu Gina? – Molly falou já começando a ficar preocupada.

— Não querida. – Arthur respondeu

— Não a encontro em lugar nenhum do salão. – Molly mostrou o que a preocupava.

 - Já perguntou aos meninos se eles a viram? – Arthur sugeriu.

— Já, e o único dos irmãos que falta é Rony, mas ele está em lua de mel bem longe daqui, e se nem as pessoas do reino sabem onde ela está, imagine Rony que está em outro. – Molly falou rapidamente. Coisa que fazia quando estava nervosa.

— Molly, por favor se acalme, está muito nervosa. Não podemos chamar atenção, ou as pessoas vão começar a perguntar. – Arthur alertou-a.

— Arthur e se eles a pegaram? – Molly anunciou seu medo.

— Impossível. – Arthur negou. - Não tem como isso acontecer Molly, existem vários guardas por dentro e por fora do castelo. – Deu seu argumento.

— Mas eles podem se disfarçar, podem se fazer de convidados e tentar sequestrá-la de novo. – Molly também argumentou.

— Molly isso não vai acontecer, por favor se acalme, venha vamos procurar por Gina novamente. – Disse Arthur tentando não acreditar no argumento da esposa.

Eles andaram pelo salão inteiro a procura de Gina, chegaram até a perguntar – sutilmente – a alguns convidados se eles haviam visto a princesa. Porém todos apenas diziam que tinham a visto de relance, e que isso já fazia muito tempo.

Arthur começou a ficar nervoso como a esposa, e começou a procurar desesperadamente pela a filha. Eles não podiam ter conseguido sequestrá-la. Não, de jeito nenhum. Existiam vários guardas desde a aquele maldito dia no jardim. Todos muito mais treinados do que antes. Estavam em todos os lugares no castelo, não poderiam pegá-la, ou poderiam? Arthur estava tão concentrado nesses pensamentos, que acabou trombando em alguém, que logo ele descobriu ser Luna. Ela o olhou surpresa, e escondeu algo em suas costas, e mais diretamente do que com os outros convidados, Arthur perguntou-a:

— Luna viu Gina por aí?

— Gina? Sim, sim, eu a vi. Nós estávamos nos jardins conversando e ela disse que estava cansada, e que iria se deitar. Eu já iria dizer isso ao senhor e a rainha Molly. – Luna se apressou em inventar uma desculpa.

— Oh, obrigado Luna. – Um súbito alivio se apossou de Arthur. - Não precisa dizer nada a Molly, eu mesmo farei isso aproveite o baile!

— Obrigado majestade. – Luna disse se sentindo um pouco culpada.

Arthur saiu a procura de sua esposa, e a achou cheia de nervosismo, e seus olhos estavam começando a lagrimejar.

— Arthur você a achou? – Molly perguntou esperando ouvir uma resposta positiva.

— Não, mas encontrei com Luna, e ela disse que estava com Gina nos jardins, e que ela tinha acabado de dizer que estava cansada e tinha ido se deitar – Arthur falou acalmando a esposa.

— Graças a deus não aconteceu nada com ela. Eu tenho que vê-la, vou subir até seu quarto. - Molly disse já se afastando.

— Não precisa disso querida, já sabemos que ela está bem não precisa subir para verificar isso. – Arthur disse interrompendo-a

— Mas Arthur, eu... – Molly iria protestar, mas Arthur a impediu.

— Nada de, “mas”, você e eu aproveitaremos a festa, já que nossa filha não quer aproveitá-la. – Disse Arthur puxando Molly para uma dança.

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No dia seguinte...

Gina tinha cometido uma loucura. Uma das piores que ela podia ter feito na vida. E não se arrependia nada.

Ela tinha acabado de chegar no castelo o sol tinha acabado de raiar, e ela estava se preparando para a bronca que viria por ela ter sumido misteriosamente da festa e ter que dar uma explicação muito boa para o motivo de suas roupas estarem rasgadas, seu cabelo estar totalmente desarrumado e sem sinal de coroa alguma.

Ela só não estava preparada para quando entrasse em seu quarto, a primeira coisa que visse era uma Luna bastante irritada sentada em sua cama quase a fuzilando com o olhar Gina até deve um certo medo da amiga, principalmente quando ela começou a falar:

— Onde você estava princesa Ginevra?

“Princesa ginevra, é ela estava bastante brava.” Pensou.

— Onde eu estava? – Disse tentando ganhar tempo.

— Exatamente. Onde estava? E o que aconteceu com o seu vestido? E seu cabelo? - Luna disse notando o estado da amiga.

