O Destino Prega Peças - Dramione escrita por MarotaLegal


Capítulo 9
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo! Espero que gostem!!



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POV Draco

–Bom, quando você me interrompeu, eu ia dizer que eu te odiava sim, mas era porque você era sangue ruim, digo, nascida trouxa. Me desculpe, velhos costumes demoram a sumir! - me corrigi ao ver a expressão dela – Continuando, eu sempre achei que essa era a razão para te odiar, mas eu acabei descobrindo agora que posso perceber melhor as coisas, sem o meu pai me enchendo o tempo todo, enfim, eu descobri que não era bem essa razão, e me surpreendi ao constatar qual era... – eu disse, parei de falar porque me chamou atenção a reação dela, ela parecia desconfortável e chocada ao mesmo tempo, e um pouco confusa. Foi ai que eu entendi de imediato que tinha me expressado mal e ela já estava pensando bobagem. Então me apressei em esclarecer o mal entendido – não pense que era porque descobri que era apaixonado por você, porque isso nunca aconteceria, longe disso – falei sinceramente, percebi que ela pareceu se afetar um pouco com a minha afirmação, mas não falou nada, então eu continuei – o fato é que, eu acho, que implicava e ainda implico com você porque somos bastante parecidos! – fiquei esperando a gargalhada, o deboche, a confusão, mas o que veio me surpreendeu mais do que qualquer coisa. Ela não ficou chocada, não me azarou, nem me recomendou a ala psiquiátrica do Sts Mungus ou algo do tipo. Ela não demonstrou nenhum assombro com essa minha revelação. Só ficou me encarando por um tempo, sem dizer nada! Eu não estava mais aguentando, então falei. – Não vai falar nada? – ela pareceu finalmente despertar de um transe como se estivesse perdida em seus pensamentos.

– É que eu pensei... pensei que você nunca ia perceber isso, e se percebesse duvidava que fosse admitir ou aceitar, mas parece que eu estava errada! Você percebeu, mas vou deixar bem claro que somente nossa personalidade é parecida, porque temos pensamentos e opiniões totalmente diferente. Você me entende? – ela disse, para a minha total surpresa.

– É, não posso discordar de você, infelizmente, não sou uma pessoa de bom caráter! – disse, mais para mim do que para ela.

– Não, você não é! Mas... mas pode mudar, sempre dá para mudar! Só basta querer! – ela falou de um jeito tão simples e sincero, que por um momento eu senti que poderia ser bom. Acabei lembrando dos horrores que vi e fiz com outras pessoas, que me convenceram que eram inferiores a mim. Nunca tirei a vida de ninguém, nunca consegui, acho que minha alma não é tão escura a ponto de matar! Nem quando eu era obrigado a fazer! Porém, ainda tenho pesadelos com a guerra, pessoas gritando, suplicando para que eu parasse de tortura-las, mas como eu poderia? Eu estava sendo obrigado a tortura-las com aquela que eu considero a pior das maldições, inclusive vi a pessoa que está na minha frente sendo torturada por ela, a maldição Cruciatus. Na minha opinião é a pior, porque a avada kedavra é rápida e indolor, creio eu, e a imperius não é muito difícil de resistir, então acredito que dor é a pior delas. – Você se arrepende do que fez? – perguntou ela, me tirando de meus obscuros devaneios. Pensei na pergunta dela, eu me arrependo? Acabei percebendo que eu tinha a resposta.

– Sim, claro, eu me arrependo! – disse com convicção. – Mas o que você acha que eu fiz para me arrepender? – perguntei intrigado, ela pareceu ficar desconfortável outra vez.

– Err... bem... ãan... sabe... – ela começou a gaguejar. E eu já sabia o que estava por vir. – Você... err... matou alguém? – ela disparou a última parte como se quisesse se livrar de algo. Não posso negar que fiquei surpreso, uma coisa é eu pensar que ela vai dizer algo, outro é ouvir alguém falar isso na sua cara. Nunca ninguém falou algo do tipo para mim cara a cara. E doeu ouvir aquilo, foi como um balde de água fria, que me fez repensar tudo, perceber e aceitar que eu tinha me transformado em algo horrível, alguém que eu não queria ser. Fiquei absorvendo aquela pergunta, mas acabei me recuperando de minha revelação.

– Ée... claro, como você poderia pensar o contrario... afinal eu sempre dei motivos... – comecei a falar para mim mesmo, ela pareceu ficar confusa. – Não, Granger, eu nunca matei ninguém! Eu sei que dei motivos para pensarem que eu o tinha feito, mas não consigo me imaginar tirando a vida de ninguém, as vezes que usei alguma maldição foi porque fui obrigado, nunca faria se eu tivesse opção! – falei com sinceridade.

POV Hermione

Nossa, quanta revelação de uma vez só! Estou muito surpresa com o Malfoy, afinal ele não é tão insensível como eu achei que ele fosse. Ele se importa com os outros, ou pelo menos esta parecendo. Eu espero que ele mude, porque todo mundo merece uma segunda chance, e é admirável quando alguém se propõe a mudar e ser uma pessoa melhor.

– Entendo... Mas, então você nunca matou ninguém! É certo que o Harry me contou que você não conseguiu matar o Dumbledore, mas eu pensei que quando você se tornava um comensal, você tinha que passar por algum tipo de iniciação. E meu primeiro chute era matar. – eu disse, um pouco surpresa ainda. Afinal ele é um comensal da morte, tipo da “morte”, matar deveria ser uma regra.

– Bom, não me sinto meio a vontade de falar sobre isso com você. Minha experiência foi um tanto quanto traumática, talvez um dia eu te conte, mas hoje não. Só posso dizer que nunca matei ninguém. – ele disse. Eu tenho que respeitar o espaço dele, não deve ser muito legal lembrar disso, porque é uma iniciação em um grupo das trevas, deve ser uma coisa extremamente desgastante é como quebrar a alma, não literamente não é!

– Ah.. Já estava esquecendo o mais importante. – disse ele, me assustando com a mudança de assunto. – Eu acho que a senhorita tem que me acompanhar em um lugar não é mesmo? – e foi ai que eu me lembrei, claro, foi tanta coisa que eu acabei esquecendo, a tal reunião da festa.

– Não estou gostando nada desta história Malfoy, afinal o que é isso! Tipo eu sei que vocês não querem a nossa ajuda para a organização da festa! Então, fala o que vocês querem aprontar com a gente? – eu disse querendo acabar de uma vez por todas com o mistério.

– Bom, é por isso que estou aqui! Vou te explicar o que é! – disse ele, animadinho demais para o meu gosto. – Todos que vão a primeira vez a uma festa sonserina têm que passar por uma espécie de batismo, como uma iniciação sabe? Mas você tem que guardar segredo absoluto, está bem?

– Olha, não sei muito bem o que você quer dizer com isso, mas eu não vou passar por iniciação nenhuma, nem meus amigos! – eu disse um pouco irritada.

– Calma Granger, é uma brincadeira, só isso! Nós vamos falar com vocês hoje à noite, mas não se preocupem não é nada que possa expulsar vocês ou algo do tipo. É só um batismo de colegas mesmo. – ele disse, eu estava de repente muito nervosa. Como assim batismo?

– Bom, nós vamos, mas se eu perceber que é algo que eu não quero fazer eu vou pular fora, entendeu Malfoy? – eu já estava bem assustada, mas também curiosa.

– Ok, eu te prometo que não vamos forçar vocês a fazer nada que não queiram, confia em mim? – ele falou.

– Claro.. que não confio. Mas vou acreditar nas suas palavras. Mas se você aprontar qualquer coisa, vai me pagar muito caro e pode ter certeza que vou cobrar cada centavo. – eu disse com minha melhor cara de ameaça, espero que faça efeito.

– Está bem Granger, não se preocupe! Eu espero você em frente ao banheiro dos monitores as 19:45h ai você se certifica que não tem um basilisco na sala precisa e chama seus queridos amiguinhos. – falou com um sarcasmo que eu tive vontade de enfiar garganta abaixo daquela doninha idiota.

– Você é muito irritante sabia? Mas ok, te encontro lá! Agora tenho que ir, porque de tanto ficar perdendo tempo aqui eu estou atrasada para minha aula de Aritmancia! – eu disse, já me dirigindo ao castelo.

– Você tem que ser um pouco mais relaxada com as aulas, você não vai morrer por matar uma ou duas aulas. – ouvi ele dizer as minhas costas. Ignorei e sai correndo. Cheguei um pouco atrasada, mas como sou uma aluna exemplar o professor Vector relevou desta vez. Tenho que me lembrar de sair da aula e procurar os meus amigos, para contar do que se trata a “reunião” que os sonserinos nos convocaram. Quando, finalmente, acabou a aula, pela primeira vez eu estava ansiosa que acabasse porque precisava falar com eles. Encontrei eles no salão principal já começando o jantar, a Luna praticamente se mudou para a mesa da grifinória. Cheguei e me sentei entre a Gina e o Neville.

– Vocês não sabem...? – comecei a dizer, mas a Gina mal educada como é me interrompeu.

– Estavam comentando que você e o Malfoy passaram metade da tarde conversando na maior intimidade no pátio, é verdade? – ela já pulou perguntando, eu fiquei muito sem graça, não percebi nem me dei conta que outras pessoas estavam no pátio e imagina o que elas devem ter pensado de eu e o Malfoy conversando amigavelmente?!

– Bom, mais ou menos! Eu estava realmente falando com ele... – eu comecei, decidi não comentar da primeira parte do dialogo, então segui falando – ele veio me contar o porquê de nos chamar para a tal “reunião” da festa essa noite... – eu tentei falar, mas como sempre a Gina me interrompeu.