— Luna, eu vou tomar um banho e depois conversamos quando eu terminar certo? – Gina propôs.

— Certo, ficarei aqui, você não vai fugir de mim mocinha. Terá que me explicar por que eu tive que mentir para o rei a rainha cujo sejam seus pais. – Luna concordou depois de pensar por alguns segundos.

— Mentir? Você mentiu para eles? Para me proteger? – Gina disse com um sorriso no rosto.

— Sim, eu te vi saindo feito uma louca, em cima de um cavalo que eu tenho certeza, não é de nenhum dos príncipes de grifinória, e também vi a sua coroa no chão. Senhorita se sua mãe ou um de seus irmãos vissem, provavelmente achariam que tinha acontecido alguma coisa com você. – Luna falou em tom de bronca.

— Não exagere Luna, o que poderia acontecer de ruim comigo? –Gina conversou, e continuou a falar. - Bom, eu vou tomar meu banho, e quando terminar eu te conto o motivo de você ter mentido.

Gina se encaminhou para o banheiro de seu quarto, e como na noite anterior, ela preparou o seu próprio banho.

Quando acabou, ela se dirigiu para o guarda roupa ignorando Luna totalmente, escolheu um vestido da cor bege, e mangas curtas. Vestiu-o com a ajuda de Luna, e enquanto penteava os longos cabelos ruivos, Gina contou a Luna o motivo dela ter mentindo. E no fim, Luna desmanchou a cara de brava e um sorriso enorme, se formou em seu rosto.

As duas continuaram a conversar animadamente durante um tempo, até que alguém bateu na porta. Gina disse entre, e uma criada, - Depois de cumprimentar Luna, e fazer uma reverência para Gina. - Disse:

— Vossa alteza, o rei Arthur deseja fala a sós com a senhorita.

— Falar a sós? O que será Luna? – Gina se preocupou.

— Não se preocupe, não deve ser sobre ontem, eu consegui despista-lo. – Luna garantiu.

— Tudo bem, se você diz. – Gina assentiu, e voltou a dirigir-se a criada. - Já estou indo, obrigado.

— Foi um prazer alteza. – Disse com uma reverência se retirando do quarto em seguida.

— Eu vou ver o papai, quer ficar aqui me esperando? – Gina perguntou.

— Claro, não tenho nada para fazer hoje mesmo. – Luna concordou.

Gina pousou a escova em sua penteadeira, e se dirigiu para a sala do trono no andar térreo.

Ela sabia que seu pai não estava no quarto, por que nunca passava muito tempo ali. Resumindo, ele só usava o quarto para dormir e ter conversas com sua mãe. Quando era qualquer outro assunto, ele tratava na sala do trono.

Chegando lá, as únicas pessoas naquela sala, eram ela, os guardas e seu pai. Quando a viu ele sorriu, ela sorriu de volta e apressou os passos, enquanto seu pai se levantava do trono abraçando-a, quando ela se jogou em seus braços.

— O que queria falar comigo papai? – Gina foi direto ao assunto.

— Sim, depois nós falamos disso. – Ele desconversou. - Primeiro eu gostaria de saber por que a mocinha não deu ao menos um boa noite, antes de se deitar mais cedo ontem à noite.

—Ah, papai estava muito cansada, desculpe por não avisar você ou a mamãe. – Gina disse a desculpa rapidamente.

— Está perdoada querida, mas não suma mais de repente. Sua mãe quase teve um ataque. – Arthur disse em tom de brincadeira.

— Tudo bem, não farei isso. – Gina respondeu com um sorriso.

— Certo, agora Gina, sua mãe e eu estivermos pensando muito sobre um assunto que muito lhe diz respeito, desde o dia em que seu irmão anunciou que ele e Hermione iriam se casar. – Arthur foi para o assunto principal.

— Assunto que me diz respeito? Que assunto papai? – Gina começou a ficar curiosa.

— Gina, minha filha, eu quero lhe apresentar alguém. – Arthur ignorou as perguntas.

— Me apresentar alguém? – Gina ficou confusa. - Papai do que está falando? – Perguntou, porém, no íntimo ela sabia. Era só juntar as peças. Primeiro ele falou de casamento, depois de lhe apresentar alguém. Até um cavalo entenderia.

Um homem apareceu a direita dos dois e se aproximou deles. Gina se lembrou dele imediatamente, era o príncipe que ela trombara depois de ter ouvido a conversar dos pais. Ele era parente de Hermione.

— Gina, eu lhe apresento o príncipe Dino Thomas, seu futuro marido.