– E o que ele disse? E porque ele só procura você para dar recados sobre a festa?

– Olha, não sei por que ele me avisa e não vocês, deve ser porque ele me encontra primeiro sempre. Bom, acontece que ele disse que na verdade não é uma reunião...

– Eu sabia! – disse o Ron. Eu já estava ficando irritada, será que é uma qualidade dos Weasley interromper os outros enquanto estão falando. Respirei fundo e continuei.

– Continuando... não é uma reunião e sim um tipo de iniciação como um batismo. Todos que vão pela primeira vez em uma festa sonserina passam por isso, mas tem que ser jurado total silencio! – falei, todos pareceram ficar desconfortáveis.

– Gente, eu não sei se quero participar disso. – disse o Neville assustado.

– Calma Nev, o Malfoy me garantiu que não vão nos obrigar a fazer nada, se não quisermos não fazemos. Só não podemos comentar sobre isso com ninguém. – eu expliquei, todos pareceram ficar mais tranquilos. Comi o resto do meu jantar, estava delicioso! Eles ainda me fizeram outras perguntas, mas nada de muita relevância e a Gina ainda está desconfiada que o
Malfoy sempre me procura para dar recado e não os outros. Não entendo a implicância, ele só acaba me encontrando primeiro, não é? Acabei meu jantar e vi que já estava na hora, olhei para a mesa da sonserina, ninguém do grupinho do Malfoy, incluso ele estava ali. Provavelmente já devem ter ido para a sala precisa. Avisei para meus amigos que já ia indo, eles disseram que esperam meu recado, prometi mandar um pássaro de papel para eles. Deixei meu material com a Gina e ela foi leva-lo para a torre da grifinoria. E eu fui enfrentar a serpente ou quantas forem. Fui em direção ao banheiro dos monitores, quando dobrei o corredor o Malfoy já estava lá.

– Demorou em Granger, achei que ia ter que te buscar! – ele disse irritado.

–Eu nem demorei, acabei de jantar e vim direto para cá! – falei igualmente irritada.

– Ok, mas agora é o mais importante! Você vai ter que fazer um juramento de que nunca vai contar a ninguém das festas. – ele falou.

– Está bem, não entendo o porquê de tanto mistério mas... Eu tenho que fazer alguma coisa? Como funciona esse juramento? – perguntei curiosa.

– É bastante simples, eu vou encostar a minha varinha no seu pulso e você vai dizer a seguinte frase: “Eu, Hermione Granger, juro nunca contar a ninguém sobre as festas sonserinas! Promessa selada!”, somente isso e pronto. Então se você contar algo para alguém você vai ter um castigo nada agradável, não tenho como dizer qual é o castigo porque em cada um é diferente, mas acontece que se você falar pode, por exemplo, criar furúnculos que só saíram depois dois meses, ou coisas do tipo. Entendido? – perguntou ele, não sei porque mas comecei a me questionar se valia o risco.

– Bom, não estou muito certa quanto essa parte do feitiço, mas como não tem opção, ok vamos lá – eu disse me resolvendo. Ele se aproximou, pegou sua varinha e encostou a ponta no meu pulso e falou alguma coisa que eu não entendi, parecia ser latim ou algo assim. Na mesma hora comecei a sentir um formigamento estranho no braço começando onde a varinha dele estava apoiada.

– Fale a frase! – ele disse. Respirei fundo e falei:

– “Eu, Hermione Granger, juro nunca contar a ninguém sobre as festas sonserinas! Promessa selada!” – eu disse, e quando acabei apareceu um símbolo representando um laço, uma promessa! Assim que acabei de falar o formigamento diminuiu, mas ainda continuou ali.

– Prontinho, agora você já completou a primeira fase! Vamos indo para a sala precisa, não queremos deixar seus amiguinhos esperando, não é mesmo?! – ele disse em deboche.

– Não fale mal dos meus amigos! – falei irritada – essa sensação de formigamento vai continuar? – perguntei esfregando meu braço.

– Não, ela vai passando, em cinco minutos não vai mais sentir nada. – ele disse. Chegamos na sala precisa, eu estava muito nervosa, e curiosa e com um pouquinho de medo.

– Chegamos, a partir de agora, começa a valer seu juramento! – ele disse, um pouco misterioso. – Estou te zoando Granger, mas é serio, não pode contar nada. – falou o desgraçado fazendo graça. – Pronta?

– Se fizer mais uma brincadeira eu vou te azarar! – falei bem irritada, mais era por conta do nervosismo, vai saber o que tem atrás desta porta. Respirei fundo, eu tenho que tomar coragem. Olhei para ele, que me olhava interrogativo, esperando uma resposta. – Já que não tem o que fazer! Pronta! – eu disse. Então ele andou em volta três vezes e apareceu uma porta. Ele abriu e respirando fundo para conter o nervosismo eu entrei. Que Merlin me proteja.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acham que a Mione vai encontrar??
Coments, por favor!!
Beijinhos